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CÂNCER DE MAMA
01º DEFINIR O QUE É CÂNCER, E OS FATOR0ES QUE CONTRIBUEM PARA O SEU DESENVOLVIMENTO 
	O câncer é causado, na maioria dos casos, por mutação ou por alguma ativação anormal dos genes que controlam o crescimento e a mitose celulares. Os proto-oncogenes são genes normais, se mutados ou excessivamente ativados, tornam-se oncogenes com funcionamento anômalo capaz de formar câncer. Esses oncogenes se diferenciam dos normais porque são transcritos desmesuradamente, e geram quantidades excessivas de seus produtos, ou porque sua transcrição origina produtos aberrantes. Nas células existem também os antioncogenes, ou genes supressores tumorais, que suprimem a ativação dos oncogenes, assim, sua inativação pode permitir a ativação dos oncogenes. Enquanto os produtos dos proto-oncogenes promovem o crescimento celular, os derivados dos genes supressores tumorais inibem a reprodução excessiva dessas células. Assim, os defeitos dos antioncongenes – com base em mutações gênicas ou aberrações cromossômicas – deixam a célula sem esses “freios” naturais. Como consequência, se a célula adquire outros defeitos gênicos – agora estimulante da atividade mitótica – gera um quadro cancerígeno.
	Para não haver células mutantes cancerosa, é necessário a precisão da replicação/duplicação das moléculas de DNA cromossômico antes que a mitose aconteça, ou seja, na interfase. É preciso também, o processo de leitura de prova que corta e repara filamentos de DNA anormais através da enzima DNA polimerase II, antes que o processo mitótico ocorra.
	Embora o numero de canceres é o resultado do acaso, a probabilidade de mutações pode ser aumentada quando o organismo é exposto a fatores químicos, físicos e biológicos, incluindo:
· Radiação ionizante: radiação rompe os filamentos de DNA. Exemplos: raios X, gama, e substancias radioativas (luz ultravioleta).
· Substancias químicas, chamadas de carcinógenos. Exemplos: fumaça de cigarro, corante de anilina.
· Irritantes físicos: abrasão continua dos revestimentos do trato intestinal por alguns tipos de alimentos.
· Tendências hereditárias: nas famílias predispostas ao câncer, presume-se que um ou mais genes cancerosos já se encontrem alterados no genoma herdado, assim, muito menos mutações adicionais são necessárias para o crescimento do câncer.
· Infecções virais: no caso do vírus de DNA, a fita de DNA do vírus pode se inserir diretamente em um dos cromossomos, causando mutação que leva ao câncer. No caso do vírus de RNA, utilizam a enzima transcriptase reversa, que faz com que o DNA seja transcrito no RNA. Porém, felizmente nenhum dos canceres humanos é gerado por oncogenes transferidos por vírus. Exemplos: vírus da hepatite B aumenta a incidência de carcinoma hepático; papiloma vírus aumenta o aparecimento de câncer no útero, entre outros.
Características invasivas das células cancerosas: não há limite de crescimento célula; não há grande aderência entre as células o que provoca vagamento pelos tecidos e entrada na corrente sanguínea; e há produção de fatores angiogênicos que fornecem nutrição ao tumor através de novos vasos sanguíneos.
O tecido canceroso compete com os tecidos normais por nutriente, com o crescimento das células cancerosas, os tecidos normais gradualmente morrem por desnutrição.
REFERÊNCIAS:
	GUYTON E HALL. TRATADO DE FISIOLOGIA MEDICA. 13ª edição, Elsevier.
	DE ROBERTIS, Eduardo. BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. 4ªedição,nabara Koogan
2º ENTENDER A MUTAÇÃO GERMINATIVA DOS GENES BRCA1 E BRCA2 E SUAS CONSEQUÊNCIAS
	Os genes BRCA1 e BRCA2 são classificados como genes supressores tumorais, no qual estão relacionados aos aspectos centrais do metabolismo celular, tais como reparo de danos ao DNA, regulação da expressão gênica e controle do ciclo celular. O BRCA1 localiza-se no braço longo do cromossomo 17 na posição 21 (17q21) e codifica uma proteína com 1.863 aminoácidos, sendo sua principal função a reparação do DNA na recombinação homóloga, reparo por excisão de nucleotídeos (REN) e na regulação do ciclo celular, sendo expresso quando há uma instabilidade genômica mediada por estrogênio. O BRCA2 está situado no braço longo no cromossomo 13 na posição 12.3 e codifica uma proteína com 3.428 aminoácidos, tendo a função através da interação com a RAD51 de reparar as quebras na dupla fita de DNA. O efeito cancerígeno em células germinativas pode aparecer quando os dois genes supressores, BRCA1 e BRCA2 perderem sua função nos dois alelos (Hipótese de Knudson), com mutação na linhagem germinativa (herdada), seguida por outro evento que silencie o gene (mutação somática). Por outro lado, nos casos esporádicos são necessárias duas mutações a nível somático (mutações adquiridas) no qual resulta também na inativação gênica. Desta forma, quando estes genes perdem sua função eles não param o ciclo celular e não estimulam o sistema de reparo e a apoptose, provocando o efeito carcinogênico.
