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Classificação da Paralisia Cerebral Recomendado o uso de imagem com fundo transparente (.png). Cao opte por uma imagem com fundo branco, favor fazer uma moldura para a mesma. Imagem: http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/pc/ A Paralisia Cerebral pode ser classificada pelos médicos a partir de duas maneiras: Paralisia Cerebral Classificação com base na localização da lesão cerebral Classificação com base na localização dos problemas de movimento Vamos começar falando sobre a Classificação com base na localização da lesão cerebral que são apresentadas da seguinte maneira: Classificação com base na localização da lesão cerebral Paralisia cerebral piramidal (espástica) Paralisia cerebral extrapiramidal Paralisia cerebral do tipo misto -A PARALISIA CEREBRAL PIRAMIDAL (ESPÁSTICA): É o tipo mais comum, atingindo 80% das crianças que possuem paralisia cerebral. Alguns sintomas apresentados na Paralisia Cerebral Piramidal (Espástica): - Músculos tensionados prejudicando os movimentos; - Movimentos reflexos muito mais forte e mais rápido do que o normal; - Encurtamento anormal dos músculos e tendões, ocasionado pela falta de movimento completo; -Movimentos involuntários. Na Paralisia Cerebral Piramidal (Espástica) a lesão existe no córtex cerebral motor que é a parte do cérebro que controla os movimentos voluntários do corpo e se encontra na parte superior do cérebro. E também pode estar nos tratos piramidais, onde são transmitidos os sinais motores aos músculos. Imagem 1 Imagem 1: Retirada do livro: Crianças com Paralisia Cerebral. Elaine Geralis, 2007, p. 18. Quando acontecem lesões no córtex motor cerebral ou nos tratos piramidais o cérebro possui dificuldade em se comunicar com os músculos em um dos lados do corpo ou em ambos os lados. Lesões no córtex motor do lado direito do cérebro provocam dificuldades de movimento do lado esquerdo do corpo e vice- versa. Imagem 2 Imagem 2: http://www.amambainoticias.com.br/geral/afinal-qual-e-a-diferenca-entre-o-lado-direito-e-o-esquerdo-do-cerebro PARALISIA CEREBRAL EXTRAPIRAMIDAL: Este tipo de paralisia é apresentada aproximadamente em 10% das crianças. Ela ocorre por lesões geradas no cerebelo ou nos núcleos da base, o que faz com que a criança desenvolva movimentos involuntários, principalmente na face, nos braços e no tronco, prejudicando os movimentos coordenados. A criança com paralisia cerebral extrapiramidal, com frequência apresenta diminuição do tônus muscular, apresentando dificuldade para se sentar e caminhar. Além disso também estão presentes problemas de deglutição, baba e fala de difícil compreensão. Imagem 3 Imagem 3: http://fisiolifealecardoso.blogspot.com.br/2014/09/atuacao-da-fisioterapia-na-paralisia.html Rigidez: aumento significativo do tônus (hipertonia) independente da posição e movimentos limitados. Existem vários tipos de movimentos involuntários que podem estar associados à paralisia cerebral extrapiramidal, dentre elas podemos citar: Atetose: movimentos lentos de contorção principalmente nas mãos, dedos e punhos. Ataxia: a criança com ataxia apresenta lesão no cerebelo, o que afeta o equilíbrio, a coordenação dificultando o ficar em pé e o caminhar. É comum os movimentos involuntários desaparecerem enquanto a criança dorme. PARALISIA CEREBRAL TIPO MISTO: Ela se configura pela presença do tônus muscular espástico da paralisia cerebral piramidal junto com os movimentos involuntários da paralisia cerebral extrapiramidal. Normalmente acontece devido a lesões em ambas as áreas, piramidal e extrapiramidal que se encontram na medula espinhal. Das crianças com paralisia cerebral, apenas 10% apresentam este tipo de paralisia. Estudaremos agora sobre a Classificação com base na localização dos problemas de movimento: Além dos médicos avaliarem o Sistema Nervoso Central (SNC) para a classificação da Paralisia Cerebral eles também levam em consideração como ela afeta a face, os braços, as pernas e o tronco, visto que diferentes lesões podem afetar diferentes partes do corpo. Assim, elas podem ser classificadas como: Classificação com base na localização dos problemas de movimento Monoplegia Diplegia Hemiplegia Tetraplegia Hemiplegia dupla MONOPLEGIA: Na monoplegia apenas um membro (perna ou braço) é afetado. Os prejuízos motores são considerados leves e podem desaparecer com o tempo. A monoplegia é rara. Imagem 4 Imagem 4: http://www.eaci.com/adoption-facts/special-needs-spotlight-cerebral-palsy/ DIPLEGIA: Os membros mais afetados são as pernas da criança. Por causa de seus músculos espásticos ela tende a ficar em pé com as pontas dos pés e com as pernas cruzadas. Porém, costumam ter controle adequado do tronco, dos braços e da cabeça. Imagem 5 Imagem 5: http://www.eaci.com/adoption-facts/special-needs-spotlight-cerebral-palsy/ HEMIPLEGIA: Na hemiplegia apenas um dos lados do corpo é afetado pela Paralisia Cerebral. O braço costuma ser o membro mais afetado apresentando-se flexionado ou inclinado. O membro do lado afetado pode ser mais “curto” ou menos desenvolvido do que o membro do outro lado do corpo. 50% das crianças com hemiplegia possuem perda de sensibilidade. Imagem 6: http://www.eaci.com/adoption-facts/special-needs-spotlight-cerebral-palsy/ Imagem 6 TETRAPLEGIA: Todo o corpo da criança é afetado na Paralisia Cerebral (face, tronco, braços e pernas), sendo no entanto os membros inferiores (pernas e pés) os mais comprometidos. Existem prejuízos significativos nos músculos faciais que prejudicam a alimentação e a fala. Tetraplegia Imagem 7: http://www.eaci.com/adoption-facts/special-needs-spotlight-cerebral-palsy/ Imagem 7 HEMIPLEGIA DUPLA: É semelhante a tetraplegia, a única diferença é que a Paralisia Cerebral compromete mais os braços do que as pernas e pés. Maiores prejuízos também podem ocorrer na alimentação e na fala. Hemiplegia dupla Imagem 8: http://www.eaci.com/adoption-facts/special-needs-spotlight-cerebral-palsy/ Imagem 8 Assim, percebemos a importância não somente da constatação da paralisia cerebral mas também da avaliação individual dos aspectos envolvidos e as suas implicações no desenvolvimento da criança. Além da relevância de um diagnóstico com intervenção precoce com o objetivo de aproveitar ao máximo a plasticidade cerebral que na criança ocorre de forma mais intensa. Capacidades adaptativas do SNC (Sistema Nervoso Central) Referência Bibliográfica GERALIS, E. Crianças com Paralisia Cerebral. Guia para pais e educadores. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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