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Artes Sequenciais Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Claudemir Nunes Ferreira Revisão Textual: Prof. Ms. Fátima Furlan História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) • Mangá: Origem e Evolução Histórica • Principais Características • Gêneros • Autores de Destaque • Obras de Destaque · Conhecer a origem, o desenvolvimento histórico e estético das Histórias em Quadrinhos japonesas (Mangás), suas principais fases, autores e personagens mais significativos. · Apreciar, analisar significativamente, ler e criticar manifestações his- tóricas e estéticas das Histórias em Quadrinhos japonesas (Mangás). · Valorizar a pesquisa sobre as Histórias em Quadrinhos como lingua- gem, suas principais fases, autores e personagens mais significativos. · Ter domínio instrumental para o desenvolvimento de práticas artísti- cas e construção de obras visuais. OBJETIVO DE APRENDIZADO Nesta Unidade, vamos conhecer algumas das principais fases, autores e personagens das Histórias em Quadrinhos produzidas no Japão, conhecidas como Mangás. Leia o conteúdo com atenção e não deixe de acessar os links nem de fazer as pesquisas sugeridas para complementar seus estudos. Diversos sites e blogs apresentam um amplo material sobre Mangás, é possível encontrar praticamente todos os principais autores e personagens, além de histórias completas, explore-os. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. Bons Estudos!!! ORIENTAÇÕES História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) Contextualização Conhecemos o Mangá como o termo que designa as Histórias em Quadrinhos produzidas no Japão, amplamente difundido pelo mundo e popularizado pelo advento da animação e da internet. Neste Material, vamos entender um pouco mais sobre sua origem e história. A palavra Mangá é formada por dois ideogramas: Man, que significa involuntário, irresponsável e Gá, que significa imagem ou desenho. Traduzido ao pé da letra, Mangá significa Desenho Involuntário. A palavra surgiu na China do século XVIII para se referir aos desenhos produzidos através da técnica de Sumi-ê (técnica de pintura chinesa que misturaa pintura e técnicas de caligrafia) e chegou ao Japão no final do mesmo período emprestada pelo xilogravurista Katsushika Hokusai, intitulando uma série de pergaminhos com ilustrações que retratam o cotidiano do cidadão japonês, os chamados Hokusai Mangá. Podemos considerar como seu primeiro precursor os Choujugiga: rolos de pergamninhos com pinturas cômicas, de autoria de Kakuyu Toba, datados do século II, onde era possível encontrar ilustrações de animais antropomórficos em situações engraçadas. A partir daí, as caricaturas ilustradas em pergaminhos passaram por diversos processos e suportes, chegando ao período Edo no Japão (1603 a 1868). Governado pela ditadura do Xogunato Tokugawa (Xogunato é um sistema de governo específico do Japão parecido com o feudalismo no ocidente, Tokugawa é o nome da família que governava na época), e pelo rígido sistema de classes sociais, o país havia expulsado os estrangeiros, mantendo apenas o comércio com a China e com a Holanda, comércio este restrito a pequena ilha de Nagazaki. A demanda por distração aumentava gradativamente e para atender ao desejo de boas risadas, surgiu a técnica de xilogravura Ukiyo-ê, a qual retratava cenas do cotidiano, passagens divertidas ou eróticas, sem se preocupar com anatomia, perspectiva ou perfeição. Segundo Sonia Luyten (2012, p. 87) “[...] a circulação de capital, o grande número de editores, o espírito da época e o fechamento das fronteiras estimularam a produção de um novo gênero de arte para consumo popular”. 6 7 Figura 1: Hokusai Manga, Katsushika Hokusai. Bibliothèque de l’Institut National d’Histoire de l’Art, collections Jacques Doucet, França Fonte: bibliotheque-numerique.inha.fr Essas ilustrações, diferentes das outras formas de arte da época, destinavam- -se às massas e alcançaram grande popularidade em pouco tempo. Katsushika Hokusai, foi o primeiro a reunir essas imagens em sucessão de desenhos, sendo em seu primeiro encadernado “Hokusai Mangá”, datado de 1814, que a palavra mangá foi utilizada pela primeira vez com seu sentido moderno. 