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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PÓS GRADUAÇÃO EM PENAL E PROCESSO PENAL Resenha Crítica de Caso Nome do aluno (a) Suelen dos santos Pinho Margiota Trabalho da disciplina Prática do Processo Penal Tutor: Prof. MILAY ADRIA FERREIRA FRANCISCO PETRÓPOLIS 2020 El PAIS – OPERAÇÃO LAVA JATO. Referência: BENITES, Afonso. El Pais – Operação Lava Jato. In El Pais Brasil. Março de 2019. Disponível em < https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/22/politica/1553288450_214915.html> Acesso em: 05 de fevereiro de 2020 BENITES, Afonso. El Pais – Operação Lava Jato. In El Pais Brasil. Março de 2019. Disponível em < https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/22/politica/1553288450_214915.html> Acesso em: 17 de abril de 2020 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 12ª. ed. rev., ampl. e atual. Salvador: JusPodivm, 2017. A reportagem sugerida pelo caso concreto trata de um tema de grande relevância para o direito, fala da prisão preventiva decreta para o Ex-Presidente Michel Temer e outros envolvidos na operação lava jato, por serem suspeitos de receber propina. No caso em questão o Juiz Marcelo Bretas o responsável pela operação lava jato no Rio de Janeiro, decretou a prisão preventiva, com base em ser uma medida em tentativa de garantir a ordem pública, ação essa que acabou causando polêmica no meio jurídico. Na reportagem do El Pais podemos ver a posição de dois especialistas no assunto, porém ambos não tiveram acesso à integra do processo, na análise que ambos fizeram se basearam na decisão do juiz Marcelo Bretas como vemos na reportagem. Para o promotor Roberto Livianu a decisão do juiz foi acertada, uma vez que está bem fundamentada, e existe base jurídica para tal decisão de prisão. Já para o advogado criminalista José Carlos Abissamra, ele entende que o decreto do juiz não se baseia em provas concretas, é “escandaloso”, uma “deturpação do direito” nas suas palavras, e ainda diz que o decreto será revertido em instâncias superiores, pois acredita que será considerado sem fundamento. Quando o juiz baseia sua decisão no critério de manter a ordem pública, não vejo embasamento eficaz para se manter o decreto prisional, segundo o Doutrinador Nestor Tavora: “É necessário que se comprove este risco. As expressões usuais, porém evasivas, sem nenhuma demonstração probatória, de que o indivíduo é um criminoso contumaz, possuidor de uma personalidade voltada para o crime etc., não se prestam, sem verificação, a autorizar o encarceramento. A mera existência de antecedentes criminais também não seria, por si só, um fator de segurança, afinal, de acordo com a jurisprudência da Suprema Corte, o simples fato de já ter sido indiciado ou processado, implica no reconhecimento de maus antecedentes. (TAVORA; ALENCAR, 2017, p. 1254) Com isso o fato de haver prévia informação, no inquérito policial, de indícios de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, não garante nem dá embasamento a decretação antecipada da prisão. A analise deste caso foi de extrema importância para o entendimento mais aprofundado da disciplina pratica do processo penal, uma vez que ver a atuação do judiciário e o embasamento das decisões e as controvérsias em torno da matéria, nos leva a entender melhor o conteúdo. Para esta analise deste case, busquei entender a prisão preventiva, os critérios que envolvem o que é ordem pública, busquei posições de juristas e doutrinadores no tema, fazendo assim que minha resenha ficasse mais rica em conteúdo.