Buscar

Aquisição da língua materna

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Aquisição da língua materna: Metodologias experimentais em Aquisição da linguagem
 Elaine Grolla
1. Introdução
O que é Aquisição:
Aquisição é o ato de tomar posse de alguma coisa, sejam eles bens, produto, serviço ou conhecimentos. A aquisição é aquilo que foi adquirido, podendo essa aquisição ter sido feita de diversas formas, por uma compra, permuta, doação etc.
Em Psicologia, aquisição é a capacidade dos seres vivos de adquirir conhecimento. Nas crianças, a aquisição da linguagem é o processo de desenvolvimento da fala.
Segundo Wertzner (2004) a fase de maior expansão do sistema fonológico ocorre entre 1:6 e 4 anos, quando há um aumento do inventário fonético usado nas estruturas silábicas mais complexas possibilitando inclusive a produção das palavras polissilábicas, porém, este período é caracterizado pela ocorrência de substituições e omissões de sons.
Dos quatro aos sete anos, a criança adquire os sons mais complexos, produz de forma adequada as palavras mais simples e começa a usar palavras mais longas, estabilizando o sistema fonológico.
A aquisição do sistema fonológico de uma língua, incluindo seu inventário fonético e as regras fonológicas, ocorre gradativamente até os sete anos. Portanto, a aquisição fonológica é contínua (WERTZNER, 2004).
O desenvolvimento fonológico implica a aquisição de um sistema de sons profundamente ligado ao crescimento global da criança em relação ao idioma e embora seja possível identificar tendências gerais, cada criança desenvolve sua linguagem de forma particular. (LOWE, 1996).
2. Desenvolvimento
As crianças que não demonstram nos padrões de sua fala estar de acordo com esta cronologia, apresentam atrasos ou desvios na aquisição deste aspecto da língua e por este motivo devem receber uma atenção especial. Em virtude disso, cabe aos pais manter uma comunicação com seus filhos para os ajudar a enriquecer seu vocabulário linguístico e desenvolver a fala, adquirindo conhecimento a cerca do espaço que os cerca.
As crianças as quais foram colhidos os dados para o trabalho de aquisição, são duas garotinhas, uma recém completou 4 aninhos, e sua irmãzinha tem 2 aninhos e 9 meses, elas moram com seus pais Jonathan e Roseane em Cachoeirinha. A mãe de ambas meninas é quem passa maior parte do tempo com elas, as garotinhas não possuem contato com outras línguas que não sejam a língua materna de sua mãe e de seu pai (português). As crianças ainda não frequentam a escola, e em casa, sua mãe interage com elas de diversas formas, inclusive com brinquedos e jogos criativos. No entanto, pude observar que a garotinha mais velha possui dificuldades de interagir com estranhos e até mesmo com familiares, a mesma ainda não possui vocabulário com diversidades de palavras e é um pouco retraída ao notar que em sua casa tem alguns estranhos, ou até mesmo familiar que não convivem regularmente com ela.
Aos 4 anos de idade, quando observamos crianças, podemos notar que as frases ficam mais completas, com quase todos os elementos, porém, ainda com falhas nas flexões verbais (por exemplo, "eu comi", "eu cai", "eu di", em vez de "eu dei" “). Quanto à aquisição fonêmica, a mais nova possui mais domínio da língua, falando mais palavras que a mais velha, e comunicando-se mais com adultos e pessoas de fora, a de 4 anos utiliza "lh", "r" e "rr" em algumas palavras, não em todas. Em algumas palavras com uso de “r” ela substitui pelo “l” por exemplo, a palavra “Prato” que ela chama de “Plato”, “Frozen” “Flozen”, dentre outras palavras que as letras corretas chegam a ser substituídas. A criança de 2 anos parece ser bem mais atenta as palavras que os adultos falam, e as repete, ou as inclui em seu pequenino vocabulário, ao comunicar-se com a mãe a mais tímida de 4 anos, na presença de desconhecidos apenas gesticula mostrando o objeto de desejo, enquanto que, a mais nova usa a fala, e a mãe ao ver que a mais velha está pedindo algo, repete falando o nome do objeto de desejo da garotinha, ou seja, ela usa a língua e a comunicação para que a filha tenha entendimento na pronúncia e no nome do objeto de desejo.
3. Conclusão
 A criança é capaz de reproduzir pequenas sequências de fatos e/ou histórias. No período dos 2 aos 5 anos, a linguagem, principalmente, o vocabulário, tem o seu desenvolvimento mais impressionante, podendo aumentar de 50 – 100 palavras para mais de 2000.
Até os 5 anos de idade a criança deverá ser capaz de produzir todos os sons da língua portuguesa, de maneira adequada e significando coerentemente os conteúdos de sua expressão oral (a partir do contexto em que está inserida).
A partir desse período, a criança detém-se à ampliação do vocabulário e à aquisição de estruturas mais complexas da linguagem. Percebe-se um grande investimento na representação gráfica, o que facilitará, em seguida, a aquisição da língua escrita, sendo de grande importância a estimulação desta, no entanto, o estímulo poderá ocorrer a partir de situações simples do cotidiano, por parte do adulto: leitura de placas na rua, nomes de lojas, outdors, dentre outros. O mais importante é que seja favorecido todo o contato possível com a escrita e a leitura.

Continue navegando