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Projeto TCC - Cópia

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Prévia do material em texto

12
UNIVERSIDADE SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA - UNISOCIESC 
CURSO DE DIREITO
NÚCLEO DE SEMIÓTICA JURÍDICA E DE REDAÇÃO JURÍDICA
TAINARA SANDIELLI LOPES VANSO
A FALIBILIDADE DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO E O MÉTODO APAC DE RESSOCIALIZAÇÃO
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso submetido a Universidade Sociedade Educacional de Santa Catarina - UNISOCIESC, a título de aprovação na Orientação de TCC I.
Orientador: Ricardo Alexandre Deucher
Blumenau – SC
2019
1 TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA
A falibilidade do sistema prisional brasileiro e o método APAC de ressocialização.
2 PROBLEMA
A Justiça Criminal depara-se com o desafio de apurar práticas criminais, punir os agressores, para que se reequilibre o cenário social maculado pela prática delitiva. Assim, questiona-se: O atual sistema prisional brasileiro tem condições de recuperar o apenado?
3 OBJETIVOS	
3.1 Objetivos gerais
Estudar sobre a falência funcional e estrutural do sistema penitenciário.
3.2 Objetivos específicos
· Abordar sobre as prisões no Brasil
· Enfocar sobre o sistema prisional.
· Abordar sobre o método APAC.
4 HIPÓTESES
É preciso investir na construção de novas unidades prisionais, bem como em uma ampla assistência jurídica, social, médica e psicológica, com a ampliação e criação de projetos que direcionem o trabalho do preso em uma preparação para a vida pós-prisão. 
A reintegração à vida social deve ser planejada desde dentro da penitenciária, com oferecimento de reais garantias de retorno do detento ao mercado de trabalho, além de outras medidas que se fazem necessárias em termos de reparação e recuperação.
5 JUSTIFICATIVA
Justifica-se a proposição do presente estudo em virtude da relevância social adquirida pela presente temática, onde no Brasil, inúmeros são os problemas enfrentados pelas penitenciárias, sendo precária a situação encontrada em seus interiores, a saber: superlotação, contágio de doenças, violência, falta de higiene, má alimentação, ausência do trabalho prisional como forma de ressocialização, entre outros problemas que evidenciam a má administração da segurança pública no sistema carcerário e total ineficácia do Estado na recuperação e ressocialização do apenado.
A lei de execução penal n°. 7.210/84 demonstra preocupação com as atividades exercidas pelo preso que possam contribuir para o seu retorno ao convívio social. Deste modo, a legislação procurou conceder vantagens para o preso que trabalhar ou estudar durante o cumprimento da pena.
A ressocialização tem papel fundamental na desconstrução dos efeitos negativos do cárcere, sendo a forma eficaz de proporcionar a expiação da culpa, moldando o indivíduo para conviver em sociedade, de modo que posa compreender o caráter ilícito de sua conduta e evitar novas infrações. O indivíduo, portanto, ao sair da prisão deve estar apto não apenas a seguir as regras da sociedade, mas sim compreender a importância destas para o bem-estar de todos e convivência pacífica dos homens, tendo na Lei de Execução penal o intuito de suavizar a reinserção na sociedade através do sistema progressivo, fundamentado no art. 112 da LEP.
6 REFERENCIAL TEÓRICO
É sabido que desde a segunda metade do século XVI em diante, começaram a florescer na Europa, após haver sido inaugurada na Grã-Bretanha, todo um emaranhado de “casas de trabalho” que se difundiram amplamente até as primeiras décadas do século XVIII. 
Se bem é certo que já se pode falar de certas práticas punitivas no mundo clássico (frente a certas condutas transgressivas dos escravos que podiam chegar a ser internados), também é verdade que a utilização da “grande clausura” constitui um fenômeno que não pode ser apreciado até o período indicado, isto é, ao que se situa entre o final da Idade Média e a paulatina aparição da Modernidade.
Foi, com efeito, na referida época quando surgiram na Europa as primeiras práticas de segregação massiva de indivíduos, através de instituições diversas: manicômios, hospícios, casas de correção, leprosários, asilos de idosos, e prisões. 
Assim sendo, aponta-se o decisivo papel desempenhado pela experiência religiosa na produção de uma cultura de “domesticação” dos homens para serem mais úteis, da afinidade da disciplina dos Conventos com a ainda então distante da fábrica e da vinculação entre o procedimento penitencial e a aparição das primeiras penitenciárias. 
A “opção custodial” foi tomando cada vez mais corpo na política da disciplina social. Nasceu assim a ideia de que a resposta mais adequada frente aos problemas representados por doenças, distúrbios e perigos, fosse a de trancafiar seus protagonistas em espaços restringidos e separados da sociedade. [footnoteRef:1] [1: BITENCOURT, Cézar Roberto. Falência da pena de prisão. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 127. ] 
