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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
PRÁTICA E PROJETO DE AÇÃO PEDAGÓGICA 
"INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E CULTURA ESCOLAR."
2019
A seguinte pesquisa fundamenta-se em ações pedagógicas desenvolvidas por professores para a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais no ensino regular base. Com este estudo visa-se evidenciar o procedimento adotado pelo profissional, as estratégias utilizadas e a forma de inclusão do aluno. Trata-se de uma pesquisa com viés qualitativo, onde o principal referencial teórico utilizado foi a epistemologia genética e suas possíveis relações com a temática da pesquisa, onde se tem o objetivo de difundir e explorar a potencialidade dos meios utilizados atualmente pelos pedagogos, visando assim ampliar a discussão das estratégias no âmbito inclusivo.
Há algumas décadas a mudança permanente dos técnicos educadores em relação as práticas avaliativas tem sido cada vez mais necessária. Os convém então lembrar que é mais "válido" tentar entender alguns aspectos do desempenho acadêmico como forma de proporcionar intervenções mais eficientes, do que simplesmente registrar seu sucesso ou fracasso escolar. Por manter contato direto com o aluno em sala de aula, os professores são os profissionais mais indicados a fazer uma avaliação diagnóstica. Assim podem observar comportamentos do cotidiano e em relação as atividades, as dificuldades e facilidades especificas. 
Considera-se a diversidade de situações em que a "inteligência" se apresenta de forma mais concreta, de acordo com algumas necessidades do estudante, para seu aperfeiçoamento como integrante da sociedade. É importante lembrar que as crianças com alguma deficiência podem ser definidas por meio de suas competências que contribuem, de forma relevante, para a evolução do seu saber. Um grande exemplo que todos nós temos é o Beethoven, que se encontrava num estado bastante decadente de sua audição quando compôs a famosa melodia Nona Sinfonia. 
Em meio a tantos avanços, algumas exigências educacionais tem tido modificações. Hoje em dia nos deparamos com um número maior de estímulos, o fato de que as famílias estão menores tem uma grande influência, pois assim os pais tem mais facilidade e tempo pra dedicar ao desenvolvimento acadêmico dos filhos. Pensando de uma outra forma, de maneira geral, o esforço mental tem sido de maio exigência, sendo assim, por necessidade, as pessoas acabam aprimorando seus conhecimentos. Algumas das atividades de lazer por exemplo, como eletrônicos, jogos e comunicação, vídeo games, computadores, necessitam de uma determinada demanda de concentração, raciocínio, coordenações motoras e cognitivas. Sendo assim, é comum que as crianças utilizem o computador, assistam televisão e escutem música ao mesmo tempo, sem que percebam estão exercitando memória e atenção difusa; até mesmo o lazer traz elementos educativos, se faz necessário estar bem informado em situações de convívio social.
De fato isso gera consequências, e por meio delas, é ocasionado um novo modelo de escola que deve possibilitar a exposição e o desenvolvimento das atuais motivações infantis. Onde os alunos estão mais interessados em compreender os processos do que em decorar os dados, e algumas das formas de socialização que são permitidas pela informática, aumentam o universo do sujeito, colocando-o em contato com diferentes costumes e culturas. 
A literatura especializada diz ser a "inteligência" encontrada em todas as raças e gêneros, assim como em todas as camadas sociais. O acontecimento de superdotação, por exemplo, acontece de forma imprevisível, numa estimativa de 3% a 5% da população mundial, em alguns grupos beneficiados ou marginalizados socialmente. Feito uma histórica pesquisa, na qual mostra-se que o conceito de "inteligência" se molda de acordo com às tecnologias associadas a época. Na atualidade, a parte da informática está bem em alta. Sendo assim diversos pontos da inteligência são valorizadas ou não, conforme o contexto sócio histórico (Alencar, 1986; Brasil, 1999). 
