Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA IMPLANTAÇÃO DA FERRAMENTA DE QUALIDADE “5S” EM EMPRESA DE EMBALAGENS DE PAPELÃO Vívian Schneider Lajeado, junho de 2015. Vívian Schneider IMPLANTAÇÃO DA FERRAMENTA DE QUALIDADE “5S” EM EMPRESA DE EMBALAGENS DE PAPELÃO Artigo apresentado na disciplina de estágio supervisionado, do Curso Técnico em Química, do Centro Universitário UNIVATES, como parte da exigência para a obtenção do título de Técnico em Química. Orientadora: Profª. Fabiana Maria Mallmann Lajeado, junho de 2015. IMPLANTAÇÃO DA FERRAMENTA DE QUALIDADE “5S” EM EMPRESA DE EMBALAGENS DE PAPELÃO Vívian Schneider1 Fabiana Maria Mallmann2 Resumo: Metodologia criada e idealizada no Japão, nos anos 60, visando à melhoria do ambiente das empresas, o programa 5S – seiri, seiton, seiso, seiketsu e shitsuke – que na tradução interpreta-se senso de utilização, organização, limpeza, padronização e disciplina, é uma ferramenta essencial a todas as empresas que procuram um melhor ambiente de trabalho, o bem estar de seus funcionários e colaboradores, bem como a satisfação dos clientes. Cita-se como objetivo do programa a melhoria no ambiente de trabalho, a redução de desperdícios, prevenção de acidentes, aperfeiçoamento dos processos, melhoria da moral dos funcionários e o incentivo a criatividade. Este trabalho mostrará como foi feita a implantação do programa e os resultados obtidos em uma empresa de embalagens de papelão, que procurava melhorar a questão física e moral no ambiente de trabalho. Antes da implantação do programa, a organização, a limpeza, a utilização do espaço e a facilidade de encontrar o material procurado dentro da empresa eram consideradas regular e ruins, já após a implantação estes quesitos passaram a ser considerados bons e ótimos. Tanto os colaboradores quanto a direção da empresa corresponderam de forma positiva à implantação do programa, o que reflete não somente nos setores onde o mesmo foi implantado, mas na empresa de um modo geral. Percebe-se, de forma nítida, a preocupação que todos têm em manter os utensílios e materiais padronizados e em bom estado. Por fim, conclui-se que o programa “5S” é de simples e fácil implantação, porém seu sucesso depende unicamente do envolvimento dos colaboradores, além de trazer benefícios imediatos para a empresa. Considera-se que o programa é essencial a todas as empresas, pois os avanços realizados por ele trazem melhor qualidade de vida e de trabalho, além de melhor produtividade, com um produto final de maior qualidade, e finalmente maior ganho financeiro. Palavras-chave: Qualidade. Organização. Ambiente motivador. Benefícios. OBJETIVO O desenvolvimento deste trabalho objetiva melhorar o funcionamento da empresa, com a implantação da ferramenta 5S´s, deixando cada setor mais limpo e organizado, com as ferramentas de trabalho separadas e sempre a mão para quando for necessária a sua utilização. Selecionar e nomear ferramentas para facilitar sua localização na empresa, bem como, conscientizar a todos os envolvidos a importância de manter o local de trabalho sempre organizado e com práticas que visem à segurança de todos. 1 INTRODUÇÃO O programa ”5S” tem grande importância nas mudanças a serem realizadas dentro da empresa, visando à implantação de um programa de qualidade total. 1 Acadêmica do curso Técnico em Química, Centro Universitário – UNIVATES, Lajeado/RS. schneidervivi@yahoo.com.br 2 Química Industrial, Formação Pedagógica para Docentes; Professora no Centro Universitário UNIVATES Lajeado/RS. fabi_mall@hotmail.com mailto:schneidervivi@yahoo.com.br Será descrito no trabalho uma breve história do programa e o conceito de cada um dos 5S’s. Mostrará como a implantação do programa auxilia na redução de custos, devido ao menor desperdício de tempo e de matérias-primas, melhora a utilização do espaço físico dentro da empresa, por não armazenar materiais desnecessários, aumentando a qualidade dos produtos oferecidos pela empresa. Para o desenvolvimento do trabalho, realizou-se uma pesquisa de opinião para avaliar a satisfação dos envolvidos antes e após a implantação do programa, e o resultado da mesma foi expresso em forma de gráficos. A implantação do programa foi realizada por meio de etapas, que mostraram inicialmente, com o auxilio de fotos, o estado atual em que a empresa se encontra. Após este processo, realizaram-se as mudanças necessárias para a melhoria da empresa. Após a implantação, foram realizadas auditorias para verificação de cada setor onde o programa foi instaurado e os resultados foram levados ao conhecimento de todos os colaboradores, demonstrando os benefícios que a implantação do programa gera a empresa. 