A “grande clausura” ficava deste modo inaugurado. Sem dúvida, o aperfeiçoamento de tais práticas segregacionistas não chegaria até a invenção “panoptista”. Conceber um espaço fechado apto para a vigilância de seus habitantes (o “princípio de inspeção”), podia ser útil para construir hospícios, fábricas, orfanatos, prisões. 
O Século das Luzes “sonhou com a transparência, contra poder do obscurantismo, com a sociedade contratual, com o novo modelo político e com a Razão”. O Iluminismo sonhou em poder organizar a prisão com pedras transparentes (como o cristal) e ao não poder fazê-lo desse modo, a arquitetura panóptica tentou cumprir (falidamente) aquele sonho. [footnoteRef:2] [2: MARCON, Gilberto Brandão. Influência do Liberalismo e do Marxismo na Formação Educacional da Sociedade de Massa. Disponível em: https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/19052015_140240_gilbertobrandaomarcon_ok.pdf. Acesso em: 13 nov. 2019. ] 
Na particular metáfora político-jurídica do Panóptico está desenhado um “lugar externo”, “diverso do projeto jurídico”; um lugar onde se pode ensaiar um Poder desvinculado dos limites formais do Contrato, os quais vinham impondo-se na sociedade civil. [footnoteRef:3] [3: MIRABETE, Júlio Fabrinni. Código Penal Interpretado. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 42.] 
A ideia de habilitar um espaço apto para “sequestrar do mercado de trabalho” aqueles que não se disciplinassem de acordo às novas regras do jogo ia assim se delineando. Uma nova pedagogia da subordinação do homem pelo homem podia começar a ser praticada nestes novos lugares “externos” ao projeto jurídico hegemônico. Sem prejuízo de quanto se dirá mais adiante sobre este ponto, pode adiantar-se já que ali reside o verdadeiro sentido do que se conhece como “panoptismo”.
Nesse contexto, e no período histórico próprio de finais do século XVIII e princípios do século XIX, verificou-se o triunfo definitivo da opção custodial ou o passo da utilização do cárcere preventivo ou cautelar, à adoção do sequestro institucional como sanção penal por excelência. [footnoteRef:4] [4: ARAÚJO, Marina Pinhão Coelho (Coord.). O resultado como fundamento do injusto penal. Revista Brasileira de Ciências criminais, ano 24, vol. 119, Março – Abril, São Paulo, 2016, p. 18. ] 
Diversas são as explicações que ainda hoje se dão para desentranhar as razões do porquê da invenção punitiva ou do surgimento da pena de privação de liberdade. Ao menos seis linhas ou pontos de partida historiográficos podem ser destacados desde um ponto de vista meramente expositivo. 
A finalidade última do Direito Penal é a de garantia da coexistência social, o que se realiza mediante a proteção do próprio indivíduo, contra o arbítrio do Estado e os seus excessos, bem como assegurando a proteção de valores sociais tidos por indispensáveis para a própria sobrevivência social.
A pena vem constituir-se em um mal que aquele que a pratica sofre por motivo de um fato ilícito cometido (delito), em prejuízo do bem comum da comunidade, da população de um País.
Primeiramente, foi elaborada a teoria absoluta ou retributiva que, calcada na ideia de livre-arbítrio do indivíduo, considerou a pena um castigo merecido àquele que rompe com o contrato social, acreditando serela o único meio de restabelecimento da ordem jurídica. Desse modo, enquanto Kant, apoiado no princípio do talião, assinala a pena (ou mais especificamente a lei penal) como um imperativo categórico do crime, Hegel, escorado na lógica da negação, afirma que a pena é uma negação ao fato criminoso, o qual é, por sua vez, uma negação do Direito. [footnoteRef:5] [5: ALMEIDA, Débora de Souza de. Reincidência Criminal – Reflexões Dogmáticas e Criminológicas. Curitiba: Juruá, 2012, p. 28. ] 
A finalidade da pena pode ser absorvida da forma clássica, resumida aqui nas palavras de Fayet, toca no ser humano de forma palpável na sua individualidade, produzindo nele o sofrimento equiparado com “ao que a outros inferiu com a ação delitiva, fazendo-o renascer de uma alma já endurecida pelo vício e despertando o sentido da dignidade humana”. [footnoteRef:6] [6: FAYET, Fábio Agne. Por que punir? Punir pra quê? Um estudo sobre a finalidade da aplicação da pena e a missão do Direito Penal. Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3169, 5 mar. 2012. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/21207>. Acesso em: 13 nov. 2019. p. 03.] 
Antigamente a pena possuía caráter retributivo ou de castigo, mas modernamente passou a ser vista como mecanismo de prevenção e “repreensão daqueles que cometem delitos e têm por fim ressocializar o infrator. Pois a pena deixou de ser apenas castigo para ter por objetivo a reeducação do delinquente, para que ele não volte a cometer delitos”. [footnoteRef:7] [7: SILVA, Marysia Souza e. Crimes hediondos & progressão de regime passional. 2 ed. Curitiba: Juruá, 2009, p. 23. ] 
