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03-Exercicio de Acompanhamento

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TÍTULO XI – DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I – DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO GERAL.
3.0 EXERCÍCIOS SOBRE CRIME FUNCIONAL (314, 315, 316) 
1) QUAL OBJETO JURÍDICO E OBJETO MATERIAL DO ART.314?
Bem jurídico protegido é a Administração Pública, especialmente a probidade administrativa. A finalidade da tutela penal é a preservação do regular funcionamento da Administração Pública, particularmente garantir a integridade e idoneidade de livros oficiais e documentos confiados a funcionário público em razão de seu cargo. Já o objeto material é livro oficial ou qualquer documento público ou privado. Essa documentação pode ser de qualquer natureza, tais como de valor histórico, contábil, patrimonial, registral, protocolar etc. 
O objeto material da ação caracteriza-se por constituir-se de “meios substancialmente necessários para o exercício de um ato de autoridade, administrativo, legislativo ou judicial, com o que se excluem os objetos que o Estado tem como patrimônio”. Isso não impede, porém, que o objeto material da ação possa ter valor patrimonial. Livro ou documento, aqui exigido, distingue-se, convém destacar, de documentos de valor probatório, recebido por alguém na condição de advogado ou procurador, que configurará o crime previsto no art. 356 do Código Penal (sonegação de documento ou objeto de valor probatório).
2) EXPLIQUE OS NÚCLEOS DO TIPO E SEUS SUJEITOS.
No núcleo do tipo as condutas previstas são extraviar, sonegar e inutilizar e podem ser realizadas total ou parcialmente, o que torna mais difícil a configuração da tentativa, já que a inutilização parcial de um documento constitui delito consumado, em face da descrição típica, já os seus sujeitos temos o sujeito ativo que pode ser somente o funcionário público, ou aquele expressamente a este equiparado para fins penais, que tenha a guarda de livro oficial ou de documento em razão do cargo. 
Somente este pode ser sujeito ativo deste crime. É admissível a participação de terceiro, via concurso eventual de pessoas, e o Sujeito passivo que é o Estado e as entidades de direito público, como regra geral. Se o particular, de alguma forma, também for lesado com o extravio, a inutilização ou a sonegação de livro oficial ou de qualquer documento, será incluído como sujeito passivo direto, o que pode ocorrer, por exemplo, quando o objeto material lhe pertença.
3) INDIQUE A CONSUMAÇÃO DO CRIME E SUA AÇÃO PENAL
Consuma-se o crime com o extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento confiado a funcionário em razão de seu cargo. Na modalidade de extraviar, segundo Magalhães Noronha, José Paulo da Costa Jr. e Damásio de Jesus, o crime é permanente, protraindo-se a consumação enquanto o documento ou livro permanecer extraviado. Na modalidade de sonegar, consuma-se o crime quando surge a exigência legal de apresentar qualquer dos objetos materiais e o agente não o faz; em outros termos, para que se configure a modalidade de sonegar livro oficial ou qualquer documento é indispensável que o funcionário tenha o dever jurídico de apresentá-los e, injustificadamente, negue-se a fazê-lo, não o apresente ou o oculte intencionalmente. 
Nessa modalidade, dificilmente se poderá caracterizar a figura tentada, pois, na prática, não há como interromper o iter criminis. A modalidade de inutilizar consuma-se com o início da ação, pois o tipo penal se satisfaz com a inutilização parcial. Nessa hipótese, a tentativa, embora, casuisticamente, até possa ocorrer, é de difícil e quase improvável configuração.
 A sua ação pena é publica incondicionada.
4) EXPLIQUE O CARÁTER SUBSIDIÁRIO DO TIPO.
O art. 314 é expressamente subsidiário. Portanto, se há ofensa à fé pública, prevalece o art. 305. Não sendo o agente funcionário público, responde pelo crime do art. 337 do CP. Se a sonegação ou inutilização é feita por advogado ou procurador que recebeu o documento ou objeto de valor probatório, tem-se como crime previsto no art. 356 do CP.