2 O PROGRAMA E OS 5 SENSOS O programa 5S é uma metodologia criada e idealizada no Japão, nos anos 60, visando à melhoria do ambiente das empresas, que eram muito sujas e desorganizadas, e ainda, acabar com o desperdício, diminuir o número de acidentes pessoais e impessoais e melhorar a produtividade das empresas (FILHO, 2003). O programa objetiva: melhorar o ambiente de trabalho, reduzir o desperdício, evitar acidentes de trabalho, aperfeiçoar os processos, melhorar a moral dos funcionários e incentivar a criatividade (ZANELLA, 2009). O Programa 5S poderá se constituir em um instrumento técnico de suporte dos programas de gestão de qualidade, e se fundamenta nos conceitos: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke (ZANELLA, 2009). Seu nome provém de palavras que, em japonês, iniciam com S. Na tradução para o português, foram interpretados como Sensos, não somente para manter o nome 5S, mas porque refletem melhor o significado das palavras em japonês (UDESC, 1996). Neste sentido, adotou-se: Seiri: Senso de Organização ou utilização: Seiton: Senso de Arrumação ou Ordem: Seiso: Senso de Limpeza: Seiketsu: Senso de Padronização ou Saúde; Shitsuke: Senso de Disciplina (OSADA, 1992). 2.1 SEIRI: SENSO DE ORGANIZAÇÃO OU UTILIZAÇÃO O senso de organização ou utilização consiste em analisar os locais de trabalho e classificar os objetos segundo sua utilidade ou freqüência de uso e retirar do ambiente tudo o que não necessita estar neste local (UDESC, 1996). Para isto, deve-se: Identificação Providências Quando é usado toda hora Manter ao alcance das mãos para uso imediato. Quando é usado todo dia Colocar próximo ao local de execução do serviço. Quando é usado semanalmente Colocar no depósito ou almoxarifado. Quando não há freqüência de uso Colocar no arquivo inativo ou depósito de sucata. Quando é desnecessário Certificar-se se o material não é útil no setor e verificar se pode ser doado, trocado, vendido, recolhido ao almoxarifado ou até descartado. Fonte: Filho, 2003. Ao passo em que se livra do que não é necessário, é preciso dar-se atenção a equipamentos que não funcionam corretamente e a peças quebradas, pois só se percebe a utilidade e a necessidade que se tem de algo que está bem conservado e em perfeito funcionamento (OSADA, 1992). A implantação deste Senso traz vários benefícios para a empresa, que vão desde a melhoria do ambiente de trabalho e da moral dos funcionários, até a liberação de áreas que eram ocupadas com materiais desnecessários, redução do estoque de peças sobressalentes, redução de risco de acidentes por materiais dispostos sem controle, redução e eliminação do tempo de procura de materiais, ferramentas e documentos, reciclagem de materiais e liberação de máquinas paradas sem uso (ABRANTES, 2007). 2.2 SEITON: SENSO DE ARRUMAÇÃO OU ORDEM Neste senso efetua-se a arrumação dos objetos, materiais e informações úteis, de forma funcional, possibilitandoo acesso rápido e fácil (UDESC, 1996). Deve-se usar o conceito de que o primeiro material que entra é o primeiro que deve sair, assim como é preciso padronizar a nomenclatura dos objetos, evitando que um material tenha vários nomes e para que todos os colaboradores falem apenas um idioma dentro da empresa (FILHO, 2003). Este senso literalmente acaba com os “feudos” e segredos, onde apenas poucos funcionários sabem onde estão guardados os objetos, documentos e dados (ABRANTES, 2007). O senso de ordenação traz benefícios como: facilidade e rapidez para encontrar documentos e materiais; reduz acidentes de trabalho que podem ocorrer devido à desorganização; facilita a comunicação entre empregados; evita a compra de materiais e componentes desnecessariamente; facilidade no controle de pedidos de compras para reposição de estoques e boa apresentação do ambiente de trabalho (FILHO, 2003). 2.3 SEISO: SENSO DE LIMPEZA Para Filho, (2003) o senso de limpeza não se limita em retirar pó e sujeira, mas é imprescindível que cada pessoa, após utilizar o material ou equipamento, deixe-o em condições de uso. Já para Udesc (1996), significa também demonstrar que está limpo e que cada pessoa deve ter o compromisso de manter limpo seu local de trabalho antes, durante a após a jornada diária. Todo e qualquer lixo deve ser jogado em local apropriado, pois um local limpo não é o que mais se varre, e sim o que menos se limpa. Lixo no lixo e sucata na sucata: cada coisa em seu lugar (FILHO, 2003). A limpeza é a atividade mais básica do 5S, não existe trabalho que não envolva limpeza. Pode também ser encarada como uma inspeção, pois com equipamentos e máquinas limpas, é possível detectar qualquer problema enquanto ele ainda é pequeno, possibilitando que seu reparo seja realizado imediatamente. O grau de limpeza é muito importante para a segurança e a qualidade dos produtos oferecidos (OSADA, 1992). O senso de limpeza tem como benefícios: prevenção de acidentes, refletindo na redução de afastamentos de funcionários; ambientes de trabalho mais limpos e seguros; combate aos desperdícios; redução de poluição e agressões ao meio ambiente e maior controle na conservação de materiais (ABRANTES, 2007). 