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V - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS DOS QUADRINHOS APONESES - MANGAS

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Artes Sequenciais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Claudemir Nunes Ferreira
Revisão Textual:
Prof. Ms. Fátima Furlan
História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
• Mangá: Origem e Evolução Histórica
• Principais Características
• Gêneros
• Autores de Destaque
• Obras de Destaque
 · Conhecer a origem, o desenvolvimento histórico e estético das 
Histórias em Quadrinhos japonesas (Mangás), suas principais fases, 
autores e personagens mais significativos.
 · Apreciar, analisar significativamente, ler e criticar manifestações his-
tóricas e estéticas das Histórias em Quadrinhos japonesas (Mangás).
 · Valorizar a pesquisa sobre as Histórias em Quadrinhos como lingua-
gem, suas principais fases, autores e personagens mais significativos.
 · Ter domínio instrumental para o desenvolvimento de práticas artísti-
cas e construção de obras visuais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta Unidade, vamos conhecer algumas das principais fases, autores e 
personagens das Histórias em Quadrinhos produzidas no Japão, conhecidas 
como Mangás. Leia o conteúdo com atenção e não deixe de acessar os 
links nem de fazer as pesquisas sugeridas para complementar seus estudos. 
Diversos sites e blogs apresentam um amplo material sobre Mangás, é 
possível encontrar praticamente todos os principais autores e personagens, 
além de histórias completas, explore-os.
É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Bons Estudos!!!
ORIENTAÇÕES
História e Características dos 
Quadrinhos Japoneses (Mangás)
UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
Contextualização
Conhecemos o Mangá como o termo que designa as Histórias em Quadrinhos 
produzidas no Japão, amplamente difundido pelo mundo e popularizado pelo 
advento da animação e da internet. Neste Material, vamos entender um pouco 
mais sobre sua origem e história.
A palavra Mangá é formada por dois ideogramas: Man, que significa involuntário, 
irresponsável e Gá, que significa imagem ou desenho. Traduzido ao pé da letra, 
Mangá significa Desenho Involuntário. A palavra surgiu na China do século XVIII 
para se referir aos desenhos produzidos através da técnica de Sumi-ê (técnica de 
pintura chinesa que misturaa pintura e técnicas de caligrafia) e chegou ao Japão 
no final do mesmo período emprestada pelo xilogravurista Katsushika Hokusai, 
intitulando uma série de pergaminhos com ilustrações que retratam o cotidiano do 
cidadão japonês, os chamados Hokusai Mangá.
Podemos considerar como seu primeiro precursor os Choujugiga: rolos de 
pergamninhos com pinturas cômicas, de autoria de Kakuyu Toba, datados do 
século II, onde era possível encontrar ilustrações de animais antropomórficos 
em situações engraçadas. A partir daí, as caricaturas ilustradas em pergaminhos 
passaram por diversos processos e suportes, chegando ao período Edo no Japão 
(1603 a 1868). Governado pela ditadura do Xogunato Tokugawa (Xogunato 
é um sistema de governo específico do Japão parecido com o feudalismo no 
ocidente, Tokugawa é o nome da família que governava na época), e pelo rígido 
sistema de classes sociais, o país havia expulsado os estrangeiros, mantendo 
apenas o comércio com a China e com a Holanda, comércio este restrito a 
pequena ilha de Nagazaki. A demanda por distração aumentava gradativamente 
e para atender ao desejo de boas risadas, surgiu a técnica de xilogravura Ukiyo-ê, 
a qual retratava cenas do cotidiano, passagens divertidas ou eróticas, sem se 
preocupar com anatomia, perspectiva ou perfeição. Segundo Sonia Luyten 
(2012, p. 87) 
“[...] a circulação de capital, o grande número de editores, o espírito 
da época e o fechamento das fronteiras estimularam a produção de um 
novo gênero de arte para consumo popular”.
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Figura 1: Hokusai Manga, Katsushika Hokusai. Bibliothèque de l’Institut 
National d’Histoire de l’Art, collections Jacques Doucet, França
Fonte: bibliotheque-numerique.inha.fr
Essas ilustrações, diferentes das outras formas de arte da época, destinavam-
-se às massas e alcançaram grande popularidade em pouco tempo. Katsushika 
Hokusai, foi o primeiro a reunir essas imagens em sucessão de desenhos, sendo 
em seu primeiro encadernado “Hokusai Mangá”, datado de 1814, que a palavra 
mangá foi utilizada pela primeira vez com seu sentido moderno.
7
UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
Mangá: Origem e Evolução Histórica 
Em 1867, no fim da Era Edo, o Japão reabre os portos à navegação, permitindo 
a entrada de livros, jornais e revistas, somando-se com a próspera produção 
local. A restauração do comércio internacional com o Japão trouxe consigo 
exigências severas, impondo uma nova reestruturação da economia do país. 
Isso afetou também as publicações, onde as primeiras ilustrações e cartuns aos 
moldes ocidentais foram introduzidos, sendo seus predecessores o inglês Charles 
Wirgman e o francês George Bigot.
