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Curso 1 - Direito Penal e Econômico

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Direito Penal e Econômico
Unidade 1
DIREITO AO SILÊNCIO
Nesta unidade, analisaremos o direito ao silêncio, que assegura o direito de a pessoa permanecer calada e de ser informada sobre esse fato pela autoridade.
Trataremos também do direito de a pessoa não produzir provas contra si, ou seja, o direito de não se autoincriminar. Por fim, estudaremos a garantia à assistência de um advogado.
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de:
· compreender o direito ao silêncio, a sua fundamentação e abrangência e
· analisar a jurisprudência referente aos direitos de silêncio e de não autoincriminação.
1.1 O DIREITO AO SILÊNCIO E AS SUAS ESPECIFICIDADES 
DIREITO AO SILÊNCIO
Na videoaula a seguir, abordaremos o direito ao silêncio, previsto no art. 5º, inciso LXIII da Constituição. Observe a quem se destina esse direito.
Na videoaula, também é apresentada a interpretação do Supremo Tribunal Federal. Observe a abrangência da garantia à assistência de um advogado.
Direito constitucional, onde a pessoa poderá ser manter em silencio com finalidade de não produzir uma prova autoincriminatória. 
DIREITO AO SILÊNCIO, ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS E COLABORAÇÃO PREMIADA
A Lei nº 12.850/13 trata das organizações criminosas e, no seu artigo 4º, prevê a possibilidade de haver colaboração premiada. No entanto, no parágrafo 14 do mesmo artigo, a lei exige que o colaborador renuncie ao direito de silêncio, devendo prestar o compromisso de dizer a verdade. Essa renúncia deve ser feita na presença do seu advogado.
Nesse caso, resta a dúvida: o sujeito pode mesmo renunciar à garantia constitucional do direito ao silêncio?
O sujeito não pode renunciar ao direito fundamental, mas, quando é colaborador, pode optar por não o exercer.
Leia o texto a seguir para compreender a abrangência do direito ao silêncio quanto à testemunha.
https://www.conjur.com.br/2018-out-03/violacao-direito-silencio-torna-ilicito-depoimento-testemunha
Leia o texto a seguir para compreender a abrangência do direito de não se autoincriminar nas “blitz da Lei Seca”.
https://www.migalhas.com.br/depeso/280167/motorista-nao-pode-ser-multado-por-se-recusar-a-fazer-o-bafometro
Questionamento: Uma testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, sob as penas da lei. Esse compromisso impede essa testemunha de exercer o direito de se manter calada?
R: A testemunha poderá se manter calada, exercendo o seu direito ao silêncio, para evitar a sua autoincriminação. O direito ao silêncio abrange não apenas o preso mas também as pessoas em geral, inclusive, as testemunhas.
Unidade 2
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Nesta unidade, analisaremos a garantia constitucional da presunção de inocência. Essa garantia dispõe que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de compreender a presunção de inocência e os seus desdobramentos.
2.1 A PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E OS SEUS DESDOBRAMENTOS
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Na videoaula a seguir, analisaremos a garantia constitucional de que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Atente para a explicação sobre as três normas decorrentes da presunção de inocência.
PRISÃO CAUTELAR
A prisão apenas deveria ocorrer com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Em razão da regra de tratamento decorrente do princípio da presunção de inocência, todo recurso penal tem efeito suspensivo, impedindo a execução provisória da pena.
A lei não prevê efeito suspensivo para recurso extraordinário e especial, o que, no entanto, não faria diferença, em razão da regra de tratamento que exigiria o efeito suspensivo também nesses dois recursos. Nesse sentido, confira STF, HC nº 84.078.
Ocorre que o Supremo mudou a sua posição, passando a entender que os recursos extraordinário e especial não possuem efeito suspensivo e, portanto, permitem a execução provisória da pena.
Leia o texto a seguir, para ver como o STF sumulou a regra de tratamento quanto ao uso de algemas.