2.4 SEIKETSU: SENSO DE PADRONIZAÇÃO OU SAÚDE Filho (2003), afirma que este senso refere-se à manutenção das condições de trabalho físicas e mentais adequadas a boa saúde. Osada (1992) aponta esse senso como sendo o resultado de concentração constante em organização, arrumação e limpeza, além disso, é preciso manter rotinas definidas e esforços constantes para manter os sensos anteriores. Praticar o senso de saúde é estar atento ao bem-estar próprio e coletivo, preocupando- se em manter um bom clima organizacional e zelo pela qualidade das relações de trabalho (UDESC, 1996). Este requisito preconiza a manutenção dos funcionários no trabalho em perfeitas condições de higiene, asseio e bem-estar, com medidas de proteção a saúde e segurança, abrangendo ruídos, odores, iluminação, temperatura, ergonomia e equipamentos de proteção. Para isto devem ser estabelecidas regras de segurança e proteção aos ambientes de trabalho (ZANELLA, 2009). Os apelos visuais estão entre as ferramentas mais eficazes à disposição. Pode-se usar etiquetas para identificação de materiais, equipamentos ou produtos armazenados em determinado local; uso de marcadores para visualização do que está ocorrendo, realizar o mapeamento dos problemas (OSADA, 1992). O senso de padronização traz como benefícios o equilíbrio mental e físico; a melhoria do ambiente de trabalho e convivência social dentro da empresa; melhoria da imagem empresarial ao público externo e melhoria do nível de satisfação e motivação das pessoas envolvidas (FILHO, 2003). 2.5 SHITSUKE: SENSO DE DISCIPLINA Significa a observância da rotina, da busca constante de melhorias e reeducação de hábitos e atitudes (ZANELLA, 2009). É o ultimo S e refere-se à manutenção de todos os outros quatro já implantados, pois se está bom, pode ficar melhor ainda (FILHO, 2003). Segundo Udesc, 1996, o senso de autodisciplina é algo pessoal, pois indica o momento em que as pessoas se conscientizam da necessidade de buscar o auto-desenvolvimento e consolidar as melhorias já alcançadas com a prática dos demais sensos, não descuidando do constante aperfeiçoamento. É o senso mais complexo de ser alcançado, pois exige ações e tempo para que todos o desenvolvam, principalmente porque este senso mexe com a cultura e o comportamento das pessoas (ABRANTES, 2007). Através da prática dos outros S implantados, todos os colaboradores incorporarão as regras criadas para o bem estar de cada um e o bom funcionamento empresarial (FILHO, 2003). Para Osada (1992), em muitos aspectos, a criação de um ambiente de trabalho disciplinado é a mais importante medida para garantir a qualidade, pois, como errar é humano, é muito difícil fazer a mesma coisa corretamente sempre. Todos têm uma grande tendência de fazer algo da forma mais fácil e não da forma mais correta, aumentando assim, a chance de cometer erros. Este senso tem como benefícios: o cumprimento dos procedimentos operacionais; constante auto-análise e busca de aperfeiçoamento; manutenção dos quatro sensos anteriores e colaboradores mais motivados (FILHO, 2003). 3 CONTROLE E AVALIAÇÃO O programa “5S” é uma mudança muito importante do comportamento de todos os envolvidos, pois contribui decisivamente para o controle do desperdício, limpeza e organização (FILHO, 2003). Para o controle e a avaliação do programa, devem ser feitas auditorias em intervalos mensais ou trimestrais, dependendo da necessidade que a empresa apresentar, sempre sob uma coordenação e com equipes escolhidas para este fim. Após estas auditorias, é possível gerar um plano de ação para que as pendências apontadas possam ser melhoradas ou resolvidas em breve (FILHO, 2003). 4 A IMPLANTAÇÃO Para a implantação do programa iniciou-se pela conscientização da gerência e demais envolvidos na empresa, com a distribuição de material explicativo. Discutiram-se idéias com a coordenação e fez-se uma inspeção nos setores da empresa, para identificar os que necessitam de mudanças mais urgentes. Elegeram-se quatro setores, sendo eles: depósito de amostras, depósito de telas e navalhas, depósito de produtos acabados e o espaço sob a mesa. Após definir os setores nos quais se implantará o programa, realizou-se uma pesquisa de opinião, para verificar a satisfação dos colaboradores da empresa quanto à organização, limpeza, utilização do espaço e facilidade de encontrar o material procurado em cada setor. Em seguida, iniciou-se a implantação do programa, seguindo dentro do plano “5S”. 4.1 DEPÓSITO DE AMOSTRA Neste setor observou-se grande quantidade de amostras, frascos, arquivos e materiais jogados sem nenhuma ordenação, repetidos e sem utilidade. Além disso, a limpeza estava mal-feita e descuidada. Iniciou-se separando o necessário do desnecessário, descartando o desnecessário em local adequado. Após esta etapa, fez-se uma limpeza no local, para posteriormente guardar o que é necessário em local adequado e de forma organizada. Adquiriu-se uma estante para acomodar os arquivos que necessitam ser guardados, sendo que estes arquivos foram dispostos por ordem anual. As amostras foram guardadas por tamanho, o que permite melhor visualização e acomodação das mesmas. Estas amostras também foram colocadas em um local específico, facilitando o acesso às mesmas. 