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DIREITO PENAL I - CADERNO

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DIREITO PENAL I – RAPHAEL
2MA – Déborah Cezar
Aula 01 -> 11.08.2017
Princípio da Legalidade – no brasil não a crime sem lei anterior que o define, ou seja, se não houver nenhuma lei anterior que defina o “crime” cometido, este de fato não o será considerado crime.
A. Conceito:
É ramo do direito público que regula as relações humanas e entre o Estado disciplinando condutas e impondo sanções. Fundamenta-se o chamado princípio da intervenção mínima, cuidando daquilo que efetivamente seja relevante e grave nas relações interpessoais. 
É materializado no Brasil pelo Decreto Lei 2848/40 e complementado pelo enorme arcabouço jurídico conhecido como legislação penal extravagante. Finalmente temos que o Direito Penal guarda intima relação com os demais ramos do direito, especialmente o Direito Condicional, o Direito Processual Penal, Direito Administrativo e Direito Ambiental.
B. Objeto de estudo:
É o crime bem como suas penas. É importante frisas que todo crime no Brasil descreve uma conduta humana (comissiva ou omissiva) e impõe uma sanção penal. Cabe ressaltar que todo crime previsto terá no mínimo um verbo descrito no tipo penal, porém alguns crimes possuem mais de um verbo no tipo, descrevendo várias condutas proibidas. 
 
Artigos lidos em sala
· Arts. 14 a 18
· Art. 147 - Ameaça
· Art.155 – Furto
· Art.157 – Roubo
· Art.213 – Estupro
· Art.122 – Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
· Art.33 da Lei de Drogas - 11343/06 
____
Aula 02 – 18.08.2017
Exercício avaliativo em dupla
____
Aula 03 – 25.08.2017
O direito penal no brasil é materializado no código penal brasileiro (decreto lei 2848/1940, que sofreu uma reforma profunda pela lei 7209/84)
Teoria Geral do Delito/Crime
Ao falarmos de direito penal é necessário que falemos de seu alicerce, ou seja, os seus princípios:
PRINCÍPIOS PENAIS
A. Princípio da Legalidade
O Princípio da legalidade, a luz do direito penal prevê que não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal. Ou seja, este princípio estabelece que só é considerado crime o que a lei prevê, logo, não é considerado crime a conduta criminal que não possua prévia previsão legal. 
· Ex.: Lei do Adultério (Rev. em 2005) / Art. 147 – Ameaça / Art. 213 – Estupro 
Cabe ressaltar que parcela da doutrina afirma que o princípio da legalidade penal é o produto da soma de dois outros princípios (princípio da anterioridade e o princípio da reserva legal)
B. Princípio da Presunção de Inocência 
Também chamado de princípio de presunção de não culpabilidade é o princípio previsto constitucionalmente, encontrando ainda uma roupagem diferenciada no tratado interamericano de direitos do homem (pacto de San José da Costa Rica_ é o mais importante tratado de direitos do homem, sendo elevado há uma categoria supralegal).
C. Princípio da Intervenção Mínima
Este princípio é formado pela junção de dois outros princípios: Princípio da Fragmentalidade e Princípio e da Subsidiariedade. O direito penal só deve intervir minimamente, devendo ser utilizado somente quando as demais áreas do direito não foram capazes de suprir a demanda, de resolve-la é por isso que o direito penal é chamado de “Ultima Ratio”.
Tal princípio determina que o direito penal somente deverá atuar naquelas hipóteses excepcionais e que os outros ramos do direito não conseguirem solucionar; atuando de forma subsidiaria e funcionando como ultima ratio.
D. Princípio da Alteridade 
Não pode haver crime quando a conduta lesiona apenas o bem do próprio agente. Desta forma, só pode haver crime se houver lesão a bem alheio, de terceiros.
Este princípio trabalha com a ideia de que o direito penal somente poderá criminalizar condutas que transcendam bens jurídicos do agente. 
E. Princípio do “Nemo Tenetur se Detergere”/ Princípio da Vedação à Autoincriminação
Precedente – Miranda Vs Arizona
É conhecido como princípio da vedação à autoincriminação, oriundo do Direito Norte-Americano, expressa a ideia de que ninguém está obrigado a produzir prova contra si mesmo, e ainda será vedada a prova ilícita. Deste princípio decorre o direito do SILÊNCIO.
Merece destaque o fato de que este princípio é implícito em nosso ordenamento, ou seja, não há expressa previsão legal. 
Observação.: Finalmente temos que o STF afirma que tal princípio pode ser extraído de outro princípio constitucional (Princípio do Devido Processo Legal) 
Art.5º, LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
F. Princípio do Devido Processo Legal
É princípio também importado do direito Norte-Americano é estabelece que ninguém poderá ter a sua liberdade cerceada ou seus bens atingidos sem um regular tramite processual previamente estabelecido em lei.
G. Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa
Este princípio implica no direito de qualquer pessoa que seja parte e em um processo de contraditar as outras provas apresentadas pela outra parte bem como, utilizar-se de todos os meios de defesa previstos.
H. Princípio do “Indubio pro Reo” / “Favor Rei”
É também conhecido como princípio do “Favor Rei”, consiste no princípio que impõe ao juiz o dever de absolver o réu toda vez que tiver dúvida sobre a efetiva prática do crime. 
I. Princípio da Lesividade
Este princípio consiste na ideia de que nenhuma conduta deverá ser criminalizada se não houver efetiva lesão a um bem jurídico tutelado. 
J. Princípio do “Ne Bis in Idem”
Este princípio trabalha com a ideia de que ninguém poderá ser julgado duas vezes pelo mesmo fato.
____
Aula 04 – 01.09.2017
TEORIA GERAL DO CRIME
Trabalhar o conceito de crime exige-se que se tenha definido qual o prisma com o qual se analisará o crime. Crime?
· Sociológico: conceito comum; é aquele que qualquer indivíduo é capaz de produzir.
· Analítico: 
· Legal: o conceito legal de crime é também chamado de conceito normativo ou formal e consiste naquele trazido pela lei 
LEGAL? --> LICP, art.1º
INFRAÇÃO PENAL (gênero_ natureza jurídica)
A infração penal se divide em duas espécies.:
CONCEITO LEGAL DE CRIME 
O conceito legal de crime é também chamado de conceito normativo ou formal e consiste naquele trazido pela lei. Para a lei, o conceito legal de crime está previsto no art.1º da lei de introdução ao código penal. 
Considera-se crime toda infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente. (Art. 1º da LICP)
Ex.: Art.157(roubo), 147(ameaça), 213 (estupro) do CP 
No Brasil adotou a chamada teoria clássica ou dualística da infração penal onde a infração penal é gênero que se divide em duas espécies: crime e contravenção penal. Logo, crime e delito, no brasil são sinônimos (na Alemanha ou França de adota a teoria ternada da infração penal). 
	CRIME
	CONTRAVENÇÃO PENAL
	Reclusão, detenção e multa
	Prisão simples e/ou multa
	Sinônimo:
Delito
	Sinônimo:
· “Crime-anão”
· “Delito Liliputiano”
· “Crime Vagabundo”
	Código Penal Brasileiro e Leis Penais Especiais 
	Lei de Contravenções Penais e Leis Penais Especiais
	Art.75 do CP – prevê que o tempo máximo de condenação para um crime é de 30 anos.
	 Tempo máximo de condenação por uma contravenção penal é de 5 anos. 
	O crime pode ser consumado ou tentado
	As contravenções somente serão punidas na forma consumada, por conseguinte não pune contravenção tentada, desta forma, a tentativa de contravenção penal é um irrelevante. 
	Os crimes são de competência da justiça comum estadual, da justiça federal, da justiça eleitoral e da justiça militar. A justiça do trabalho é uma justiça especializada que não possui competência criminal.
	As contravenções penais são de competência da justiça comum estadual. Porém, se a contravenção penal for cometida por um agente que tenha foro privilegiado, a contravenção penal terá a sua competência de julgamento alterada.
	Aos crimes aplica-se o princípio da extraterritorialidade: é um princípio que geraa aplicação da lei penal brasileira a crimes cometido fora do território nacional.
	O princípio da extraterritorialidade não se aplica as contravenções penais.
Ex.: De contravenção penal é a Lei 5.553, sob a qual é proibida a retenção de documentos em estabelecimentos comerciais, como uma espécie de garante.
Art.5º do Código Penal
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
· Lei penal 
· Territorialidade: Considera-se uma extensão do território brasileiro as embarcações e aeronaves que sejam públicas ou que estão a serviço do governo. Não é território nem se aplica lei de crime brasileiro, crime ocorridos dentro das embarcações ou aeronaves estrangeiras. Crimes que ocorrer inteiramente fora do brasil.
CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME
Analisando o crime sob um prisma analítico o Brasil adota a teoria finalista clássica, contudo, São Paulo optou por adotar a teoria finalista dissidente. 
