Buscar

8 - DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 06/08/18
TÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO
 
Breves considerações
 
O dispositivo neste título encontra descanso no texto constitucional, qual seja, em seu artigo 5°, inciso VI, que dispõe “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”, bem como no mesmo artigo, inciso VIII, “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”.
Diante disso, é assegurada a pluralidade religiosa, desde que não haja excessos ou abusos de modo a prejudicar outros direitos e garantias individuais.
Além da religião, protege-se também a lembrança das pessoas mortas (arts. 209 a 212, do CP).
  Art. 208, CP
“Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”.
  Nomen iuris: Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo
1. Conceito:
 O crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, disposto no art. 208, do CP, tem a seguinte redação: “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou prática de culto religioso cerimônia ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa”.
 Note-se que são 3 as condutas típicas, quais sejam: Por isso crimes contra sentimento religioso.
a)      escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa;
b)      impedir ou prática de culto religioso cerimônia ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso;
c)      vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.
 2. Objetividade Jurídica:
 Protege-se o sentimento religioso, independentemente da religião escolhida, o interesse ético-social em si mesmo, bem como a liberdade de culto (art. 5º, VI, da CF).
Bem jurídico: sentimento religioso, ou seja a liberdade de crença, protege também os ateus, porque não acreditar em nada também é uma crença, acreditar que nada existe, protege também os agnósticos. Protege as organizações como Maçonaria, RosaCruz.
Todos tem direito a ter a sua crença.
 3. Sujeitos do Delito:
 O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Crime comum
 O sujeito passivo é a coletividade (crime vago). Entretanto, no caso de escárnio, secundariamente, o sujeito passivo é a pessoa atingida.
 4. Conduta: 
Todas as condutas são de modalidades dolosas, ou seja, o elemento subjetivo é o dolo, é a intenção de escarnecer de alguém por motivo de crença ou função religiosa. "o animus narrandi ou jocandi pode excluir a tipicidade" a brincadeira, os stand-up liberdade artística, liberdade de expressão. Para que não haja essa possibilidade de brincadeira, o ofendido deve inicialmente alertar que não aceita este tipo de brincadeira, se caso continuar, ficará evidenciado o dolo - É um crime formal = prevê uma conduta e um resultado que é a ofença.
 A conduta típica de inicialmente tem origem no verbo “escarnecer”, de alguém (pessoa determinada, não pode ser genericamente), que significa ridicularizar, zombar, desprestigiar, desrespeitar. O escárnio deve guardar relação com a crença ou com a função religiosa (exercida por padres, pastores e etc.) e não precisa o ofendido estar presente. Pode ser por escrito, por gestos, por fala, etc... Devendo ser publicamente. Ex: Se eu e uma pessoa estamos falando de outro alguém, isso não configura o escarnecimento, porem se eu escarnecer de alguém em um local que seja possível um numero indeterminado de pessoas, ai se configuraria o delito, na sala de aula que cabem varias pessoas, mas tendo somente 6 me ouvindo, já caracteriza o delito, pois nessa sala seria possível um numero indeterminado de pessoas, mesmo que neste momento só tenham 6. Redes sociais.
Nesse sentido:
 “Para a configuração do crime do art. 208 do CP, é necessário que o escárnio seja dirigido a determinada pessoa, sendo que, a assertiva de que determinadas religiões traduzem ‘possessões demoníacas’ ou ‘espíritos imundos’, espelham tão-somente, posição ideológica, dogmática, de crença religiosa, não tipificando o crime de vilipêndio, ou ultraje a culto” (TACRIM-SP – AC – Rel. Régio Barbosa – RJD 23/374).
Em seguida, a conduta típica vem expressa do verbo “impedir”, que tem o conceito de evitar que se inicie, paralisar, suspender, e pelo verbo “perturbar”, que tem o significado de atrapalhar, embaraçar, tumultuar.
“Cerimônia” é ato solene e exterior de culto religioso. Ex.: Casamento religioso, batismo, recebimento do santo, etc.
“Culto religioso” é todo aquele que não se reveste do caráter solene e formal de cerimônia. Ex. missa. Cessão dos empresários, cessão de desobcessão, dia do Exu, etc...
Finalmente, a conduta típica vem expressa pelo verbo “vilipendiar”, que significa tratar com desdém, menoscabar, desprezar.
O vilipêndio deve ser público, ou seja, na presença de várias pessoas ou de modo que seja presenciado por várias pessoas, como por exemplo televisão, e ter como alvo ato de culto religioso ou objeto de culto religioso. Ex.: Filme pejorativo da entrega da ostia, ou quando o pastor evangélico pede a oferenda dos fieis. Ex.: qualquer objeto que faça referencia ao credo a sua religião, como imagens para igreja católica, crucifixo, etc... 
Ex.: Não foi cometido crime pelo homossexual que desfilou crucificado, pois ele não teve dolo para ofensa e sim uma manifestação artística. Diferente dos que colocaram os crucifixos em seus orifícios.
Trata-se de crime doloso que, para a sua configuração, necessita da finalidade específica de escarnecer do ofendido em razão de crença ou função religiosa, e de se ofender o sentimento religioso, no vilipêndio.
Nesse sentido:
“Incide no art. 208 do CP, porque animado por evidente dolo, o agente que, agindo com intuito de perturbar o culto religioso, entre outros artifícios, direciona possantes alto-falantes para o prédio da igreja e liga os aparelhos em altíssimo volume com músicas carnavalescas e, em outras oportunidades, faz uso de estampidos de bombas juninas, tudo para impedir as orações e os cânticos dos fiéis” (TACRIM-SP – AC – Rel. Ribeiro Machado – BMJ 81/13).
No escárnio, o crime é consumado com a prática da ação, independentemente do resultado visado pelo agente. Alguns autores defendem que é delito de mera atividade na primeira modalidade e alerta que a segunda e terceira modalidade são de resultado, portanto há necessidade de impedir ou perturbar e vilipendiar.
No impedimento ou perturbação, consuma-se o crime com o impedimento ou perturbação da cerimônia ou culto, não precisa ser necessariamente dentro da igreja. Suj passivo; a coletividade. É um crime vago. É um crime formal, só com a conduta já se consuma. Tentativa = a doutrina fala que cabe, porem é difícil de visualizar a tentativa.
No vilipêndio, consuma-se o delito, se for verbal, com o ultraje.  Se não for verbal, consuma-se com o resultado material, escrito, quebrar a guia do médium, ou como por exemplo com a destruição de estátua sagrada. 
Tentatias:
No “escárnio” admite-se a tentativa apenas se a forma for escrita. Na forma escrita OU VIDEO (ATO PLURISUBSISTENTE = SE A CONDUTA PODE SER FRACIONADA AO LONGO DO TEMPO), o “impedimento ou perturbação” não há óbices à tentativa, e no “vilipêndio” admite-se a tentativa apenas quando o crime for material, ato plurisubsistente.
5. Forma Agravada:
Nos termos do parágrafo único do art. 208, do CP, “se há emprego de violência,a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”. A violência pode ser física (contra a pessoa, lesão) ou material (contra a coisa, dano), respondendo o agente por dois crimes em concurso material, já que as penas são somadas e a objetividade jurídica são diferentes, integridade física e sentimento religioso.
Não se fala se a violência é contra a pessoa ou coisa, então tanto faz, ex.: do pastor que quebrou a imagem da santa, ele responderá pelo crime do 208 com a pena majorada de um terço mais art 163, crime de dano
6. Pena: detenção, de 01 mês a 01 ano, ou multa
7. Ação: penal pública incondicionada
CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS: Memoria dos mortos. O morto só tem a memória, ele não é dotado de personalidade jurídica, desrespeitando o morto, o agente estará desrespeitando a família (SUJ. passivo direto), a DOUTRINA ENTENDE QUE O SUJ. PASSIVO É A COLETIVIDADE (indiretamente), OU SEJA, CRIME VAGO ATINGINDO TODA A COLETIVIDADE.
Art. 209, CP
“Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Cabe transação penal, cabe SUSRSI’S processual, como a pena máxima é de 1 ano o rito será sumaríssimo. O art. 208 é idêntico devido a pena ser igual.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”.
Nomen iuris: Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária
1. Conceito
O delito de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária está disposto no art. 209, do CP, qual seja: “Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária: Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa”.
2. Objetividade Jurídica
Elemento subjetivo: dolo
Tutela-se com o dispositivo o sentimento de respeito aos mortos. Esse sentimento de reverência dos vivos para com os mortos não deixa de ter também cunho religioso.
3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Crime comum.
O sujeito passivo não é evidentemente o cadáver, o morto, pois este não é mais titular de direitos, mas a coletividade, as pessoas da família ou amigos que tenham relação afetiva com aquele.
Nesse aspecto:
“Pela norma do art. 209 do Estatuto Penal, o legislador visou resguardar o sentimento de respeito e piedade para com os mortos. Sentimentos dos vivos, é óbvio, de respeito e homenagem aos mortos. Esse o bem jurídico aqui tutelado, uma vez que o morto já não pode ser titular de direito. Conforme observa o douto Magalhães Noronha, ‘o sentimento de respeito aos mortos é também da coletividade e, mais particularmente, da família do falecido. Não seria ocioso lembrar que o texto legal não se refere a ‘ofensa ao morto’, mas a perturbação de cerimônia funerária, que é ato dos vivos” (TACRIM-SP – Rec. – Rel. João Guzzo – JUTACRIM X/119
4. Conduta
A conduta típica vem expressa pelo verbo impedir (evitar que se inicie, impossibilitar, paralisar, etc) e pelo verbo perturbar (dificultar, atrapalhar, etc) o enterro ou cerimônia funerária. O dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único núcleo ), razão pela qual é classificado como crime de ação única.
“Enterro” é a trasladação do cadáver para o local onde será sepultado.
“Cerimônia fúnebre” é o ato civil em que se presta assistência ou homenagem ao falecido (cremação, velório, etc). Missa de sétimo dia é art 208, o cadaver não está lá.
 Nesse sentido:
 “Perturba a cerimônia ou prática de culto religioso quem tumultua, desorganiza e altera o seu desenvolvimento regular” (TACrim – RT, 533/349)
 O dolo é a vontade de impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária, sendo indiferente o motivo ou o fim determinado do ato. Trata-se de crime doloso.
 5. Consumação e Tentativa tudo do art 208 em impedir ou perturbar é igual ao 209 o que muda é o objeto material: 208 culto ou cerimônia, 209 enterro ou cerimônia funebri.
 Consuma-se o crime com o efetivo impedimento ou com a simples perturbação do enterro ou da cerimônia funerária. Admite-se a tentativa.
 6. Forma Agravada
 Nos termos do parágrafo único do art. 209, do CP, “se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”. A violência pode ser física (contra a pessoa) ou material (contra a coisa), respondendo o agente por dois crimes em concurso material, já que as penas são somadas.
 7. Pena: detenção, de 01 mês a 01 ano, ou multa
 8. Ação Penal: pública incondicionada. Isso é quando a lei não fala nada
 Questão: Diferencie o crime ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo do crime de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária.
Resposta: O primeiro trata-se de crime contra o sentimento religioso, disposto no art. 208, do CP, que consiste em escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. Enquanto o segundo trata-se de crime contra o respeito aos mortos, disposto no art. 209, do CP, que consiste em impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária.
Modulo 1 exercicios
Exercício 1: 
Em nosso Código Penal existe um tipo penal que diz: “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”. Que delito seria este?
a)      Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária;
b)      Violação de Sepultura
c)      Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo;
d)      Exercício arbitrário das próprias razões;
e) Coação no curso do processo religioso.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2: 
Na forma agravada do crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, nos termos do parágrafo único do art. 208, do CP, se há emprego de violência, a pena é:
A) aumentada de dois terços, sem prejuízo da correspondente à violência; 
B) aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência;
C) aumentada de três quintos, sem prejuízo da correspondente à violência;
D)  aumentada de um terço;
E) a mesma do caput.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3: 
A objetividade jurídica do crime de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária é:
A) A proteção do sentimento religioso, independentemente da religião escolhida, o interesse ético-social em si mesmo, bem como a liberdade de culto (art. 5º, VI, da CF);
B)  A tutela do sentimento de respeito aos mortos. Esse sentimento de reverência dos vivos para com os mortos não deixa de ter também cunho religioso;
C)  A proteção à fé pública;
D) A proteção a liberdade de cerimônia religiosa;
E) A tutela do interesse ético-social em si mesmo.
Exercício 4: 
1.      Na forma agravada do crime de Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária, nos termos do parágrafo único do art. 209, do CP, se há emprego de violência, a pena é:
A) aumentada de dois terços, sem prejuízo da correspondente à violência; 
B)   aumentada de três quintos, sem prejuízo da correspondente à violência;
C) aumentada de um terço;
D) aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência;
E) a mesma do caput.
Exercício 5: 
Considere as afirmações com relação ao ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo:
I –  protege o sentimento religioso, dependendo da religião escolhida;
II – trata-se de crime vago;
III – escarnece significa menoscabar.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A) somente a I é correta
B) somente a II é correta
C) somente a III é correta
D) todas são corretas
E) todas são incorretas
Exercício 6: 
Considere as afirmações com relação ao ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo:
I – o sujeito passivo é a coletividade;
II – tecnicamente culto religioso é ato solene e cerimônia é toda aquela que não se reveste do caráter solene;
III – no escárnio, o crime é consumado como resultado.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A) somente a I é correta
B) somente a II é correta
C) somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Modulo 2
Art. 210, CP
“Violar ou profanar sepultura ou urna funerária:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”.
 