O fato de oferecer ambientes educacionais ricos em estímulos ajuda, sem dúvidas, no desenvolvimento progressista da inteligência. Considerando necessário uma política educacional que seja de rica, de forma ampla, a evolução das capacidades dos alunos, este trabalho objetiva refletir sobre está interferência da avaliação da aprendizagem para o pleno desenvolvimento do ser humano, sobretudo refere-se às pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs).
Pessoas com NEEs normalmente apresentam alguns "impedimentos" de longo prazo, físico, mental, intelectual ou sensorial, que em contato com diversas barreiras, podem restringir sua participação efetiva na escola e na sociedade. Acerca desse alunado, Magalhães (2003) mostra ser formado por: alunos com dificuldade de aprendizagem, problemas de comportamento, deficiência física sensorial (cegos, surdos e surdos-cegos), deficiência física não-sensorial (paralisia cerebral, por exemplo), deficiência mental, deficiências múltiplas. 
Fazem parte deste grupo, os alunos com superdotação, que precisam de currículo diferenciado por sua capacidade de aprendizagem ser diferente. As pessoas diagnosticadas com altas habilidades/superdotação, de acordo com os técnicos do Ministério da Educação (MEC), demonstram um grande desenvolvimento em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes; também tem uma criatividade imensa, e possuem grande envolvimento na aprendizagem e na realização de tarefas nas áreas que lhes chama mais atenção.
As pessoas diagnosticadas com transtornos invasivos do desenvolvimento (autismo), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) também fazem parte desse conjunto de alunos que precisam de uma assistência educacional diferenciada. O aluno com NEEs, assim como qualquer outra criança, jovem ou adulto, também tem o direito de se desenvolver, tendo por legislação nacional e internacional, podendo assim colaborar de modo ativo para o avanço artístico e científico de seu país. 
Importante também lembrar que as altas habilidades/superdotação podem se mostrar relacionadas a outras NEEs, sendo encontradas, igualmente, em pessoas com dificuldades de aprendizagem, problemas de comportamento, deficiência, autismo e TDAH (Alencar, 2003; Brasil, 1999). As avaliações diagnósticas que são para verificar a qualidade da aprendizagem compõem um caminho viável e necessário para estimular o aprendizado dos alunos. Assim as classes socioeconômicas mais baixas poderão de fato ter fácil acesso a esse benefício e colaborar, cientificamente, para uma visão mais ampla e acolhedora das pessoas com NEEs, analisadas para além de suas limitações. Este trabalho, feito de uma revisão da literatura especializada, tem a intenção de refletir sobre a contribuição da avaliação educacional, nas áreas do diagnóstico e da aprendizagem, para o desenvolvimento pleno desses alunos portadores de condições especiais.
De acordo com dados obtidos a partir de um artigo publicado no site Correio Braziliense; “Atualmente, são mais de 13 mil alunos portadores de necessidades especiais estudando em escola da rede pública. Desses, 7,8 mil participam de classes comuns. Os demais 5.229 pertencem às turmas especiais (em escolas inclusivas) e às escolas só especiais. Os dados fazem parte do Censo Educacional de 2010 promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Entidade vinculada ao Ministério da Educação. Os números mostram que numa primeira barreira, o acesso à educação igualitária, começa a ser vencida na capital do país.
Segundo informações do ministério, essa é uma tendência nacional. O estado de São Paulo, por exemplo, tem mais de 128 mil alunos matriculados em turmas inclusivas, representando 68,9 do contingente. Estabelecer um ranking nacional, entretanto é difícil, já que é preciso levar em consideração as diferenças populacionais entre cada região.”É necessário, então, refletir sobre a qualidade do ensino e da estrutura física oferecida às crianças e aos adolescentes, que querem conquistar seu espaço, contudo como a própria noticia nos traz átona, estabelecer um ranking nacional, é difícil, já que é preciso levar em consideração as diferenças populacionais entre cada região, por exemplo, quando comparamos a capital, estado que o MEC aplica um maior percentual de verba, e o nordeste do país nos deparamos com uma espécie de segregação, pois ao passo que estados com mais recursos como a capital, que a própria notícia nos aponta, outros como praticamente toda região nordeste do país, apresentam um déficit.