7 UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) Mangá: Origem e Evolução Histórica Em 1867, no fim da Era Edo, o Japão reabre os portos à navegação, permitindo a entrada de livros, jornais e revistas, somando-se com a próspera produção local. A restauração do comércio internacional com o Japão trouxe consigo exigências severas, impondo uma nova reestruturação da economia do país. Isso afetou também as publicações, onde as primeiras ilustrações e cartuns aos moldes ocidentais foram introduzidos, sendo seus predecessores o inglês Charles Wirgman e o francês George Bigot. Wirgman foi responsável pela revista Japan Punch, inicialmente destinada ao público estrangeiro que vivia no Japão, porém, os japoneses ficaram fascinados pelas caricaturas de cunho político e a revista passou a ser editada também em japonês. “Esse é um momento importante na evolução histórica dos mangás, quando houve a fusão de uma longa tradição com a inovação, desaguando no nascimento das histórias em quadrinhos como veículo de comunicação” (LUYTEN, 2012, p. 87.) Caminhando ao lado da evolução das histórias em quadrinhos no Ocidente, em 1902, Rakuten Kitazawa criou a primeira série de quadrinhos japoneses com personagens fixos: Togosaku to Mokube no Tokyo Kenbutsu (Togosaku e Mokube passeando em Tóquio), porém, ainda sem a utilização dos balões para isolar as falas. Kitazawa foi muito influenciado por Wirgman, além de ser um caricaturista político de grande estilo e foi o grande responsável pelo resgate e popularização do termo “mangá” para se referir às charges, caricaturas e histórias em quadrinhos japonesas. Figura 2: Togosaku to Mokube no Tokyo Kenbutsu, 1902. Rakuten Kitazawa. Manga-Museum, Japão Fonte: comic.de 8 9 Apesar do consumo em massa da cultura ocidental no começo do século XX, da modernização e do novo olhar político e econômico, não demorou muito para as histórias em quadrinhos japonesas se aproximassem de sua cultura. Após absorverem e aprenderem a fórmula de se produzir às histórias em quadrinhos ocidentais, grande parte das obras passaram a ser produzidas, editadas e publicadas pelos próprios japoneses, onde os artistas japoneses criaram seu próprio estilo, único perante aos quadrinhos europeus. Os leitores não ficaram longe disso, passando a olhar aos quadrinhos ocidentais como ultrapassados. As primeiras três décadas do século XX são extremamente prósperas para os mangás. Inicia-se uma separação por gêneros e faixas etárias, surgindo assim as primeiras revistas para públicos específicos, como a Shonen Club, direcionada ao público infantil masculino, a Shoujo Club, para as meninas, a Yonen Club, para crianças menores e muitas outras revistas. Ao final da década de 30, estoura a segunda guerra mundial. O Japão entra na guerra e os quadrinhos não ficam de fora. Muitos autores juntam-se em prol de seu país, criando uma grande campanha de apoio militar ao Japão. Os que se recusam a utilizar os quadrinhos como forma de propaganda militar, possuíam apenas duas opções: produzir quadrinhos de cunho familiar ou ir contra o governo, sendo, desta forma punidos, banidos da profissão de escritor e caindo no esquecimento. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os mangás passam por uma nova fase: a economia japonesa entra em crise e a produção de mangás é refreada. Para conseguir publicar, o escasso mercado editorial busca formas alternativas e de baixo custo: papel rustico, impressões monocromáticas e outras formas de economizar. Mesmo com a economia em crise, a busca por entretenimento barato era uma necessidade, uma tentativa de esquecer o sofrimento da guerra. EnquantoTóquio vivia um momento de desordem em seu mercado editorial, no centro comercial de Osaka, aproveitando-se da oportunidade, iniciou-se a publicação de livrinhos de quadrinhos de baixo custo, conhecidos como Akai hon (livrinhos vermelhos), por possuírem a capa vermelha. Eram impressos em papel grosseiro e vendidos nas ruas, que se tornaram extremamente populares, dando um novo gás ao mercado de quadrinhos no Japão pós-guerra. Para se reerguer dos grandes danos vindos com a derrota na guerra, o Japão contou com a ajuda dos Estados Unidos e o intercâmbio de informações. Grandes fábricas foram implantadas no país, ajudando a economia a crescer e expandindo a oferta de empregos, porém, este se tornou um ambiente estressante para o cidadão, pois ele era forçado a trabalhar por longas horas, em sua maioria das vezes, fazendo ações repetitivas. Todo esse estresse não se limitou aos adultos trabalhadores, mas também passou a refletir nas crianças, que passaram a possuir uma carga de estudos muito grande, pois elas precisavam estudar para entrar em um bom colégio, para passar em uma boa faculdade e assim conseguir um bom emprego. Muitos pais passaram a