Analiticamente o crime pode ser conceituado sobre várias teorias: 
· 
· Causalista
· Kantista
· Finalista clássica (teoria adotada majoritariamente pelo Brasil)
· Finalista dissidente (São Paulo adota esta teoria)
· Social da ação 
· Funcionalismo teleológico de Roxin
· Funcionalismo Radical de Jakobs
· Funcionalismo Temperado de Zaffaroni
 Teoria Causalista
Essa teoria surgiu no séc. XIX tendo como expoente o jurista Von Liszt. Para esta teoria crime é tripartite, ou seja, formado por fato típico, antijurídico e culpabilidade. Cabe ressaltar que para o Causalismo o dolo e a culpa são estudados na culpabilidade. Para a teria causalista, de Von Listz o crime é fato típico, antijurídico e culpabilidade. 
Observação.: O código penal militar brasileiro, também, chamado de código penal castrense é ainda classificado como causalista, uma vez que para o direito penal militar pátrio o dolo e a culpa são analisados na culpabilidade. 
Finalmente temos que a teoria causalista no Brasil foi superada pelo movimento finalista sendo o crime nos dias atuais analisado sobre o prisma da teoria finalista (clássica ou dissidente).
 Teoria Finalista 
A diferença efetiva entre a teoria causalista e a finalista é a análise do dolo e da culpa, haja visto que na teoria causalista o dolo e a culpa se encontram analisado pela culpabilidade e em contrapartida na teoria finalista o dolo e a culpa são analisados por intermédio do fato típico
A teoria finalista surge também na Alemanha nos anos 1930 tendo como norteador Hans Welzel. Para ele crime também é composto por três elementos Fato Típico, Ilicitude e Culpabilidade, todavia, a análise do dolo e da culpa foram transferidas da culpabilidade para o fato típico. Cabe ressaltar que a teoria finalista se desdobrou em duas teorias (clássica e dissidente). 
A diferença entre o finalismo clássico e o finalismo dissidente reside no fato de que essa última entende que a culpabilidade não é elemento obrigatório e integrante do delito, mas somente pressuposto para aplicação de pena; A teoria finalista dissidente é bipartida.
Observação.: No Brasil adota-se majoritariamente a teoria finalista clássica enquanto que o estado de São Paulo adota a teoria finalista dissidente. 
 Elementos do Crime
1. Fato Típico: é nexo, resultado e tipicidade
É o primeiro elemento ou substrato do crime, consistente em toda conduta humana produtora de um resultado negativo e que tenha previsão em lei. Nesse contexto podemos afirmar que o fato típico é composto por 4 elementos (conduta, nexo, resultado e tipicidade).
· Exemplos: Roubo Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Ameaça Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
· Conduta: 
É toda ação ou omissão humana voluntária, voltada a um determinado fim, desde que tenha dolo ou culpa. Ou seja, só é considerada a conduta ação ou omissão humana que possua dolo ou culpa. 
Animal é coisa, não detentora de conduta. Para ter conduta deve se ter no mínimo dolo ou culpa e comissão ou omissão, a CF já traz a previsão de comissão ou omissão.
(Artigo 5º, XLIII – XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem).
· Dolo
O dolo também denominado “animus” é elemento subjetivo do crime, analisado dentro da conduta e previsto no artigo 18, I do Código Penal Brasileiro (CPB) Crime doloso - I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;. No direito brasileiro o dolo é abarcado por duas teorias: Teoria da Vontade e Teoria do Assentimento.
Cabe ressaltar ainda que o dolo é composto por dois elementos: VONTADE (elemento volitivo) e CONSCIÊNCIA (elemento intelectivo). Nesse contexto, temos que o dolo, no código penal, possui duas espécies básicas o dolo GERAL ou GÊNERICO e o chamado dolo EVENTUAL. 
· Dolo Eventual (DANE-SE!): é possível visualizar a possiblidade do ato danoso, entretanto, para o sujeito do ato a produção deste resultado é indiferente.
· Culpa: ausência de vontade
É o segundo elemento subjetivo do crime capitulado no artigo 18, II do CP e, pode ser definido como sendo a ausência do dolo, porém, com a efetiva consumação do delito através da negligência, da imprudência ou da imperícia. A negligência pode ser definida como sendo a falta de cuidado ou cautela na prática da conduta, já a imprudência é a afoiteza e a imperícia é a falta de aptidão técnica ou conhecimento para a prática do ato. 	 
· Culpa Consciente (IH FERROU!): consegue-se visualizar que o ato pode gerar um ato danoso, contudo, o agente acredita que com suas habilidades pode evitar os danos. 
Observação: Ao estudarmos dolo e culpa deparamos com a questão relativa ao chamado dolo eventual e culpa consciente, ou seja, duas modalidades “sui generes” de dolo e culpa e que muito se assemelham conceitualmente, porém, com enorme diferença prática.
Tanto no dolo eventual quanto na culpa consciente o sujeito ativo do delito consegue visualizar a possibilidade de ocorrência do crime, todavia, na culpa consciente ele acredita que irá evitar o resultado em razão de alguma habilidade ou conhecimento enquanto que no dolo eventual o agente simplesmente ignora o resultado delituoso de sua conduta. 
