A inclusão do aluno autista no ambiente escolar

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
FERNANDO MAGABEIRA SANTOS
a inclusão do ALUNO autista NO AMBIENTE ESCOLAR
SENA MADUREIRA -AC
 Fernando2010@hotmail.com
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
FERNANDO MAGABEIRA SANTOS
a inclusão do ALUNO AUTISTA NO AMBIENTE ESCOLAR
Projeto de Pesquisa elaborado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, como requisito parcial para obtenção do Grau de Licenciatura em Pedagogia no Curso de Pedagogia, orientado pelo (a) professor (a) Me. Perla Loureiro de Almeida
SENA MADUREIRA -AC
 2018
 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 REVISÃO DE LITERATURA	5
3 MATERIAIS E MÉTODOS	5
4 REFERÊNCIAS	6
INTRODUÇÃO
	Hodiernamente, o autismo é também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e caracteriza-se como uma síndrome que compromete o desenvolvimento da criança, afetando seu comportamento social e capacidade de comunicação (BURIN, 2017).
A proposta de educação inclusiva, objetiva inserir sem distinção, todas as crianças com graus variados de comprometimento social e cognitivo em ambientes escolares tradicionais, contudo, tal intento tem encontrado dificuldades, pois incluir, não é apenas integrar ao aluno ao espaço físico da escola, mas proporcionar a esse aluno, um ambiente adequado, profissionais qualificados e flexibilizações curriculares
A educadora Maria Teresa Mantoan, especialista em inclusão, afirma que a situação se concretiza como desafio, posto que a escola atual não é feita para todos.
[...] incluir não é simplesmente inserir uma pessoa na sua comunidade e nos ambientes destinados à sua educação, saúde, laser, trabalho. Incluir implica todos membros de um dado grupo, independentemente de suas peculiaridades; é considerar que pessoas são seres únicos, diferentes uns dos outros e, portanto, sem condições de serem categorizados (MANTOAN, 2000, p. 55-60).
Dificuldades tais como preparo do professor responsável por transmitir o conhecimento pedagógico, salas superlotadas, metodologias a ser aplicada e interação com os demais alunos, tem tornado a inclusão do autismo no ambiente escolar, um desfio ainda maior.
O que me inspirou a realizar essa pesquisa, foi observar as dificuldades que as crianças com Transtornos do Espectro Autista enfrentam ao ingressar e se adaptar ao ambiente escolar, bem como analisar a participação da família e da comunidade escolar neste contexto.
A dificuldade de socialização com os colegas e professores, a escassez de salas de AEE, a falta de material adequado, a conscientização de familiares dentre outros, aumentam o desafio de se trabalhar com pessoas portadoras deste transtorno. 
	A preocupação com essas crianças, diante da necessidade da inclusão, frente aos obstáculos encontrados para que essa inclusão aconteça, me fez refletir sobre como enfrentar tais problemas, com intuito de descobrir possíveis soluções.
Portanto, esta pesquisa tem por objetivo fazer uma análise dos desafios que as escolas enfrentam com a inclusão do aluno com autismo, verificando possibilidades para uma ação docente mais adequada, e salas estruturadas que possibilite às crianças autistas uma educação de qualidade.
2 REVISÃO DE LITERATURA
 Em 1994, após a realização da Conferência Mundial sobre NEE (Necessidades Educativas Especiais): acesso e qualidade, promovida pelo governo da Espanha e pela UNESCO, foi então gerada a Declaração de Salamanca (BRASIL, 1997), que diz que o princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter.
	Diante desta nova realidade, a escola passa a ser vista como um espaço de todos, onde os alunos desenvolvem o conhecimento segundo suas capacidades, evoluindo como cidadãos, nas suas diferenças. 
	No que se refere à inserção do autista no ensino regular, deve-se levar em consideração que o autista vive em um mundo diferenciado e particular, necessitando de profissionais habilitados e envolvidos para que haja um trabalho pedagógico e um processo de inclusão eficiente.
	A falta de formação continuada direcionada aos profissionais que atuarão diretamente com o aluno que necessita de uma atenção diferenciada, torna o desafio da inclusão com garantia de aprendizagem, ainda maior.
	Para Rodrigues (2008) incluir significa fazer parte da comunidade da escola, ser reconhecido como membro da comunidade escolar, ter as mesmas oportunidades que o outro tem e ser tratado com igualdade.
	De acordo com a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (1998), o autismo é uma síndrome presente desde o nascimento ou que começa quase sempre durante os trinta primeiros meses. Caracterizando-se por respostas anormais a estímulos auditivos ou visuais, e por problemas graves quanto a compreensão da linguagem falada. A fala custa a aparecer e, quando isto acontece, nota-se ecolalia, uso inadequado dos pronomes, estrutura gramatical, uma incapacidade na utilização social, tanto da linguagem verbal quanto corpórea. 
 Na educação inclusiva, VITTA (2010) diz que, para que o processo de inclusão ocorra, há necessidade da existência de uma coerência entre a maneira de ser e de ensinar do professor, além da sensibilidade à diversidade da classe e da crença de que há um potencial a explorar. A predisposição dos professores em relação à integração dos alunos com problemas de aprendizagem, especialmente se estes problemas forem graves e tenham caráter permanente, é um fator extremamente condicionante dos resultados obtidos. Por isso, uma atitude positiva já constitui um primeiro passo importante, que facilita a educação destes alunos na escola integradora. 
	