4.2 DEPÓSITO DE NAVALHA E TELA Observou-se neste setor muitas telas e navalhas inativas misturadas com as que são usadas com freqüência, o que dificulta o acesso ao material que se necessita. Também percebeu-se que estes materiais eram dispostos sem nenhuma ordenação e sem qualquer disciplina. As telas não utilizadas foram retiradas do local e encaminhadas para armazenagem,onde não ocuparão o lugar de equipamentos que são necessários para uso periódico. As navalhas inativas foram separadas das demais, empilhadas e armazenadas em outro espaço. Efetuou-se a limpeza do setor e acondicionou-se telas e navalhas por tamanho. As navalhas foram padronizadas por ordem numérica e colocadas em sub-setores, que foram também padronizados, porém por ordem alfabética, facilitando o acesso às mesmas e diminuindo o tempo gasto na procura por este material. 4.3 DEPÓSITO DE PRODUTO ACABADO Neste setor não se observou materiais jogados, porém os produtos acabados estavam dispostos sem ordenação, com espaços vazios sem utilidade e sem qualquer informação que indicasse o cliente, quantidade e o período em que o material se encontra estocado. Inicialmente, procedeu-se uma limpeza no setor e organizou-se os produtos de forma correta, eliminando os espaços vazios. Padronizou-se os produtos com fichas de identificação, onde constam a razão social do cliente, a referência da caixa, a data e a quantidade de entrada e saída do referido material no estoque, possibilitando que todos os envolvidos tenham consciência dos produtos acabados existentes dentro da empresa. 4.4 ESPAÇO SOB A MESA Neste espaço verificou-se grande acúmulo de poeira e de materiais sem utilidade. Observou-se também que os utensílios que precisam ser acondicionados neste local, eram guardados sem nenhum cuidado e organização, sendo apenas deixados neste espaço sem nenhuma prevenção contra o acúmulo de sujeira sobre eles. Após ser feita a seleção dos materiais e o descarte do que não é útil, guardou-se os materiais necessários em caixas identificadas com seu conteúdo, o que facilita a localização de cada material. Os demais utensílios foram dispostos em ordem de utilização e a vista de todos, melhorando o acesso aos mesmos. 4.5 ARMAZENAGEM Os materiais e utensílios classificados como úteis, mas que são usados com pouca freqüência foram armazenados em locais nos quais não interferem no desenvolvimento diário da empresa. As telas não usadas foram guardadas em uma sala a parte, localizada na parte externa da empresa, onde podem ser localizadas caso haja necessidade. As navalhas inativas foram acondicionadas por tamanho e armazenadas junto ao depósito de amostras, onde, devido à implantação do programa, houve aumento significativo no espaço, sendo que neste local as navalhas ficam guardadas para eventual necessidade. 4.6 DESCARTE Os materiais classificados para serem enviados ao descarte foram, na maioria, materiais produzidos a partir da matéria-prima, ou seja, chapas de papelão corrugado, sendo que o material desta natureza é reciclável. Por este motivo, os materiais foram descartados em um container, que posteriormente, foi recolhido por empresa especializada e responsável pela seleção e reciclagem destes materiais. Os frascos retirados do setor de amostras foram enviados para reciclagem juntamente com as demais sobras de papelão. 4.7 PESQUISA DE OPINIÃO A pesquisa realizou-se a partir do seguinte questionário: Sua opinião é muito importante para a realização satisfatória das mudanças. Por isso, aponte sua opinião sobre os itens de cada setor. 1- Em relação ao depósito de amostras: 1.1- A organização do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 1.2- A limpeza do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 1.3- A utilização do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 1.4- A facilidade de encontrar o material procurado: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 2- No setor de depósito de telas e navalhas: 2.1- A organização do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 2.2- A limpeza do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 2.3- A utilização do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 2.4- A facilidade de encontrar o material procurado: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 3- No almoxarifado de produtos acabados: 3.1- A organização do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 3.2- A limpeza do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 3.3- A utilização do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 3.4- A facilidade de encontrar o material procurado: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 4- O espaço sob a mesa, onde se armazenam materiais de uso diário: 4.1- A organização do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 4.2- A limpeza do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 4.3- A utilização do espaço: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 4.4- A facilidade de