matricular seus filhos em cursinhos pré-vestibular, conhecidos como Shiken Jigoku (Inferno dos Exames), por serem muito difíceis. Em busca de aliviar toda essa carga emocional, os mangás se tornaram a principal 9 UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) forma de escapismo do cidadão japonês, tanto para adultos quanto para crianças, os quadrinhos de esporte e lutas eram os mais procurados nesse período. Em 1953, com o advento da televisão, houve um enorme impacto na publicação de quadrinhos. Inicialmente, os grandes editoriais ficaram preocupados com o rumo que os quadrinhos poderiam tomar no país, porém, o surgimento da televisão se mostrou um fator importante para a evolução dos mangás e para a expansão de seu mercado, pois, com a produção dos animes (desenhos animados originados dos mangás), era possível alcançar um público ainda maior do que apenas os leitores já assíduos, havendo um enorme aumento nos gráficos de vendas de quadrinhos no Japão. Além disso, a televisão trouxe novas características para os impressos, os autores passaram a implantar mais movimentação e dinamismo em suas obras, além de experimentarem novas técnicas de diagramação e enquadramento, emprestadas dos animes. Figura 3: Tetsuwan Atom, 1951. Osamu Tezuka. Uma das principais adaptações de mangá para animação, produzida pelo estúdio de animação Mushi Produções, do próprio Osamu Tezuka, exibida pela primeira vez, em 1963, em preto e branco Fonte: Kobunsha/Fuji TV Todo esse processo histórico pelo qual o Japão passou, com certeza não foi em vão. Em 1970, o país começa a colher os louros de todo o sofrimento o sacrifício pelo qual vinha passando. Seu sucesso econômico se torna evidente para o mundo e o país passa a exportar os mais variados aspectos de sua cultura, como as estratégias econômicas, a religião, as vestimentas, a culinária e a música. As histórias em quadrinho entram de forma um tanto tardia, nesta lista – possivelmente pelo “espírito antiquadrinhos” iniciado na década de 50 nos Estados Unidos – inicialmente sendo alvo de críticas de educadores e conservadores. Porém, seu sucesso foi inquestionável. Diferente dos super-heróis inabaláveis que dominavam os quadrinhos ocidentais, os humildes heróis dos quadrinhos japoneses passaram a conquistar o público do ocidente, justamente por estarem mais próximos do ser humano, por crescerem, desenvolverem seus sentimentos e evoluírem com o passar da trama, conquistaram um público muito além das fronteiras, chegando ao Brasil, com força total. 10 11 Atualmente, o mercado de quadrinhos internacional tem vivido sob algumas incertezas, porém, no Brasil é um dos mercados no qual têm havido grandes investimentos, principalmente na área dos mangás. As grandes editoras, a cada ano, têm buscado trazer os títulos mais populares ao país, sempre analisando as publicações e os pedidos dos leitores. Hoje os quadrinhos japoneses são uma das principais formas de entretenimento e um dos principais formadores de leitores do Brasil. Ex pl or Principais Características Ao longo do tempo, os mangás revelaram algumas características que são recorrentes em grande parte de suas produções, algumas delas herdadas do traço limpo e único de um de seus principais autores, Osamu Tezuka. • Olhos e Expressividade: a prin- cipal característica herdada dos desenhos de Osamu Tezuka, que tem o teatro Takarazuka como inspiração. Em grande parte dos mangás podemos observar grandes olhos cheios de brilho e sentimento, unidos à expressivi- dade dos personagens que, sem- pre fortemente trabalhada, tra- zem uma carga emocional signifi- cativa para o leitor, conectando-o ao clima da história e realismo do personagem. • Sentido de leitura: não é no- vidade que, em grande parte do oriente, a leitura é feita da direita para a esquerda, com os mangás não é diferente. Para entender a história de um mangá, os balões de fala e as imagens devem ser lidos da direita para a esquerda e de cima para baixo. Figura 4: Página do capítulo 1 de Naruto, onde é possível ver a expressão do personagem, que transmite sentimento ao leitor. Pode-se observar também que a leitura é feita da direita para a esquerda, e que a página é trabalhada em tons entre o preto e o branco Fonte: Shueisha Inc • Formato de publicação e Cores: outra característica marcante é o formato em que o mangá é publicado. Em sua maioria, no Japão os mangás possuem capítulos semanais ou mensais, publicados em revistas que reúne uma coletânea de diversos autores. Essas revistas possuem o miolo impresso