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Terapia Nutricional Enteral Profa. Karina Pfrimer UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO CONCURSO PARA DOCENTE DO CURSO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA DIETOTERAPIA II Objetivos da Aprendizagem • Compreender a Terapia Nutricional Enteral (TNE) • Analisar a melhor indicação para a TNE • Compreender a prescrição da TNE • Identificar as complicações da TNE • Monitorar a TNE Roteiro da Aula • Definição da TNE • Indicação da TNE • Via de Acesso • Prescrição (Horário, velocidade, dieta) • Limitações da TNE • Complicações da TNE Aplicação Prática Paciente do sexo feminino, do lar, internou no hospital para investigar anemia e perda de peso importante. Médica espera discutir o caso para indicar Terapia Nutricional Enteral com a Nutrição da UNAERP-RP. O que fazemos primeiro? • Paciente de 45 anos, perda de peso de 15% em 1 ano, com IMC de 17 kg/m2 O que é Nutrição Enteral? Portaria nº 337 ANVISA “Alimento para fins especiais, na forma isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaborado para uso por sondas ou via oral, industrializados ou não, utilizado exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar.” Conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição enteral. Terapia de Nutrição Enteral (TNE): WAITZBERG, D.L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2001. Aplicação Prática Paciente do sexo feminino, do lar, internou no hospital para investigar anemia e perda de peso importante. • Paciente de 45 anos, perda de peso de 15% em 1 ano, com IMC de 17 kg/m2 Aplicação Prática Paciente do sexo feminino, do lar, internou no hospital para investigar anemia e perda de peso importante. Paciente é desnutrida? • Paciente de 45 anos, perda de peso de 15% em 1 ano, com IMC de 17kg/m2 • Está há 2 dias de jejum para fazer colonoscopia • Reduziu o consumo alimentar há 10 dias em 70% do habitual. Hábito intestinal preservado Indicação para Terapia Enteral • Trato gastrointestinal total ou parcial funcional • Risco de ou em desnutrição • Ingestão oral ≤ 75% das necessidades nutricionais há 5 ou + dias Bounoure L et al Nutrient, 2016; Boullata et al ASPEN. JPEN, 2016 Iniciar a Dieta em 50 ml por horário e monitorar a tolerância da dieta Hemograma Prescrição dietética da NE: determinação de nutrientes ou da composição de nutrientes da NE, mais adequada às necessidades específicas do paciente, de acordo com a prescrição médica. Prescrição médica da TNE: determinação das diretrizes, prescrição e conduta necessárias para a prática da TNE, baseadas no estado clínico nutricional do paciente. Terapia de Nutrição Enteral (MAIS FISIOLÓGICA) Terapia de Nutrição Parenteral VantagensFisiológicas Metabólicas De segurança De custo/benefício • Mantém pH e flora intestinais normais / mantém função do enterócito; • Reduz crescimento bacteriano oportunístico no intestino delgado • Ministrada com cuidado, é mais segura que a NPT, particularmente pela redução de complicações infecciosas • Custos globais integrados são menores que os com NPT Ex. de Benefícios da Nutrição Enteral Em relação à Nutrição Parenteral f) Fístulas digestivas de baixo débito (comunicação anormal entre tubo digestivo e pele – secreções Ex.: cirurgias) 1. A NE é de indicação rotineira, e sua eficácia praticamente comprovada a) Estado nutricional normal, mas com ingestão oral inadequada (recebe menos de 