encontrar o material procurado: ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 4.8 AUDITORIAS Ao finalizar o processo de implantação do programa, optou-se em realizar auditorias mensais nos setores, para verificar os itens implantados com satisfação e aqueles que ainda precisam ser vistos com mais atenção. Nas auditorias foram atribuídas notas para 5 questões de cada um dos 5 Ss do programa. Estas notas foram somadas e anunciadas a todos, para conscientizar cada envolvido onde e em que melhorar. As auditorias foram realizadas a partir do seguinte formulário: Formulário de Auditoria do Programa “5s” Setor Auditado: Data: Auditor: Para cada item, dê a nota conforme a legenda: 0- Não-aplicável 1- Ruim; 2- Regular; 3- Bom; 4- Ótimo 1º S – Seiri (Utilização) Itens Nota 1- Existem instrumentos, ferramentas ou objetos não necessários na área? 2- Os materiais de uso estão em quantidade adequada no local de trabalho? 3- Estes materiais estão devidamente arrumados e armazenados? 4- O acesso aos itens utilizados todos os dias está adequado? 5- O aspecto visual da seção analisada pode ser considerado agradável? Total 2º S – Seiton (Organização) Itens Nota 1- Os materiais e ferramentas do local estão identificados corretamente? 2- Os locais de armazenamento de materiais e ferramentas permitem a conservação dos mesmos? 3- Os materiais estão em local próprio e bem localizado facilitando o acesso aos mesmos? 4- Durante o trabalho, as bancadas e locais de trabalho são mantidos em ordem? 5- O aspecto visual do setor, de modo geral, encontra-se organizado? Total 3º S – Seiso (Limpeza) Itens Nota 1- Os equipamentos estão limpos, organizados e em bom estado de conservação? 2- Existe lixo espalhado pelo chão? 3- Os armários e as ferramentas e materiais neles contidos, assim como as paredes, estão limpos? 4- Os produtos existentes no processo estão sujos a ponto de comprometer sua qualidade? 5- Os sanitários estão limpos? Total 4º S – Seiketsu (Segurança) Itens Nota 1- Os equipamentos de proteção coletiva do setor são eficientes? 2- Os uniformes estão limpos e adequados? 3- Existe no setor alguma condição considerada insegura? Se existe, já foi tomada alguma providência? 4- As lâmpadas estão limpas e em funcionamento? 5- Os colaboradores zelam a limpeza da sua área de trabalho? Total 5º S – Shitsuke (autodisciplina) Itens Nota 1- Qual o envolvimento dos colegas de trabalho com o programa? 2- Todos respeitam os avisos de não fumar, utilizar protetor auricular e proteção respiratória? 3- Todos estão utilizando uniformes? 4- No local de trabalho, todas as condições estão seguras e livres de acidentes? 5- De modo geral, o setor passa a impressão de ser um ambientedisciplinado? Total Total Geral: (soma dos totais de cada um dos 5 Ss) Comentários ou sugestões: Também se realizou nova pesquisa de opinião, para demonstrar se houve ou não melhoria na satisfação dos envolvidos quanto à organização, limpeza, utilização do espaço e facilidade de encontrar o material procurado em cada setor. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES A implantação do programa foi considerada muito interessante pela coordenação da empresa, pois representa não só melhorias visuais no espaço como maior facilidade no trabalho diário da empresa, e por apresentar um diagnóstico para a atual situação da empresa, que se encontrava desorganizada e por isso, com espaço restrito em seus setores. Exposta a idéia da implantação a todos os colaboradores, os mesmos mostraram-se motivados e sugeriram idéias para o êxito do programa, porém ressaltaram que não será tarefa fácil mudar velhos hábitos e acreditam que será necessário certo tempo para se acostumarem com as mudanças. Em pesquisa de opinião realizada antes da implantação, percebeu-se que maior parte dos 8 colaboradores que responderam a pesquisa, não estava satisfeito com a situação em que a empresa se encontrava, e, por este motivo, mostraram-se participativos em expressar suas opiniões e sugestões para melhorar a rotina da empresa. A seguir serão apresentados os resultados da pesquisa de opinião realizada antes e depois da implantação do programa: 5.1 DEPÓSITO DE AMOSTRA Gráfico 1: Organização do depósito de amostra 0% 12,50%12,50% 87,50% 25% 0% 50% 0% 12,50% 0% Organização Antes Organização Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Gráfico 2: Limpeza do depósito de amostra Gráfico 3: Utilização do espaço no depósito de amostra Gráfico 4: Facilidade de encontrar os materiais no depósito de amostra Fonte: Do autor, 2015. Analisando os gráficos, conclui-se que, a maior parte dos quesitos perguntados antes da implantação do programa 5S, foram avaliados como regulares ou ruins. A organização e a utilização do espaço foram consideradas ruins por 50% dos colaboradores, o que é considerado um alto percentual, pois conseqüentemente dificulta a facilidade de encontrar os materiais procurados, que foi considerada regular. A limpeza era considerada regular pela maioria e péssima por 12,5 %. 