em papel jornal, para baratear o custo da produção. Além disso, cada gênero dentro da revista é separado por uma cor e todas as histórias são monocromáticas. Nas edições 11 UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) de colecionador, vendidos em lojas especializadas, podemos encontrar os Tankohon, que são mangás impressos em formato de livro, em papel de melhor qualidade, com inclusão de curiosidades e páginas coloridas. • Onomatopeias: diferente dos comics, as onomatopeias nos mangás são utilizadas de forma mais sutil e interligadas com a narrativa, tornando-se parte do cenário, da cena e do próprio personagem. Em alguns momentos estão tão integradas ao desenho que, mesmo em japonês, é fácil identificar a natureza do som que representam. Sônia Luyten (2012) diz que “As onomatopeias nos mangás estão de tal forma integradas ao desenho que, ao traduzi-las e substitui-las, quebra-se esse conjunto visual harmônico”. 1 2 Figura 5: Página do mangá X (1992) pelo grupo CLAMP. Pode-se observar um grupo de onomatopeias como elementos gráficos (seta 1), que ajudam na dinâmica da leitura, e outro grupo (seta 2), que praticamente se disfarça como se fossem parte do cenário que está desmoronando Fonte: CLAMP • Tempo, Dinâmica e Fluidez: herança de um povo que admira a arte meditativa e contemplativa, o trabalho do tempo nos mangás é de suma importância. Devido a grande quantidade de páginas em que o autor tem a liberdade de trabalhar, ambientação, clima e tempo são explorados para que o leitor possa se envolver, quadro a quadro, com o que o autor quer mostrar, passando por 12 13 planos, ângulos e enquadramentos que trazem a sensação de estar mergulhado na história, vendo o que o personagem vê e, de certa forma, sentindo o que o personagem sente. Os mangás também possuem uma dinâmica única, que se tornou uma de suas mais marcantes características. Traços rápidos e limpos, assim como os cortes precisos e fluídos, trazem a sensação de movimento e velocidade que são explorados, principalmente, em cenas de ação e momentos de tensão nas histórias em quadrinhos japonesas. Gêneros Para facilitar a distribuição, os mangás são classificados em gêneros de acordocom o tema e o público alvo que se desejam alcançar. Os principais deles são: • Kodomo: destinado ao público infantil, apresenta temas educativos que priorizam a vida em sociedade e o aprendizado. Possuem enredos simples e de fácil compreensão, na maioria das vezes, cada capítulo conta uma história fechada e é acompanhado por jogos que ajudam na assimilação do conteúdo. • Shonen: destinado ao público masculino, apresenta histórias cheias de ação e aventura, muitas vezes repletas de cenas de lutas. Grande parte das histórias deste gênero acompanha a evolução de um protagonista e seus amigos. Alguns exemplos são Dragon Ball, Os Cavaleiros do Zodíaco e Naruto. • Shoujo: destinado ao público feminino, apresenta histórias que vendem sonhos e fantasias, cheias de romance. Muitas tratam dos conflitos da adolescência e da vida escolar, suas protagonistas têm que superar adversidades para chegar ao final feliz. São exemplos do gênero Card Captors Sakura, Kimi ni Todoke e o mais recente sucesso, Ao Haru Ride. • Hentai: a palavra derivada da expressão Hentai Seiyoku (Desejo Sexual), é utilizada para classificar o gênero do mangá erótico, conhecidos mundialmente. Em alguns casos, apresenta elementos bizarros, como cenas de sexo com animais, monstros e máquinas, ou em lugares extremamente inusitados, como playgrounds e corredores escolares. Existem inúmeros outros gêneros e subgêneros dos mangás como muitas vezes estes se mesclam, tornam-se difícil de distingui-los. Outros exemplos são: Seinen, destinado aos jovens rapazes, como Akira; Josei, destinado às jovens mulheres, como NANA; Mahou Shoujo (garotas mágicas), como Sailor Moon; Yaoi (relacionamento entre rapazes), como Gravitation; Yuri (relacionamento entre mulheres), como Utena; Ficção Científica, como Ghost in the Shell; Esportes, como Hokuto no Ken, entre outros. 