A vingança pública retrata o momento histórico em que o Estado passou a ter o poder de punir o infrator, mediante a utilização do Direito, para garantir a ordem e a paz pública, iniciando com a Revolução Francesa perdurando até os dias atuais.
Como forma de suavizar os danos do regime privativo de liberdade, resultante da ociosidade que imperava no meio carcerário, surgiu o trabalho penitenciário que apresentava vários estágios de desenvolvimento.
Segundo Marchi Júnior Pinto, em uma primeira etapa, o trabalho no cárcere tinha uma concepção de pena, era usado para causar sofrimento, encontrava no trabalho forçado um de seus principais meios de execução penal. [footnoteRef:8] [8: MARCHI JÚNIOR, Antônio de Padova; Pinto, Felipe Martins. Execução penal, críticas, alternativas, utopias. Curitiba: Juruá, 2008, p. 32. ] 
Vislumbrava-se uma conotação econômica com o aproveitamento da mão de obra carcerária, eram tempos em que o Estado concebia o trabalho como pena ou parte essencial desta.
O trabalho penitenciário é alçado a um verdadeiro instrumento de readaptação social do apenado. Redirecionou-se a função primordial do trabalho penitenciário, priorizando a formação profissional metódica para reeducar o recluso, eliminando tendências ou disposições criminais.
Embora a pena seja uma forma de controle social que o Estado utiliza para se proteger, e proteger a população de eventuais lesões a determinados bens jurídicos, parece que essa função não tem conseguido alcançar tal finalidade. A doutrina tradicional entende que a pena é um mal que deve ser imposto ao autor de um delito para que expie sua culpa.
Ao tratar do tema pena, também deve ser considerado que se trata sobre os limites do poder punitivo do Estado. Nesse sentido, Ferrajoli entende o utilitarismo como o pressuposto necessário de qualquer doutrina penal, ou seja, a pena para existir precisa de uma utilidade. Para ele, a pena privativa de liberdade é considerada inidônea para a consecução de tais finalidades, o autor propõe uma estratégia de longo prazo para sua total supressão e, a curto prazo, a redução de sua utilização, com a adoção de penas alternativas. [footnoteRef:9] [9: FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão: Teoria do Garantismo Penal. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 105. ] 
Reconhecida a concepção negativa de pena, a função legítima possível que resta ao direito penal e processual penal não seria a justificação ou legitimação do poder punitivo, mas sua contenção e redução. André Ribeiro Giambernardino, traz uma reflexão importante sobre a compreensão das funções reais da pena como articuladas para a produção da diferenciação social, impondo a degradação aos sujeitos criminalizados, justamente para situá-los no polo extremo da hierarquia social, “transformando o mero transgressor em criminoso”, dessa forma, operando para a conservação da desigualdade social, política e econômica. Pressupondo que a pena é um “fenômeno incancelável nas sociedades atuais”, e que “necessita urgentemente ser contido em razão de sua pulsão violenta”, a distinção fundamental passa a ser entre direito penal e poder punitivo, o primeiro como limite e crítica do segundo. [footnoteRef:10] [10: GIAMBERARDINO, André Ribeiro. Um modelo restaurativo de censura como limite ao discurso punitivo. Tese. Programa de Pós-graduação em Direito: Universidade Federal do Paraná. 2014. Disponível em: http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/35955/R%20-%20T%20-%20ANDRE%20RIBEIRO%20GIAMBERARDINO.pdf?sequence=1. Acesso em: 13 nov. 2019. ] 
A lei penal brasileira busca uma finalidade para a pena, embora o insucesso seja explícito. De acordo com o Código Penal em seu art. 59, o juiz deve graduar a pena “conforme seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime”, traz ainda que os incidentes da execução penal devam orientar-se no sentido da “harmônica integração social do condenado” (art. 1° Lei de Execuções Penais).
A legislação tenta, de um lado, garantir a dignidade e a humanidade da execução da pena, tornando expressa a extensão dos direitos constitucionais aos presos e internos e, de outro, assegurar as condições para a sua reintegração social. O art. 10 da LEP também dispõe acerca do retorno do preso à convivência em sociedade. O ordenamento jurídico pátrio adota a teoria mista ou unificadora da pena, possuindo dois interesses, o de retribuir ao condenado o mal causado e o de prevenir que o condenado e a sociedade busquem o cometimento de novas condutas criminosas. 
Conclui-se portanto, que a pena objetiva punir o condenado, atribuindo a este o mal causado em decorrência de seu delito e simultaneamente a pena objetiva prevenir novas condutas delituosas. A tentativa não parece sequer lógica. Tendo em vista que é colocado em exercício um poder punitivo sob determinada pessoa mediante violações claras de direitos e garantias, e ainda se exige uma conduta positiva do indivíduo.