Wirgman foi responsável pela revista Japan Punch, inicialmente destinada ao 
público estrangeiro que vivia no Japão, porém, os japoneses ficaram fascinados pelas 
caricaturas de cunho político e a revista passou a ser editada também em japonês.
“Esse é um momento importante na evolução histórica dos mangás, 
quando houve a fusão de uma longa tradição com a inovação, desaguando 
no nascimento das histórias em quadrinhos como veículo de comunicação” 
(LUYTEN, 2012, p. 87.)
Caminhando ao lado da evolução das histórias em quadrinhos no Ocidente, 
em 1902, Rakuten Kitazawa criou a primeira série de quadrinhos japoneses 
com personagens fixos: Togosaku to Mokube no Tokyo Kenbutsu (Togosaku e 
Mokube passeando em Tóquio), porém, ainda sem a utilização dos balões para 
isolar as falas. Kitazawa foi muito influenciado por Wirgman, além de ser um 
caricaturista político de grande estilo e foi o grande responsável pelo resgate e 
popularização do termo “mangá” para se referir às charges, caricaturas e histórias 
em quadrinhos japonesas.
Figura 2: Togosaku to Mokube no Tokyo Kenbutsu, 1902. Rakuten Kitazawa. Manga-Museum, Japão
Fonte: comic.de
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Apesar do consumo em massa da cultura ocidental no começo do século XX, 
da modernização e do novo olhar político e econômico, não demorou muito 
para as histórias em quadrinhos japonesas se aproximassem de sua cultura. 
Após absorverem e aprenderem a fórmula de se produzir às histórias em quadrinhos 
ocidentais, grande parte das obras passaram a ser produzidas, editadas e publicadas 
pelos próprios japoneses, onde os artistas japoneses criaram seu próprio estilo, 
único perante aos quadrinhos europeus. Os leitores não ficaram longe disso, 
passando a olhar aos quadrinhos ocidentais como ultrapassados.
As primeiras três décadas do século XX são extremamente prósperas para os 
mangás. Inicia-se uma separação por gêneros e faixas etárias, surgindo assim as 
primeiras revistas para públicos específicos, como a Shonen Club, direcionada ao 
público infantil masculino, a Shoujo Club, para as meninas, a Yonen Club, para 
crianças menores e muitas outras revistas.
Ao final da década de 30, estoura a segunda guerra mundial. O Japão entra na 
guerra e os quadrinhos não ficam de fora. Muitos autores juntam-se em prol de seu 
país, criando uma grande campanha de apoio militar ao Japão. Os que se recusam 
a utilizar os quadrinhos como forma de propaganda militar, possuíam apenas duas 
opções: produzir quadrinhos de cunho familiar ou ir contra o governo, sendo, desta 
forma punidos, banidos da profissão de escritor e caindo no esquecimento.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os mangás passam por uma nova fase: 
a economia japonesa entra em crise e a produção de mangás é refreada. Para 
conseguir publicar, o escasso mercado editorial busca formas alternativas e de baixo 
custo: papel rustico, impressões monocromáticas e outras formas de economizar. 
Mesmo com a economia em crise, a busca por entretenimento barato era uma 
necessidade, uma tentativa de esquecer o sofrimento da guerra. EnquantoTóquio 
vivia um momento de desordem em seu mercado editorial, no centro comercial de 
Osaka, aproveitando-se da oportunidade, iniciou-se a publicação de livrinhos de 
quadrinhos de baixo custo, conhecidos como Akai hon (livrinhos vermelhos), por 
possuírem a capa vermelha. Eram impressos em papel grosseiro e vendidos nas 
ruas, que se tornaram extremamente populares, dando um novo gás ao mercado 
de quadrinhos no Japão pós-guerra.
Para se reerguer dos grandes danos vindos com a derrota na guerra, o Japão 
contou com a ajuda dos Estados Unidos e o intercâmbio de informações. Grandes 
fábricas foram implantadas no país, ajudando a economia a crescer e expandindo 
a oferta de empregos, porém, este se tornou um ambiente estressante para o 
cidadão, pois ele era forçado a trabalhar por longas horas, em sua maioria das 
vezes, fazendo ações repetitivas. Todo esse estresse não se limitou aos adultos 
trabalhadores, mas também passou a refletir nas crianças, que passaram a possuir 
uma carga de estudos muito grande, pois elas precisavam estudar para entrar em 
um bom colégio, para passar em uma boa faculdade e assim conseguir um bom 
emprego. Muitos pais passaram a matricular seus filhos em cursinhos pré-vestibular, 
conhecidos como Shiken Jigoku (Inferno dos Exames), por serem muito difíceis. 
Em busca de aliviar toda essa carga emocional, os mangás se tornaram a principal 
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UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
forma de escapismo do cidadão japonês, tanto para adultos quanto para crianças, 
os quadrinhos de esporte e lutas eram os mais procurados nesse período.