Em suma ambos os elementos muito se assemelham, contudo, constituem-se em elementos totalmente diferentes no que tange à postura do agente. 
Observação: existe ainda o chamado PRETERDOLO. 
O PRETERDOLO é também chamado de PRETERINTENÇÃO e pode ser conceituado como sendo o dolo na conduta antecedente e culpa no resultado. 
Existem crimes que não são dolosos e nem culposos 
EX.1: Um ladrão armado ao efetuar um roubo acabar por matar a vítima.
 Artigo 157 do CP - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. No roubo qualificado pelamorte têm-se o PRETERDOLO. 
 Artigo 157, §3º do CP - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
EX.2: Estupro qualificado pela morte} houve DOLO no estrupo, mas CULPA na morte
	Caso de padrasto que estuprou afilhada de 6 anos e perfurou o útero da menina o que acabou por levá-la a morte. 
EX.3: homicídio qualificado pela tortura} ≠ tortura qualifica pela morte} DOLO na tortura e CULPA na morte 
Cabe ressaltar ainda que a conduta poderá ser comissiva e omissiva. A comissão é o agir enquanto que a omissão é o não agir.
Artigo 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
· Comissão
· Omissão 
· Nexo:
Também chamado de Nexo Causal ou Nexo de Causalidade é o segundo elemento do fato típico que pode ser conceituado como sendo o elo de ligação entre a conduta o resultado. Quando o nexo não é verificado poderá ocorrer inclusive o afastamento do próprio fato típico e por consequência a própria inocorrência do crime.
	Ex.: Caso do motoqueiro que se acidentou foi ocorrido por socorrista e logo após a ambulância sofreu, também, um acidente que acabou por levar a óbito o motoqueiro que estava sendo ocorrido
Teoricamente o estudo do nexo no Direito Penal Brasileiro, perpassa pela análise da chamada Teoria da Equivalência dos Antecedentes. Logo, devemos analisar no caso concreto tudo aquilo que de alguma forma contribuiu para o resultado sem, todavia, retornarmos ao infinito. Finalmente, temos que naquelas hipóteses em que o resultado ocorra por causa totalmente independente da conduta criminosa, estaremos diante da chamada superveniência absolutamente independente. 
· Resultado:
É a consequência da conduta e poderá ter consequência naturalística ou não. Caso o resultado naturalístico seja verificado teremos o chamado CRIME MATERIAL, contudo, se o resultado naturalístico não for verificado estaremos diante do chamado CRIME FORMAL. 
	Observação: com relação ao resulta a doutrina majoritária trabalho com duas teorias: a chamada Teoria Naturalística e a Teoria Jurídica ou Normativa. Para a teoria naturalista só há de se falar em resultado quando ocorrer a efetiva modificação do mundo externo, ou seja, uma efetiva alteração natural. Diante do exposto podemos dividir os crimes em três tipos: crimes materiais, crimes formais e crimes de mera conduta.
Os crimes materiais são aqueles em que se verídica a modificação no mundo real como ocorre, por exemplo nos crimes de homicídio, lesão corporal e dano. Já os crimes formais são aqueles em que a lei prevê o resultado, porém, para que este crime se consuma não é necessário, a verificação do resultado previsto. 
Exemplo: Crime de Ameaça.
O crime de mera conduta é aquele em que a lei não prevê nenhum resultado para a sua consumação, um exemplo deste tipo de crime é o art.150 do CP, que trata da invasão de domicílio.
PROVA (questões discursivas e objetivas)
3 – discursivas
· 1 sobre princípios (inocência, favor rei – presunção de inocência, nemu tenetur se detegere – vedação a autoincriminação)
· 1 envolve um caso concreto 
· 1 sobre finalismo e Causalismo 
4 – objetivas
· 2 envolvem princípios
· 1 sobre conceito legal de crime (diferença entre crime e contravenção)
· 1 sobre conceito analítico de crime (teoria causalista e teoria finalista)
· Tipicidade: 
Se não houver tipicidade não se tem fato típico, e se não houver fato típico não se tem crime, haja visto que com a ausência de tipicidade não se tem o tipo penal, com o qual se responsabilizar/criminalizar a conduta.
É o último elemento do fato típico, que consiste na efetiva previsão legal da conduta delituosa. Nesse sentido, temos que a tipicidade será comprovada pelo juiz analisando a conduta e comparando-a com a descrição legal podendo, então, ser também conceituada como o processo de subsunção do fato a norma, e se for verificado o encaixe teremos a tipicidade.
· Ex.: art.129 do CP

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