0% 0% 12,50% 100% 50% 0% 25% 0% 12,50% 0% Limpeza Antes Limpeza Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 0% 12,5%12,5% 75% 37,5% 12,5% 50% 0%0% 0% Utilização do espaço Antes Utilização do espaço Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 0% 25%25% 62,5%62,5% 12,5%12,5% 0%0% 0% Facilidade de encontrar os materiais Antes Facilidade de encontrar os materiais Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Após a implantação, observou-se que os percentuais tiveram melhora significativa, melhorando principalmente a parte visual da empresa. Verificou-se que a maior parte das opiniões foi considerada ótima e boa, sendo que apenas a utilização do espaço e a facilidade de encontrar os materiais ainda tiveram certa porcentagem considerada regular, o que pode ter ocorrido devido à falta de prateleiras e espaços específicos para deixar os materiais de forma que facilitasse sua procura e localização. A limpeza foi considerada boa por todos e 87,5% considerou boa a organização deste espaço. Após a implantação do programa, verificou-se grande melhora no espaço visual, na limpeza e na organização do setor, porém a melhora não foi maior devido ao tipo de trabalho realizado na empresa. A realização do trabalho diário gera muita poeira, o que se acumula nos setores não usados diariamente, fazendo com que a limpeza do local não seja tão boa. 5.2 DEPÓSITO DE NAVALHA E TELA Gráfico 5: Organização do depósito de navalha e tela Gráfico 6: Limpeza do depósito de navalha e tela 0% 25% 12,5% 75% 37,5% 0% 25% 0% 25% 0% Limpeza Antes Limpeza Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 0% 62,5% 12,5% 37,5% 50% 0% 25% 0% 12,5% 0% Organização Antes Organização Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Gráfico 7: Utilização do espaço no depósito de navalha e tela Gráfico 8: Facilidade de encontrar os materiais no depósito de navalha e tela Fonte: Do autor, 2015. Neste setor observou-se que em todos os quesitos perguntados, apontou-se maior percentual de consideração regular, chegando a 50%, ou seja, metade dos colaboradores achava regular a organização, utilização do espaço e facilidade de encontrar os materiais neste local antes da implantação do programa 5S, o que pode ser prejudicial ao desempenho da empresa. A limpeza deste espaço foi apontada por 25% dos colaboradores como péssima, o que tornava difícil a manutenção de utensílios e a detecção de possíveis falhas e reparos necessários nestes materiais. Já depois do programa, percebe-se grande melhora em todos os quesitos, chegando a ter 62,5% dos colaboradores que consideram a organização ótima. A limpeza e utilização do espaço foram consideradas boas por 75% das pessoas que responderam a pesquisa de opinião. A facilidade de encontrar os materiais teve consideração boa para 50% dos colaboradores e ótima para os demais 50%, deixando os colaboradores mais satisfeitos, pois isso facilita a agilidade e a facilidade no trabalho diário. 5.3 DEPÓSITO DE PRODUTO ACABADO 0% 25% 12,5% 75% 50% 0% 12,5% 0% 25% 0% Utilização do espaço Antes Utilização do espaço Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 0% 50% 25% 50%50% 0% 12,5% 0% 12,5% 0% Facilidade de encontrar os materiais Antes Facilidade de encontrar os materiais Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Gráfico 9: Organização do depósito de produto acabado Gráfico 10: Limpeza do depósito de produto acabado Gráfico 11: Utilização do espaço no depósito de produto acabado Gráfico 12: Facilidade de encontrar os materiais no depósito de produto acabado Fonte: Do autor, 2015. 0% 12,5%12,5% 87,5%87,5% 0%0% 0%0% 0% Organização Antes Organização Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 0% 0% 12,5% 75% 37,5% 25% 50% 0%0% 0% Limpeza Antes Limpeza Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 0% 25% 12,5% 75% 50% 0% 37,5% 0%0% 0% Utilização do espaço Antes Utilização do espaço Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 0% 37,50%37,50% 50% 62,50% 12,50% 0% 0%0% 0% Facilidade de encontrar os materiais Antes Facilidade de encontrar os materiais Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo No setor de produto acabado observou-se que a grande maioria dos colaboradores considerou regular a organização, utilização do espaço e a facilidade de encontrar os materiais procurados, enquanto a limpeza foi considerada ruim pela metade dos entrevistados. Deste modo, ressaltou-se a necessidade de identificar os produtos estocados, de forma que todos saibam onde se localizam os itens de cada cliente e também de melhorar a organização deste espaço. Com a implantação do programa, estas necessidades foram realizadas, o que pode ser comprovado através da análise dos gráficos, onde se observa que a organização passou de regular para boa, a limpeza foi avaliada boa pela maioria e a utilização do espaço foi considerada por 25% dos colaboradores como ótima, e boa por 75%. Quanto à facilidade de encontrar os materiais procurados, verificou-se que 37,5% consideraram ótima, 50% considerou boa e apenas 12,5% ainda consideram regular, o que pode ter ocorrido devido ao pouco tempo de implantação do programa, que ainda não fez modificar os velhos hábitos. 