Em 1953, com o advento da televisão, houve um enorme impacto na publicação 
de quadrinhos. Inicialmente, os grandes editoriais ficaram preocupados com o rumo 
que os quadrinhos poderiam tomar no país, porém, o surgimento da televisão se 
mostrou um fator importante para a evolução dos mangás e para a expansão de 
seu mercado, pois, com a produção dos animes (desenhos animados originados dos 
mangás), era possível alcançar um público ainda maior do que apenas os leitores 
já assíduos, havendo um enorme aumento nos gráficos de vendas de quadrinhos 
no Japão. Além disso, a televisão trouxe novas características para os impressos, 
os autores passaram a implantar mais movimentação e dinamismo em suas obras, 
além de experimentarem novas técnicas de diagramação e enquadramento, 
emprestadas dos animes.
Figura 3: Tetsuwan Atom, 1951. Osamu Tezuka. Uma das principais adaptações de 
mangá para animação, produzida pelo estúdio de animação Mushi Produções, do próprio 
Osamu Tezuka, exibida pela primeira vez, em 1963, em preto e branco
Fonte: Kobunsha/Fuji TV
Todo esse processo histórico pelo qual o Japão passou, com certeza não foi 
em vão. Em 1970, o país começa a colher os louros de todo o sofrimento o 
sacrifício pelo qual vinha passando. Seu sucesso econômico se torna evidente para 
o mundo e o país passa a exportar os mais variados aspectos de sua cultura, como 
as estratégias econômicas, a religião, as vestimentas, a culinária e a música. As 
histórias em quadrinho entram de forma um tanto tardia, nesta lista – possivelmente 
pelo “espírito antiquadrinhos” iniciado na década de 50 nos Estados Unidos – 
inicialmente sendo alvo de críticas de educadores e conservadores. Porém, seu 
sucesso foi inquestionável. Diferente dos super-heróis inabaláveis que dominavam 
os quadrinhos ocidentais, os humildes heróis dos quadrinhos japoneses passaram 
a conquistar o público do ocidente, justamente por estarem mais próximos do 
ser humano, por crescerem, desenvolverem seus sentimentos e evoluírem com o 
passar da trama, conquistaram um público muito além das fronteiras, chegando ao 
Brasil, com força total.
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Atualmente, o mercado de quadrinhos internacional tem vivido sob algumas incertezas, 
porém, no Brasil é um dos mercados no qual têm havido grandes investimentos, 
principalmente na área dos mangás. As grandes editoras, a cada ano, têm buscado trazer os 
títulos mais populares ao país, sempre analisando as publicações e os pedidos dos leitores. 
Hoje os quadrinhos japoneses são uma das principais formas de entretenimento e um dos 
principais formadores de leitores do Brasil.
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Principais Características
Ao longo do tempo, os mangás revelaram algumas características que são 
recorrentes em grande parte de suas produções, algumas delas herdadas do traço 
limpo e único de um de seus principais autores, Osamu Tezuka.
• Olhos e Expressividade: a prin-
cipal característica herdada dos 
desenhos de Osamu Tezuka, que 
tem o teatro Takarazuka como 
inspiração. Em grande parte 
dos mangás podemos observar 
grandes olhos cheios de brilho e 
sentimento, unidos à expressivi-
dade dos personagens que, sem-
pre fortemente trabalhada, tra-
zem uma carga emocional signifi-
cativa para o leitor, conectando-o 
ao clima da história e realismo 
do personagem.
• Sentido de leitura: não é no-
vidade que, em grande parte do 
oriente, a leitura é feita da direita 
para a esquerda, com os mangás 
não é diferente. Para entender a 
história de um mangá, os balões 
de fala e as imagens devem ser 
lidos da direita para a esquerda e 
de cima para baixo.
Figura 4: Página do capítulo 1 de Naruto, onde é 
possível ver a expressão do personagem, que transmite 
sentimento ao leitor. Pode-se observar também que a 
leitura é feita da direita para a esquerda, e que a página 
é trabalhada em tons entre o preto e o branco
Fonte: Shueisha Inc
• Formato de publicação e Cores: outra característica marcante é o formato 
em que o mangá é publicado. Em sua maioria, no Japão os mangás possuem 
capítulos semanais ou mensais, publicados em revistas que reúne uma coletânea 
de diversos autores. Essas revistas possuem o miolo impresso em papel jornal, 
para baratear o custo da produção. Além disso, cada gênero dentro da revista 
é separado por uma cor e todas as histórias são monocromáticas. Nas edições 
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UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
de colecionador, vendidos em lojas especializadas, podemos encontrar os 
Tankohon, que são mangás impressos em formato de livro, em papel de 
melhor qualidade, com inclusão de curiosidades e páginas coloridas.
• Onomatopeias: diferente dos comics, as onomatopeias nos mangás são 
utilizadas de forma mais sutil e interligadas com a narrativa, tornando-se parte 
do cenário, da cena e do próprio personagem. Em alguns momentos estão tão 
integradas ao desenho que, mesmo em japonês, é fácil identificar a natureza 
do som que representam. Sônia Luyten (2012) diz que “As onomatopeias 
nos mangás estão de tal forma integradas ao desenho que, ao traduzi-las e 
substitui-las, quebra-se esse conjunto visual harmônico”.