75% das necessidades) por 7 a 10 dias. b) Desnutrição com ingestão oral inadequada (recebe menos de 75% das necessidades) por mais de 7 dias. Ex.: anorexia c) Disfagia grave Ex.: tumor cerebral d) Grandes queimados e) Associada a NP, em casos de ressecção maciça de intestino delgado A presença de náuseas, estomatite, vômitos e diarreia ocasiona intolerância à NE. A NP está indicada nos casos de sintomatologia intensa Quimioterapia - pesada ou em altas dosagens: Doença inflamatória intestinal, geralmente é agravada pela NE. Repouso intestinal e NP beneficiam pacientes selecionados na fase aguda. Enterite aguda: Intestino curto com menos de 10% de intestino remanescente: Estes pacientes raramente toleram a NE. O estado nutricional só poderá ser mantido com NP. 2. A NE tem valor limitado ou indeterminado Exemplo: 3. A NE é útil, mas pode haver necessidade de NP Grandes Taumatizados: Em traumas abdominais, se não há peristaltismo, a NP está indicada. Exemplo: Contra-indicações • Obstrução intestinal mecânica – Ausência de trânsito intestinal total ou localizado • Sangramento gastrintestinal – Ocasiona náusea, vômito e melena ou enterorragia • Vômitos – Dificultam a manutenção da sonda nasoenteral • Fístulas intestinais – Especialmente jejunais e de alto débito • Íleo paralítico intestinal – Peritonites, hemorragia intraperitoneal e perfuração intestinal Boullata et al ASPEN. JPEN, 2016 Considerar: • Não se deve instituir a terapia nutricional, a menos que se espere utilizá-la por pelo menos 5 a 7 dias. 1. Escolha da via de acesso 2. Local de infusão 3. Método de Administração 4. Escolha da dieta Parâmetros para a administração da NE TNE de curto ou longo prazo Scott R, Bowling TE. J R Coll Physicians Edinb. 2015/ Ilustração: Bento APL et al Manual do paciente em Terapia Nutricional Enteral domiciliar Via de acesso • Depende do tempo • TNE de curto prazo – sonda nasoenteral (posição gástrica, duodenal ou jejunal) • TNE de longo prazo (4 a 6 semanas) – ostomias (gástrica ou jejunal) Scott R, Bowling TE. J R Coll Physicians Edinb. 2015 Malhi H, Thompson R. PEG tubes: dealing with complications. Nurs Times. 2014 Ostomia Principal critério de determinação: possibilidade de aspiração pulmonar. § Posicionamento gástrico: paciente com função gastrointestinal preservada e sem grande risco de aspiração e refluxo gastroesofágico – forma mais fácil e com menor custo para acesso. § Posicionamento pós-pilórico da sonda: paciente de alto risco (déficit neurológico, gastroparesia, semi-obstrução gástrica, câncer de cabeça e pescoço; Refluxo GE) – não elimina o risco de pneumonia aspirativa. Escolha das Vias de acesso: Posicionamento gástrico ou entérico? * Escala de Coma de Glasgow (ECG) Escala neurológica que registra o nível de consciência de uma pessoa, para avaliação inicial e contínua após um traumatismo craniano. Seu valor também é utilizado no prognóstico do paciente e é de grande utilidade na previsão de eventuais sequelas. * Escala de Coma de Glasgow (ECG) Compreende três testes: respostas de abertura ocular, fala e capacidade motora. Interpretação Pontuação total: de 3 a 15 3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo) 4 = Coma profundo 7 = Coma intermediário 11 = Coma superficial 15 = Normalidade Classificação do Trauma cranioencefálico 3-8 = grave (necessidade de intubação imediata) 9-13 = moderado 14-15 = leve * Escala de Coma de Glasgow (ECG) Vantagens < Maior tolerância a fórmulas variadas < Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas < Progressão mais rápida para alcançar o VET < Introdução de grandes volumes em curto tempo (dilatação gástrica receptiva) < Fácil posicionamento da sonda Localização Gástrica Desvantagens =Alto risco de aspiração em pacientes com dificuldades neuromotoras; =A ocorrência de tosse, náuseas ou vômito favorece a saída acidental da sonda. Localização Gástrica Vantagens < Menor risco de aspiração; < Maior dificuldade de saída acidental da sonda; < Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica é inconveniente e inoportuna. Desvantagens = Desalojamento acidental, podendo causar refluxo gástrico; = Requer dietas normo ou hipoosmolares. Localização duodenal e jejunal Sondas e Equipo Materiais: poliuretanoe silicone 50 a 150 cm de comprimento, Diâmetro médio interno de 1,6 mm e externo de 4 mm Gastrostomia: 35 cm de comprimento Diâmetro: de 9 (2,97 mm) a 24 (7,92mm) French (1 French=0,33 mm). Jejunostomia: diâmetro menor que a de gastrostomia; em torno de 9 a 15 French MRDL Unamuno e JS Marchini, 2002 Ø Gástrica Ø Intestinal (duodeno, jejuno) 2. Local da Infusão 3. Método de Administração • 100 a 400 ml de dieta (a cada 3 a 6 horas) pelo menos durante 5 a 10 minutos Bolus – injeção com seringa • 100 a 300 ml em gotejamento (100 a 150 ml por hora) Intermitente gravitacional • Bomba de infusão (20 a 50 ml/hora por 24h) Contínua Blumenstein I, Shastri YM, Stein J. World J Gastroenterol. 2014 Administração Intermitente (em Bolus): Pacientes com estômago funcionante. Injeção com seringa, 100 a 400 ml de dieta no estômago a cada 3 a 6 horas, não ultrapassar 20ml/minuto. Precedida e seguida por irrigação da sonda enteral com 20 a 30 ml de água potável. 3. Método de Administração Administração Intermitente (Gravitacional): Administração da dieta em frasco por gotejamento, suspenso em suporte - Utiliza força da gravidade Volume de 100 a 300 ml administrado por gotejamento (100 a 150 ml/hora) a cada 3 a 6 horas, precedida e seguida por irrigação da sonda enteral com 20 a 30ml de água potável. *Ex.: NE DOMICILIAR Controle do Fluxo de Gotejamento Permite uma utilização mais lenta que o bolus e muitas vezes é melhor tolerada. Administração Contínua: velocidade de infusão de 25 a 50 ml/h (de 18 a 24 horas) no estômago, duodeno ou jejuno. Interrompida: irrigação da sonda com 20 a 30ml de água potável. Exemplos Ilustração: arquivo pessoal e https://humanasenior.humanaalimentar.com.br/site/conteudo/produtos/inaceitao-da-dieta Gravitacional Bomba de infusão https://humanasenior.humanaalimentar.com.br/site/conteudo/produtos/inaceitao-da-dieta Alimentação Intermitente Alimentação Contínua Mais desejável ao paciente domiciliar, permite deambulação Maior segurança e confiabilidade de infusão devido ao uso de bomba de infusão Restrição do paciente ao leito Mais fácil controle 3. Métodos de Administração de Nutrição Enteral Dose e velocidade de Administração Alimentação Intermitente Iniciar com volume de 50 mL na sua concentração total a ser oferecida e aumentar o volume a cada 24 horas ou 48 horas até serem preenchidas por completo as necessidades de nutrientes. Alimentação Contínua Iniciar com volume de 25 a 30 mL/hora/dia – deve-se aumentar gradativamente (ou conforme tolerância do paciente) até a velocidade máxima de 100 a 150 mL/hora. Extremidade distal no estômago Dose e velocidade