Nomen iuris: Violação de Sepultura é diferente do vilipendio a cadaver.
 
1. Conceito
 
O delito de violação de sepultura vem definido no art. 210, do CP: “Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”.
 
2. Objetividade Jurídica
 
Tutela-se o sentimento de respeito aos mortos.
Objeto material: será a sepultura ou urna funerária.
Elemento subjetivo: dolo
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Crime comum.
 
O sujeito passivo é a coletividade (família, amigos do morto, etc). É um crime vago.
 
4. Conduta
 
A conduta típica vem expressa pelos verbos violar (abrir, devassar ilegitimamente, destruir, entrar) ou profanar (zombar, desprestigiar, desrespeitar, ultrajar, aviltar, macular) a sepultura, ex.: urinar na sepultura.
 
Neste aspecto:
“Não concorrendo o dolo específico, o elemento subjetivo do injusto, implícito no tipo legal, com os demais requisitos do art. 210 do Código, não se configura o delito nela definido” (TJSP – AC – Rel. Goulart Sobrinho – RJTJSP 21/459 e RT 443/435).
 
Sepultura é o lugar onde o cadáver é enterrado, compreendendo toda e qualquer construção, sepulcros, tumbas, bem como tudo quanto lhe é imediatamente conexo (Esquife, lápide, ornamentos estáveis, estátuas, etc). Em qualquer caso, deve a cova conter o cadáver, pois a sepultura vazia não é tutelada. Não é necessário abrir o caixão para consumar o crime, só de abrir a portinha do tumulo já está consumado o crime. Tudo que compreende o jazigo é sepultura
 
Refere-se a lei, também, a urna funerária que trata-se de receptáculo destinado a partes do cadáver, como ossos e cinzas.
 
Nesse sentido:
 
“Consuma-se o delito do art. 210, do CP com qualquer ato de vandalismo sobre a sepultura ou de alteração chocante, de aviltamento, de grosseira irreverência” (TJSP – RT, 476/339)
 
 
Segundo Mirabete o delito em estudo possui duas condutas típicas:
 
“A conduta típica do delito é a de violar (abrir, devassar, descobrir, escavar, alterar, romper, destruir) ou profanar (desrespeitar, ultrajar, vilipendiar, aviltar, macular, tratar com desprezo) a sepultura, ex.: andarilho que mora dentro do jazigo não responde por esse crime, pois o andarilho vai procurar jazigo aberto, agora se ele arrombar cometerá o delito, porem o gótico dependendo do que fizerem responde, ex.: sexo dentro do jazigo, defecar dentro do vazo do jazigo, havendo a profanação, assim como quebrar a lapide para fazer despacho, havendo o desrespeito, no caso de levar um vazo para sua casa é furto. Citam-se como exemplos remover pedras, danificar ornamentos, colocar objetos grosseiros, escrever palavras injuriosas etc. Tem-se decidido pela ocorrência do ilícito na alteração chocante, de aviltamento, de grosseira irreverência (RT 476/339), no derramamento de bebida alcoólica sobre os símbolos funerários (RT 238/621) etc”.
 Ex.: Funcionarios do semiterio invadem o jazigo e mexem na urna, para encontrar ouro nos dentes ou joias, neste caso existem 3 correntes:
1) sustenta que se o res está dentro, deixada pelos familiares, ela está abandonada res derelicta, sendo assim, não tem dono, não há sujeito passivo para crime contra o patrimônio, logo só sobra o crime contra a violação de sepultura.
2) Sustenta que o agente não praticou só 1 crime, mas 2 crimes, violar a sepultura e furto, pois a res não é derelicta (abandonada) e sim, pertencia ao familiar que ali está e foi deixada por respeito, isso não dá o direito de ser retirado, até porque é pago um valor para zelar do local. Haverá concurso material por violação de sepultura e furto.
3) Sustenta que se o agente já tinha o animus de subtrair a res, o meio que deveria adotar para subtrair a res era violando a sepultura, então o crime fim vai absolver o crime meio, por tanto só responderá por crime de furto.
Na doutrina não há posição majoritária. Na jurisprudência encontraremos posições majoritárias entre a 1 e a 3. Em São Paulo está sendo a 1.
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre com a efetiva violação ou profanação da sepultura ou urna funerária. Admissível é a tentativa. Ex.: O agente está começando os procedimentos para arrombar, quando chega o funcionário e o surpreende.
 