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Figura 5: Página do mangá X (1992) pelo grupo CLAMP. Pode-se observar um grupo de onomatopeias 
como elementos gráficos (seta 1), que ajudam na dinâmica da leitura, e outro grupo (seta 2), 
que praticamente se disfarça como se fossem parte do cenário que está desmoronando
Fonte: CLAMP
• Tempo, Dinâmica e Fluidez: herança de um povo que admira a arte meditativa 
e contemplativa, o trabalho do tempo nos mangás é de suma importância. 
Devido a grande quantidade de páginas em que o autor tem a liberdade de 
trabalhar, ambientação, clima e tempo são explorados para que o leitor possa 
se envolver, quadro a quadro, com o que o autor quer mostrar, passando por 
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planos, ângulos e enquadramentos que trazem a sensação de estar mergulhado 
na história, vendo o que o personagem vê e, de certa forma, sentindo o que o 
personagem sente. Os mangás também possuem uma dinâmica única, que se 
tornou uma de suas mais marcantes características. Traços rápidos e limpos, 
assim como os cortes precisos e fluídos, trazem a sensação de movimento e 
velocidade que são explorados, principalmente, em cenas de ação e momentos 
de tensão nas histórias em quadrinhos japonesas.
Gêneros
Para facilitar a distribuição, os mangás são classificados em gêneros de acordocom o tema e o público alvo que se desejam alcançar. Os principais deles são:
• Kodomo: destinado ao público infantil, apresenta temas educativos que 
priorizam a vida em sociedade e o aprendizado. Possuem enredos simples e 
de fácil compreensão, na maioria das vezes, cada capítulo conta uma história 
fechada e é acompanhado por jogos que ajudam na assimilação do conteúdo.
• Shonen: destinado ao público masculino, apresenta histórias cheias de ação 
e aventura, muitas vezes repletas de cenas de lutas. Grande parte das histórias 
deste gênero acompanha a evolução de um protagonista e seus amigos. Alguns 
exemplos são Dragon Ball, Os Cavaleiros do Zodíaco e Naruto.
• Shoujo: destinado ao público feminino, apresenta histórias que vendem sonhos 
e fantasias, cheias de romance. Muitas tratam dos conflitos da adolescência e 
da vida escolar, suas protagonistas têm que superar adversidades para chegar 
ao final feliz. São exemplos do gênero Card Captors Sakura, Kimi ni Todoke 
e o mais recente sucesso, Ao Haru Ride.
• Hentai: a palavra derivada da expressão Hentai Seiyoku (Desejo Sexual), é 
utilizada para classificar o gênero do mangá erótico, conhecidos mundialmente. 
Em alguns casos, apresenta elementos bizarros, como cenas de sexo com 
animais, monstros e máquinas, ou em lugares extremamente inusitados, como 
playgrounds e corredores escolares.
Existem inúmeros outros gêneros e subgêneros dos mangás como muitas vezes 
estes se mesclam, tornam-se difícil de distingui-los. Outros exemplos são: Seinen, 
destinado aos jovens rapazes, como Akira; Josei, destinado às jovens mulheres, 
como NANA; Mahou Shoujo (garotas mágicas), como Sailor Moon; Yaoi 
(relacionamento entre rapazes), como Gravitation; Yuri (relacionamento entre 
mulheres), como Utena; Ficção Científica, como Ghost in the Shell; Esportes, 
como Hokuto no Ken, entre outros.
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UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
Autores de Destaque
Assim como qualquer gênero literário, o mangá possui seus principais autores.
Manga-ká: o sufixo ká incluso na palavra Mangá refere-se ao ofício, alguém que tem como 
profissão a produção de mangás. É possível destacar alguns autores e títulos que marcaram, 
não só a história do mangás, mas diversas gerações no Japão, no Brasil e no mundo.
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Osamu Tezuka
Formado em medicina, Osamu Tezuka é considerado o pai do mangá moderno 
e conhecido como o “Walt Disney do Oriente”, suas obras são um marco na arte 
dos quadrinhos japoneses. Inspirado pelo teatro de Takarazuka, os olhos de seus 
personagens são grandes, cheios de brilho e expressão, características que se 
tornaram a essência dos mangás e estão presentes até hoje em grande parte dos 
títulos publicados, tanto no Japão quanto fora dele. Possui uma enorme gama de 
trabalhos, sendo os mais conhecidos: Shin Takarajima (A Nova Ilha do Tesouro), 
1947; Jungle Taitei (Kimba, o Leão Branco) 1950, Tetsuwan Atom (Astro Boy), 
1952; Ribbon no Kishi (A Princesa e o Cavaleiro), 1953; Hi no Tori (Fênix/
Pássaro de Fogo) 1954 e Black Jack, 1973.
Tezuka dedicou 40 anos de sua vida aos mangás, sendo um dos autores mais influentes do 
meio. Criou seu próprio estúdio de animação, nomeado Mushi Produções, produzindo ele 
mesmo as versões em anime de seus mangás. Alguns de seus títulos tiveram seus animes 
exibidos no Brasil, como A Princesa e o Cavaleiro.
