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OBSERVAÇÃO DE CRIANÇA COM 5 ANOS DE IDADE E RELATÓRIO DE SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUE RESULTAM O DESENVOLVIMENTO FÍSICO-MOTOR, AFETIVO-EMOCIONAL, INTELECTUAL, MORAL OU SOCIAL.

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2
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
2º PERÍODO DA GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
FAGNER CHAVES DE PAIVA
MAT. 201908416858
OBSERVAÇÃO DE CRIANÇA COM 5 ANOS DE IDADE E RELATÓRIO DE SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUE RESULTAM O DESENVOLVIMENTO FÍSICO-MOTOR, AFETIVO-EMOCIONAL, INTELECTUAL, MORAL OU SOCIAL.
Matéria: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
Tutora: Roseli Cantagalo Couto
RIO DE JANEIRO
 2020
SUMÁRIO
1.	OBJETIVOS	2
2.	INTRODUÇÃO	2
3.	IDENTIFICAÇÃO DA CRIANÇA	3
4.	ATIVIDADE 1 - Bambolê	3
5.	ATIVIDADE 2 – Amarelinha	4
6.	ATIVIDADE 3 – Pegar a tampa do achocolatado no muro	5
7.	ATIVIDADE 4 – Contar	5
8.	ATIVIDADE 5 – Irreversibilidade	6
9.	OBSERVAÇÃO 1 – Sexoalidade e afetividade	6
10.	OBSERVAÇÃO 2 – A barata	7
11.	CONCLUSÃO	7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	8
OBJETIVOS
O presente relatório tem como objetivo estudar o comportamento de uma criança na idade escolar, bem como destacar alguns de seus comportamentos e relacioná-los aos aspectos observados pelos principais teóricos que contribuíram e ainda contribuem com o estudo do desenvolvimento e da aprendizagem.
Ademais, deixar claro que os desenvolvimentos intelectual, cognitivo, físico e afetivo se associam com a idade da criança, o que possibilita ao educador discorrer eficientemente no processo de ensino e aprendizagem.
								
introdução
A medida em que a humanidade vai acumulando experiência e se interessa cada vez mais pelos aspectos do desenvolvimento humano, essenciais para conduzir o processo de ensino e aprendizagem, é que pesquisadores entusiasmados se aprofundam ainda mais em estudos capazes de revolucionar o modo em que estabelecemos relações uns com os outros, principalmente entre pais e filhos, adultos e crianças professores e alunos.
Sobretudo, lembramos que antigamente a criança era tratada como adulto em miniatura, isto é, eram educadas sem que levássemos em conta o seu estágio de desenvolvimento, isto é, tentava-se ensinar sem que a criança estivesse pronta para aprender. O período mais importante da vida de uma pessoa era negligenciado, por pura ignorância, causando traumas na vida adulta. 
Tratarei aqui sobre os estágios do desenvolvimento e aquisição da aprendizagem do ser humano em suas fazes iniciais, para tal irei trabalhar teoricamente os fatos adquiridos através de observações que fiz na criança Diana, 5 anos. Apoiar-me ei nos ombros dos seguintes gigantes e suas teorias: Jean Piaget, epistemologia genética; Lev Vigostsk, sociointeracionista; Henri Wallon, psicogênese; Sigmund Freud, psicanálise e John Watson, behaviorismo clássico.
Mãos à obra!
identificação da criança
Nome: Diana
Idade: 5anos
Peso: 18kg
Altura: 104 cm
Alimentação: come bem, feijão com arroz, carne, legumes, verduras, Danone e biscoito, adora frutas, principalmente uva, segundo a própria.
Capacidade de comunicação e fala: normal para a idade.
Situação social: mora com a mãe, avó e avô, todavia há mais quatro casas no mesmo quintal, onde convive dentre outras pessoas com duas primas adolescentes.
Escola: Jardim, no momento não tem ido devido à pandemia de Covid-19.
Tempo de observação: 10 dias
atividade 1 - bambolê
Diana estava andando para lá e para cá com o bambolê na mão, quando perguntei se sabia brincar, ela respondeu que não, pedi o brinquedo e rodei no braço, a menina ficou maravilhado, falando: “que fantástico”, então resolvi incentivá-la a praticar. Nas primeiras vezes não obteve êxito, então a orientei o modo como devia executar o movimento dos braços para conseguir sustentar o bambolê girando, tentou de novo e já conseguiu ficar um pouco. Resolvi demonstrar praticando mais uma vez e pedi para que ela me observasse, devolvi-lhe o arco, dessa vez já conseguiu por muito mais tempo, segundos, porém comparando com a primeira vez melhorou bastante. Uns 5 dias depois ela veio eufórica até mim dizendo que aprendeu a girar o bambolê. Fiquei observando, e dessa vez conseguiu ficar 30 segundos. Bati muitas palmas e a elogiei muito pelo feito, e continuamos a brincar. 
