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AULA 1 - Roteiro para elaboração do parecer nutricional-1

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MODELO DE PARECER NUTRICIONAL 
 
Deve ser composto por 4 parágrafos: 
 
1) No primeiro parágrafo: breve relato da história do paciente 
 
2) No segundo parágrafo: Avaliação do Estado Nutricional/ Diagnóstico 
 
- Deve ser objetiva e enxuta; 
- Sem referência; 
- Só utilizar o IMC para classificar o paciente, se ele puder ser pesado. Para os casos em que o 
IMC for utilizado para estimar o peso, o paciente não será classificado de acordo com o IMC; 
- Utilizar Dobra Cutânea Tricipital para classificação do estado nutricional quanto à reserva 
adiposa subcutânea; 
- Utilizar CMB para classificação do estado nutricional quanto à massa proteica somática; 
- Utilizar níveis de albumina para classificação do estado nutricional quanto à depleção de 
proteína visceral; 
- Utilizar valores de leucócitos e linfócitos para realizar o cálculo da linfocitometria e classificar 
a competência imune do paciente; 
 
3) No terceiro parágrafo: o Planejamento e Prescrição dietoterápica (GET ou VET e 
distribuição de macro e micronutrientes) 
 
- Cálculo das Necessidades Nutricionais; 
- Observar que algumas enfermidades possuem recomendações específicas: 
Recomendação Objetivo 
20-25 kcal/kg/dia Perda de peso 
25-30 kcal/kg/dia Manutenção do peso 
30-35 kcal/kg/dia Ganho de peso 
Fonte: Martins e Cardoso, 2000 
 
Indivíduos em condição de catabolismo 
Recomendação Objetivo 
30-35 kcal/kg/dia Manutenção do peso 
35-40 kcal/kg/dia Ganho de peso 
Fonte: Martins e Cardoso, 2000 
 
Pacientes com obesidade mórbida 
Recomendação Objetivo 
15-20 kcal/kg peso atual/dia 
(NUNCA INFERIOR A TMB) 
Restrição energética 
moderada 
Fonte: Martins e Cardoso, 2000 
 
Distribuição % de macronutrientes (faixa de normalidade): 
DRI's - 1997/2001 
CHO: 50-60% do VET 
PTN: 10-15% do VET 
LIP: 20-35% do VET 
- Considerar adequado quando for fornecido acima de 75% do VET através de suporte 
nutricional ou com aceitação da dieta via oral acima de 75% do VET. 
 
 
Distribuição por kg/peso 
 
A) kcal/kg peso 
 
- Em casos de pacientes eutróficos ou quando o objetivo da terapia nutricional (TN) for manter 
a condição atual, é recomendado iniciar o aporte calórico com 25 kcal/kg/dia, com ajustes 
conforme evolução clínica (ASPEN, 2002; ASPEN 2007). 
- A necessidade energética do paciente adulto é de 25-35 kcal/kg/dia, quando não existe 
enfermidade grave ou risco de síndrome de realimentação (ASPEN, 2002). 
- A recomendação de energia para pacientes críticos é de 20 - 25 kcal/kg/dia, independente da 
via de TN utilizada (ESPEN 2006; ESPEN, 2009). 
 
Pacientes graves: de 20 a 25Kcal/Kg de peso estimado 
Pacientes estáveis: de 25 a 30 kcal/ Kg de peso estimado 
Fase anabólica: de 30 a 35 kcal/ Kg de peso estimado 
Atenção especial com paciente que tenham risco de síndrome de realimentação 
 
) PTN g/ kg peso 
 
- Para pacientes sem estresse metabólico ou falência de órgãos, a recomendação de 
proteínas é de 0,8-1,0 g/kg/dia (ASPEN, 2002). 
- para pacientes com estresse metabólico, a recomendação de proteína é de 1,0-2,0 
g/kg/dia, dependendo da condição clínica (ASPEN, 2002). 
 