A identificação da presença de mutações germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2, é realizada por testes genéticos, sendo a escolha do método dependente dos recursos financeiros disponíveis e da existência de uma mutação identificada na família ou no grupo étnico do paciente.
	AULAS\PBL\PROBLEMA 8\000631469.pdf 
	https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12657/000631469.pdf
PARTE DO ARTIGO: 2.4.1.3 
A) ESTRUTURAS DO GENES BRCA1 E BRCA2
B) FUNÇÕES DOS GENES BRCA1 E BRCA2.
REFERÊNCIAS:
	Ewald, P.Ingrid, Rastreamento de mutações patogênicas nos genes BRCA1 e BRCA2 em pacientes brasileiras em risco para síndrome de câncer de mama e ovários hereditários. https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12657/000631469.pdf
	Coelho, S.Aline; Santos, A.S. Marielle; et al. Predisposição hereditária ao câncer de mama e sua relação com os genes BRCA1 e BRCA2: revisão da literatura.
	
3º DESCREVER A ESTUTURA ANATOMICA E HISTOLOGICA DA MAMA.
	GLÂNDULAS MAMÁRIAS: Consiste em 15 a 20 lóbulos de tubuloalveolares composta, cuja função é secretar leite para nutrir recém-nascidos. Cada lóbulo, é separado por tecido conjuntivo denso e adiposo, é, na realidade, uma glândula individualizada com seu próprio ducto excretor, chamado de ducto galactóforo.
	ESTRUTURA DAS GLÂNDULAS MAMÁRIA DURANTE A PUBERDADE E NA MULHER ADULTA: 
	* da puberdade: as glândulas mamarias são compostas de porções delatadas, os seios galactóforos, e varias ramificações desses seios, os ductos galactóforos.
	*Na puberdade: mamas aumentam de tamanho e desenvolvem mamilo proeminente que é resultante de acumulo de tecido conjuntivo e adiposo, além de certo crescimento dos ductos galactóforos; esse aumento é consequência do aumento de estrógenos.
	*Na mulher adulta: estrutura característica dessa glândula – o lóbulo – desenvolve-se a partir de extremidades dos menores ductos. Um lóbulo consiste em vários ductos intralobulares que se unem em um ducto interlobular terminal. Cada lóbulo é imerso em tecido conjuntivo intralobular frouxo e muito celularizado. Próximo a abertura do mamilo, os ductos galactóforos se dilatam para formar os seus galactóforos. O revestimento dos ductos galactóforos e ductos interlobulares terminais é formado por epitélio simples cuboide, envolvido por células mioepiteliais. 
	O tecido conjuntivo que cerca os alvéolos contêm muitos linfócitos e plasmócitos, que conferem imunidade passiva ao recém-nascido.
	Durante o ciclo menstrual, há alteração nas glândulas, proliferação de células dos ductos devido pico de estrógeno.
	O mamilo é provido de terminações nervosas sensoriais, importante para produzir o reflexo da ejeção do leite pela secreção de ocitocina.
	GLÂNDULAS MAMARIAS DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
	As glândulas mamárias sofrem intenso crescimento devido aos hormônios: estrógenos, progesterona, prolactina e lactogênio placentário humano. Há desenvolvimento de alvéolos nas extremidades dos ductos interlobulares terminais, são conjunto arredondado de células epiteliais – estruturas ativamente secretoras de leite na lactação. O leite produzido pelas células epiteliaisdos alvéolos se acumula no lúmen dos alvéolos e dentro dos ductos galactóforos. Leite: 4% de lipídios, porção apical de células secretoras que contem: caseína, lactalbumina e IgA (1,5%); lactose (7%).
 
REFERÊNCIAS: ABRAHAMSOHN.P. CARNEIRO, JUNQUEIRA. HISTOLOGIA BÁSICA. TEXTO E ATLAS. 13ª EDIÇÃO. GUANABARA KOONGAN.
4ºDISTINGUIR RISCO RELATIVO DE RISCO ABSOLUTO
Termos de risco
RA (risco absoluto) = o número de eventos (bons ou ruins) em grupos tratados ou controle, dividido pelo número de pessoas naquele grupo. Pode ser chamado de incidência.
RAC = o RA de eventos no grupo-controle
RAT = o RA de eventos no grupo de tratamento
RRA (redução do risco absoluto) = RAC – RAT
RR (risco relativo) = RAT/RAC
RRR (redução do risco relativo) = (RAC – RAT)/RAC
RRR = 1 – RR
NNT (número necessário para tratar) = 1/RRA
Exemplos
· RR de 0.8 significa um RRR de 20% (significando uma redução de 20% no risco relativo do resultado especificado no grupo de tratamento em comparação com o grupo-controle).
· Em geral, a RRR é constante em vários riscos absolutos. Mas a RRA é maior e o NNT menor em pessoas com maiores riscos absolutos.