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Akira Toriyama
Conhecido mundialmente pelo mangá Dragon Ball (1984) possui outro 
trabalho de destaque, o Dr. Slump (1980), além de diversas outras obras. Tanto o 
anime quanto o mangá de Dragon Ball fazem sucesso até hoje, conquistando cada 
vez mais fãs. Toriyama também fez sucesso como designer dos jogos eletrônicos 
Dragon Quest (1986) e Blue Dragon (2004), o segundo adaptado para anime e 
exibido na TV aberta brasileira, sem chamar tanto a atenção quanto Dragon Ball. 
Atualmente, têm supervisionado a produção do mangá e anime Dragon Ball Super, 
continuação direta de Dragon Ball.
Massami Kurumada
Autor do aclamado mangá e anime Os Cavaleiros do Zodíaco – oficialmente 
intitulado como Saint Seiya (1986). Seu traço simples e não tão perfeito con- 
quistou as emissoras de TV, obtiveram um enorme sucesso, principalmente fora 
14
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do Japão. No Brasil, a história sobre os bravos cavaleiros que protegem uma deusa 
grega abriu portas para as possibilidades das animações japonesas, conquistou uma 
legião de fãs em um espaço de tempo extremamente curto. Possui outros títulos de 
sucesso, como Ring ni Kakero! (“Dê tudo no ringue!”, 1977), Fuma no Kojiro 
(“Kojiro dos Fuma”, 1986).
CLAMP
Com um grupo formado apenas por mulheres que surgiu na década de 80 e 
possuía 11 integrantes. Trabalhava inicialmente com Doujinshis (fanzines) originais 
e com personagens já existentes. Com o passar dos anos, alguns membros saíram 
do grupo e ele assumiu a atual formação com quatro integrantes: Tsubaki Nekoi, 
Mokona Appapa, Satsuki Igarashi, Nanase Ohkawa. As quatro dividem o trabalho 
entre si, enquanto uma desenvolve os personagens femininos, outra desenvolve 
os masculinos, outra cuida do cenário, entre outras funções. O primeiro mangá 
de sucesso do grupo foi RG Veda (1989), no Japão: Seiden (Escritura Sagrada), 
seguido por outros grandes sucessos como Tokyo Babylon (1990), X (1992), 
Guerreiras Mágicas de Rayearth (1993), no Japão: Mahou Kishi Reasu e Sakura 
Card Captors (1996), entre outros. Grande parte deles foi publicada no Brasil e os 
dois últimos tiveram seus animés dublados para português e exibidos na TV aberta. 
Rumiko Takahashi
Com quatro grandes sucessos emplacados no Japão e em grande parte do mundo, 
Rumiko Takahashi é uma das mulheres com maior representatividade no ramo dos 
mangás destinados ao público de jovens garotos, os Shonens. A autora obteve 
reconhecimento mundial principalmente com o mangá Inu-yasha (1996), que foi 
publicado no Brasil e teve seu anime exibido na TV aberta, conquistando ainda mais 
o público brasileiro. Além de Inu-yasha, os animes Urusei Yatsura (1978), traduzido 
como “Turma do Barulho”, e Ranma½ (1987) também chegaram ao Brasil.
Além dos citados, existem ainda diversos outros autores de destaque, como 
Masashi Kishimoto, Eiichiro Oda, Tite Kubo, Akira Amano, Naoko Takeuchi, 
Karuho Shiina, Hiromu Arakawa, Katsura Hoshino, Yoshihiro Togashi e a dupla 
Tsugumi Ohba e Takeshi Obata. Todos eles com obras publicadas no mundo todo 
são extremamente populares entre os jovens e admiradores do universo dos mangás.
Obras de Destaque
Assim como alguns autores merecem destaque, algumas obras também 
precisam ser citadas, principalmente pela relevância que possuem diante do 
público consumidor de mangás. Grande parte delas tornou-se mais conhecida após 
a produção de seus animes, porém, o mercado de mangás têm se expandido cada 
vez mais e, até mesmo no Brasil, existe uma enorme demanda por títulos que não 
tiveram os animes exibidos aqui e ainda assim, fazem grande sucesso.
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UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
Astro Boy
Conhecido também como Tetsuwan Atom (Poderoso Átomo), é um dos mangás 
de maior sucesso de Osamu Tezuka. Publicado em 1951, possui um enredo similar 
ao da história de Pinóquio. Fala sobre um garoto-robô construído por um cientista, 
o Professor Tenma, para substituir o filho que havia falecido em um acidente de 
carro. Porém, como o robô não cresce e nem se desenvolve como uma criança 
de verdade, seu criador fica decepcionado e acaba 
vendendo-o para o circo. Após passar por maus 
bocados, Astro Boy é adotado pelo Dr. Ochanomizu 
(Dr. Elefun, no ocidente) e passa a proteger a terra 
de extraterrestre, ciborgues e robôs defeituosos que 
ameaçam a humanidade. Apesar de ser um robô, o 
pequeno Astro Boy expressa sentimento e sonhos 
e, ao se sacrificar para salvar a terra de uma bomba 
gigante, atando-se a ela e direcionando-a para o sol, 
tem sua história encerrada.