de Administração Alimentação Intermitente Gotejamento deve ser observado com grande atenção uma vez que o escoamento rápido pode causar cólica e diarreia com consequente queda no aproveitamento nutricional Iniciar com fórmula diluída à razão de 50 mL/hora. Caso não haja efeitos colaterais gastrintestinais, a velocidade é aumentada até atingir volume necessário Alimentação Contínua Iniciar com volume de 25 a 30 ml/hora/dia Aumentar gradativamente até a velocidade máxima de 100 a 150 mL/hora Sonda Localizada no intestino (duodeno ou jejuno): • Aspiração dos resíduos gástricos: útil para avaliar o esvaziamento gástrico • Resíduos > 500ml + sinais de desconforto abdominal: interromper a infusão da NE (risco de regurgitação e aspiração pulmonar). Dose e velocidade de Administração Escolha da Dieta /Seleção das Fórmulas ØConhecer as exigências específicas do paciente. ØConhecer a composição exata da fórmula. ØConsiderar condições individuais do paciente. 4. Escolha da Dieta / Seleção das Fórmulas Seleção de Fórmulas Especificidade do paciente Dieta nutricionalmente completa Ser bem Tolerada De fácil preparação Econômica Quadro Clínico Tipos de Dieta Classificação: Naturais Industrializadas Poliméricas Oligoméricas Monoméricas Dieta Enteral Natural – “Artesanais” – Mistura de alimentos naturais liquidificados – Ingredientes: leite de vaca ou extrato proteico de soja, carne, óleos vegetais, açúcar, sal de cozinha etc Ilustração: Bento APL et al Manual do paciente em Terapia Nutricional Enteral domiciliar Ilustração: Bento APL et al Manual do paciente em Terapia Nutricional Enteral domiciliar Referem-se às dietas enterais que são preparadas à base de alimentos “in natura”, produtos alimentícios e/ou módulos de nutrientes. Preparações não industrializadas: composição estimada Preparações não-industrializadas para Nutrição Enteral Alimentos “in natura”: alimentos no seu estado natural, que são empregados como fontes de nutrientes (leites, ovos, frango, legumes, verduras, leguminosas, cereais e frutas). Produtos Alimentícios: alimentos que passaram por um processo de industrialização (ex.: suplementos proteicos; leite em pó). Módulos de nutrientes: são produtos alimentícios que fornecem primariamente um tipo específico de nutriente É uma dieta que o paciente prepara em sua casa, com alimentos geralmente utilizados na alimentação habitual da família (leite, açúcar, óleo, arroz, feijão, carne,etc.), que deve ser liquidificada e coada. Cuidados que a família deve ter: Proteger o alimento ou dieta pronta de insetos, animais domésticos e roedores: Ø Proteger os cabelos com touca; Ø Ter as unhas curtas, limpas e sem esmalte; Ø Não utilizar anéis ou aliança, pulseiras, colares, fitas, brincos e relógio ao preparar a dieta; Ø Lavar as mãos várias vezes antes e durante o preparo da dieta; Ø Higienizar a cozinha, os utensílios e os equipamentos e aplicar solução de cloro; Ø Cozinhar bem os alimentos; Ø Evitar o contato entre alimentos crus e cozidos; Ø Ferver a água antes de usar. Receita da dieta enteral manipulada Padrão Ingredientes 1200 kcal 1500 kcal 1800 kcal 2200 kcal Arroz cru 1 c. s. 1 c. s. 1,5 c. s. 2 c. s Feijão cozido 2,5 c. s. 3 c. s. 3,5 c. s. 4 c.s. Carne moída crua 2,5 c. s. 3 c. s. 3,5 c. s. 4 c. s. Cenoura crua 3,5 c.s. 4,5 c. s. 5,5 c. s. 7 c. s. Cebola picada 1,5 c. s. 2 c. s. 2,5 c. s. 3 c. s. Leite semi desnatado 5 C.a. 6 C. a. 7.5 C.a. 9 C.a. Açúcar refinado 