· Se o RA de câncer de uma pessoa, estimado a partir de sua idade e outros fatores de risco, é de 0.25 sem tratamento, mas cai para 0.20 com o tratamento, a RRA é de 25% – 20% = 5%. A RRR é (25% – 20%) / 25% = 20%. O NNT é 1/0.05 = 20.
· Em uma pessoa com um RA de câncer de apenas 0.025 sem tratamento, o mesmo tratamento ainda produzirá uma RRR de 20%, mas o tratamento reduzirá seu RA de AVC para 0.020, dando um RRA muito menor de 2.5% – 2% = 0.5% e um NNT de 200.
Diferença significante
· Se o RR (o risco relativo) ou a RC (razão de chances) = 1, ou o IC (intervalo de confiança) = 1, então não há diferença significativa entre os grupos de tratamento e controle.
· Se o RR >1 e o IC não incluir 1, há maior probabilidade significativa de eventos no grupo de tratamento do que no grupo-controle.
· Se o RR <1 e o IC não incluir 1, há menor probabilidade significativa de eventos no grupo de tratamento do que no grupo-controle.
Nota
· Para expressar decimais como porcentagens, multiplique por 100.
REFERÊNCIAS: 
https://bestpractice.bmj.com/info/pt/mbe-toolkit/aprenda-ebm/como-calcular-o-risco/
5ºAPONTAR EM QUAL NÍVEL DA ATENÇÃO BÁSICA A MASTECTOMIA E O TESTE GENÉTICO ESTÃO INSERIDOS
LEI 23449, DE 24/10/2019, TEXTO ORIGINAL
Assegura às mulheres com alto risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário a realização gratuita de exame genético para pesquisa de mutação em genes relacionados a essas doenças nas unidades públicas ou conveniadas integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS - e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte lei:
Art. 1º As unidades públicas ou conveniadas integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS - realizarão gratuitamente, nas mulheres com alto risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário, exame genético para pesquisa de mutação em genes relacionados a essas doenças.
Parágrafo único. Os critérios para a definição do conceito de mulher com alto risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário serão estabelecidos em regulamento.
Art. 2º Será garantida à mulher que apresentar mutação em genes relacionados ao câncer de mama, nos termos do art. 1º, a realização, por meio do SUS, dos seguintes procedimentos:
I - exame de ressonância magnética para rastreamento do câncer de mama;
II - cirurgia de mastectomia profilática e cirurgia plástica reconstrutiva a que se refere a Lei Federal nº 9.797, de 6 de maio de 1999.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Belo Horizonte, aos 24 de outubro de 2019; 231º da Inconfidência Mineira e 198º da Independência do Brasil.
REFERÊNCIAS:
https://leisestaduais.com.br/mg/lei-ordinaria-n-23449-2019-minas-gerais-assegura-as-mulheres-com-alto-risco-de-desenvolvimento-de-cancer-de-mama-e-de-ovario-a-realizacao-gratuita-de-exame-genetico-para-pesquisa-de-mutacao-em-genes-relacionados-a-essas-doencas-nas-unidades-publicas-ou-conveniadas-integrantes-do-sistema-unico-de-saude-sus-e-da-outras-providencias
	NÍVEIS DE ATENÇÃO A SAÚDE
NÍVEL PRIMÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE — A PREVENÇÃO
O nível primário ou básico de atenção à saúde concentra as ações relacionadas à diminuição do risco de doenças e à proteção da saúde.
Para que isso seja possível, as unidades de saúde devem garantir a realização de exames e consultas de rotina, contando com a presença de profissionais generalistas na equipe.
NÍVEL SECUNDÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE — O TRATAMENTO ESPECIALIZADO
O nível secundário de atenção à saúde é formado pelos hospitais e ambulatórios responsáveis por oferecer tratamento especializado à população, garantindo o acesso às clínicas de pediatria, cardiologia, ortopedia, neurologia, psiquiatria, ginecologia e demais especialidades médicas.
O nível secundário também é responsável por garantir a estruturação dos serviços hospitalares de urgência e emergência.
NÍVEL TERCIÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE — A CIRURGIA E A REABILITAÇÃO
Por fim, no nível terciário de atenção à saúde estão reunidos os serviços de alta complexidade, representados pelos grandes hospitais e pelas clínicas de alta complexidade.
Nessa esfera, os profissionais são altamente capacitados para executar intervenções que interrompam situações que colocam a vida dos pacientes em risco. Trata-se de cirurgias e de exames mais invasivos, que exigem a mais avançada tecnologia em saúde.
CONCLUSÃO: O EXAME DE BRCA1 E BRCA2, OCORRE NO NÍVEL QUATERNÁRIO, QUE REFERE-SE AO NIVEL DE COMPLEXIDADE TECNOLOGICA MAIOR. ENQUANTO A MASTECTOMIA É FEITA PELO NIVEL TERCIARIO DE ATENÇÃO BÁSICA.
REFEFÊNCIAS: ministério da saúde.

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