Pude analisar da seguinte forma este evento, segundo Piaget, Diana já passou do estágio sensório-motor, está no pré-operatório (2-7 anos), o domínio da fala possibilitou nossa interação. Ao apresentar o modo como se roda o bambolê a menina assimilou e tentou realizar o movimento errando por diversas vezes, mas ficou tentando em casa até que a nova informação, o movimento correto, acomodasse em sua estrutura cognitiva, convém esclarecer que a aprendizagem só teve sucesso devido à sua maturação, pois caso contrário não conseguiria, em outras palavras, se Diana estivesse com 2 anos não daria para lhe ensinar.
Na visão de Vigostsk, Diana conseguiu rodar o bambolê, primeiro pelo desenvolvimento da linguagem, pois permitiu nossa conversa e pela minha experiência social com o referido brinquedo pude lhe explicar como fazer, talvez se deixasse o objeto, bambolê, com ela e não tivesse a minha interferência, social, jamais passaria pela sua cabeça a possibilidade de executar o feito, em outras palavras, o que possibilitou a aprendizagem foi a interação social que a criança teve comigo.
atividade 2 – amarelinha
Chamei Diana para brincar de amarelinha, brincadeira que consiste em uma estrutura desenhada no solo que contém quadrados de mesma medida, uma área que caiba um pé, dividido da seguinte forma: os três primeiros em uma sequência longitudinal com relação a frente dos jogadores, segue dois latitudinais com relação aos anteriores com o lado que os une perpendicularmente à metade do último, na sequência mais um quadrado no centro e por último mais dois horizontais da mesma formas que os outros, para enfim chegar ao “céu” e vencer. 
A regra é, jogar a pedra e acertar no primeiro quadrado e pular este com um pé só e seguir em frente, nos pares de quadrados na horizontal cada pé pula em um simultaneamente. Na volta tem que pegar a pedra arremessada anteriormente com apenas uma das mãos estando com um pé no chão. Parece difícil, mas na prática é divertido. A brincadeira varia muito em seu formato e nas regras, dependendo de onde se joga.
Diana conseguiu acertar no primeiro quadrado, sem problema, e foi executando o resto do percurso com dificuldade, ora conseguia pular de um pé só ora não. Não teve equilíbrio para pegar a pedra que estava no chão ao ficar de um pé só. Quanto à regra do jogo pouco importou, na medida em que ia errando o arremesso da pedra nos quadrados mais distantes, eu colocava dentro do quadrado, e vinha ela pulando certo ou errado, o que importou foi a diversão, e no final ela se deu por vitoriosa, ganhou de mim, pois também estava jogando, entretanto demonstrou empatia e disse que eu tinha ganhado também.
Pude com isso constatar que Piaget tinha razão quando caracterizou o estágio pré-operatório, 2 a 7 anos, no qual se encontra a menina, que é notório o egocentrismo, “[...] mesmo imitando o que observa e acreditando de boa-fé jogar como cada um, a criança inicialmente só pensa em utilizar para si própria suas novas aquisições” (PIAGET, 1932/1994, p. 40), constatado no momento em que Diana se proclamou vitoriosa, no entanto ficou claro também que ela está superando esta característica, pois resolveu compartilhar comigo tal mérito. Com relação à coordenação motora por ocasião de pular com dificuldade em um só pé, é compreensível porque pela sua idade suas habilidades motoras não estão totalmente desenvolvidas. Quanto às regras e o próprio jogo ela falou que já conhecia, ou seja, já tinha interagido com alguém, comprovando a teoria sociointeracionista de Vigostsk. 
atividade 3 – pegar a tampa do achocolatado no muro
Coloquei uma tampa pendurado no chapisco do muro numa posição em que a criança pudesse alcançar, pedi para que ela apanhasse, repeti o procedimento de maneira que a cada vez aumentava a altura da posição da tampa, até que Diana não conseguisse pegar, não dava altura. A garota logo avistou uma cadeira no quintal e arrastou para próximo ao muro, subiu e pegou a tampa. 
Isso quer dizer que, aprendeu tal atitude vendo e tentandofazer, quem sabe até caiu algumas vezes, mas seus esquemas foram acomodando suas assimilações em sua base cognitiva pré-existente até que conseguisse realizar com perfeição, por outro lado, o meio social a possibilitou ter observado aquela prática, pode ter visto a mãe subir na cadeira para apanhar alguma coisa no alto, ou até ter tido ajuda de alguém, pois quem a ajudou notou que ela já seria capaz de realizar o feito, ou seja, agora subir na cadeira com esse intuito faz parte de sua zona de desenvolvimento real, quando antes era apenas potencial, este, conceito de Vigostsk, aquele de Piaget. 