3 c. s. 3,5 c. s. 4 c. s. 5 c. s. Óleo de soja 1,5 c. s. 2 c. s. 3 c. s. 4 c. s. Óleo de canola 1 c. s. 1 c. s. 1,5 c. s. 2 c. s. Suplemento alimentar 2 c. s. 2 c. s. 2 c. s. 2 c. s. Extrato de soja 0,5 c. s. 1 c. s. 1 c. s. 1,5 c. s. Suco de laranja 200 mL 200 mL 200 mL 200 mL - Manter nesta posição 30 minutos após administração da dieta (evitar regurgitação; vômitos; aspiração da dieta para os pulmões) - Ao término da dieta adicionar 50 ml de água fervida (com seringa) para limpeza d e resíduos na sonda - Medicamentos: ideal: 1 hora antes ou 2 horas após a add da dieta (seguir orientação médica) – lavar a sonda antes e após add com 50 ml água. Densidade Calórica e Velocidade de Gotejamento FRASCO EQUIPO SONDA FRASCO + EQUIPO = DESCARTÁVEIS Velocidade de Gotejamento Exemplo: Velocidade de Gotejamento: Nº de gotas/min. =__Volume (ml) T (horas) x 3 300 ml 2 x 3 1800 ml dia/6x = 300 ml = 50 macrogotas/minuto Administração Intermitente: 6hrs/9hras/12hras/15hras/18hras/21hras Volume Máximo: 300 ml BOMBA DE INFUSÃO: Programa a velocidade e tempo de infusão da Dieta VELOCIDADE DE GOTEJAMENTO POR MINUTO Densidade Calórica (DC): Kcal dieta mL Total da dieta Exemplo: DC: 2000 kcal = 1,1 1800mL 1800 ml dia/6x = 300 ml Densidade Calórica (DC): Kcal POR mL??? Não esquecer que ao coar perde-se nutrientes e calorias.... Densidade Calórica da Dieta Reflete a quantidade de calorias fornecidas por volume. ATENÇÃO: o volume de água empregado em dietas artesanais pode representar um risco ao produto final esperado PRÓXIMA AULA CÁLCULOS IMPORTANTES PARA ENTERAL • Densidade Calórica • Necessidades Calorias não proteicas Densidade Calórica (DC): Kcal dieta mL Total da dieta Exemplo: DC: 2000 kcal = 1,1 1800mL 1800ml dia/6x = 300 ml Densidade Calórica (DC): Kcal POR mL??? Não esquecer que ao coar perde-se nutrientes e calorias.... Relação kcal não proteicas : g de nitrogênio Para tanto, são necessárias calorias não nitrogenadas (carboidratos e lipídios) em proporção de aproximadamente: q Pacientes não estressados: 150 a 250 calorias não proteicas por grama de nitrogênio q Para pacientes estressados: 80 a 100 calorias/ gN. ØAssimilação máxima de PTN depende do fornecimento calórico adequado Ø “Uma dieta deve conter uma quantidade adequada de calorias não-proteicas (LIP e CHO) para garantir a metabolização adequada das proteínas ingeridas”. calorias não nitrogenadas (carboidratos e lipídios) = 1700 kcal Ex.: 2000 kcal calorias nitrogenadas (proteína) = 300 kcal/4 = 75 gramas 6,25 g de PTN -------------- 1g N 75 g de PTN -------------- X = 12g de N Para o cálculo das necessidades diárias de proteína, deve-se conhecer que sua assimilação máxima depende do fornecimento calórico adequado. Para tanto, são necessárias calorias não nitrogenadas (carboidratos e lipídios) em proporção calorias nitrogenadas administradas. 1700 (CHO + LIP) = 141,6 12 g de N 142:1gN Complicações comuns de sonda enteral artesanal • Trato gastrointestinal: capacidade de digestão e absorção normal • Pacientes mais graves ou em situações metabólicas especiais podem necessitar de nutrientes específicos: difícil obtenção por meio de alimentos “in natura” •Maior risco de contaminação ou toxiinfecção alimentar Indicações e contra-indicações do uso de preparações não-industrializadas CONTAMINAÇÃO COMPROMETER A EVOLUÇÃO CLÍNICA DESNUTRIDOS OU IMUNOSSUPRIMIDOS DIARRÉIA, DISTENSÃO ABDOMINAL, VÔMITOS, INFECÇÃO