Superpopulação carcerária, alto índice de reincidência, proliferação de doenças nas unidades prisionais, falta de condições mínimas de higiene, consequentemente desrespeitando os mais diversos instrumentos internacionais de proteção e defesa dos reclusos, essas são apenas a ponta do iceberg dos problemas a permear o cenário da justiça penal brasileira.
Desde as mais remotas formas de punição até os modelos contemporâneos de contenção penal, tem-se que a transferência operada com o deslocamento da auto para a heterocomposição não surtiu, ao menos em regra, o efeito último esperado pela aplicação da sanção penal, qual seja: a pacificação do conflito.
O verdadeiro objetivo para execução penal é de harmonia integrar a sociedade e não um castigo visto pela maioria da sociedade. “Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado”. [footnoteRef:11] [11: FERRAJOLI, Luigi. Op. Cit., p. 204.] 
A ideologia de ressocializar por meio do trabalho é realidade nacional, como se vê na própria Lei de Execução Penal, no entanto, não há uma política pública do Estado brasileiro para o sistema penitenciário. Na verdade, cada unidade da federação desenvolve suas próprias políticas (ou programas, ou projetos) destinadas ao sistema carcerário, de forma independente e desarticulada. “Provavelmente, por tal quebrantamento inexista, de fato, uma política de Estado e, somente, programasisolados”. [footnoteRef:12] [12: GOMES, Milton Jordão de Freitas Pinheiro. Prisão e ressocialização: um estudo sobre o sistema penitenciário da Bahia. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp114172.pdf. Acesso em: 17 out. 2019.  ] 
A Justiça Criminal depara-se com o desafio de apurar práticas criminais, punir os agressores, para que se reequilibre o cenário social maculado pela prática delitiva. Ocorre que as vítimas sempre ficam relegadas a um papel de meros expectadores, muitas vezes contemplando um cenário de impunidade, longe da reparação, e o ofensor muitas vezes depara-se com uma passividade que lhe é conveniente, já que se torna próxima da impunidade. [footnoteRef:13] [13: BRAGA, Romulo Rhemo Palitot; SILVA, Maria Coeli Nobre da. (coord.). Direito Penal da Vítima - Justiça Restaurativa e Alternativas Penais na Perspectiva da Vítima. Curitiba: Juruá, 2015, p. 59.] 
O novo modelo de justiça criminal se apresenta com a finalidade de reequilibrar as relações entre os cidadãos envolvidos pela prática criminosa (vítimas, a coletividade, e o Estado) fomentando uma cultura de solidariedade e paz, despertando o exercício da cidadania, sobretudo como dever, para que haja o engajamento de todos na busca pelo reequilíbrio social.
7 METODOLOGIA
Tratar-se-á de um levantamento bibliográfico de caráter descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa.
Pesquisa é um conjunto de atividades e ações objetivando descobrir novos conhecimentos, ou a construção de conhecimentos acerca de um determinado tema. [footnoteRef:14] [14: OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 51. ] 
O método a ser utilizado será o dedutivo, onde será analisado o tema no direito, ou seja, inicialmente abordar as questões referentes ao sistema prisional brasileiro e posteriormente a realidade do sistema em crise.
A pesquisa bibliográfica constitui-se em fonte secundária, que é aquela que busca o levantamento de material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações, anais de eventos científicos, bem como o material disponível pela internet que são de interesse para a pesquisa, isto implica em dizer que a pesquisa bibliográfica significa o levantamento de bibliografias referente ao assunto que se deseja estudar. [footnoteRef:15] [15: BRÜGGER, Maria Teresa Caballero. Metodologia da pesquisa e da produção científica. Brasília: WEducacional e Cursos LTDA, 2011, p. 55. ] 
O tipo de pesquisa abordado é a pesquisa bibliográfica e documental, pois serão usados livros, revistas, jurisprudências, entre outras.
 Método  da  Abordagem:  Hipotético-dedutivo, pois segundo este método,  a  dedução  é o caminho das consequências, isto é, do geral para o particular,  leva  à  conclusão.  Partindo-se das teorias e leis gerais, pode-se chegar à determinação ou previsão de fenômenos particulares. [footnoteRef:16] [16: GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 35.] 
8 CRONOGRAMA
2019/2020
	Meses
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Escolha do assunto
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	Elaboração do plano de trabalho
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	Levantamento bibliográfico
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	Leitura e fichamento de obras
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	Análise crítica e interpretação do material
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Elaboração preliminar do texto
	