6. Distinção
 
Não confundir o crime em estudo com a contravenção de exumar cadáver irregularmente (art. 67 da LCP).
 
7. Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Procedimento comum, o rito é sumario pois a pena máxima é superior a 2 anos e menor que 4 anos, não cabe transação penal pois a pena máxima é de 3 anos, porem cabe SURSI’S processual porque a pena mínima é de 1 ano.
 
 
8. Ação Penal: pública incondicionada. Pois a lei não fala nada.
 
 Aula do dia 13/08/18
Art. 211, CP
“Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”.
 
Nomen iuris: Destruição, Subtração ou Ocultação de Cadáver
 
1. Conceito
 
Descreve o art. 211, do CP, o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver: “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”.
 
2. Objetividade Jurídica
 
Tutela-se o sentimento de respeito aos mortos.
Objeto material: cadáver ou parte dele.
Elemento subjetivo – É o dolo, é a intenção de praticar uma dessas condutas
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Crime comum.
 
O sujeito passivo é a coletividade, formada pela família do morto e o próprio Estado. 
Trata-se de crime vago.
 
4. Conduta
 
A conduta típica vem expressa pelos verbos “destruir” (acabar, inutilizar de forma permanente, fazer com que não exista mais, tornar insubsistente), “subtrair”, não é o mesmo dos crimes contra o patrimônio, que tinha o animus de subtrair para si ou para outrem, aqui basta subtrair, só existe o animus de subtrair(furtar, tomar, tirar da situação de proteção ou guarda da família, parentes, etc),ex.: se eu tirar do local, o cadáver ou parte dele, de onde está guardado e deixa-lo 3 quarteirões de distância em uma lixeira, é enquadrado em subtração de cadáver ou parte dele, e “ocultar” (esconder, fazer desaparecer) ex.: se eu cavar uma cova e der um murro no nariz da vitima e ele cair no buraco e eu o enterrar, será homicídio qualificado por asfixia, pois foi enterrado vivo. Agora se eu matar e depois enterrar, ai responderei por homicídio em concurso material com ocultação de cadáver.
Subtrair e destruir são condutas instantâneas, ocultar em regra é uma conduta permanente (a consumação se prolonga). É importante saber se a conduta é instantânea ou permanente, porque em processo penal é possível flagrante a todo momento quando o crime é permanente, se o crime é instantâneo e cessa a situação de flagrante, não terá a possibilidade da prisão em flagrante.
Cuidado: O TJ de São Paulo, entende que se o corpo for jogado em alto mar ou, mar aberto, o crime é ocultação de cadáver, só que a conduta não é permanente, porque a conduta permanente, em tese, será possível encontrar o cadaver. Como o corpo foi dispensado em alto mar, para localizar o corpo é impossível, devido a movimentação das correntes, os animais marítimos que se alimentarão dele e tambem a decomposição é mais rápida. Então a conduta é instantânea.
 
Entende-se como cadáver o corpo humano sem vida, morto, que ainda conserva a aparência humana. Parte do cadáver também é objeto de proteção legal, Ex.: se pegar um corpo morto e atear fogo, cai aqui (Destruir), se eu pegar a pessoa que está viva e eu atear fogo nela para mata-la(será Destruida) mas será homicídio qualificado, o meio pelo qual foi praticado o homicídio foi atraves do fogo, mas se eu matei e depois destrui o cadáver, responderá pelo homicidio em concurso material com o crime de destruição de cadaver ou partedele, no caso de, após matar a pessoa, é arrancado a arcada dentaria e as falanges dos dedos para não ser identificado ou dificultar a identificação. Entretanto, estão excluídos deste conceito as cinzas e o esqueleto. 
 
De acordo com a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não se pode confundir cadáver com restos de cadáver:
 
“Os restos de cadáver em completa decomposição, bem como suas cinzas, não são parte dele, do mesmo modo que os escombros de uma casa desabada ou incendiada já não participam do que se chama “casa” (TJSP – AC – Rel. Weiss de Andrade – RJTJSP 35/269).
 
E a remoção de cadáver do local do crime somente será criminosa se for com o intuito de ocultá-lo:
 
“Não há confundir simples “remoção” de cadáver, do local do crime com a “ocultação” de que fala a lei. O verbo é a chave do conceito penal. “Ocultar cadáver é a linguagem da lei. Não basta, pois, removê-lo, ou afastá-lo do local. E, como é óbvio, há de se ocultar cadáver” (TJSP – Rec. – Rel. O. Costa Manso – RT 275/444 e RJTJSP 102/424).
 
O natimorto também é considerado cadáver, entretanto, o feto imaturo não o é, em que pese o posicionamento divergente de alguns doutrinadores.
 
Há polêmica na questão do feto natimorto, divergindo a jurisprudência do mesmo Tribunal de Justiça, vejamos:
 “De acordo com a doutrina e jurisprudência pacífica dos Tribunais, é evidente que o corpo do natimorto, expulso do ventre materno a tempo, após ter atingido a capacidade de vida extra-uterina, é considerado como cadáver para efeito de caracterização do crime previsto no art. 211 do CP” (TJSP – AC – Rel. Luiz Tâmbara – RT 526/328).
 
“O corpo de feto natimorto não pode ser definido como cadáver, pois o conceito de vida corresponde ao de vida extra-uterina autônoma. E tal conceito não é estranho ao campo jurídico, onde a personalidade ou capacidade jurídica é reconhecida apenas a quem nasça com vida. Não se nasce cadáver, torna-se cadáver” (TJSP – AC – Rel. Mendes França – RJTJSP 13/447 e RT 415/86).
 
De uma forma ou de outra:
 
“Ao eliminar o filho que acabara de nascer e jogar seu corpo na fossa, com intuito de escondê-lo, deve responder a acusada, além de homicídio, pelo delito de ocultação de cadáver (TJSP – RT, 478/308)”.
 
Trata-se de crime doloso. Entretanto, inexiste dolo na conduta de pessoa rude e primitiva, dominada pela fé e por superstições, que enterrou cadáver fruto de relações ilícitas de uma filha solteira (exemplo de Hungria).
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre com a efetiva destruição, subtração ou ocultação do cadáver ou parte dele.
Admite-se a tentativa. Nos três núcleos da para se fracionar ao longo do tempo os atos executórios.
Nesse aspecto:
“Adquirida a mala onde seria ocultado o cadáver de já dois dias e aberta a valeta onde seria enterrado no quintal da residência dos acusados, tipificado restou o delito do art. 211, do CP, na modalidade tentada” (TJSP – RT, 500;304).
 
6. Pena: reclusão, de um a três anos, e multa”. O procedimento é comum, rito sumario porque a pena máxima é acima de 2 anos e menos que 4, não cabe transação penal porque a pena máxima é igual a 3 anos, só cabe transação penal se a pena máxima não ultrapassa 2 anos, cabe SURSI’S processual porque a pena mínima é igual a 1 ano.
 
 
7. Ação Penal: pública incondicionada.
 
 
 Art. 212, CP - VILIPENDIO A CADAVER.
“Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa”.
 
Nomen iuris: Vilipêndio a Cadáver
 
1. Conceito
 
O crime de vilipêndio a cadáver está previsto no art. 212, do CP: “Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”.
Vilipendiar – zombar, desprestigiar, desrespeitar. 
2. Objetividade Jurídica
 
Tutela-se o sentimento de respeito aos mortos E SUAS CINZAS.
Objeto material: cadáver ou parte dele e as cizas.
Elemento subjetivo – É o dolo, é a intenção de praticar uma dessas condutas
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Crime comum.
 