A publicação do mangá foi encerrada em 1968, 
depois de 23 volumes de muito sucesso, não só entre 
as crianças.A série animada, produzida pelo estúdio 
do próprio Osamu Tezuka, foi ao ar no Japão em 
1963 e seus 193 episódios também foram exibidos 
em diversos países do ocidente. Astro Boy também 
possui duas adaptações para filmes e um spin-off de 
nome Jetter Mars (Menino Biônico).
Lobo Solitário
Um dos primeiros mangás a chegar no ocidente, 
Kozure Okami (Lobo e Filhote), editado no Brasil 
como Lobo Solitário, do roteirista Kazuo Koike e 
do desenhista Goseki Kojima. A história se passa 
no Japão feudal, Itto Ogami, líder de uma família 
nobre que serve diretamente ao Shogun (Xogum) cai 
na armadilha planejada por um clã rival e tem sua 
família assassinada após ser acusado injustamente de 
conspirar contra o Xogum desde então é condenado 
a viver como um ronin (mercenário) junto com seu 
único filho sobrevivente, retirado vivo do ventre da 
mãe após o assassinato e jura vingança. Oferecendo 
seus serviços como assassino de aluguel, trilha um 
caminho cheio de batalhas, ação e sangue, em busca 
de matar os cinco filhos de Retsudô, o líder da família 
que tramou contra si.
Figura 6: Tetsuwan Atom, 1951. 
Osamu Tezuka. Capa da edição 
publicada nos EUA, pela Editora 
Dark Horse, em 2008
Fonte: wikimedia
Figura 7: Lobo Solitário, 1970. Arte de 
Goseki Kojima e roteiro de Kazuo Koike. 
Capa da edição brasileira, publicada 
pela Editora Panini, em 2004
Fonte: Futabasha/Panini Comics
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A arte detalhada feita a grossas pinceladas, a ação e o drama vividos por Itto e 
seu filho Daigoro, as cenas cheias de sangue e conflitos conquistaram os leitores 
ocidentais, além de nomes de sucesso, como o próprio Frank Miller que se dispôs 
a ilustrar as capas da versão norte-americana do mangá, publicado nos Estados 
Unidos no formato de comic-book pela editora First Comics, em 1986. O mangá 
foi publicado no Japão entre 1970 e 1976, num total de 28 volumes com mais de 
oito mil e quatrocentas páginas.
No Brasil, O Lobo Solitário foi publicado pela primeira vez pela editora Cedibra, que o 
interrompeu antes do décimo volume. Em 1992, a Nova Sampa iniciou uma nova publicação, 
também sem conclusão. Apenas em 2004, o mangá caiu nas graças da Panini que fi nalmente 
publicou a série completa no país, fi nalizando-a 2007.
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Akira
Mais conhecido no ocidente por seu longa 
metragem de animação, Akira (1982), do autor 
Katsuhiro Otomo, tem como ambiente um mundo 
pós Terceira Guerra Mundial onde a cidade sem 
leis Neotokyo é dominada por facções políticas e 
militares corruptas. Em meio a tudo isso, Tetsuo 
Shima, membro de uma gangue de motoqueiros de-
linquentes, conhece Akira, um garoto com extra-
ordinários poderes psíquicos, fruto de experiências 
científicas que buscam a evolução da raça humana, 
e o liberta de seu cárcere, a partir daí uma enorme 
sucessão de acontecimentos transformam Tetsuo, 
que passa a obter um imenso e incontrolável poder. 
Planejado para não ultrapassar 200 páginas, Akira 
tornou-se um fenômeno, aclamado dentro e fora do 
Japão, sendo um dos primeiros mangás a ser publi-
cado no ocidente, consolidando e abrindo espaço 
para as publicações de quadrinhos japoneses fora 
da terra do sol nascente.
A publicação de Akira iniciou-se em 20 de dezembro de 1982, chegando ao fi m, com 6 
volumes em 1995. No Brasil, foi publicado pela editora JBC, ganhando recentemente uma 
reedição, lançada na Comic Com Experience de 2015. Possui um fi lme longa metragem de 
animação dirigido pelo próprio autor, Katsuhiro Otomo, sendo distribuído em diversas 
línguas, inclusive no Brasil.
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or
Assista ao fi lme Akira (Akira, Japao,1988) Katsuhiro Otomo.
Ex
pl
or
Figura 8: Akira, 1982. Katsuhiro Otomo. 
Capa da edição japonesa, publicada 
pela Editora Kodansha, em 1982
Fonte: Kodansha/Editora JBC
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UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
Sailor Moon
Da autora Naoko Takeuchi, Sailor Moon foi 
um dos primeiros quadrinhos japoneses publicados 
no Brasil. O enredo de Bishoujo Senshi Sailor 
Moon (Bela Guerreira Sailor Moon) gira em torno 
da estudante colegial Usagi Tsukino (Serena, na 
adaptação brasileira) que, com a ajuda de sua 
tiara mágica, pode se transformar na Guerreira 
Lunar, Sailor Moon e lutar contra demônios-zumbi 
enquanto procura pela princesa da Lua. Seu mangá 
foi publicado em 1992, e alcançou 18 volumes. 