13 UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) Autores de Destaque Assim como qualquer gênero literário, o mangá possui seus principais autores. Manga-ká: o sufixo ká incluso na palavra Mangá refere-se ao ofício, alguém que tem como profissão a produção de mangás. É possível destacar alguns autores e títulos que marcaram, não só a história do mangás, mas diversas gerações no Japão, no Brasil e no mundo. Ex pl or Osamu Tezuka Formado em medicina, Osamu Tezuka é considerado o pai do mangá moderno e conhecido como o “Walt Disney do Oriente”, suas obras são um marco na arte dos quadrinhos japoneses. Inspirado pelo teatro de Takarazuka, os olhos de seus personagens são grandes, cheios de brilho e expressão, características que se tornaram a essência dos mangás e estão presentes até hoje em grande parte dos títulos publicados, tanto no Japão quanto fora dele. Possui uma enorme gama de trabalhos, sendo os mais conhecidos: Shin Takarajima (A Nova Ilha do Tesouro), 1947; Jungle Taitei (Kimba, o Leão Branco) 1950, Tetsuwan Atom (Astro Boy), 1952; Ribbon no Kishi (A Princesa e o Cavaleiro), 1953; Hi no Tori (Fênix/ Pássaro de Fogo) 1954 e Black Jack, 1973. Tezuka dedicou 40 anos de sua vida aos mangás, sendo um dos autores mais influentes do meio. Criou seu próprio estúdio de animação, nomeado Mushi Produções, produzindo ele mesmo as versões em anime de seus mangás. Alguns de seus títulos tiveram seus animes exibidos no Brasil, como A Princesa e o Cavaleiro. Ex pl or Akira Toriyama Conhecido mundialmente pelo mangá Dragon Ball (1984) possui outro trabalho de destaque, o Dr. Slump (1980), além de diversas outras obras. Tanto o anime quanto o mangá de Dragon Ball fazem sucesso até hoje, conquistando cada vez mais fãs. Toriyama também fez sucesso como designer dos jogos eletrônicos Dragon Quest (1986) e Blue Dragon (2004), o segundo adaptado para anime e exibido na TV aberta brasileira, sem chamar tanto a atenção quanto Dragon Ball. Atualmente, têm supervisionado a produção do mangá e anime Dragon Ball Super, continuação direta de Dragon Ball. Massami Kurumada Autor do aclamado mangá e anime Os Cavaleiros do Zodíaco – oficialmente intitulado como Saint Seiya (1986). Seu traço simples e não tão perfeito con- quistou as emissoras de TV, obtiveram um enorme sucesso, principalmente fora 14 15 do Japão. No Brasil, a história sobre os bravos cavaleiros que protegem uma deusa grega abriu portas para as possibilidades das animações japonesas, conquistou uma legião de fãs em um espaço de tempo extremamente curto. Possui outros títulos de sucesso, como Ring ni Kakero! (“Dê tudo no ringue!”, 1977), Fuma no Kojiro (“Kojiro dos Fuma”, 1986). CLAMP Com um grupo formado apenas por mulheres que surgiu na década de 80 e possuía 11 integrantes. Trabalhava inicialmente com Doujinshis (fanzines) originais e com personagens já existentes. Com o passar dos anos, alguns membros saíram do grupo e ele assumiu a atual formação com quatro integrantes: Tsubaki Nekoi, Mokona Appapa, Satsuki Igarashi, Nanase Ohkawa. As quatro dividem o trabalho entre si, enquanto uma desenvolve os personagens femininos, outra desenvolve os masculinos, outra cuida do cenário, entre outras funções. O primeiro mangá de sucesso do grupo foi RG Veda (1989), no Japão: Seiden (Escritura Sagrada), seguido por outros grandes sucessos como Tokyo Babylon (1990), X (1992), Guerreiras Mágicas de Rayearth (1993), no Japão: Mahou Kishi Reasu e Sakura Card Captors (1996), entre outros. Grande parte deles foi publicada no Brasil e os dois últimos tiveram seus animés dublados para português e exibidos na TV aberta. Rumiko Takahashi Com quatro grandes sucessos emplacados no Japão e em grande parte do mundo, Rumiko Takahashi é uma das mulheres com maior representatividade no ramo dos mangás destinados ao público de jovens garotos, os Shonens. A autora obteve reconhecimento mundial principalmente com o mangá Inu-yasha (1996), que foi publicado no Brasil e teve seu anime exibido na TV aberta, conquistando ainda mais o público brasileiro. Além de Inu-yasha, os animes Urusei Yatsura (1978), traduzido como “Turma do Barulho”, e Ranma½ (1987) também chegaram ao Brasil. Além dos citados, existem ainda diversos outros autores de destaque, como Masashi Kishimoto, Eiichiro Oda, Tite Kubo, Akira Amano, Naoko Takeuchi, Karuho Shiina, Hiromu Arakawa, Katsura Hoshino, Yoshihiro Togashi e a dupla Tsugumi Ohba e Takeshi Obata. Todos eles com obras publicadas no mundo todo são extremamente populares entre os jovens e admiradores do universo dos mangás. Obras de Destaque Assim como alguns autores merecem destaque, algumas obras também precisam ser citadas, principalmente pela relevância que possuem diante do público consumidor de mangás. Grande parte delas tornou-se mais conhecida após a produção de seus animes, porém, o mercado de mangás têm se expandido cada vez mais e, até mesmo no Brasil, existe uma enorme demanda por títulos que não tiveram os animes exibidos aqui e ainda assim, fazem grande sucesso. 