atividade 4 – contar
Quando estava desenhando a amarelinha no chão Diana me lembrou que tinha de numerar os quadrados, então o fiz. Aproveitei para pedir-lhe que contasse até quanto ela sabe. Até 29 contou certinho, em seguida foi acertando apenas as unidades, do tipo, ...21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 40..., ...49,60..., então como observei que o desenvolvimento real dela, contagem das unidades, estava acomodado em sua estrutura cognitiva, resolvi interagir com ela de modo que desequilibrei seus esquema cognitivo dizendo que não estava certo, expliquei o certo até cinquenta, a criança assimilou, refletiu sobre a explicação, e acomodou na sua estrutura cognitiva, possibilitando a nova aprendizagem, agora conta até cinquenta. Misturo as teorias aqui propositalmente para provar que não se trata de quem estava certo ou errado, mas sim de possibilitar à criança um desenvolvimento adequado pelas características de cada fase.
atividade 5 – irreversibilidade
Para confirmar o que revelou Piaget, fiz o teste do líquido em dois copos cujas quantidades eram iguais, confirmado por Diana, em seguida despejei um dos copos em uma jarra e a criança ao observar o nível da água mais baixo na jarra, por esta ser mais larga que aquele, respondeu agora que no copo havia mais água, mesmo contendo a mesma quantidade, o mesmo ocorreu quando contei dez passos de um muro a outro e perguntei quantos passos daria no movimento inverso, ainda que ela tivesse contado junto comigo os dez passos, respondeu-me que voltando daria 8 passos. “Portanto, é normal que o pensamento da criança comece por ser irreversível, e especialmente, quando ela interioriza percepções e movimentos sob formas de experiências mentais, estes permanecem um pouco móveis e pouco reversíveis” (Piaget, seis estudos da psicologia página 29)
observação 1 – SEXOALIDADE e afetividade
Na perspectiva freudiana, a criança está passando pela fase fálica, marcada pela identificação e diferenciação dos órgãos genitais, masculino e feminino. Está com o seu desenvolvimento biológico quase concluído, mas lhe falta ainda a maturidade psíquica. Gosta de ajudar a mãe nas tarefas de casa, embelezar- se com roupinhas da moda e maquiagem, descobrindo que é mulher (sexo feminino) e, portanto, age como tal. Tais características provam que a criança adquire conhecimento através da interação com o meio social em que vive, Vigostsk, todavia, para Piaget é condição necessária mas não suficiente para explicar a aquisição do conhecimento, para tanto, é necessário que haja desequilibração causado pela informação nova do ambiente, na qual o indivíduo por meio de seus esquemas mentais pré-existentes assimilará e por fim modificará ou complementará, acomodando o conhecimento em sua estrutura cognitiva.
Já na visão psicogenética de Wallon, Diana correspondeu bem à afetividade que lhe dispensei, tanto às orientações verbais que dava a ela, quanto às emoções e sentimentos que permearam nossa interação.
observação 2 – A barata
Quando estávamos brincando de amarelinha, teve um momento em que a pedra dela caiu próximo ao mato, por isso ela evitou de pegar e me pediu para fazê-lo, argumentou que não pegou porque podia ter barata lá.
Com relação a esse episódio constatei evidências que pode ser explicado pela psicologia comportamental, mais precisamente pelo behaviorismo clássico. Pois bem, na família de Diana todas as mulheres “morrem” de medo de barata, quando aparece uma no quintal é a maior gritaria, ou seja, a menina foi criada nessa atmosfera de pavor ao inseto, muito provavelmente, ela tenha adquirido esse medo ainda quando era um bebê, sem ao menos ter visto uma barata, mas apenas através dos berros e gritos emitidos pelas mulheres, associando à palavra barata. Aprendeu a ter medo de barata por condicionamento clássico, teoria desenvolvida por Pavlov e aperfeiçoada por Watson, mais tarde continuada por Skinner, já com o condicionamento operante. 
CONCLUSÃO
Em alguns momentos neste trabalho fiz questão de misturar as teorias com a intenção de demonstrar que elas se completam e não se separam, não se trata de qual teórico ou psicólogo estava certo ou qual estava errado. O que devemos ter em mente é que seus legados vêm nos ajudando a construir uma educação mais humana, a possibilitar a prática de uma mediação através da qual se facilite a aquisição da aprendizagem mediante o conhecimento desse patrimônio.
O trabalho foi feito naturalmente, sem que a criança tivesse sido submetida a qualquer tipo de estresse, em outras palavras, apenas brincamos e nos divertimos.
Por todos os aspectos considerados e analisados concluo que Diana está com o grau de desenvolvimento dentro das expectativas, portanto, normal para a sua idade.
Encerro com a resposta de Diana à pergunta que lhe fiz: O que você vai ser quando crescer?
“Eu vou ficar grande do tamanho das pessoas e aí vou virar adulta.” (Diana, 5anos)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PIAGET, Jean, Seis Estudos da Psicologia, 25ª edição, Forense Universitária - Rio de Janeiro 2019.
CARRARO, Patrícia, Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, - edição, SESES – Rio de Janeiro 2015.
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia - acesso em 20/05/20 às 19h.

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