Possui diversas adaptações para anime, totalizando 
200 episódios, 3 filmes e uma série de musicais 
para teatro. No Brasil, inicialmente foi publicado 
em forma de revista, com páginas espelhadas 
e coloridas, mas não teve muito sucesso, a obra 
original ainda é inédita no país, porém, sua nova 
publicação intitulada Sailor Moon Cristal, foi 
publicada pela editora JBC, em 12 volumes.
Os Cavaleiros do Zodíaco
Franquia de maior sucesso de Massami Kurumada, publicado em 1986. No 
Brasil, o mangá chegou em 2002, na onda do sucesso de seu anime, produzido 
pela Toei Animation e exibido pela primeira 
vez em 1994, no Brasil teve sua primeira 
dublagem pela Gota Mágica e foi exibido pela 
Rede Manchete em 1994. O mangá possui 
28 volumes, encerrado em 1991. Dentro do 
universo Saint Seiya existem ainda os mangás: 
Saint Seiya Next Dimension, escrito e ilustrado 
pelo próprio Massami Kurumada; Saint Seiya 
The Lost Canvas (A Tela Perdida), o Mito de 
Hades, ilustrado por Shiori Teshirogi, conta com 
25 volumes mais uma série de especiais (Gaiden) 
contando histórias individuais em, atualmente 14 
volumes, conta também com um anime de 26 
episódios, que não concluem a história do mangá; 
Saint Seiya Episode G e Episode G Assassin, 
ilustrado por Megumu Okada, possui 22 volumes 
no total, contando as duas séries; Saint Seiya: 
Santia Shô, tendo como desenhista a autora 
Chimaki Kuori, possuindo atualmente 3 volumes. 
Além dos mangás, a série ainda possui os animes 
Figura 9: Bishoujo Senshi Sailor Moon, 
1992. Naoko Takeuchi. Capa da 
edição brasileira, pela Editora JBC, 
publicada em 2015
Fonte: Naoko Takeuchi/Editora JBC
Figura 10: Os Cavaleiros do Zodiaco, 1986. 
Masami Kurumada. Capa da edição brasi-
leira, publicada pela Editora JBC, em 2007.
Fonte: Shueisha/Editora JBC
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de Saint Seiya Ômega e Saint Seiya Soul of Gold, o filme em computação gráfica 
Saint Seiya A Lenda do Santuário, outros 4 filmes média-metragem e 2 dois 
longas. Foi o grande responsável por abrir as portas para animação japonesa no 
Brasil, trazendo com ele outros grandes sucessos, a partir daí as editoras passaram 
a investir em importar e publicar mangás no Brasil. Inicialmente seu mangá foi 
publicado no país pela editora Conrad, sendo concluído em 48 volumes meio-
tanko, ou seja, com metade das páginas da sua versão japonesa, atualmente o 
mangá tem sido relançado pela editora JBC, desta vez em seu tamanho original.
Dragon Ball
 Publicado pela primeira vez em 1984, pela editora Shonen Jump, Dragon Ball 
é um dos mangás e animes mais conhecidos do mundo, por onde passou deixou 
um rastro de fãs apaixonados por seus personagens carismáticos, por seu enredo 
fácil e bem trabalhado e por seu traço, inicialmente, simples e redondo. A história 
do pequeno Son Goku e seus amigos em uma jornada em busca das Sete Esferas 
do Dragão foi uma das grandes responsáveis pela consolidação dos mangás pelo 
mundo. Depois de 42 volumes, por decisão do próprio autor foi encerrado em seu 
auge, em 1995.
O mangá de Dragon Ball também chegou às 
prateleiras da maior parte dos países após a exi-
bição de seu anime. No Brasil, chegou em 1996, 
conquistou um enorme fã-clube e pode ser consi-
derado até motivo de idolatria. Seu mangá possui 
um total de 42 volumes e seu anime possuí 153 
episódios e é dividido em duas sagas: Dragon Ball 
e Dragon Ball Z, além de uma saga spin-off inti-
tulada Dragon Ball GT, a qual não faz parte do 
enredo original do mangá. Recentemente foi pro-
duzida e está sendo exibida uma nova continuação 
direta do anime Dragon Ball Z, chamada Dragon 
Ball Super, que ganhou também sua versão em 
mangá, com supervisão direta de Akira Toriyama.Além de Mangás e Animes, Dragon Ball também 
é responsável por inúmeros bonecos de ação, jo-
gos de videogames, além de muitos outros produ-
tos de publicidade.