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
	Realizar pesquisas junto a professores que atuam na escola Municipal de Ensino Fundamental Siqueira de Menezes para propor atividades de apoio pedagógico, atividades adaptadas com os autistas para incentivá-los a interagir com a turma, bem como conversar com os cuidadores/mediadores que auxiliam os professores na sala de aula por meio de entrevista.
	Esta pesquisa se utilizará também de revisões bibliográficas qualitativas, por estas permitirem uma reflexão da importância da escola inclusiva para as crianças com Transtornos do Espectro Autista, contribuindo significativamente para o melhoramento do processo ensino/aprendizagem de alunos com necessidades Educativas Especiais.
	
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
	Participaram da pesquisa 05 professores e 03 cuidadores/mediadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Siqueira de Menezes. O objetivo da presente pesquisa é a de verificar como se dar a inclusão do aluno (a) autista nas atividades da escola. A seleção dos professores obedeceu a critérios como ser do quadro da escola e que estive em sala de aula trabalhando com alunos autistas.
A priori a hipótese trabalhada no inicio do projeto foi a de considerar que o aluno Autista na escola não acontece segundo os moldes da Educação Inclusiva devido a má ou falta de formação do professor ou cuidador.
Durante a realização e análise da entrevista, foi possível perceber a segurança e a confiança que o profissional entrevistado possui com relação ao ensino e aprendizagem de alunos autistas. Isso em parte se dar devido ao calendário de encontros e planejamentos que ocorrem rotineiramente visando sempre elaborar e trocar ideias acerca das necessidades do público.
	Há de se falar que também foi observada a questão da capacitação dos professores envolvidos. Essas junções de dois fatores fazem com que os educadores estejam sempre preparados para elaborar atividades que facilitam a aprendizagem dos alunos autistas.
	Também foi observado que a escola, lócus de pesquisa, apresenta estrutura compatível com a clientela, além de possuir material didático que facilite as aulas dos professores.
4 REFERÊNCIAS
AUTISMO – SITE. Disponível em:<htpp://www.autismo.com.br/>Acesso em:28, 29 e 30 de agosto de 2016.
BURIN, Lívia. TEA – Transtorno do Espectro Autista ou Autismo: causas e tratamento. Disponível em: <https://www.vittude.com/blog/transtorno-do-espectro-autista-ou-autismo/>. Acesso em: 24/03/2018.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - Disponível em: portal.mec.gov/ arquivos /pdf /salamanca.pdf. Acesso em: 06 de setembro de 2017.
https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/viewFile/31204/16802. Acesso em: 05 e 06 de setembro 2017.
http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Modalidade_2datahora_. Acesso em: 06 de setembro de 2017.
MANTOAN, M. T. E.Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
RODRIGUES, D. Revista da Educação Especial. Ed. Secretaria de Educação Especial. Brasília, v. 4, n. 2, p. 1-58, jul./out. 2008.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/conceito-de-autismo/40485. Acesso em: 28 de março de 2018.
http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2013/AT01-2013/AT01-040.pdf. Acesso em: 28 de março de 2018.
5. ANEXOS
A. Professores:
ENTREVISTA COM PROFESSORES
1. Você se sente segura e confiante para atender os alunos autistas?
2. O planejamento das atividades ocorre de acordo com as necessidades dos alunos?
3. Há capacitação específica para os professores que trabalham com alunos autistas?
4. A coordenadora pedagógica da escola dá suporte pedagógico para o trabalho de vocês?
5. Há interação dos alunos autistas com outros alunos da escola?
B) Cuidadores:
ENTREVISTA COM CUIDADORES
1. Você se sente segura e confiante para atender os alunos autistas?
2. O planejamento das atividades ocorre de acordo com as necessidades dos alunos?
3. Há capacitação específica para os professores que trabalham com alunos autistas?
4. A coordenadora pedagógica da escola dá suporte pedagógico para o trabalho de vocês?
5. Há interação dos alunos autistas com outros alunos da escola?