5.4 ESPAÇO SOB A MESA Gráfico 13: Organização do espaço sob a mesa Gráfico 14: Limpeza do espaço sob a mesa 0% 12,5% 50% 62,5% 12,5% 25%25% 0% 12,5% 0% Limpeza Antes LImpeza Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 25% 25%25% 75% 25% 0% 25% 0%0% 0% Organização Antes OrganizaçãoDepois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Gráfico 15: Utilização do espaço sob a mesa Gráfico 16: Facilidade de encontrar os materiais no espaço sob a mesa Fonte: Do autor, 2015. Neste espaço observou-se opiniões muito divididas, que variavam de ótimas a péssimas antes do programa. A limpeza deste espaço antes da implantação foi considerada pela metade dos entrevistados como boa, aumentando este percentual para 62,5% após a implantação. A utilização do espaço era considerada por 25% como péssima, 25% como ruim e ainda 37,5% considerava regular. Após o 5S, 87,5% avaliaram a utilização do espaço como boa e 12,5% como ótima. Sendo assim, pode-se verificar que melhorou muito a disponibilidade de espaço, como a organização do local, ficando mais fácil o acesso aos materiais, que antes era considerado pela maioria como regular. 5.5 VISÃO GERAL Após analisar os gráficos dos setores separadamente, de um modo geral avalia-se que a implantação do programa reflete de forma positiva no ambiente de trabalho, tornando-o mais saudável e motivador. 0% 12,5%12,5% 87,5% 37,5% 0% 25% 0% 25% 0% Utilização do espaço Antes Utilização do espaço Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 25% 25% 12,5% 75% 37,5% 0% 25% 0%0% 0% Facilidade de encontrar os materiais Antes Facilidade de encontrar os materiais Depois Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Os colaboradores inicialmente mostraram-se resistentes quanto ao descarte de alguns materiais, por acharem que poderiam vir a usá-los um dia, porém ressaltam que se sentem mais motivados para o trabalho diário ao encontrarem a empresa limpa e organizada. Expressam-se ainda, satisfeitos pela facilidade que a implantação do programa trouxe ao dia- a-dia, pois diminuiu o tempo perdido na procura de materiais. Além disso, alguns colaboradores ainda acham difícil manter um padrão de limpeza, pois ainda não é possível retirar toda a poeira produzida durante o processo de fabricação de embalagens de papelão, mas acreditam que pode ser possível manter a organização e a utilização dos espaços, bastando apenas que cada um faça sua parte e que se torne rotina cuidar de todos os setores da empresa e dos equipamentos nela contidos. 5.6 AUDITORIAS Durante as auditorias, os setores passaram por uma avaliação, onde alguns itens foram auditados, a fim de analisar se o programa foi corretamente implantado. A primeira auditoria foi realizada dia 09 de maio de 2015 e apresentou resultados muito bons, porém, deixou claro que há dois setores que ainda precisam de atenção muito especial em alguns itens, como mostra a tabela a seguir: Tabela 1: Resultado das auditorias Setor auditado Primeira nota por Senso Segunda nota por Senso Primeira Nota Geral Segunda Nota Geral DEPÓSITO DE AMOSTRA 80 80 Seiri 16 17 Seiton 17 18 Seiso 14 17 Seiketsu 17 10 Shitsuke 16 18 DEPÓSITO DE NAVALHA E TELA 50 78 Seiri 11 20 Seiton 9 17 Seiso 7 12 Seiketsu 12 16 Shitsuke 11 13 DEPÓSITO DE PRODUTO ACABADO 51 68 Seiri 13 15 Seiton 13 16 Seiso 9 13 Seiketsu 9 14 Fonte: Do autor, 2015. Analisando a primeira auditoria, observa-se que o depósito de amostra recebeu a maior nota, o que demonstra que este setor teve maior parte de seus objetivos alcançados, podendo ainda passar por melhorias, assim como o espaço sob a mesa, que apresentou nota menor, mas ainda considerada boa. Já o depósito de navalha e tela e o depósito de produto acabado apontam notas preocupantes e necessitam de ajustes em todos os sensos, em especial o senso de limpeza, apontado com notas baixas nos dois setores, o que comprova que este senso é de difícil manutenção e padronização. Os resultados da primeira auditoria foram expostos aos colaboradores, a fim de estudar maneiras para as melhorias necessárias. A segunda auditoria, realizada em 14 de junho de 2015, apresentou resultados melhores do que a realizada anteriormente. Ao analisar a tabela, verifica-se que o espaço sob a mesa e o depósito de amostra mantiveram sua pontuação, pois não houve piora desde a primeira auditoria, o que mostra que todos estão conseguindo manter a organização deste espaço. Porém, preocupa o fato de não haver melhora nos resultados. No espaço sob a mesa, observa-se que a utilização, a segurança e a autodisciplina perderam pontos que foram recuperados pela organização e pela limpeza. Já no depósito de amostra, o que chama atenção é a diminuição da nota atribuída à segurança, que foi bastante menor do que na primeira auditoria. Isto se deve ao fato do auditor entender que, como neste setor não há funcionários