INTESTINAL, SEPSE. TEMPO DE PERMANÊNCIA HOSPITALAR, OS CUSTOS E A TAXA DE MORTALIDADE Água Meio de diluição e adequação da viscosidade da preparação Qualidade: aspecto importante Fontes de Nutrientes – Varia de acordo com alimentos da preparação da Dieta Não industrializada Carboidratos Alto poder de viscosidade da dieta (gotejamento). Fontes: batata, mandioca, inhame, arroz e frutas Amido de milho, creme de arroz Fibras: Leguminosas, verduras e frutas. A adição em quantidades elevadas pode aumentar a viscosidade da dieta e dificultar o gotejamento. Cuidado: - Possível deficiência de lactase - Preparações constituídas basicamente de dextrose: alto poder adoçante e alta osmolaridade. Fatores que interferem na qualidade da nutrição enteral artesanal Temperatura: diferentes processamentos térmicos (pasteurização, esterilização..) podem levar à mudanças físicas, químicas e biológicas dos alimentos. Interação Droga-Nutriente: o acréscimo de suplementos medicamentosos em dietas artesanais pode implicar em incompatibilidades diversas decorrentes da interação droga-nutriente Estabilidade de Nutrientes: pode interferir na qualidade, segurança e validade da fórmula. Ex.: módulos estáveis em solução. Indicação da Terapia Nutricional TGI Funcionante Sim Não NE NP Longo Prazo (ostomia) Curto Prazo (naso) Função do TGI Retorno da Função do TGI Comprometida Normal Especializada Padrão Paciente do caso anterior recebeu alta hospitalar. Não possui condições financeiras para compra de dieta industrializada. Qual seria a sua conduta nutricional neste caso? Aplicação Prática Paciente do sexo feminino, do lar, internou no hospital para investigar anemia e perda de peso importante. • Paciente de 45 anos, perda de peso de 15% em 1 ano, com IMC de 17 kg/m2 Densidade Calórica (DC): Kcal Total Volume Total da Dieta Considerando que a dieta prescrita apresenta um volume de 1800 mL e 1600 Kcal, realize a prescrição dietética (fracionamento; velocidade de gotejamento e densidade calórica) Administração: 6 x ao dia e T (horas): 2 horas Nº de gotas/min. =__Volume (ml) T (horas) x 3 RDC Nº. 21, DE 13 DE MAIO DE 2015 Densidade Calórica (kcal/mL) CALCULAR A DIETA Grupo 1: DIETA 1 Leite integral – 800ml Ovo cozido – 1 unidade Óleo de soja- 18 ml Açúcar – 100g Sal – 5g Grupo 2: DIETA 2 Leite integral – 1000ml Ovo cozido – 2 unidades Leite ninho – 180g Óleo – 18ml Açúcar – 250g Sal – 5g Grupo 3: DIETA 3 Leite desnatado – 1500ml Açúcar refinado – 120g Arroz cozido – 120g Batata cozida – 150g Cenoura cozida – 125g Carne moída – 100g Cebola picada – 50g Farinha de aveia – 62g (fazer dextrinização) Óleo de soja – 24ml Óleo de canola – 24ml Sal – 1g *completar volume com 700ml de água filtrada Grupo 4: DIETA 4 Leite desnatado – 1000ml Açúcar refinado – 84g Arroz cozido – 80g Batata cozida – 60g Cenoura cozida – 100g Carne moída – 75g Cebola picada – 30g Farinha de aveia – 37g (fazer dextrinização) Óleo de soja – 16ml Óleo de canola – 16ml Sal – 1g *completar volume com 700ml de água filtrada Grupo 5: DIETA 5 Leite integral – 1000ml Ovo cozido – 1 unidade Leite ninho – 90g Óleo de soja – 6ml Açúcar – 120g Sal – 5g Grupo 6 : DIETA 1 Leite integral – 800ml Ovo cozido – 1 unidade Óleo de soja- 18 ml Açúcar – 100g Sal – 5g Grupo 7 : DIETA 2 Leite integral – 1000ml Ovo cozido – 2 unidades Leite ninho – 180g Óleo – 18ml Açúcar – 250g Sal – 5g https://www.youtube.com/watch?v=ECF4T7XSCmY https://youtu.be/ECF4T7XSCmY