15 UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) Astro Boy Conhecido também como Tetsuwan Atom (Poderoso Átomo), é um dos mangás de maior sucesso de Osamu Tezuka. Publicado em 1951, possui um enredo similar ao da história de Pinóquio. Fala sobre um garoto-robô construído por um cientista, o Professor Tenma, para substituir o filho que havia falecido em um acidente de carro. Porém, como o robô não cresce e nem se desenvolve como uma criança de verdade, seu criador fica decepcionado e acaba vendendo-o para o circo. Após passar por maus bocados, Astro Boy é adotado pelo Dr. Ochanomizu (Dr. Elefun, no ocidente) e passa a proteger a terra de extraterrestre, ciborgues e robôs defeituosos que ameaçam a humanidade. Apesar de ser um robô, o pequeno Astro Boy expressa sentimento e sonhos e, ao se sacrificar para salvar a terra de uma bomba gigante, atando-se a ela e direcionando-a para o sol, tem sua história encerrada. A publicação do mangá foi encerrada em 1968, depois de 23 volumes de muito sucesso, não só entre as crianças.A série animada, produzida pelo estúdio do próprio Osamu Tezuka, foi ao ar no Japão em 1963 e seus 193 episódios também foram exibidos em diversos países do ocidente. Astro Boy também possui duas adaptações para filmes e um spin-off de nome Jetter Mars (Menino Biônico). Lobo Solitário Um dos primeiros mangás a chegar no ocidente, Kozure Okami (Lobo e Filhote), editado no Brasil como Lobo Solitário, do roteirista Kazuo Koike e do desenhista Goseki Kojima. A história se passa no Japão feudal, Itto Ogami, líder de uma família nobre que serve diretamente ao Shogun (Xogum) cai na armadilha planejada por um clã rival e tem sua família assassinada após ser acusado injustamente de conspirar contra o Xogum desde então é condenado a viver como um ronin (mercenário) junto com seu único filho sobrevivente, retirado vivo do ventre da mãe após o assassinato e jura vingança. Oferecendo seus serviços como assassino de aluguel, trilha um caminho cheio de batalhas, ação e sangue, em busca de matar os cinco filhos de Retsudô, o líder da família que tramou contra si. Figura 6: Tetsuwan Atom, 1951. Osamu Tezuka. Capa da edição publicada nos EUA, pela Editora Dark Horse, em 2008 Fonte: wikimedia Figura 7: Lobo Solitário, 1970. Arte de Goseki Kojima e roteiro de Kazuo Koike. Capa da edição brasileira, publicada pela Editora Panini, em 2004 Fonte: Futabasha/Panini Comics 16 17 A arte detalhada feita a grossas pinceladas, a ação e o drama vividos por Itto e seu filho Daigoro, as cenas cheias de sangue e conflitos conquistaram os leitores ocidentais, além de nomes de sucesso, como o próprio Frank Miller que se dispôs a ilustrar as capas da versão norte-americana do mangá, publicado nos Estados Unidos no formato de comic-book pela editora First Comics, em 1986. O mangá foi publicado no Japão entre 1970 e 1976, num total de 28 volumes com mais de oito mil e quatrocentas páginas. No Brasil, O Lobo Solitário foi publicado pela primeira vez pela editora Cedibra, que o interrompeu antes do décimo volume. Em 1992, a Nova Sampa iniciou uma nova publicação, também sem conclusão. Apenas em 2004, o mangá caiu nas graças da Panini que fi nalmente publicou a série completa no país, fi nalizando-a 2007. Ex pl or Akira Mais conhecido no ocidente por seu longa metragem de animação, Akira (1982), do autor Katsuhiro Otomo, tem como ambiente um mundo pós Terceira Guerra Mundial onde a cidade sem leis Neotokyo é dominada por facções políticas e militares corruptas. Em meio a tudo isso, Tetsuo Shima, membro de uma gangue de motoqueiros de- linquentes, conhece Akira, um garoto com extra- ordinários poderes psíquicos, fruto de experiências científicas que buscam a evolução da raça humana, e o liberta de seu cárcere, a partir daí uma enorme sucessão de acontecimentos transformam Tetsuo, que passa a obter um imenso e incontrolável poder. Planejado para não ultrapassar 200 páginas, Akira tornou-se um fenômeno, aclamado dentro e fora do Japão, sendo um dos primeiros mangás a ser publi- cado no ocidente, consolidando e abrindo espaço para as publicações de quadrinhos japoneses fora da terra do sol nascente. A publicação de Akira iniciou-se em 20 de dezembro de 1982, chegando ao fi m, com 6 volumes em 1995. No Brasil, foi publicado pela editora JBC, ganhando recentemente uma reedição, lançada na Comic Com Experience de 2015. Possui um fi lme longa metragem de animação dirigido pelo próprio autor, Katsuhiro Otomo, sendo distribuído em diversas línguas, inclusive no