Observação: 
Não utilizar os termos hiper ou hipocalórica, somente mencionar a quantidade de Kcal por kg 
de peso do paciente 
Com relação a distribuição de nutrientes da dieta, utilizar o % do VET e a gramatura por Kg de 
peso do paciente; 
 
4) No quarto parágrafo: a Conduta Nutricional aplicada no momento 
Neste parágrafo apresente as justificativas para o seu planejamento. 
 
- Características físico-químicas: via de acesso, consistência, temperatura, volume, 
fracionamento, número de refeições/dia, volume, kcal totais, kcal/kg, carboidrato, proteína, g 
de proteína/kg, lipídio (de acordo com o planejamento). Classificação da dieta de acordo com 
o percentual de macronutrientes; 
 
- Via de acesso: oral, nasogástrica, orogástrica, nasogástrica, nasoentérica, gastrostomia, 
jejunostomia. 
 
Temperatura: adequada às preparações, evitando os extremos, fria, etc. 
 
Fracionamento: normal, aumentado ou reduzido. 
 
Restrições/ estratégia de tratamento: se há restrição de sal, açúcar, gordura, fibras e líquidos. 
E se há alguma suplementação. 
 
NE e Parenteral: via de acesso, densidade da dieta (valor e classificação: hipo, normo ou hiper 
calórica), volume, tipo de sistema, velocidade de infusão (mL/hora). Se está atendendo o 
prescrito no segundo parágrafo (dieta plena) ou em evolução (se está sendo de acordo com o 
planejado ou se está havendo intercorrências (quais e qual a conduta). 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
1. Dietary Reference Intakes: Macronutrients. 2002/2005. Disponível em: 
http://www.iom.edu/Global/News%20Announcements/~/media/C5CD2DD7840544979A549EC47E56A02B.as hx 
(acesso em 08 de agosto de 2014). 
2. Dietary Reference Intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein and amino acids. 
Institute of Medicine. 2002/2005. Disponível em: 
http://www.nal.usda.gov/fnic/DRI/DRI_Energy/energy_full_report.pdf (acesso em 08 de agosto de 2014). 
3. WHO/FAO - WORLD HEALTH ORGANIZATION/FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. Diet, nutrition and 
prevent of chronic diseases. Technical report series 916. Geneva: WHO; 2003. 
4. Kreymann K, Berger MN, Deuts N, Hiesmayra M, Jolliet P, Kazandjiev G. Guideline for the use of parenteral and 
enteral nutrition in adult and pediatric patients. Section VI: Normal requirements – adults. JPEN J Parenter 
Enteral Nutr 2002;26 (Suppl 1):22SA-24SA. 
5. Wooley J, Frankenfild D. Energy. In: The ASPEN Nutrition Support Core Curriculum a case-based approach—the 
adult patient; 2007. p. 19-32. 
6. Kreymann KG, Berger MM, Deutz NE, Hiesmayr M, Jolliet P, Kazandjiev G, et al. ESPEN guidelines on enteral 
nutrition: intensive care. Clin Nutr 2006;25: 210-23. 
7. Singer P, Berger MM, Van den Berghe G, Biolo G, Calder P, Forbes A, et al. ESPEN guidelines on parenteral 
nutrition: intensive care. Clin Nutr 2009;28:387-400. 
8. MARTINS, C.; CARDOSO, S.P. Terapia nutricional enteral e parenteral. Manual de rotina técnica. Curitiba: 
Nutroclinica, Brasil. 2000. 
9. Maio, Regiane; Berto, José Carlos; Corrêa, Camila Renata; Campana, Álvaro Oscar; Paiva, Sérgio Alberto Rupp. 
Estado Nutricional e Atividade Inflamatória no Pré-Operatório em Pacientes com Cânceres da Cavidade Oral e 
Orofaringe. Revista Brasileira de Cancerologia 2009; 55(4): 345-353 
http://www.iom.edu/Global/News%20Announcements/~/media/C5CD2DD7840544979A549EC47E56A02B.as

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