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1220
Acesse a área de pesquisa do site do STJ e busque a Súmula n° 347 para conhecer o entendimento do Supremo acerca da presunção de inocência.
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp#TIT1TEMA0
Acesse a área de pesquisa do site do STJ e busque a Súmula n° 444, sobre a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=(sumula%20adj1%20%27444%27).sub
Para saber mais sobre prisão cautelar, leia o texto a seguir e entenda a problemática que envolve a discussão quanto à possibilidade ou não de prisão após decisão condenatória de segunda instância, mas antes do trânsito em julgado.
https://www.conjur.com.br/2018-fev-24/jose-jacomo-prisao-segunda-instancia-nao-fere-constituicao
Questionamento: Apresente os argumentos para a prisão após a condenação em segunda instância, mas antes do trânsito em julgado da sentença penal, trabalhando a relação com o conceito da presunção de inocência.
R: Segundo a Constituição, “LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Não se fala em inocência, mas apenas em culpa. Portanto, melhor seria “princípio da não culpabilidade”, ao invés de “princípio da presunção de inocência”. Ao não se presumir que a pessoa seja inocente, é possível que haja prisões cautelares, investigações e processamentos. Se a pessoa é considerada presumidamente inocente, seria incoerente permitir a sua prisão cautelar, investigação e processamento. Assim, não sendo presumidamente inocente antes do trânsito em julgado e já com duas instâncias de julgamento transcorridas, é possível a prisão do sujeito condenado, mesmo sem o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Unidade 3
LAVAGEM DE DINHEIRO
Nesta unidade, entenderemos o que é lavagem de dinheiro e qual é a sua dinâmica, passando por cada uma das suas fases, que são ocultação, dissimulação e integração.
Por provir de infração penal, é importante discutir sobre a sua autonomia em relação a essa infração, ou seja, se seria ou não possível condenar o sujeito sem a análise da infração antecedente.
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de:
· entender o que é lavagem de dinheiro e qual é a sua dinâmica e
· analisar a autonomia da lavagem de dinheiro quanto à infração penal antecedente.
3.1 A LAVAGEM DE DINHEIRO E AS SUAS FASES
LAVAGEM DE DINHEIRO
Na videoaula a seguir, trataremos do crime de lavagem de capitais, que consiste na conduta de quem oculta ou dissimula a origem de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal.
Atente para a dinâmica do crime e as suas fases.
CRIME ANTECEDENTE DA LAVAGEM DE CAPITAIS
Havendo uma infração antecedente, surge a dúvida: para processar e julgar o crime de lavagem de dinheiro, é preciso processar e julgar o antecedente? Vejamos o que diz a lei:
	redação antiga
	nova redação
	O artigo 2º da Lei nº9.613/1998 trazia o “princípio da autonomia”: o processo e o julgamento dos crimes dessa lei “independem do processo e julgamento dos crimes antecedentes [...], ainda que praticados em outro país.”
	No entanto, após alteração em 2012, a nova redação apresenta a lavagem como “delito acessório”: o processo e o julgamento dos crimes “independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes, ainda que praticados em outro país, cabendo ao juiz competente para os crimes previstos nesta Lei, a decisão sobre a unidade de processo e julgamento.”
Leia o texto a seguir para compreender a ação controlada, mecanismo relevante de investigação nos casos de crime de lavagem de dinheiro.
https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/334547460/em-que-consiste-a-acao-controlada
Leia o texto a seguir para saber a diferença entre lavagem de dinheiro e caixa dois.
https://brendaliciaalmeida.jusbrasil.com.br/artigos/572104046/operacao-lava-jato-quais-foram-os-principais-crimesAULA INAUGURAL ESMAFE/PR – JUIZ FEDERAL SÉRGIO MORO – LAVAGEM DE DINHEIRO
Para entender aspectos práticos do tema lavagem de dinheiro e saber como se relacionam com a teoria, assista ao vídeo da aula proferida pelo então juiz, que protagonizou um dos grandes papéis no caso conhecido como “Operação Lava Jato”.