Brasil. Ex pl or Assista ao fi lme Akira (Akira, Japao,1988) Katsuhiro Otomo. Ex pl or Figura 8: Akira, 1982. Katsuhiro Otomo. Capa da edição japonesa, publicada pela Editora Kodansha, em 1982 Fonte: Kodansha/Editora JBC 17 UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) Sailor Moon Da autora Naoko Takeuchi, Sailor Moon foi um dos primeiros quadrinhos japoneses publicados no Brasil. O enredo de Bishoujo Senshi Sailor Moon (Bela Guerreira Sailor Moon) gira em torno da estudante colegial Usagi Tsukino (Serena, na adaptação brasileira) que, com a ajuda de sua tiara mágica, pode se transformar na Guerreira Lunar, Sailor Moon e lutar contra demônios-zumbi enquanto procura pela princesa da Lua. Seu mangá foi publicado em 1992, e alcançou 18 volumes. Possui diversas adaptações para anime, totalizando 200 episódios, 3 filmes e uma série de musicais para teatro. No Brasil, inicialmente foi publicado em forma de revista, com páginas espelhadas e coloridas, mas não teve muito sucesso, a obra original ainda é inédita no país, porém, sua nova publicação intitulada Sailor Moon Cristal, foi publicada pela editora JBC, em 12 volumes. Os Cavaleiros do Zodíaco Franquia de maior sucesso de Massami Kurumada, publicado em 1986. No Brasil, o mangá chegou em 2002, na onda do sucesso de seu anime, produzido pela Toei Animation e exibido pela primeira vez em 1994, no Brasil teve sua primeira dublagem pela Gota Mágica e foi exibido pela Rede Manchete em 1994. O mangá possui 28 volumes, encerrado em 1991. Dentro do universo Saint Seiya existem ainda os mangás: Saint Seiya Next Dimension, escrito e ilustrado pelo próprio Massami Kurumada; Saint Seiya The Lost Canvas (A Tela Perdida), o Mito de Hades, ilustrado por Shiori Teshirogi, conta com 25 volumes mais uma série de especiais (Gaiden) contando histórias individuais em, atualmente 14 volumes, conta também com um anime de 26 episódios, que não concluem a história do mangá; Saint Seiya Episode G e Episode G Assassin, ilustrado por Megumu Okada, possui 22 volumes no total, contando as duas séries; Saint Seiya: Santia Shô, tendo como desenhista a autora Chimaki Kuori, possuindo atualmente 3 volumes. Além dos mangás, a série ainda possui os animes Figura 9: Bishoujo Senshi Sailor Moon, 1992. Naoko Takeuchi. Capa da edição brasileira, pela Editora JBC, publicada em 2015 Fonte: Naoko Takeuchi/Editora JBC Figura 10: Os Cavaleiros do Zodiaco, 1986. Masami Kurumada. Capa da edição brasi- leira, publicada pela Editora JBC, em 2007. Fonte: Shueisha/Editora JBC 18 19 de Saint Seiya Ômega e Saint Seiya Soul of Gold, o filme em computação gráfica Saint Seiya A Lenda do Santuário, outros 4 filmes média-metragem e 2 dois longas. Foi o grande responsável por abrir as portas para animação japonesa no Brasil, trazendo com ele outros grandes sucessos, a partir daí as editoras passaram a investir em importar e publicar mangás no Brasil. Inicialmente seu mangá foi publicado no país pela editora Conrad, sendo concluído em 48 volumes meio- tanko, ou seja, com metade das páginas da sua versão japonesa, atualmente o mangá tem sido relançado pela editora JBC, desta vez em seu tamanho original. Dragon Ball Publicado pela primeira vez em 1984, pela editora Shonen Jump, Dragon Ball é um dos mangás e animes mais conhecidos do mundo, por onde passou deixou um rastro de fãs apaixonados por seus personagens carismáticos, por seu enredo fácil e bem trabalhado e por seu traço, inicialmente, simples e redondo. A história do pequeno Son Goku e seus amigos em uma jornada em busca das Sete Esferas do Dragão foi uma das grandes responsáveis pela consolidação dos mangás pelo mundo. Depois de 42 volumes, por decisão do próprio autor foi encerrado em seu auge, em 1995. O mangá de Dragon Ball também chegou às prateleiras da maior parte dos países após a exi- bição de seu anime. No Brasil, chegou em 1996, conquistou um enorme fã-clube e pode ser consi- derado até motivo de idolatria. Seu mangá possui um total de 42 volumes e seu anime possuí 153 episódios e é dividido em duas sagas: Dragon Ball e Dragon Ball Z, além de uma saga spin-off inti- tulada Dragon Ball GT, a qual não faz parte do enredo original do mangá. Recentemente foi pro- duzida e está sendo exibida uma nova continuação direta do anime Dragon Ball Z, chamada Dragon Ball Super, que ganhou também sua versão em mangá, com supervisão direta de Akira Toriyama.Além de Mangás e Animes, Dragon Ball também é responsável por inúmeros bonecos de ação, jo- gos de videogames, além de muitos outros