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ATIVIDADES PRÁTICAS PARA A DISCIPLINA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS UNIASSELVI 2018 APRESENTAÇÃO As atividades aquáticas existem desde o tempo primitivo e se diferenciam de todos os outros tipos de práticas corporais, pois além de proporcionarem diversos benefícios físicos, como equilibrio, força, resistência, e muitos outros, as atividades no meio líquido não oferecem impacto para as articulações e tendões, possibilitando assim a participação de indivíduos com restrições físicas. Mergulhando ainda mais neste meio, as inúmeras modalidades possíveis de serem realizadas no meio líquido podem proporcionar aos praticantes benefícios no aspecto psicológico, social e físico, sendo este último cercado de particularidades. A diminuição do peso de cada segmento corporal, o efeito do empuxo, a resistência ao movimento, a possibilidade de deslizar e as diferentes posições possibilitam aos praticantes a realização de movimentos que poderiam oferecer dificuldade ou até mesmo não serem realizados fora da água. Convidamos a todos vocês, tutores e acadêmicos, para aplicação da proposta didático-pedagógica, que tem como objetivo a realização de atividades práticas embasadas em teoria científica abordadas na disciplina de Metodologia do ensino de Atividades Aquaticas, conforme Projeto Pedagógico do Curso. A proposta é oferecer atividades que conduzam ao aprendizado e vivência das atividades aquáticas de forma acessível e atraente. Portanto, você irá encontrar a sugestão de diferentes práticas didático-pedagógicas que permitirão relacionar as aulas teóricas da disciplina com a prática e/ou ilustrar aulas teóricas. Caros acadêmicos, a aula prática é uma vivência pedagógica que irá auxiliar no ensino, de modo a compreenderem este importante conteúdo da Educação Física. Ótimas atividades práticas e que você perceba a cada atividade realizada a satisfação de consolidar a formação do seu conhecimento, tanto profissional como pessoal. DINÂMICA DOS ENCONTROS DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS. DINÂMICA DOS ENCONTROS PRESENCIAIS PARA AS DISCIPLINAS COM PRÁTICA 1º ENCONTRO PRESENCIAL – ATIVIDADE PRÁTICA I Apresentação dos objetivos da disciplina e sua importância no contexto teórico-prático, do vídeo de introdução da disciplina e do Plano de Ensino. Apresentação do vídeo da Unidade 1 e orientações para realização das autoatividades. Indicação e orientação dos materiais e dos recursos disponíveis na Trilha de Aprendizagem da disciplina. INTERVALO Atividade Prática 01 Explicação do Relatório de atividades (entrega no 2º encontro) 2º ENCONTRO PRESENCIAL – ATIVIDADE PRÁTICA II Discussão e correção das autoatividades referentes à Unidade 1 e esclarecimento de eventuais dúvidas. Explicações gerais referentes aos conteúdos da Unidade 2 e à realização das autoatividades. Apresentação do vídeo da Unidade 2 e orientação dos materiais e dos recursos disponíveis na Trilha de Aprendizagem. Entrega do Relatório de Atividade Prática 01 para o Tutor (corresponde a redação - PESO 1. INTERVALO Atividade Prática 02 3º ENCONTRO PRESENCIAL Discussão e correção das autoatividades referentes à Unidade 2 e esclarecimento de eventuais dúvidas. Explicações gerais referentes aos conteúdos da Unidade 3 e à realização das autoatividades. Apresentação do vídeo da Unidade 3. Indicação e orientação dos materiais e dos recursos disponíveis na Trilha de Aprendizagem. Incentivo ao uso e acesso ao AVA. INTERVALO Realização da 2ª avaliação referente ao estudo da Unidade 2 (PESO 1). 4º ENCONTRO PRESENCIAL Discussão e correção das autoatividades referentes à Unidade 3 e esclarecimento de eventuais dúvidas. Revisão geral dos conteúdos da disciplina. Apresentação dos objetivos da disciplina Pe sua importância no contexto teórico-prático, do vídeo de introdução da disciplina e do Plano de Ensino. Explicações gerais referentes à disciplina. INTERVALO Realização da 3ª e última avaliação referente a todas as unidades do Caderno de Estudos (PESO 8). FONTE: Dados Institucionais PRÁTICA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS 1 AQUECIMENTO/ CORRENTE HUMANA OBJETIVO: Preparar o corpo gradualmente, principalmente músculos e articulações, para a intensidade do exercício a ser realizado, além de trabalhar o equílibrio e adaptação ao meio líquido. Coordenação motora, lateralidade, força de membros inferiores e equilíbrio. LOCAL: Piscina MATERIAL: Nenhum DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão adentrar à piscina e se espalharem formando um círculo. Permanecendo em pé, deverão dar as mãos e, ao sinal do professor, iniciar um deslocamento lateral. Após um novo sinal, deverão alternar o lado do deslocamento. Após um novo sinal deverão aumentar a velocidade dos deslocamentos. FIGURA 1 – Atividade Corrente Humana Uma outra possibilidade é incluir os deslocamentos frontais (em direção ao centro do círculo) e de costas, aumentando assim a exigência física dos participantes. 