O sujeito passivo é a coletividade, formada pela família do morto e o próprio Estado. 
Trata-se de crime vago.
4. Conduta
 
Aqui não há uma conduta vinculada, você pode praticar de qualquer forma, verbalmente, por gestos, por escrito, fisicamente, ex.: o corpo está sendo velado, eu chego publicamente e começo a xinga-lo, isso não é coisa para se falar publicamente. Fisicamente, abrir a boca do cadáver, fazer um penteado punck, fazer gesto com o dedo. Para haver vilipendio deve haver publico, porem não se faz necessário, como exemplo os adeptos da necrofilia (desvio de comportamento) = manter relação sexual com pessoas mortas. Não é publico, porem não deixa de ser um crime vilipendio a cadáver.
Ex.: se estou estuprando uma garota, no ato me empolgo apertando seu pescoço fortemente e ela morre, responderei por estupro com resultado morte. E se o agente tenta estuprar e não consegue, fica muito bravo, matra e depois vai lá e pratica sexo com o cadáver, ele responderá por tentativa de estupro, homicídio qualificado e vilipendio a cadáver, que foi o caso do maníaco do parque.
A conduta típica vem expressa pelo verbo “vilipendiar” (tratar com desprezo, ultrajar mediante palavra, escritos ou gestos). O dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único núcleo ), razão pela qual é classificado como crime de ação única.
 
Cadáver entende-se como o corpo humano sem vida, morto, que conserva a aparência humana, valendo aqui as considerações já feitas anteriormente.
 
As cinzas do cadáver também são objeto de proteção legal.
 
Trata-se de crime doloso.
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação do delito ocorre com o efetivo vilipêndio (ato ultrajante) do cadáver ou de suas cinzas.
 
A tentativa é admitida, se a conduta puder ser fracionada no tempo, salvo no caso de vilipêndio verbal que será unisubsistente.
 
6. Pena - detenção, de um a três anos, e multa”. O procedimento é comum, rito sumario porque a pena máxima é acima de 2 anos e menos que 4, não cabe transação penal porque a pena máxima é igual a 3 anos, só cabe transação penal se a pena máxima não ultrapassa 2 anos, cabe SURSI’S processual porque a pena mínima é igual a 1 ano.
7. Ação Penal: pública incondicionada.
 
 
Questão: Diferencie o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver do crime de vilipêndio a cadáver.
Resposta: O primeiro descreve o art. 211, do CP, que consiste em destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele, com pena de reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Enquanto o segundo está previsto no art. 212, do CP: vilipendiar cadáver ou suas cinzas, punido com detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
 