5) APONTE SEMELHANÇAS E DIFERENCIA O ART.315 COM PECULATO DESVIO.
	Ambos os crimes são praticados por funcionários públicos, são crimes funcionais, possui como objeto material dinheiro público, tem o verbo desviar, ou seja, empregar em lugar diverso do estabelecido e tem a mesma conduta. Já a diferença entre eles temos a questão do proveito que é do próprio funcionário público, enquanto que no emprego irregular de verbas e rendas públicas o proveito é na administração, então o funcionário publico tem que agir dentro da legalidade. 
6) QUAL OBJETO JURÍDICO E OBJETO MATERIAL DO ART.315? DIFERENCIE OS OBJETOS MATERIAIS
O objeto jurídico protegido é o patrimônio da Administração Pública, assim como a probidade administrativa, especialmente o desenvolvimento regular da atividade administrativa, a moralidade necessária e indispensável à causa pública, embora também seja tutelado o patrimônio particular, ainda que este permaneça num plano secundário. Já os objetos materiais é a verba ou renda pública.
7) QUAIS OS SUJEITOS DO CRIME? PODE O PREFEITO, COMO FUNCIONÁRIO PÚBLICO, PRATICAR ESTE CRIME? (ART.315)
O sujeito ativo do crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas é somente o funcionário público que pode dispor das rendas e verbas públicas, pois somente dispondo dessa faculdade o funcionário poderá cometer o crime em exame. Certamente, só pode efetuar a operação de destinar verbas ou rendas públicas diversamente do que prevê a disposição legal o funcionário que pode dispor legitimamente de tais valores, ou seja, quem os administra. O Sujeito passivo é o Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), bem como as entidades de direito público relacionadas no art. 327, § 1º, do Código.
O prefeito como funcionário público não responder com base no art.315, do Código penal, ele irá responder pelo que prevê o art. 1º, II e III, do Decreto-lei n. 201/67, fato de que o decreto-lei n 201/67 estabeleceu um tratamento mais rigoroso do que o previsto do que o previsto no art. 315 do cp , por se tratar de prefeito, punindo o gestor municipal nos casos de desvio ou aplicação indevida dos recursos do erário, haja ou não a intenção de obter proveito (próprio ou alheio).
8) INDIQUE A CONSUMAÇÃO DO CRIME, SUA AÇÃO PENAL E COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO. (ART315)
Consuma-se o crime, que para nós é formal, quando a ordem é efetivamente executada, ou seja, quando as verbas e rendas públicas forem efetivamente destinadas a fins diversos do estabelecido em lei. Não basta, portanto, o simples lançamento escritural, a mera programação etc. para sua aplicação pelo Poder Público, contrariando previsão legal. 
A ação penal é publica incondicionada, ou seja, exercício não se subordina a qualquer requisito. Não depende, portanto, de prévia manifestação de qualquer pessoa para ser iniciada. A sua competência é da Justiça Estadual. Ser competente da Justiça Federal, entretanto quando o crime for praticado em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas (CF, art. 109, inc. IV). 
9) INDIQUE A CONDUTA DO AGENTE E DE QUE ELE SE VALE PARA TANTO. (ART.316) (DIRETA E INDIRETA)
	É quando o agente exige, impõe, determina, valendo-se do respeito ou mesmo receio que sua função infunde, imposição à vitima a concessão de vantagem a que não tem direito.
10) INDIQUE OBJETO JURÍDICO E MATERIAL DO ART.316.
O objeto jurídico do crime de concussão é múltiplo ou complexo (crime pluriofensivo). Protege-se a Administração Pública, especialmente em relação à moralidade e a probidade administrativa. De forma secundária, protege-se também o patrimônio do particular prejudicado pela conduta criminosa. Objeto material é a vantagem indevida (ilícita, contrária à lei), podendo ser atual ou futura, em benefício do próprio agente ou de terceiros.
