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Limites da jurisdição nacional, cooperação internacional e mecanismos de cooperação internacional

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Centro Universitário Santo Agostinho
Curso: Direito
Disciplina: Teoria Geral do Processo
Turma: 09T4B
Aluna: Andressa Mendes da Silveira Avelino
RELATÓRIO
“Limites da jurisdição nacional, cooperação internacional e mecanismos de cooperação internacional”
TERESINA
2019
I. INTRODUÇÃO
A jurisdição é o poder e a obrigação do Estado de realizar o direito, por sua vez a jurisdição civil pode ser exercida por seus juízes e tribunais diante de qualquer ação ajuizada em território nacional. Ocorre que existem limites territoriais da eficácia dessas ações em face da comunidade internacional. O Novo Código de Processo Civil trouxe, em 2015, os limites territoriais para o exercício da jurisdição civil no âmbito nacional e as regras processuais relativas à cooperação internacional.
Nos artigos 21 e 22 do Novo Código de Processo Civil estão elencadas as hipóteses de aplicação da jurisdição brasileira sendo também possível a aplicação da norma estrangeira nos casos específicos.
Essa movimentação jurídica se da pelo advento da globalização que, cada vez mais, interfere em temas pertinentes a vida em sociedade, desse modo alguns países começaram a se confraternizar e estabelecerem normas de cooperação entre os Estados para uma maior eficácia do diálogo político-jurídico. 
Depois de firmado o pacto para essa contribuição mútua no diálogo político-jurídico entre os Estados, surge então a estratégia para conseguir que a prática seja de fato aplicada, com isso surgem os mecanismos dessa cooperação internacional que são eles: auxílio direto, cartas rogatórias e a homologação de decisões estrangeiras. 
II. LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL
Para Fredie Didier, a delimitação da jurisdição nacional se aplica em face de o Estado brasileiro não poder dar a sua decisão em causas a que não lhe competem o reconhecimento da produção de efeitos, isto é, o Brasil não deve aplicar uma lei sabendo que ela não terá efeitos práticos no território nacional. Sendo assim, a justiça brasileira somente aplicará a sua decisão em casos onde essa gere efeitos no território nacional ou em território estrangeiro que reconheça essa decisão. 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
O dispositivo exposto anteriormente não introduziu significativas modificações no sistema processual brasileiro, mantendo na íntegra as hipóteses específicas previstas no Art. 88, seu dispositivo correspondente no Código de Processo Civil de 1973. Ao julgar o Recurso Especial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) classificou a competência internacional em concorrente e exclusiva, e expressou que, em se tratando de competência internacional concorrente, as Justiças brasileira e estrangeiras podem, igualmente, julgar a controvérsia, sem que ocorra o fenômeno da litispendência.
Já o Art. 22 trouxe uma inovação para o Novo Código de Processo Civil, reconhecendo novas hipóteses de competência internacional concorrente e fica válido destacar a inclusão das ações envolvendo relações de consumo e da autonomia das partes em escolher pela jurisdição nacional ou não.
A fixação de matérias em que incide a competência internacional concorrente relativiza os limites da jurisdição nacional, buscando evitar conflitos entre os Estados ao estipular hipóteses em que podem ser conhecidas e decididas tanto pela Justiça brasileira como estrangeira. A delimitação da jurisdição nacional e da cooperação internacional assentam-se, portanto, no princípio da efetividade, priorizando a utilidade e a eficácia das decisões judiciais.
III. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Como argumentado anteriormente, pelo advento da globalização que, cada vez mais, interfere em temas pertinentes a vida em sociedade, desse modo alguns países começaram a se confraternizar e estabelecerem normas de cooperação entre os Estados para uma maior eficácia do diálogo político-jurídico.
No Brasil, as regras pertinentes aos acordos internacionais e demais regras da jurisdição nacional estão dispostas em: resoluções do STJ, portarias do Ministério da Justiça, regimento interno do STF e, recentemente, mais precisamente em 2015, no Novo Código de Processo Civil. 
O Novo Código de Processo Civil se preocupou em dar uma maior efetividade e transparência a cooperação jurídica internacional, visando uma tutela transacional mais efetiva no que diz respeito aos direitos.
Importante destacar que, independente de qual seja a norma a ser aplicada, antes de tudo os direitos e garantias processuais de ambos os Estados serão levados em consideração para a solução efetiva da demanda. 