Exercicios modulo 2
Exercício 1: 
Assinale a alternativa correta:
A)Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue obter porque tal sepultura estava vazia, não pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: crime de violação de sepultura.
B)O crime de infanticídio, por tratar-se de crime próprio, não admite coautoria.
 C)O homicídio culposo, dada a menor reprovabilidade da conduta, permite a compensação de culpa.
D)Há homicídio privilegiado quando o agente atua sob a influência de violenta emoção.
E) Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue obter porque tal sepultura estava vazia, pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: crime de violação de sepultura.
Exercício 2: 
Com relação ao crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver, previsto no art. 211 do Código Penal brasileiro, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
Para consulta: 
Art. 211 - “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele. 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”.
 A)Através dele tutela-se o sentimento de respeito aos mortos.
B) Trata-se de crime de ação penal pública condicionada.
C)O seu elemento subjetivo é o dolo.
D)É delito que, em tese, admite tentativa.
E) Se o agente matar a vítima e depois destruir ou ocultar o cadáver (CP, arts. 121 e 211), ocorreráconcurso material de crimes.
Exercício 3: 
João atira visando matar Pedro, que, no entanto, já estava morto em razão de aneurisma cerebral. Nessa hipótese, é correto afirmar que tal conduta configura:
 A)de vilipêndio ao cadáver.
B) crime de homicídio tentado.
C)crime impossível ou de tentativa inidônea.
D) tentativa branca.
E)destruição de cadáver.
Exercício 4: 
O crime de vilipêndio a cadáver está previsto no art. 212, do CP: “Vilipendiar cadáver ou suas cinzas” apenado com:
A)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa;
B)detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa;
C)reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa;
D)detenção, de 1 (um) a 6 (seis) anos, e multa;
E)reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Exercício 5: 
Considere as afirmações com relação ao artigo 210, CP:
  I –  tratado do delito denominado vilipêndio a cadáver;
  II –  o sujeito passivo é a coletividade;
  III – a sepultura vazia também é tutelada.
  Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Exercício 6: 
Considere as afirmações com relação ao artigo 211, CP:
I – tratado do delito denominado violação de sepultura;
II – parte do cadáver não é objeto de proteção legal;
III – a remoção de cadáver do local do crime somente será criminosa se for com o intuito de ocultá-lo.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Modulo 3
TÍTULO IX
Dos crimes contra a paz pública
Art. 286, CP
“Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa”.
 Nomen iuris: Incitação ao crime
 1. Conceito
Reza o art. 286 do CP que: “Incitar, publicamente, a prática de crime.
2. Objetividade Jurídica, qual o bem juridicamente tutelado
O objeto jurídico é a paz pública (sentimento de segurança e sossego que deve existir na coletividade, harmonia e a tranquilidade social).
3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Crime comum
O sujeito passivo é a coletividade, já que está o artigo em estudo entre os crimes contra a paz pública. Crime vago.
4. Conduta
A conduta típica vem representada pelo verbo “incitar” (estimular, induzir, provocar, instigar). O dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único núcleo ), razão pela qual é classificado como crime de ação única.
A incitação pode ser praticada por qualquer meio (oral, escrito, por gestos, etc) e deverá ser feita em público, ainda que ninguem cometa o crime, estará consumado, de modo a ser percebido por um certo número de pessoas. Não há crime de incitação em reunião privada, familiar, ainda que na presença de várias pessoas.
A chega para B e começa a insita-la a matar uma pessoa determinada, B mata a pessoa, A não responderá por esse crime, A será participe da conduta que B praticar. Para que A seja enquadrado no crime de incitação ao crime, dever ser feito publicamente, a um numero indeterminado de pessoas, a partir do momento que tem endereço B, A será participe da conduta que B praticar. E se B não fizer nada, apesar da incitação de A, A não responderá por nada.
Assim:
“Incitação ao crime – Configuração, em tese – Prefeito municipal que, publicamente, exorta posseiros a desobedecerem ordem judicial, consistente na medição perimétrica do imóvel que detêm – Habeas Corpus denegado – Inteligência do art. 286, do CP – Comete, em tese, o delito do art. 286 do CP quale que incita publicamente, a desobediência a ordem judicial” (TACrim – RT, 495/319)
Elemento subjetivo: Trata-se de crime doloso. 
Se a intenção do agente era de só narrar os fatos criminosos, é fato atípico.
O Marcelo D2, sofreu muitas prisões pela sua musica “queimando tudo até a ultima ponta”, hoje é passifico que ele não estava fazendo incitação ao crime,considerações feitas no estado do RJ. É considerado como manifestação artística. Assim como acontece nos Funck’s, principalmente no RJ.
5. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre com a CONDUTA, incitação pública e a percepção da mesma por um certo número de pessoas. Ainda que o publico não cometa o crime. Trata-se de crime formal, prevê uma conduta, que é a icitação e um resultado que é a pratica de crime, mas para consumação basta a conduta publicamente a um numero indeterminado de pessoas e não precisam ser pessoas físicas, ex.: rede social e incitar a pratica de crime, já estará caracterizado o crime. Incitar a pratica de contravenção penal não cai aqui, o fato será atípico.
A tentativa é admissível, salvo se a incitação for oral.
6. Pena: detenção, de três a seis meses, ou multa. O procedimento é comum O rito será sumaríssimo, Cabe transação penal, cabe SUSRSIS processual. A pena máxima não ultrapassa 2 anos e a pena mínima é menor que 1 ano
 7. Ação Penal: pública incondicionada
 Art. 287, CP
“Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa”.
Nomen iuris: Apologia de Crime ou Criminoso
1. Conceito
Reza o art. 287 do CP que: “Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime
2. Objetividade Jurídica
O objeto jurídico é a paz pública (sentimento de segurança e sossego que deve existir na coletividade, harmonia e a tranquilidade social).
Elemento subjetivo – dolo, porem é difícil provar. Pois se estiver narrando como estudo de caso não é crime. O caso concreto precisa ser analisado.
3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Crime comum
O sujeito passivo é a coletividade, já que está o artigo em estudo entre os crimes contra a paz pública. Crime vago.
4. Conduta
A conduta típica consiste em fazer, publicamente, apologia (exaltar, elogiar, enaltecer) de autor de crime ou de fato criminoso.
Exige-se que a apologia seja feita em público, de modo a ser percebida por um número determinado de pessoas e pode se referir ao crime ou ao criminoso.
SE O AGENTE FIZER INCITAÇÃO E APOLOGIA NO MESMO CONTESTO FATICO, RESPONDERÁ POR UM SÓ CRIME, COM A PENA BASE MAJORADA, PORQUE AS DUAS CONDUTAS ESTÃO ATACANDO O MESMO OBJETO JURIDICO.
Ex.:: Ser a favor da descriminalização das drogas, ser a favor do aborto, é fato atípico.
Se fizer apologia a autor de contravenção penal não cai aqui.
Nesse aspecto:
“Fazer apologia é elogiar, louvar, enaltecer. A simples opinião ou manifestação de solidariedade que veemente, não se confunde com apologia de fato criminoso” (RTRF, 10/134).
Observa-se que a apologia a contravenção ou a ato imoral praticado por alguém não tipifica esse delito.
Trata-se de crime doloso.
5. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre publicamente, com a percepção por um número determinado de pessoas dos elogios a um criminoso ou crime por ele cometido.
É um crime de mera conduta pois não há resultado, basta fazer apologia de crime ou criminoso, diferente da incitação que é formal, prevê uma conduta e um resultado que a pratica do crime, mas para consumar basta a conduta.
Admite-se a tentativa, meios de execução fracionado, filme, youtube, escrito (crime plurisubsistente), salvo na forma oral.
6. Pena: detenção, de três a seis meses, ou multa. O rito será sumaríssimo, Cabe transação penal, cabe SUSRSIS processual. A pena máxima não ultrapassa 2 anos e a pena mínima é menor que 1 ano
7. Ação Penal: pública incondicionada 
Aula do dia 20/08/18
Art. 288, CP
“Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.” 
Fruto da Lei 12.850/13
Nomen iuris: Associação Criminosa
1. Conceito
Dispõe o art. 288, do CP: “Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
2. Objetividade Jurídica
O objeto jurídico é a paz pública (sentimento de segurança e sossego que deve existir na coletividade, harmonia e a tranquilidade social).
Elemento subjetivo– dolo.
3. Sujeitos do Delito
Por tratar-se de crime “plurissubjetivo” deivdo a precisar de no mínimo 3 pessoas, ou coletivo, os sujeitos ativos, que poderão ser qualquer pessoa, deverão estar reunidos em número mínimo de três. Crime comum. “plurissubjetivo”= que na classificação dos crimes, também é chamado de crime de concruso necessário, porque precisa no mínimo de 3 pessoas. Pode compor esse numero menor de idade. Não precisa da qualificação dos agentes, se souber, que Rogerio, Moacir e o Cabeção formam a associação, posso enquadrar o Rogerio e o Moacir neste artigo, basta provar a associação de três ou mais pessoas.
O sujeito passivo é a coletividade. Trata-se de mais um Crime vago.
4. Conduta
Nucleo do tipo é a associação(juntar, unir) criminosa quando os agentes estiverem reunidos com o escopo ESPECÍFICO de cometer crimes. Obvio que tal finalidade não estará registrada em um contrato ou algo semelhante, bastando portanto que se constate que a instituição e o objetivo essencial é o mascaramento de condutas delitivas. Este artigo está punindo um ato preparatório, na teoria geral do crime o ato preparatório não é crime, só se pune o crime a partir do momento que começa os atos executórios. Porem a conduta de associação é tão perigosa que o Estado quis tratar como crime.
Conforme se verifica em decisões relativas ao tema: 
“Para que o crime de formação de quadrilha caracterize é necessário que a associação se traduza por dolo de planejamento, divisão de trabalho, organicidade e que a prática de crimes seja permanente; assim, não comprovados tais requisitos, é de se afastar a condenação prevista no art. 288 do CP” (TJRJ – RT, 745/628)
“Quadrilha ou bando – Não caracterização – Ausência dos requisitos objetivos e subjetivos, ou seja, ideia de estabilidade e permanência e o dolo específico – Formação apenas de societas criminis – Recurso parcialmente provido para absolver o réu em relação ao delito do art. 288 do CP” (TJSP – Ap. Crim. 156.389-3 – Mogi Guaçu - / 11-4-1994).
O delito em questão é autônomo, tendo existência própria, independente dos demais crimes praticados por seus integrantes.
Trata-se de crime doloso, exigindo-se a finalidade específica de cometer crimes.
Se houver a associação para a pratica de contravenção penal, não será caracterizado como associação criminosa que tem como objetivo praticar CRIMES
Qual a diferença de associação criminosa para um mero concurso de agentes(onde mais de uma pessoa comete crime):
R: No concurso de agentes é formado para praticar um crime, é esporádica. Na associação, é formada para praticar vários crimes. A associação não é esporádica, é permanente.
5. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre com a mera associação de três ou mais pessoas  para a prática de crimes. Não há necessidade das pessoas praticarem o crime. Para provar a associação criminosa é feito pela interceptação telefônica, agentes infiltrados.
É um crime formal, prevê a conduta que é associar-se e um resultado que é praticar crimes. 
Não se admite a tentativa. Ou eu me associo e pratico o crime, ou a associação não está constituída e os atos são somente preparatórios ou cogitação o que não torna punível. Lembrando que a associação criminosa, por si só, é um ato preparatório, aprendemos pela teoria do crime, não se pune atos preparatórios. 
Aqui está sendo punido porque o Legislador definiu como crime. Não dá para se prevê ou fracionar os atos que antecedem a associação. Ou a associação está formada e o crime consumado, ou a associação não está formada e o fato é atípico.
6. Causa de Aumento de Pena (Parágrafo Único)
 O parágrafo único apresenta a natureza jurídica de causa de aumento de pena (será observada na terceira fase da dosimetria da pena privativa de liberdade). O aumento será de até a metade.
Hipóteses:
- se a associação é armada. Se só um agente estiver armado, mesmo sendo arma imprópria (faca de cosinha), todos terão a pena majorada.
- se houver participação de criança até 12 incompletos ou adolescente de 12 completos até 18 anos incompletos.
No artigo 35 da lei de drogas, traz o crime de associação ao trafico. A diferença entre o artigo 35 e o 288 é que no artigo 35 fala de 2 ou mais pessoas, reiteradamente ou não. No art 288 serve para qualquer crime, inclusive ao trafico, deve ter estabilidade, o art 35 é só para o trafico.
Lei de combate ao crime organizado L. 12850/13, art 1, p. 1, diz: que associação criminosa é uma coisa e organização criminosa é outra. 