Naruto
Naruto teve sua primeira publicação em 1999 e chegou ao Brasil, através de seu 
anime, em 2006, conquistando rapidamente em enorme público. Conta a história 
de Naruto Uzumaki, um jovem ninja que possui selado em seu corpo, o espírito da 
Raposa de Nove Caudas (Kyuubi no Youko), um monstro que causou danos a vila 
Figura 11: Dragon Ball, 1984. Akira 
Toriyama. Capa da edição brasileira, 
publicada pela Editora Panini
Fonte: Shueisha/Panini Comics
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UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
onde nasceu, no passado. O enredo gira em torno 
da busca pelo sonho de Naruto, de se tornar o 
maior ninja de todos e obter o reconhecimento dos 
cidadãos de sua vila, o que se mostra uma árdua 
tarefa desde o início, passando por enorme sufocos 
e até menos pela perda de preciosos amigos e 
aliados. Seu mangá vem sendo publicado no Brasil 
em três formatos diferenciados: Original, Pocket 
(bolso) e Gold (edição de luxo), pela editora Panini. 
Possuí um total de 72 volumes. O seu capítulo final 
foi publicado no Japão em Novembro de 2014.
One Piece
Publicado desde 1997, a obra de Eiichiro 
Oda faz um sucesso estrondoso por onde passa. 
Em 2015, o volume 67 de One Piece bateu o 
recorde vendendo 4,5 milhões de exemplares na 
primeira semana, segundo o ranking da Oricon 
(empresa responsável pelas estatísticas de vendas 
de livros, CDs e DVDs no Japão).
A história gira em torno de Monkey D. Luffy, 
um jovem pirata que possui um corpo de borracha 
e busca tornar-se o Rei dos Piratas ao encontrar 
a fortuna deixada pelo maior pirata do mundo 
Gol. D. Roger, o One Piece. Atualmente (2016) 
o mangá está em seu 80º encadernado e o seu 
anime possuí 729 episódios, sendo que, alguns 
destes foram exibidos no Brasil, com cortes, não 
chegou a fazer tanto sucesso. Seu mangá teve 
sua publicação no Brasil, iniciada pela Editora 
Conrad, porém esta encerrou suas atividades 
antes de concluir a publicação e esta foi retomada 
pela Editora Panini.
Além das obras citadas, existem várias outras 
de grande relevância para a história dos mangás, 
como Doraemon (1969) da dupla Fujiko-Fujio, que fez e ainda faz muito sucesso 
com as crianças, principalmente no japão, Inu-yasha (1996) da autora Rumiko 
Takahashi, uma das melhores misturas entre batalhas, romance e folclore japonês, 
Yu Yu Hakusho (1990) de Yoshihiro Togashi, considerado um dos melhores 
mangás de lutas, tendo fãs no mundo todo, Sakura Card Captors (1996) do grupo 
CLAMP, um dos maiores sucessos do grupo, e muitos outros.
Figura 13: One Piece, 1997. 
Eiichiro Oda. Capa da edição brasileira, 
publicada pela Editora Panini
Fonte: Shueisha/Panini Comics
Figura 12: Naruto, personagem 
título do mangá de Masashi 
Kishimoto, lançado em 1999
Fonte: Shueisha/Panini Comics
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Aula de como desenhar mangá na prática
https://goo.gl/7dmsZr
Aula de como desenhar e colorir olhos no estilo Mangá
https://goo.gl/uv0rsP
Como Desenhar Mangá - Cabelos Femininos e Simetria
https://goo.gl/FuVkD2
Como desenhar Mãos - Passo a Passo
https://goo.gl/rvkZhC
História do Anime na Rede TV!
Matéria veiculada no programa Leitura Dinâmica 2a. Edição da Rede TV!, abordando 
a História do anime no Brasil
https://goo.gl/US6Yto
Especial Cultura Pop Japonesa: Mangá
Nesta primeira parte do especial de VEJA.com, saiba mais sobre o mangá, as revistas 
em quadrinhos japonesas.
https://goo.gl/Lwhept
Nesta segunda parte do especial de VEJA.com, saiba mais sobre os animês (desenhos 
animados japoneses) que viraram febre no Brasil.
https://goo.gl/gjwgXz
Nesta terceira parte do especial de VEJA.com, conheça os fãs de animê e mangá e 
saiba o que é cosplay.
https://goo.gl/McR0Aw
 Leitura
14 Entrevista | Sonia Bibe Luyten e o Poder do Mangá
Entrevista com a professora Sonia Bibe Luyten Pesquisadora pioneira do mangá na 
Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.
https://goo.gl/Kya4Xo
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UNIDADE História e Características dos Quadrinhos Japoneses (Mangás)
Referências
CAVZODIACO. Capas de Mangás. Disponível em: <https://www.cavzodiaco.
com.br/capas_dos_mangas> Acesso em: 01 de setembro de 2016.
GRAVETT, Paul. MANGÁ: Como o Japão reinventou os Quadrinhos. São Paulo: 
Conrad, 2016.
JBC Mangás. Sailor Moon: A Autora. Disponível em: <http://mangasjbc.com.
br/sailor-moon-a-autora/> Acesso em: 01 de setembro de 2016.
LUYTEN, Sônia B. Mangá: O Poder dos Quadrinhos Japoneses. 3.ed.São Paulo: 
Hedra, 2012.
MOLINÉ, Alfons. O Grande Livro dos Mangás. São Paulo: JBC, 2004.
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