Outro problema é o investimento no ensino primário, já que o Brasil, investe cerca de 5,2% de seu PIB, e desses, apenas 0,8% são destinados à educação inclusiva, segundo dados apresentados no último trimestre de 2016, pela Folha de São Paulo, o que representa muito pouco quando comparado ao de países que tem como referência seu ensino primário, exemplo a Suécia, que aplica quase 15% do seu PIB, outro fator que evidência a diferença no investimento é o PIB, que no caso da Suécia é potencialmente maior quando comparado ao do Brasil.
Em síntese temos nos deparamos com uma problemática que poderá apenas ser sanada por meios sociopolíticos, os quais incluem melhoramentos na educação inclusiva, mais investimentos e também aperfeiçoamentos na infraestrutura, tais como a ampliação, pois como podemos ver na notícia, há uma discrepância quando colocamos de um lado o total de crianças portadoras de necessidades especiais e de outro o número de crianças nas turmas especiais, o que é dado pela falta de salas voltadas aos pequenos portadores de necessidades especiais, todavia essa diferença é variável, sendo o fator variante o estado o qual é aplicado, pela distribuição de renda que acaba “privilegiando” estados como o de São Paulo.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse, tais quais como, um maior percentual de renda aplicada na educação primária inclusiva, o que representaria um aumento significativo da fatia do PIB, uma equidade na distribuição da renda oriunda do Ministério da Educação e Cultura (MEC), a qual estados mais carentes como os nordeste do país recebam de início um percentual maior de verba, para assim poderem se igualar aos estados com menor déficit, tais como os do Sudeste do país, e quando a situação do país toda estivesse em pleno equilíbrio e com uniformidade, a renda fosse distribuída de forma igualitária.
CONCLUSÃO:
Percebemos que é de fato um grande desafio falar de inclusão em nossa sociedade. A população ainda possui barreiras para separar as escolas regulares dos alunos portadores de necessidades especiais. A primeira, ainda que vivemos em constante evolução, temos o preconceito. A segunda levamos em consideração as dependências físicas, mesmo que, não seja o maior obstaculo, o poder publico não disponibiliza verbas suficientes para que possamos construir uma melhora nesse quesito. Uma grande barreira é a falta de conhecimento por parte das famílias sobre os direitos dos alunos inclusos. 
Sendo assim, é difícil uma luta por direitos, os quais muitos não tem conhecimento sobre. Desta forma, é necessário que os direitos dos alunos com necessidades especiais, seja de fácil acesso para a sociedade como um todo, para que assim haja uma luta justa por tais direitos.
Portanto algumas escolas, de fato não estão preparadas para recebê-los. Entretanto, esperar que elas realmente se preparam, temos como consequência esta inclusão, que demorará ainda mais para acontecer. Conclui-se então, que é preciso que as instituições educacionais dêem o primeiro passo para que o processo de inclusão tenha sucesso no desenvolvimento das crianças. 
No entanto, em meio a tantas dificuldades, não pode ser impedido que a inclusão aconteça. Mesmo porque, uma vez que a inclusão foi citada na Constituição, isto faz com que a inclusão seja intransferível, ou seja, de direito objetivo, que poderá ser considerado crime a escola que não receber alunos portadores de necessidades especiais.
Fontes:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/01/09/interna_cidadesdf,231494/obstaculos-educacionais-afetam-os-portadores-de-necessidades-especiais.shtml
https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol__1381756113.pdf
https://oglobo.globo.com/cultura/a-surdez-de-beethoven-21110949
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextHYPERLINK "http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462006000500003"&HYPERLINK "http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462006000500003"pid=S1516-44462006000500003
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/33002
https://www.politize.com.br/quanto-governo-investe-educacao/

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