Já em relação a matéria da cooperação internacional vale citar algumas entidades:
1. Autoridade Central
É o órgão interno responsável por conduzir a cooperação jurídica entre os Estados. É a autoridade central que gerencia os pedidos de auxílio, transmitindo-os às autoridades estrangeiras após um prévio juízo de admissibilidade, que não importará em prévia análise do mérito. Cabe à autoridade central, por exemplo, “evitar falhas na comunicação internacional e o seguimento de pedidos em desacordo com os pressupostos processuais gerais e específicos aplicáveis ao caso, bem como não permitir que sejam adotados mecanismos de cooperação inadequados à situação específica”.
2. Reciprocidade
Muitas vezes a prestação jurisdicional depende de uma constante troca de informações entre órgãos de países distintos. Essa troca se torna possível quando entre os países há uma espécie de auxílio recíproco para a execução dos atos processuais. As diversas operações deflagradas pela Polícia Federal – a lava jato, por exemplo – e seus desdobramentos no âmbito do processo mostra a importância da cooperação na apuração de fatos delituosos e na repatriação de quantias fruto da corrupção, depositadas no exterior. Reciprocidade é, nesse sentido, a medida de igualdade que tem a finalidade de atingir o equilíbrio entre as relações internacionais.
IV. MECANISMOS DE COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL NO BRASIL
São três os mecanismos da cooperação jurídica internacional no Brasil: auxílio direto, cartas rogatórias e a homologação de decisões estrangeiras.
1. Auxílio Direto
É um instrumento que efetiva a colaboração internacional, por meio do qual se cumpre um pedido realizado pela autoridade judiciária estrangeira. No auxílio direto o pedido é encaminhado pela autoridade central ao órgão que deverá realizar o ato processual solicitado, sem que para isso seja necessária a expedição de carta rogatória, que será explicada posteriormente. Como se vê, o auxílio direto busca dar maior agilidade ao processo, mediante assistência mútua entre os Estados no exercício das suas respectivas funções jurisdicionais.
No auxílio direito não existe o uso de um órgão para efetivar a comunicação como é no caso da carta rogatória e da homologação de sentença estrangeira, trata-se então de uma mera comunicação. 
2. Carta Rogatória
A carta rogatória é o instrumento através do qual um juízo estrangeiro solicita a realização de alguma diligência processual em juízo não nacional. Trata-se de um documento oficial que serve de veículo para um pedido de cooperação. Por meio da carta rogatória a autoridade judicial solicita ao Estado requerido que execute ato jurisdicional já proferido, de modo que não cabe àquele outro Estado exercer qualquer cognição de mérito sobre a questão processual.
Diferentemente do auxílio direto, a carta rogatória precisa de uma concessão pelo juízo competente e isso vem expresso na própria Constituição Federal de 1988 em seu Art. 109, X, sendo função do Juiz Federal.
3. Homologação das decisões estrangeiras
Como o próprio nome já enseja, essa decisão também precisa de homologaçãopelo órgão ou juízo competente, trata-se não apenas de uma comunicação, mas sim de um pedido de execução de sentença. 
Resumidamente, é por meio deste mecanismo que se reconhecerá, em um determinado Estado, decisão judicial definitiva proferida por autoridade estrangeira. Qualquer provimento, inclusive não judicial, proveniente de uma autoridade estrangeira só terá eficácia no Brasil após sua homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
V. CONCLUSÃO
Com base nas pesquisas e estudos realizados no presente relatório, pode-se concluir que a cooperação internacional é um meio de comunicação com o Estado estrangeiro que jamais deverá ser dispensado, pois é através dele que podemos ter uma maior eficiência da justiça dentro e fora do país. 
O NCPC trouxe mudanças positivas a respeito desse tema e a perspectiva é de que essa comunicação com o Estado estrangeiro seja cada vez mais eficiente e colaborativa. 
REFERÊNCIAS
Portal Jus Brasil disponível em: https://portalied.jusbrasil.com.br/artigos/323440944/cooperacao-internacional (Acesso em 03/10/2019)
Portal Migalhas disponível em: https://www.migalhas.com.br/CPCMarcado/128,MI303578,101048-Arts+21+e+22+do+CPC+Dos+limites+da+jurisdicao+nacional (Acesso em 03/10/2019)

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