diariamente e de que os mesmos somente transitam no local com pouca freqüência, seria difícil avaliar o uso de uniformes e equipamentos de segurança individual neste local. Ressalta também que na primeira auditoria, avaliou estes quesitos de forma mais ampla, tendo em vista todos os funcionários da empresa, atribuindo assim, maiores notas. Shitsuke 7 10 ESPAÇO SOB A MESA 77 77 Seiri 15 14 Seiton 15 17 Seiso 11 13 Seiketsu 18 16 Shitsuke 18 17 Analisando os demais setores que estavam com notas baixas, observa-se grande melhora nas avaliações. O depósito de navalha e tela teve bom aumento de pontuação em todos os S, em especial na utilização e organização. O depósito de produto acabado ainda não demonstrou aumento tão significativo nos resultados, mas apresentou pequena melhora principalmente na segurança. Mesmo apresentando notas maiores na segunda auditoria, percebe-se que os sensos de limpeza e autodisciplina são os que ainda receberam a menor pontuação, precisando de maior atenção para que o programa continue melhorando o andamento da empresa. 6 CONCLUSÃO Com a finalização do trabalho, conclui-se que o programa “5S” é de simples e fácil implantação, porém seu sucesso depende unicamente do envolvimento dos colaboradores, além de trazer benefícios imediatos para a empresa. SILVA, et al, 2008, cita como principal característica do 5S, a simplicidade, e que seus efeitos só podem ser entendidos por quem o executa, e quem executa sabe a força e o significado dele para o desenvolvimento da Qualidade Total. Segundo SANTOS et al, 2006, as empresas de pequeno porte precisam rever seus conceitos em relação aos atuais sistemas de gestão, e devem adotar, de forma rápida, procedimentos de melhorias, uma vez que possuem inúmeras deficiências. Inicialmente, percebeu-se grande resistência em relação ao descarte de materiais e a mudança de hábitos; o que logo foi superado, pois todos visualizaram principalmente o impacto visual causado pela implantação do programa, além da melhoria no ambiente de trabalho, o menor desperdício de tempo e de matéria prima diariamente, bem como a melhor organização do espaço físico. Também ressaltou-se que, com melhor ambiente de trabalho, verificou-se aumento de qualidade e maior agilidade na entrega do produto final. Tanto os colaboradores quanto a direção da empresa corresponderam de forma positiva à implantação do programa, o que reflete não somente nos setores onde o mesmo foi implantado, mas na empresa de um modo geral. Percebe-se, de forma nítida, a preocupação que todos têm em manter os utensílios e materiais padronizados e em bom estado. Através do estudo realizado por SANTOS et al, 2006, pode-se afirmar que a estruturação de um sistema de qualidade, baseado no programa 5Ss viabiliza a implantação de outros programas, os quais podem vir a acelerar a modernização da empresa, fornecendo a base cultural para a implantação de um programa de qualidade total. Por fim, considera-se o Programa 5S essencial a todas as empresas, uma vez que os avanços realizados por ele trazem melhor qualidade de vida e de trabalho, além de melhor produtividade, com um produtofinal de maior qualidade, e finalmente maior ganho financeiro. REFERÊNCIAS ABRANTES, José. Programa 8S: Da alta administração à linha de produção: o que fazer para aumentar o lucro? O combate aos desperdícios nas empresas, protegendo o meio ambiente e facilitando o desenvolvimento sustentável. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2007, 2ª edição. EGOSHI, Koiti. Os 5 S da administração japonesa. 2006. Artigo em hipertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/artigos/20062/5s/index.htm>. Acesso em: 28 de fevereiro de 2015. FILHO, Geraldo Vieira. Gestão da qualidade Total: uma abordagem prática. Alínea Editora, Campinas, SP, 2003. KRETZER, kleiton. Aula 02 - Qualidade - Telecurso profissionalizante. http://programa5s.com/video-programa-5s-telecurso/. 11 de agosto de 2014. Vídeo assistido em 03 de março de 2015. OSADA, Takashi. Housekeeping, 5S’s: seiri, seiton, seiso, seiketsu, shitsuke. São Paulo: Instituto IMAM, 1992. SANTOS, Nadia Cristina R. dos. SCHMIDT, Alberto Souza. GODOY, Leoni Pentiado. PEREIRA, Aline Soares. Implantação do 5S para qualidade nas empresas de pequeno porte na região central do Rio Grande do Sul. Bauru, São Paulo, novembro de 2006. SILVA, Nivaldo Pereira da. FRANCISCO, Antonio Carlos de. THOMAZ, Marcos Surian. A implantação do 5S na Divisão de Controle de Qualidade de uma Empresa Distribuidora de Energia do Sul do País: um estudo de caso. 4º Encontro de Engenharia e Tecnologia dos Campos Gerais, 25 a 29 de agosto de 2008. UDESC, Universidade do Estado de Santa Catarina. 5S – Cartilha da qualidade. Editora da Udesc, Florianópolis, 1996. ZANELLA, Luis Carlos. Programa de qualidade total para empresas de pequeno e médio porte: roteiro prático de implantação. Juruá Editora, Curitiba, 2009. http://www.infobibos.com/artigos/20062/5s/index.htm http://programa5s.com/video-programa-5s-telecurso/
Compartilhar