11) INDIQUE SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE CONCURSSÃO E CORRUPÇÃO PASSIVA
Na concussão, o funcionário público exige a vantagem indevida. A vítima, temendo alguma represália, cede à exigência, em razão dos poderes inerentes aocargo público ocupado pelo agente. Na corrupção passiva (CP, art. 317), há uma mera solicitação. 
A principal diferença entre esses delitos reside no fato da existência ou não da coação, pois ela existe no primeiro, mas não existe no segundo. Assim, na concussão o funcionário público exige a vantagem indevida, havendo, portanto, uma ameaça, intimidação ou imposição; na corrupção passiva ele apenas solicita, recebe ou aceita promessa de tal vantagem.
12) INDIQUE AS DIFERENÇAS DE CONCURSSÃO E O CRIME DE EXTORSÃO
Na concussão, o funcionário público exige a vantagem indevida. A vítima, temendo alguma represália, cede à exigência, em razão dos poderes inerentes ao cargo público ocupado pelo agente. 
Na extorsão (CP, art. 158), a vítima é constrangida, mediante violência ou grave ameaça, a entregar a indevida vantagem econômica ao agente. Além do modo como o delito é praticado, na concussão, a vantagem indevida pode ser de qualquer natureza, na extorsão, a vantagem indevida deve ser exclusivamente de natureza econômica.
13) INDIQUE O SUJEITO ATIVO EXPLICANDO O QUE VEM A SER “AINDA QUE FORA DA FUNÇÃO, OU ANTES, DE ASSUMI-LA” CONSTATE NO TEXTO DO DISPOSITIVO.
A concussão é crime próprio, assim, o sujeito ativo somente pode ser o funcionário público (nos termos do art. 327 do Código Penal). O dispositivo dispõe: "ainda que fora da função ou antes de assumi-la", significa que não é necessário que o agente pratique o fato no exercício das suas funções.
14) O QUE SERIA EXAÇÃO? INDIQUE OS VERBOS DO EXCESSO DA EXAÇÃO
No excesso de exação, o funcionário público exige tributo ou contribuição social indevido em benefício da Administração Pública, ou quando devido, o agente emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, já na concussão, por sua vez, o funcionário público exige vantagem indevida, sem qualquer relação com tributo ou contribuição, porém, em proveito próprio ou de terceiro. 
Trata-se de crime próprio (aquele que exige do agente uma determinada qualidade especial), unissubsistente (quando realizado com um só ato) ou plurissubsistente (quando realizado por meio de vários atos), comissivo (decorre de uma atividade positiva do agente, pois o verbos implicam em ações) e, excepcionalmente, comissivo por omissão (quando o resultado deveria ser impedido pelos garantes – art. 13, § 2º, do CP), de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio de execução), formal (se consuma sem a produção do resultado naturalístico, consistente no efetivo recolhimento do tributo ou contribuição indevidos) ou material (só se consuma com a produção do resultado naturalístico, consistente no efetivo emprego de meio vexatório ou gravoso, na modalidade "empregar na cobrança"), instantâneo (a consumação não se prolonga no tempo), monossubjetivo (pode ser praticado por um único agente), doloso (não há previsão de modalidade culposa), transeunte (em regra, praticado de forma que não deixa vestígios).
15) QUAL SERIA A FORMA QUALIFICADA DESTE CRIME?
Nos termos do § 2º, do art. 316, do Código Penal, "se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa". Verifica-se que, indevidamente, o legislador pune o excesso de exação simples com pena mínima superior à desta figura qualificada. 
Nesta figura qualificada, o funcionário público desvia (altera o destino original) para si ou para outrem o tributo ou contribuição social que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos. Trata-se de um tipo qualificado aplicável somente ao excesso de exação (CP, art. 316, § 1º), ou seja, não incide sobre o crime de concussão previsto no caput do dispositivo legal em estudo.

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