§ 1o  Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. É o mesmo que associação criminosa, mas com um plus, no caso de 4 pessoas no mínimo, com estabilidade nas duas, mas na organização a associação criminos deve ser estruturada como empresa, com divisão de tarefas, Ex.: olheiros, pessoas trazendo clientela, pessoas trabalhando na linha de produção, etc... Outro requisito, na associação é preciso cometer crimes, na organização são crimes que a pena máxima sejam no minimo superiores a 4 anos, ou crimes com carater transnacional (que ultrapassa as fronteiras), ex.: Roubo de carga, empresa de valores, que atuam em vários países. 
Se houver emprego de armas por qualquer elemento do bando, a pena será dobrada, pois o bando apresenta maior periculosidade.
7. Pena: reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Procedimento comum, o rito é sumario pois a pena máxima é superior a 2 anos e menor que 4 anos, não cabe transação penal pois a pena máxima é de 3 anos, porem cabe SURSI’S processual porque a pena mínima é de 1 ano.
 A lei de crimes hediondos 8072/90, art 8, estabeleceu o crime de associação criminosa qualificada: Se associação criminosa for criada com finalidade de praticar crimes previstos nesta lei, ao invés de ser de 1 a 3 anos, a pena será de 3 a 6 anos. Então se a associação for voltada para CRIMES HEDIONDOS OU EQUIPARADOS a pena será de 3 a 6 anos, estabelecendo um novo preceito secundário, toda vez que isso acontece é uma qualificadora.
8. Ação Penal: pública incondicionada
 Questão: Diferencie o crime de incitação ao crime do crime de apologia de crime ou criminoso.
Resposta: No primeiro está disposto no art. 286 do CP, que consiste em incitar, publicamente, a prática de crime, apenado com detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa. Enquanto o segundo crime está disposto no art. 287 do CP, que consiste em fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime, apenado com detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa. 
Questão: imaginemos a associação criminosa de A,B e C. Somente C cometeu o crime, os três responderão por associação criminosa, mas os três responderão pelo roubo:
Resposta: Somente o C responderá pelo roubo.
Se os três praticaram o roubo, responderão pela associação criminosa, os três também responderão pelo roubo com aumento de pena, a pergunta é se os três responderão pela causa de aumento de pena ou não:
Resposta: Existem dois posicionamentos :
1) O fato deles estarem em concurso de agentes já estariam sendo punidos pela associação criminosa, eu não posso punir a pessoa pelo mesmo fato praticado duas vezes ou mais “ no bis in idem”. Então só pode responder por associação criminosa e pelo roubo simples. Esta corrente é minoritária. Está é para ser enaltecida na OAB.
2) Na corrente majoritária responderão por associação criminosa em concurso material com roubo com causa de aumento de pena. Não é “bis in idem” porque é punido com a pena maior, porque quanto maior o numero de pessoas menor é a possibilidade da vitima se defender. Os bens jurídicos tutelados são distintos, o roubo é crime contra o patrimônio e associação criminosa é crime contra a paz publica, por tanto, haverá concruso material. Está é para ser enaltecida em concurso publico.
Art.288 A, CP
Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: (Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
Nomen iuris: Constituição de milicia privada
1. Conceito
Dispõe o art. 288 A, do CP: “Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código 
É um artigo fruto do direito penal de emergência = é o nome dado a política que o estado assume, principalmente em véspera de eleição, onde os candidatos, a fim de angariar votos, criam um monte de leis estapafúrdias, sem estudo, acabando que esses tipos de lei não conseguem ser aplicadas. Ex.: Diretor e agentes penitenciários deixam os detentos usarem o celular. Eles não respondem por esse crime, porque a redação é mau feita.
2. Objetividade Jurídica
O objeto jurídico é a paz pública (sentimento de segurança e sossego que deve existir na coletividade, harmonia e a tranquilidade social).
Elemento subjetivo – dolo.
3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo: qualquer pessoa pode fazer parte da milicia, crime comum.
O sujeito passivo é a coletividade. Trata-se de mais um Crime vago.
4. Conduta
Nucleo: constituir= criar, organizar, integrar = fazer parte, manter = com armas, com munições, lanches ou custear=financiar
Organização paramilitar = é uma organização civil armada, integradas por policiais ou não.
Milicia particular = é um agrupamento que anda armada, onde faz a vez de segurança sem ser legalizado. É o que acontece no RJ. Onde o correto seriam empresas especializadas, que te fornecerão vigilantes formados, com carteira nacional de vigilante.
Grupo ou esquadrão = nomenclatura criada em razão do esquadrão da morte aqui em SP. Não fala quantos são os integrantes, mas é praticamente passifico que sejam 3.
A constituição da melicia é com fim de praticar qualquer dos crimes, bastando praticar 1 crime do CP. Ex.: Chacina.
Se o homicídio for praticado em atividade de milícia, esquadrão, não será aplicado esse crime e o homicídio, porque o fato de estarem em grupo já é causa de aumento de pena do art. Do homicídio e lesão corporal.
Se formar uma organização paramilitar para pratica de tortura (é equiparado ao hediondo, vai cair no art 8 da lei 8072-90, se conseguir provar que a associação é estável e praticam vários crimes, será enquadrado no 288 qualificado), não está prevista no CP, o legislador restringiu aos crimes do CP. Essa é a explicação do fruto do dir. penal de emergência.
5. Consumação e Tentativa
7. Pena: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.
8. Ação Penal: pública incondicionada
Exercicios modulo 3
Exercício 1: 
Considere as afirmações com ao artigo 286, CP:
I – trata-se de delito denominado apologia ao crime ou ao criminoso;
II – o objeto jurídico é a paz individual (sentimento de segurança e sossego que deve existir internamente);
III – o sujeito passivo é pessoa certa e determinada.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Exercício 2: 
Considere as afirmações com relação ao artigo 287, CP:
I – trata-se de delito denominado incitação ao crime;
II – o sujeito passivo é a coletividade;
III – a conduta típica pode ser dirigida a contravenção ou a ato imoral praticado por alguém.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Exercício 3: 
Considere as afirmações com relação ao artigo 286, CP:
I – trata-se de delito denominado incitação de crime ou contravenção;
II – não há crime de incitação em reunião privada;
III – admite o dolo e a culpa.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Exercício 4: 
Considere as afirmações com relação aos artigos 286 e 287, CP:
I – descreve o artigo 286, CP: Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime;
II – descreve o artigo 287, CP: Incitar, publicamente, a prática de crime;
III – o sujeito passivo em ambos os delitos é a coletividade.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Exercício 5: 
Considere as afirmações com aos artigos 286 e 287, CP:
I – quanto ao artigo 286, CP, a tentativa é admissível, inclusive quando a incitação for oral;
II – a conduta típica do artigo 286, CP diz respeito ao enaltecimento, exaltação, elogio de autor de crime ou de fato criminoso;
III – a pena do artigo 287, CP é de Reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Exercício 6: 
Considere as afirmações com relação ao artigo 288, CP:
I – a denominação jurídica é associação criminosa;
II – a objetividade jurídica tutelada é a fé pública;
III – é um crime unissubjetivo.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)todas são corretas
E) todas são incorretas
Modulo 4
TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA = crença do publico, crença no ato oficial do estado. É inerente a símbolos, documentos, sinais padronizados pelo estado.
CAPÍTULO I
Todo crime de falso precisa ter esses 3 requisitos:
1) Dolo – não existi crime contra fé publica culposo, ninguém falsifica uma nota sem querer.
2) Dano Potencial – não está falando em prejuízo, Se trata da possibilidade de enganar a vitima (homem médio). Se o falso for facilmente constatado, for grosseiro, não haverá crime contra a fé publica, podendo ser qualquer outro crime.
3) Imitação da verdade – é o falso, precisa imitar a verdade através de duas formas: a) através da imutacio veri (mudança do verdadeiro) Ex.: Eu quero ir na balada onde não posso ter mais que 20 anos. Eu tenho 25, pego a minha cédula de indentidade e altero só a data de nascimento. A cédula é verdadeira, mas a data é falsa. Eu mudei o verdadeiro. b) através da imitacio veritatis (imitação da verdade – propriamente dita). Ex.: Eu faço um documento em casa, cédula de identidade. Este documento é totalmente falço.
Se faltar um desses 3 requisitos, pode ser qualquer crime, menos contra a fé publica.
DA MOEDA FALSA
 Art. 289, CP
“Falsificar, fabricando-a ou alternando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal ou no estrangeiro.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 3º - É punido com reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada”.
Nomen iuris: Moeda Falsa 
1. Tipo Fundamental (caput) – O CRIME ESTÁ LIGADO A PESSOA QUE FALCIFICA.
O art. 289, caput, do CP, conceitua o crime como: “Falsificar, fabricando-a ou alternando-a, metálica ou papel-moeda de curso legal ou no estrangeiro. Pena – reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa”.
1.2. Objetividade JurídicaO objeto jurídico é a fé pública, no que diz respeito especificamente à moeda.
1.3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa que pratique a conduta típica, falsificando a moeda. Crime comum
O sujeito passivo IMEDIATO é O ESTADO, DETENTOR DE PERSONALIDADE JURIDICA, POR ISSO NÃO É CRIME VAGO. 
1.4. Conduta
A conduta típica vem expressa pelo nucleo falsificar (imitar a verdade através da fabricação ou da alteração). Ex.: Falsificar dólar (moeda extrangeira)
A falsificação pode ser de duas formas:
a) fabricação; eu crio uma cédula ou moeda em casa.
 b) alteração. Eu pego uma nota verdadeira e altero.
Nas duas modalidades acima mencionadas, é indispensável que o produto fabricado ou alterado apresente aparência semelhante ao verdadeiro, que pode ser confundido com o autêntico ou genuíno.
 A falsificação grosseira, rudimentar, facilmente perceptível, não configura o delito de moeda falsa, podendo, quando muito, caracterizar o crime de estelionato, tentado ou consumado. Ex.: Nota com a impressão torta. - ictu oculi – a olho nu. No crime contra o patrimônio o ardiu, o artifício do estelionato, ele tem que estar apto a enganar, se o aquele ardiu não for apto a enganar trata-se de crime impossível.
Nesse sentido a súmula 73 do STJ: 
“Papel Moeda Falsificado - Estelionato – Competência - A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual”.
 Na conduta de fabricação, o sujeito produz a moeda; na alteração, modifica a verdadeira, por valor maior que o original, não configurando este, se a modificação se der para valor menor.
 Também o delito consiste em falsificar (imitar o verdadeiro), fabricando ou alterando moeda (objeto material) em curso no País ou no exterior, sendo que, se a moeda já tiver sido retirada de circulação, não há que se falar na prática deste delito, mas o de estelionato.
 Trata-se de crime doloso.
1.6. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre no momento da fabricação ou alteração da moeda metálica ou papel-moeda.
Admite-se a tentativa. A conduta pode ser fracionada ao longo do tempo.
2. Circulação de Moeda Falsa (§ 1º) SÃO CONDUTAS EQUIPARADAS A PENA É A MESMA.
2.1. Generalidades
Diz o art. 289, § 1º, do CP, que nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa (introduzir no país) ou exporta (remeter para fora do país), adquire (obter de qualquer forma onerosa ou gratuita, inclusive ilicitamente), vende (transferir a propriedade mediante pagamento), troca (permuta), cede (doar, entregar), empresta (entregar a outrem), guarda (é ter consigo) ou introduz na circulação (é passar o dinheiro falso como legítimo) moeda falsa. SÃO CONDUTAS EQUIPARADAS.
 Trata-se de crime de conduta múltipla alternativa, ou seja, praticada mais de uma conduta dentro de uma mesma situação fática, teremos crime único.
 A consumação dá-se com a simples conduta, independente da ocorrência ou não do dano.
A tentativa é admissível.
3. Tipo Privilegiado (§ 2º) FALSIFICAÇÃO DE MOEDA PRIVILEGIADA PORQUE A PENA É MENOR.
3.1 Generalidades
O § 2º do art. 289 do CP dispõe que: “Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa”. Vai ser no JECRIM, cabe SURSIS, cabe transação penal.
A diferença entre o paragrafo 1 e o 2 é que o agente recebe sem saber que é falsa. Na duvida o juiz aplica o parágrafo 2, pois é mais favorável ao Reu.
 Trata-se de uma forma privilegiada do crime, em que o agente, tendo recebido de boa-fé a moeda falsificada, com a finalidade de não ter prejuízo, procede a sua circulação, após o conhecimento da falsidade.
 Consiste em crime doloso com conhecimento posterior da falsidade. Entretanto, se ao agente receber a moeda de má-fé e a colocar em circulação, responderá pelo § 1º, sendo portanto imprescindível que o sujeito ativo desconheça a falsidade quando do recebimento da moeda para receber o privilégio do § 2º, do artigo em estudo.
 Consuma-se o delito no momento em que a moeda falsa é recolocada em circulação.
 É admitida a tentativa.
 