O trecho relevante para o nosso estudo vai de 32’50’’ até 44’00’’
https://www.youtube.com/watch?v=cCTe50ENzkk&feature=emb_title
Questionamento: Leia atentamente o seguinte trecho do relatório de um acórdão do Superior Tribuna de Justiça:
“(...) No presente [habeas corpus], alegam os impetrantes que o constrangimento ilegal sofrido pelo paciente consiste na ausência de justa causa para manter a condenação remanescente no delito de lavagem de dinheiro, pois sustentam que o paciente não tinha ciência dos valores ilícitos repassados à empresa da qual tinha participação societária, não havendo, portanto, dolo em dissimular a origem do numerário. Ademais, sustentam que diante da absolvição do paciente em relação ao crime antecedente de peculato, não há como se entender configurado o crime de lavagem”. (STJ. HC 309949 DF 2014/0309753-9, Relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Data de Julgamento: 03/03/2015, Sexta Turma, Data de publicação DJe 09/03/2015)
Diante desse caso, analise a necessidade de dolo do sujeito para a prática do crime de lavagem de dinheiro e se esse crime é um delito acessório ou autônomo.
R: Segundo a ementa do próprio julgado, aplicando as regras sobre o tema, “o crime de lavagem de dinheiro tipifica-se desde que o agente saiba que o montante pecuniário auferido, por meio de dissimulação, é produto de crime antecedente. Não se exige que tenha o agente sido condenado, especificamente, pelo ilícito penal que antecede a reciclagem dos valores”.
Unidade 4
EVASÃO DE DIVISAS
Nesta unidade, analisaremos a evasão de divisas, entendendo a origem da sua tipificação no Brasil como ilícito penal, previsto no artigo 22, caput e parágrafo único da Lei nº 7.492/86, que trata dos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de:
· compreender a evasão de divisas e as suas modalidades e
· identificar a evasão de divisas no cenário nacional.
4.1 A EVASÃO DE DIVISAS E AS SUAS MODALIDADES
A evasão de divisas se enquadra em diferentes modalidades. São elas:
· efetuar operação de câmbio não autorizada para promover evasão de divisas do país; 
· promover, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisa para o exterior e
· manter no exterior depósitos não declarados à repartição federal competente.
EVASÃO DE DIVISAS
Na videoaula a seguir, analisaremos as diferentes modalidades da evasão de divisas.
Atente para a dinâmica da operação dólar-cabo, que não se encaixa exatamente nas modalidades anteriores, mas foi interpretada pelo judiciário como sendo crime de evasão de divisas.
Leia o texto a seguir para saber mais sobre o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária no Brasil.
https://www.jota.info/paywall?redirect_to=//www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/e-necessario-desmistificar-a-repatriacao-de-recursos-24042017
Questionamento: Um sujeito residente no Brasil praticou atos de corrupção e remeteu o dinheiro para o exterior. Em face do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária existente no Brasil, ele deseja buscar a anistia prevista para quem repatriar os recursos não declarados em contas no exterior. O sujeito do caso apresentado tem direito de repatriar os recursos com base no referido Regime Especial?
R: O sujeito tem direito somente aos bens e direitos de origem lícita, entendidos como aqueles adquiridos por meio de recursos oriundos de atividades permitidas ou não proibidas pela lei, bem como objeto, produto ou proveito dos crimes anistiados pela lei.
 
Nesta série, vimos aspectos relevantes e críticos acerca da relação entre os seguintes temas: 
· direito ao silêncio, presunção de inocência, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
· Esperamos que, com isso, você seja capaz de:
· identificar a extensão do direito ao silêncio;
· compreender a dinâmica da presunção de inocência, que permite algumas medidas mesmo antes do trânsito em julgado da sentença condenatória;
· discutir sobre a lavagem de dinheiro e os seus aspectos legais e
· identificar os aspectos atuais da evasão de divisas, especialmente a repatriação de recursos.

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