	X
	
	X
	
	
	
	
	Redação provisória
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Entrega à orientadora
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Revisão
	
	
	
	
	X
	
	
	
	Revisão e redação final
	
	
	
	
	
	X
	
	
	Apresentação do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
9 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Débora de Souza de. Reincidência Criminal – Reflexões Dogmáticas e Criminológicas. Curitiba: Juruá, 2012. 
ARAÚJO, Marina Pinhão Coelho (Coord.). O resultado como fundamento do injusto penal. Revista Brasileira de Ciências criminais, ano 24, vol. 119, Março – Abril, São Paulo, 2016. 
BITENCOURT, Cézar Roberto. Falência da pena de prisão. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
BRAGA, Romulo Rhemo Palitot; SILVA, Maria Coeli Nobre da. (coord.). Direito Penal da Vítima - Justiça Restaurativa e Alternativas Penais na Perspectiva da Vítima. Curitiba: Juruá, 2015.
BRÜGGER, Maria Teresa Caballero. Metodologia da pesquisa e da produção científica. Brasília: WEducacional e Cursos LTDA, 2011. 
FAYET, Fábio Agne. Por que punir? Punir pra quê? Um estudo sobre a finalidade da aplicação da pena e a missão do Direito Penal. Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3169, 5 mar. 2012. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/21207>. Acesso em: 13 nov. 2019.
FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão: Teoria do Garantismo Penal. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
GIAMBERARDINO, André Ribeiro. Um modelo restaurativo de censura como limite ao discurso punitivo. Tese. Programa de Pós-graduação em Direito: Universidade Federal do Paraná. 2014. Disponível em: http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/35955/R%20-%20T%20-%20ANDRE%20RIBEIRO%20GIAMBERARDINO.pdf?sequence=1. Acesso em: 13 nov. 2019. 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GOMES, Milton Jordão de Freitas Pinheiro. Prisão e ressocialização: um estudo sobre o sistema penitenciário da Bahia. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp114172.pdf. Acesso em: 17 out. 2019.  
MARCHI JÚNIOR, Antônio de Padova; Pinto, Felipe Martins. Execução penal, críticas, alternativas, utopias. Curitiba: Juruá, 2008.
MARCON, Gilberto Brandão. Influência do Liberalismo e do Marxismo na Formação Educacional da Sociedade de Massa. Disponível em: https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/19052015_140240_gilbertobrandaomarcon_ok.pdf. Acesso em: 13 nov. 2019. 
MIRABETE, Júlio Fabrinni. Código Penal Interpretado. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes, 2007. 
SILVA, Marysia Souza e. Crimes hediondos & progressão de regime passional. 2 ed. Curitiba: Juruá, 2009.
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Assinatura do Professor Orientador
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Assinatura da Aluna

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