4. Fabricação ou Emissão Irregular de Moeda (§ 3º)
Reza o § 3º, do art. 289, do CP: “É punido com reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada”. Serão funcionários da Casa da Moeda, ou em alguns casos do Banco Central.
A diferença deste crime para com os outros é que a moeda é verdadeira, se trata de crime próprio, somente podendo ser praticado por funcionário público, nos termos do art. 327, do CP (inclusive Presidente da República, ministros do Estado e etc), por diretor, gerente ou fiscal de banco de emissão de moeda.
Prevê três condutas típicas: fabricar, emitir ou autorizar a fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
 II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. Pode gerar inflação ou recessão, onde atinge a todos, é um crime grave, a pena é maior que a falsificação. 
 A consumação do delito ocorre com a CONDUTA, fabricação ou emissão ou, conforme o agente, com a simples autorização, já que se trata de crime formal. 
A tentativa é admissível.
5. Desvio e Circulação Antecipada (§ 4º) ESTÁ SE REFERINDO AO PARAGRAFO 3.
5.1. Generalidades
Dispõe o art. 289, § 4º, do CP que: “Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada”.
 A conduta típica consiste em duas ações, quais sejam: desviar, ou seja, desloca a moeda de onde se encontra e o faz circular antes da data autorizada.
 É crime doloso, comum (ESTAGIARIO DA CASA DA MOEDA), formal, instantâneo e plurissubsistente.
 A consumação ocorre com a circulação da moeda. O desvio, sem que ocorra a circulação, configura a tentativa.
 6. Pena: 
            - moeda falsa simples (caput): reclusão, de 03 a 12 anos, e multa; rito ordinário, não tem transação penal, porque a pena máxima é superior a 2 anos, e nem sursis, porque a pena mínima é superior a 1 ano. É competência da justiça federal julgar, a atribuição da investigação é da policia federal.
            - moeda falsa privilegiada (§2°): detenção, de 06 meses a 02 anos, e multa;
            - moeda falsa qualificada (§3°): reclusão, de 03 a 15 anos, e multa.
 