2 GANGORRA OBJETIVO: Adaptação ao meio líquido e aprender a respiração submersa. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão se dividir em duplas e se posicionarem frente a frente de mãos dadas. Ao sinal do professor deverão iniciar movimentos de agachamento, abaixando até que toda a cabeça fique embaixo d’agua. Orientar para que a inspiração seja feita pela boca e a expiração pelo nariz. Enquanto um se abaixa o outro sobe, ainda de mãos dadas, e assim vice-versa iniciando um movimento de gangorra. FIGURA 2: Gangorra humana FONTE: Gomes (1995) 3 CAÇA AO TESOURO OBJETIVO: Adaptação ao meio líquido, aprender a respiração submersa e o movimento de mergulho. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Garrafas plásticas, tampinhas, ou qualquer outro material que afunde. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão se dividir em duas equipes e se posicionarem, ambas as equipes na mesma extremidade da piscina. O professor deverá espalhar na extremidade oposta, diversos itens que permaneçam no fundo da piscina. Ao sinal do professor cada equipe deverá iniciar a busca pelos objetos submersos. Cada obejto encontrado deverá ser trazido à superfície e colocado na borda da piscina. Vence a equipe que encontrar todos os obejtos primeiro. VARIAÇÃO: A mesma atividade pode ser realizada com peças de quebra cabeça específico para atividades aquáticas. 4 INICIAÇÃO À FLUTUAÇÃO OBJETIVO: Aprender a flutuação. LOCAL: Piscina MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão se dividir em duplas. Enquanto segura/apoia a cabeça do companheiro, um membro da dupla tentará a flutuação em decúbito dorsal, estendendo as pernas e todo o corpo horizontalmente na água. Alternar para que ambos tentem flutuar, orientar para inflar os pulmões para auxíliar na flutuação. VARIAÇÃO 1: Podem ser utilizados materiais que auxiliem na flutuação, como bolas, espaguete flutuador ou pranchinhas, porém os alunos devem tentar inicialmente sem nenhum auxilio. FIGURA 3: Flutuação FONTE: Gomes (1995) 5 DESLIZAMENTOS. OBJETIVO: Aprender o deslize. LOCAL: Piscina MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão se posicionar em uma das bordas da piscina e ao comando do professor deverão empurrar a borda com ambos os pés ao mesmo tempo, deslizar para frente, em decúbito ventral, posicionando os braços estendidos e juntos a frente do corpo (acima da cabeça) e com o rosto dentro d’água. VARIAÇÃO: O mesmo exercício pode ser realizado em decúbito dorsal. FIGURA 4: Deslizamento FONTE: Gomes (1995) 6 INICIAÇÃO AO NADO CRAWL.OBJETIVO: Aprender a pernada do nado crawl. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Com todos os alunos segurando na borda da piscina, farão a propulsão de pernas, fazendo a respiração frontal. VARIAÇÃO 1: O mesmo exercício pode ser realizado segurando com os braços direito/esquerdo fazendo então a respiração lateral. FIGURA 5: Pernada nado crawl FONTE: Gomes (1995) 7 INICIAÇÃO AO NADO CRAWL. OBJETIVO: Aprender a pernada e deslocamento do nado crawl. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Flutuadores (pranchinhas, espaguetes, bolas borracha). DESENVOLVIMENTO: Com um flutuador em mãos, cada aluno deverá segurá-lo a frente da cabeça, mantendo a posição horizontal e em decúbito ventral, executar propulsão de pernas fazendo respiração frontal, deslizando por toda extensão da piscina. VARIAÇÃO 1: segurar o flutuador somente com o braço direito executando respiração lateral durante toda a piscina, em seguida repetir o processo com o braço esquerdo. VARIAÇÃO 2: Na ausência de materiais flutuadores, o exercício pode ser realizado em duplas, sendo que o mesmo movimento deverá ser realizado sem deslocamento, e segurando a mão do companheiro. FIGURA 6: Pernada nado crawl FONTE: Gomes (1995) 8 NADO CRAWL. OBJETIVO: Aprender a braçada e a respiração do nado crawl. LOCAL: Piscina MATERIAL: Pranchinha ou flutuadores. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão segurar uma pranchinha com apenas uma das mãos. Deslizando na piscina em decúbito ventral, deverão executar o movimento da braçada com o braço oposto ao que segura a prancha e repetir o movimento da braçada alternadamente e com propulsão de pernas. VARIAÇÃO 1: O mesmo exercício pode ser realizado alternando o lado da respiração. FIGURA 7: Braçada e respiração do nado crawl FONTE: Gomes (1995) 9 NADO CRAWL. OBJETIVO: Aprimorar o nado crawl. LOCAL: Piscina MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão realizar os movimentos completos, braçadas e pernadas, do nado crawl sem o auxílio de nenhum equipamento ao longo de toda extensão da piscina. FIGURA 8: Nado Crawl FONTE: Gomes (1995) 10 INICIAÇÃO AO NADO COSTAS. OBJETIVO: Aprender a pernada do nado costas. LOCAL: Piscina MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão se posicionar em duplas e realizar a pernada de costas. Em decúbito dorsal, os braços posicionados ao lado do corpo, enquanto um executa os movimentos o outro segura levemente a nuca de seu companheiro. VARIAÇÃO 1: O mesmo exercício pode ser realizado deslizando por toda extensão da piscina sem o auxílio de outro aluno. FIGURA 9: Pernada nado costas FONTE: Gomes (1995) 11 INICIAÇÃO AO NADO COSTAS. OBJETIVO: Aprender a braçada do nado costas. LOCAL: Piscina MATERIAL: Flutuadores. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão segurar uma pranchinha com apenas uma das mãos. Deslizando na piscina em decúbito dorsal, deverão executar o movimento da braçada com o braço oposto ao que segura a prancha e repetir o movimento da braçada alternadamente. VARIAÇÃO 1: O mesmo exercício pode ser realizado deslizando por toda extensão da piscina sem o auxílio de equipamentos. FIGURA 10: Braçada nado costas FONTE: Gomes (1995) 12 NADO COSTAS. OBJETIVO: Aprimorar o nado costas. LOCAL: Piscina MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão realizar os movimentos completos, braçadas e pernadas, do nado costas sem o auxílio de nenhum equipamento ao longo de toda extensão da piscina. FIGURA 12: Nado costas. FONTE: Gomes (1995) 13 INICIAÇÃO AO NADO PEITO. OBJETIVO: Aprender a braçada do nado peito. LOCAL: Arredores da Piscina (fora d’agua). MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão realizar o movimento completo da braçada fora d’agua, simultaneamente com o movimento da respiração, posicionando um braço ao lado do corpo e o outro estendido a frente. O tronco inclinado a frente, palma da mão voltada para fora, abrir o braço passando ligeiramente a linha dos ombros e movimentar a mão puxando para baixo e em seguida para dentro. VARIAÇÃO 1: Realizar o movimento da braçada do peito somente com o flutuador entre as pernas, executar a respiração no momento da tração (varredura para dentro). FIGURA 12: Braçada nado peito FONTE: Gomes (1995) 14 INICIAÇÃO AO NADO PEITO. OBJETIVO: Aprender a pernada do nado peito. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Pranchinha e flutuador. DESENVOLVIMENTO: Realizar o movimento da pernada com auxílio de um colega, flexionando os joelhos fazendo um círculo com a ponta dos pés. Os pés devem estar flexionados e girados para fora nos tornozelos, de modo que as plantas estejam voltadas para fora e para trás e executarão um movimento circular com pressão simultânea no sentido lateral para fora, para baixo (em direção ao fundo). VARIAÇÃO 1: Os alunos deverão segurar com ambas as mãos a prancha e realizar o movimento completo da pernada dentro d’agua, fazendo o círculo alternando com a respiração. FIGURA 13: Pernada nado peito FONTE: Gomes (1995) 15 NADO PEITO. OBJETIVO: Aprimorar o nado peito. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão realizar os movimentos completos, braçadas e pernadas, do nado peito sem o auxílio de nenhum equipamento ao longo de toda extensão da piscina. FIGURA 14: Nado peito FONTE: Gomes (1995) 16 INICIAÇÃO AO NADO BORBOLETA. OBJETIVO: Aprender a ondulação do nado borboleta. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão, em decúbito ventral, posicionar os braços ao longo do corpo, com o rosto dentro d’água e movimentar as pernas a partir da articulação coxo-femural, para cima e para baixo de forma simultânea. FIGURA 15: Ondulação nado borboleta FONTE: Gomes (1995) 17 INICIAÇÃO AO NADO BORBOLETA. OBJETIVO: Aprender a braçada do nado borboleta. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão inclinar o tronco a frente, com os pés apoiados no fundo da piscina e a cabeça dentro d’agua, esticar os braços a frente, posicionar as mãos na direção dos ombros e as palmas voltadas para fora, afundar as mãos e puxar para fora até passar ligeiramente a linha dos ombros, para dentro e para trás, finalizando coms as mãos próximas às coxas. FIGURA 16: Braçada nado borboleta FONTE: Gomes (1995) 18 NADO BORBOLETA. OBJETIVO: Desenvolver o nado borboleta. LOCAL: Piscina. MATERIAL: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Os alunos deverão realizar os movimentos completos, braçadas e pernadas, do nado borboleta sem o auxílio de nenhum equipamento ao longo de toda extensão da piscina FIGURA 17: Nado borboleta FONTE: Gomes (1995) Referências Bibliográficas: BATAGLION, Giandra Anceski Metodologia de ensino de atividades aquáticas, Indaial, UNIASSELVI, 2017 GOMES, Wagner Domingos Fernandes. Natação, uma Alternativa Metodológica, Rio de Janeiro, Editora Sprint, 1995.
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