produ- tos de publicidade. Naruto Naruto teve sua primeira publicação em 1999 e chegou ao Brasil, através de seu anime, em 2006, conquistando rapidamente em enorme público. Conta a história de Naruto Uzumaki, um jovem ninja que possui selado em seu corpo, o espírito da Raposa de Nove Caudas (Kyuubi no Youko), um monstro que causou danos a vila Figura 11: Dragon Ball, 1984. Akira Toriyama. Capa da edição brasileira, publicada pela Editora Panini Fonte: Shueisha/Panini Comics 19 UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) onde nasceu, no passado. O enredo gira em torno da busca pelo sonho de Naruto, de se tornar o maior ninja de todos e obter o reconhecimento dos cidadãos de sua vila, o que se mostra uma árdua tarefa desde o início, passando por enorme sufocos e até menos pela perda de preciosos amigos e aliados. Seu mangá vem sendo publicado no Brasil em três formatos diferenciados: Original, Pocket (bolso) e Gold (edição de luxo), pela editora Panini. Possuí um total de 72 volumes. O seu capítulo final foi publicado no Japão em Novembro de 2014. One Piece Publicado desde 1997, a obra de Eiichiro Oda faz um sucesso estrondoso por onde passa. Em 2015, o volume 67 de One Piece bateu o recorde vendendo 4,5 milhões de exemplares na primeira semana, segundo o ranking da Oricon (empresa responsável pelas estatísticas de vendas de livros, CDs e DVDs no Japão). A história gira em torno de Monkey D. Luffy, um jovem pirata que possui um corpo de borracha e busca tornar-se o Rei dos Piratas ao encontrar a fortuna deixada pelo maior pirata do mundo Gol. D. Roger, o One Piece. Atualmente (2016) o mangá está em seu 80º encadernado e o seu anime possuí 729 episódios, sendo que, alguns destes foram exibidos no Brasil, com cortes, não chegou a fazer tanto sucesso. Seu mangá teve sua publicação no Brasil, iniciada pela Editora Conrad, porém esta encerrou suas atividades antes de concluir a publicação e esta foi retomada pela Editora Panini. Além das obras citadas, existem várias outras de grande relevância para a história dos mangás, como Doraemon (1969) da dupla Fujiko-Fujio, que fez e ainda faz muito sucesso com as crianças, principalmente no japão, Inu-yasha (1996) da autora Rumiko Takahashi, uma das melhores misturas entre batalhas, romance e folclore japonês, Yu Yu Hakusho (1990) de Yoshihiro Togashi, considerado um dos melhores mangás de lutas, tendo fãs no mundo todo, Sakura Card Captors (1996) do grupo CLAMP, um dos maiores sucessos do grupo, e muitos outros. Figura 13: One Piece, 1997. Eiichiro Oda. Capa da edição brasileira, publicada pela Editora Panini Fonte: Shueisha/Panini Comics Figura 12: Naruto, personagem título do mangá de Masashi Kishimoto, lançado em 1999 Fonte: Shueisha/Panini Comics 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Aula de como desenhar mangá na prática https://goo.gl/7dmsZr Aula de como desenhar e colorir olhos no estilo Mangá https://goo.gl/uv0rsP Como Desenhar Mangá - Cabelos Femininos e Simetria https://goo.gl/FuVkD2 Como desenhar Mãos - Passo a Passo https://goo.gl/rvkZhC História do Anime na Rede TV! Matéria veiculada no programa Leitura Dinâmica 2a. Edição da Rede TV!, abordando a História do anime no Brasil https://goo.gl/US6Yto Especial Cultura Pop Japonesa: Mangá Nesta primeira parte do especial de VEJA.com, saiba mais sobre o mangá, as revistas em quadrinhos japonesas. https://goo.gl/Lwhept Nesta segunda parte do especial de VEJA.com, saiba mais sobre os animês (desenhos animados japoneses) que viraram febre no Brasil. https://goo.gl/gjwgXz Nesta terceira parte do especial de VEJA.com, conheça os fãs de animê e mangá e saiba o que é cosplay. https://goo.gl/McR0Aw Leitura 14 Entrevista | Sonia Bibe Luyten e o Poder do Mangá Entrevista com a professora Sonia Bibe Luyten Pesquisadora pioneira do mangá na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. https://goo.gl/Kya4Xo 21 UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás) Referências CAVZODIACO. Capas de Mangás. Disponível em: <https://www.cavzodiaco. com.br/capas_dos_mangas> Acesso em: 01 de setembro de 2016. GRAVETT, Paul. MANGÁ: Como o Japão reinventou os Quadrinhos. São Paulo: Conrad, 2016. JBC Mangás. Sailor Moon: A Autora. Disponível em: <http://mangasjbc.com. br/sailor-moon-a-autora/> Acesso em: 01 de setembro de 2016. LUYTEN, Sônia B. Mangá: O Poder dos Quadrinhos Japoneses. 3.ed.São Paulo: Hedra, 2012. MOLINÉ, Alfons. O Grande Livro dos Mangás. São Paulo: JBC, 2004. 22
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