7. Ação Penal: pública incondicionada
 Art. 290, CP
“Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a 12 (doze) anos e o da multa a Cr$ 40.000 (quarenta mil cruzeiros), se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo”.
Nomen iuris: Crimes Assimilados o de Moeda Falsa
1. Conceito
Reza o art. 290, do CP que: “Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa”.
2. Objetividade Jurídica
O objeto jurídico é a fé pública.
3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (CRIME COMUM). Em se tratando de funcionário, que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo, que violao seu dever funcional (CRIME QUALIFICADO), a pena é QUALIFICADA porque a pena máxima muda, nos moldes do parágrafo único do artigo em questão.
 O sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, o particular atingido pela conduta do agente.
4. Conduta
São três as condutas típicas:
 a) formar cédula, nota ou bilhete(as expressões são sinônimos, ou correlatas) representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; está em desuso, pois os tamanhos das cédulas mudaram. Isso é praticado com moeda argentina
 A ação típica consiste em formar cédula, notas ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de verdadeiro, imprestáveis ou não, formando uma moeda falsa com aparência de verdadeiro. Não se confunde, portanto, com a figurada alteração de papel-moeda, nos moldes do art. 289, do CP, em que a modificação se opera sobre a cédula verdadeira.
b) suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização;
 O agente apaga o sinal indicativo de sua inutilização por qualquer meio (raspagem, lavagem, preenchimento de perfuração, etc).
c) restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização.
 O agente restitui à circulação cédula, nota ou bilhete, formados por fragmentos ou com o sinal indicativo de inutilização suprimido.
 Trata-se de crime doloso, comum, formal, plurissubsistente e instantâneo.
Ex.: O agente está com uma cédula que apagaram, e outra com o carimbo. Uma cédula o agente apaga o carimbo, a outra cédula que apagaram o agente põe em circulação. Neste caso não é só um crime, como foram duas condutas: tirar o carimbo e por em circulação, responderá por dois crimes.
5. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre:
a) na primeira conduta (formar) com a simples formação da cédula, nota ou bilhete;
 b) na segunda conduta (suprimir) com a supressão do sinal indicativo de inutilização;
 c) na terceira conduta (restituir) com entrada da cédula, nota ou bilhete em circulação.
 Em todas as modalidades acima admite-se a tentativa, pois a execução pode ser fracionada (crime plurissubsistente).
6. Figura Típica Qualificada
Está previsto no parágrafo único do art. 290 do CP o crime qualificado, quando é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo. CRIME QUALIFICADO.
7. Pena:
- modalidade simples (caput): reclusão, de 02 a 08 anos, e multa;
- modalidade qualificada (parágrafo único): reclusão, 02 a 12 anos, e multa.
8. Ação Penal: pública incondicionada
 Art. 291, CP
“Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa”.
Nomen iuris: Petrechos Para Falsificação de Moeda. é idêntico ao crime do art 291, Petrechos para falsificação de moedas. O que muda é o objeto material: 291 moeda, 294 papel publico.
1. Conceito
Dispõe o art. 291, do CP: “Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa”.
2. Objetividade Jurídica
O objeto jurídico é a fé pública.
3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. CRIME COMUM
O sujeito passivo é o Estado.
4. Conduta
A conduta típica vem expressa pelos verbos “fabricar” (elaborar, criar), “adquirir” (obter), “fornecer” (prover, entregar, emprestar), a título oneroso ou gratuito; possuir (ter consigo, ter a posse) ou “guardar” (vigiar, cuidar) maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda. Não são qualquer equipamento, são aqueles especialmente utilizados para falsificação de moeda. Esse crime deixa vestígio, precisa passar por pericia. Normalmente quem pratica esse tipo de crime é a gráfica.
O objeto material do crime é o pretecho para a falsificação de moeda, que a lei especifica como sendo maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda.
Trata-se de crime doloso.
5. Consumação e Tentativa
Ocorre com uma das condutas: fabricação, aquisição, fornecimento, posse ou guarda(se prolonga no tempo, cabe prisão em flagrante) dos petrechos para a falsificação de moeda.
Admite-se a tentativa. Na verdade são atos preparatórios, no intercriminis até chegar na consumação do crime passamos por 4 fases: cogitação, preparação, execução e consumação. O agente ter, comprar, adquirir, fornecer, equipamentos parra falsificação de cédulas seriam meros atos preparatórios, em tese não se pune atos preparatórios, porem o legislador entendeu que essas condutas são tão graves que ele tipificou como crime o ato preparatório. Assim como o crime de ASSOCIASSÃO CRIMINOSA que também é um ato preparatório tipificado como crime. Através de interceptação telefônica, agentes infiltrados. Pois não é ilícito ter uma impressora de ultima geração.
6. Pena: reclusão, de 02 a 06 anos, e multa. Rito ordinário, não cabe SUSRSI, não cabe transação penal.
7. Ação penal: pública incondicionada
 Art. 292, CP
 “Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa”.
Nomen iuris:  Emissão (criação) de Título ao Portador Sem Permissão Legal
 1. Conceito
Reza o art. 292, do CP, que: “Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa”.
No parágrafo único responde quem usa desse titulo como se fosse dinheiro. Ex.: emissão de cheque, nota promissória, duplicata estão previstos em lei, então não é crime. Ex.: Um vale, não está previsto em lei, isso é crime. Comunidade que cria um titulo ao portador e põe em circulação.
Quem cria esse papel responde pelo caput.
2. Objetividade Jurídica
O objeto jurídico é a fé pública.
3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 O sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, quem sofre o prejuízo pela conduta.
4. Conduta
A conduta típica vem expressa no verbo emitir (formar e colocar em circulação o título, sem permissão legal)
 O objeto material é o título ao portador (nota, bilhete, ficha, vale, ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago).
Trata-se de crime doloso.
5. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre com a emissão, ou seja, com a circulação do título, com a transferência a qualquer pessoa.
Trata-se de crime formal, não sendo necessário o dano.
Admite-se a tentativa.
6. Recebimento ou Utilização de Títulos Como Dinheiro (Parágrafo Único)
O parágrafo único do art. 292 do CP estabelece pena de detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa a quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos no caput deste artigo.
 7. Pena:
- na modalidade simples (caput): detenção, 01 a 06 meses, ou multa;
- na modalidade privilegiada (parágrafo único): detenção, de 15 dias a 03 meses, ou multa.
8. Ação Penal: pública incondicionada
Questão: Diferencie o crime de moeda falsa do crime de petrechos para falsificação de moeda.
Resposta: O primeiro está disposto no art. 289, caput, do CP, de conceito falsificar, fabricando-a ou alternando-a, metálica ou papel-moeda de curso legal ou no estrangeiro, apenado com  reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa. Enquanto o segundo está disposto no art.290, do CP que consiste em fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda, apenado com reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Exercicios modulo 4
Exercício 1: 
Quanto aos crimes contra a paz pública e a fé pública, assinale a opção correta. 
A)Com relação ao delito de apologia de crime ou criminoso, previsto no CP, há crime único se o agente, em um mesmo contexto fático, faz apologia de vários crimes ou de vários autores de crimes. 
B)No crime de quadrilha, é necessário que ocorra estabilidade da associação e que haja organização estruturada, com hierarquia entre os membros ou com papéis previamente definidos para cada um. 
C)No crime de quadrilha, se somente um quadrilheiro for identificado, mas houver prova robusta da existência dos demais associados, o crime se perfaz. 
D)Com relação ao crime de moeda falsa, se o falsificador exportar, vender ou introduzir na circulação a moeda, responderá pelos diversos crimes em concurso formal homogêneo. 
E) É atípica a conduta do agente que restitui à circulação, mesmo tendo recebido de boa-fé, papel falsificado pela supressão de sinal indicativo de sua inutilização, da qual tomou posterior conhecimento. 
Exercício 2: 
Relativamente aos crimes contra a fé pública, julgue os itens a seguir:
I- A falsificação grosseira não descaracteriza o crime de moeda falsa;
II- Não é possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes de falsificação de moeda;
III- Para configuração do crime de moeda falsa, é necessário que a falsificação seja perfeita, não bastando a possibilidade de ser aceita como verdadeira;
IV- A falsidade ideológica só adquire relevância no âmbito penal se for realizada com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
V- O fato de ser exibida a carteira de identidade falsificada por determinação de policiais, e não por iniciativa do agente, não descaracteriza o crime de uso de documento falso.
Estão certos apenas os itens: 
A) I e II. 
B) I e V. 
C) II e III. 
D) III e IV. 
E) IV e V. 
Exercício 3: 
Leo adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas falsas de cem reais e as colocou em circulação, adquirindo bens diversos. Nesse caso, Leo responderá:
A)pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda, em continuidade delitiva. 
B)unicamente pelo crime de petrechos para falsificação de moeda. 
C)pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso formal. 
D)pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso material. 
E) unicamente pelo crime de moeda falsa. 
Exercício 4: 
Sobre os crimes assimilados ao de moeda falsa, é INCORRETO afirmar:
A) se o agente for funcionário público que trabalha na repartição onde o dinheiro se acha recolhido, ou nela tem fácil ingresso em razão do cargo, a pena é acrescida de dois terços.
B) caracteriza o crime formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas.
C) configura o crime suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização.
D) configura o crime restituir à circulação cédula, nota ou bilhete formados por fragmentos de cédulas ou com sinal indicativo de sua inutilização suprimidos, ou já recolhidos para o fim de inutilização.
E) tratando-se de crime plurisubsistente, admite-se a tentativa.
Exercício 5: 
Considere as afirmações com relação a moeda falsa (artigo 289. CP):
I –  nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa;
II – quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa;
III – É punido com reclusão, de 4 (quatro) a 20 (vinte) anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)somente a I é correta
B)somente a II é correta
C)somente a III é correta
D)toda são corretas
E) todas são incorretas
Exercício 6: 
Considere as afirmações com relação a moeda falsa (artigo 289. CP):
I – o sujeito passivo é a coletividade;
II – a falsificação grosseira, rudimentar, mesmo que facilmente perceptível, configura o delito de moeda falsa;
III – não admite a tentativa.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A) somente a I é correta
B) somente a II é correta
C) somente a III é correta
D) todas são corretas
E) todas são incorretas
Modulo 5
Capítulo II
Da Falsidade de Títulos e outros Papéis Públicos
Artigo 293, CP – não confundir papel com documento! 
A estrutura é idêntica ao 289.
“Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributos; II – papel de crédito que não seja moeda de curso legal; III – vale postal; IV – cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; V – talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; VI – bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município: Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa. §1º - Incorre na mesma pena quem: I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere esse artigo; II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado a controle tributário; III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. §2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. §3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. §4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recebido de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu §2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. §5º - Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do §1º, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências.
Nomen iuris: Falsificação de Papéis Públicos
Bem jurídico: a fé pública
Sujeitos:
- ativo: qualquer pessoa
Trata-se de crime comum.
- passivo: o Estado
2. Objetividade Jurídica
O objeto jurídico é a fé pública, no que diz respeito especificamente à papel publico.
1.3. Sujeitos do Delito
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa que pratique a conduta típica, falsificando o papel. Crime comum
O sujeito passivo IMEDIATO é O ESTADO, DETENTOR DE PERSONALIDADE JURIDICA, POR ISSO NÃO É CRIME VAgo
Elementos do tipo:
Núcleos: falsificar, fabricar (criar) e alterar (modificar o verdadeiro)
A estrutura é idêntica ao do 289, o que modifica do 289 é o objeto material que é a moeda, cédula.

Outros materiais