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FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Prof Noedi Leoni 
Fisiologia cardiovascular
Coração
Vasos sanguíneos
Sangue 
FUNÇÃO 
WILLIAM HARVEY, 1628
Modelo circulatório e não por refluxo
FUNÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
 DISTRIBUI OXIGÊNIO E REMOVE CO2
 
DISTRIBUI NUTRIENTES DO TGI PARA TODAS AS CÉLULAS
 CARREIA AS SOBRAS DO METABOLISMO CELULAR PARA OS ÓRGÃOS DE EXCREÇÃO
 TRANSPORTA ELETRÓLITOS E HORMÔNIOS (glicose / catecolaminas)
 MANTÉM A TEMPERATURA CORPORAL
 TRANSPORTA CÉLULAS E SUBSTÂNCIAS IMUNES RESPONSÁVEIS PELOS MECANISMOS DE DEFESA DO CORPO
TRANSPORTE!!
TRANSPORTE
Substratos metabólitos necessários para cada célula do organismo
Oxigênio
Glicose
Aminoácidos
Ácidos graxos
Lipideos
Dióxido de carbono
Ácido lático
Resíduos nitrogenados
DUAS MANEIRAS DE TRANSPORTE
Fluxo contínuo
Difusão 
Circulação sistêmica x pulmonar x central 
Sistema porta visceral (gástrica, esplênica e mesentérica) 
Sistema porta renal
Sistema porta hipotalâmico - hipofisário
Maiores exceções à regra de que o sangue somente encontra um conjunto de capilares numa mesma passagem pela circulação sistêmica 
Três sistema porta:
CORAÇÃO 
:
3 estruturas básicas = túnicas
Pericárdio: serosa reveste superfície externa – visceral e parietal
Endocárdio: serosa reveste o coração internamente – mural e valvular
Miocárdio: 		músculo (contração 					mecânica)
				 
				 	células especializadas: 				formação e transmissão 				de impulsos
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Apresenta três divisões principais:
Sistema de distribuição (coração, artérias e arteríolas)
Sistema de distribuição perfusão (artérias, arteríolas e capilares)
Sistema de coleta (vênulas, veias e coração)
Obs: Microcirculação , representada por vasos terminais, consiste em pequenas artérias, arteríolas, capilares e vênulas.
VOLEMIA
Animal em repouso:
25% volume sanguíneo (circulação central)
75% circulação sistêmica
Dentro da circulação sistêmica:
20% artérias, arteríolas e capilares
80% vênulas e veias
FUNÇÕES DOS DIFERENTES VASOS
Sistema arterial: propriedade de condução e distribuição do volume sanguíneo aos tecidos, e de variação da resistência ao fluxo de sangue, para a manutenção da pressão intravascular e da adequada oferta de fluxo
Microcirculação tem a propriedade de permitir a troca de substâncias sólidas, liquidas e gasosas entre o compartimento intravascular e as células teciduais
Sistema venoso possui a propriedade de variação da sua complacência, para permitir o retorno de um variável volume sanguíneo ao coração, e a manutenção de uma reserva deste volume
CARACTERÍSTICAS DO 
MÚSCULO CARDÍACO
Músculo Cardíaco
Célula estriada e uninucleada
Actina e miosina dispostas em sarcômeros.
Contração involuntária
Atua como sincício
Discos intercalares (junções comunicantes)
Barreira fibrosa entre átrios e ventrículos
Contração depende de íons cálcio.
Maquinaria semelhante ao músculo esquelético.
CÉLULA MIOCÁRDICA
(marcapasso e de condução e contráteis)
Circundadas pelo sarcolema
Presença de junções comunicantes que têm baixa resistência elétrica e permitem passagem de íons
Células marcapasso e de condução ( Células nodais, células de Purkinje e células de transição)
Células nodais dos nodos sino atrial (SA) e AV são responsáveis pela atividade de marcapasso e pelo retardo da condução no nodo AV
Células de Purkinje são células especializadas na condução rápida do impulso (feixe de His e rede de Purkinje)
22
“PRINCÍPIO DO TUDO OU NADA”
Coração Como Bomba
Sístole
Diástole
CONTRAÇÃO
RELAXAMENTO
28
Fração do sangue bombeado para os vários tecidos dos
animais domésticos (%)
Coração 5-10
Cérebro 1-4
Rins 10-20
Fígado 20-30
Trato Gastrintestinal 10-30
Pele 4-8
Ossos e Músculos 20-50
Outros Tecidos 10-20
VASOS SANGUÍNEOS 
 FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vasos Sangüíneos – Classificação Funcional
 Artérias elásticas (Aorta e Pulmonar) – distensíveis (elastina) permite a expansão ao receber o volume de ejeção ventricular (sístole) e retorna ao estado original (diástole).
 Artérias musculares (poplítea, radial, cerebral e coronárias) – parede rica em músculo liso que auxilia a prevenir colapso em ângulo reto e possui inervação autonômica podendo contrair ou relaxar. 
 Vasos de Resistência (Artérias menores e Arteríolas) – torneiras que regulam o fluxo para os tecidos.
 FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vasos Sangüíneos – Classificação Funcional
 Vasos de trocas (Capilares) – única camada de células endoteliais que permite trocas entre o sangue e tecidos.
 Anastomoses arterio-venosas – comunicações entre arteríolas e vênulas sem passar pelos capilares (envolvidas com a regulação térmica). 
 Vasos de Capacitância (Vênulas e Veias) – parede fina e nos membros possuem válvulas. Contém cerca de 2/3 dos sangue circulante e fibras nervosas para controle do volume sangüíneo no reservatório.
 FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vasos Sangüíneos – Área de secção x fluxo sangüíneo.
REGULAÇÃO PRESSÃO ARTERIAL
Mecanismos hormonais
Mecanismos neurais 
Pressão arterial
A pressão sanguínea arterial é determinada por:
Ação bombeadora do coração
Resistência periférica
Viscosidade sanguínea
Volume de sangue no sistema cardiovascular
Elasticidade das paredes arteriais
Mecanismos controladores 
Sistema vasopressina (ADH)
Sistema renina – angotensina – aldosterona
Fator natriurético atrial
A diminuição do débito cardíaco ativa todo o sistema
Mecanismos controladores 
Sistema vasopressina (ADH)
Queda do volume do LEC faz com que a pressão e o volume sanguíneo diminua 
Alterações na pressão fazem com que seja ativados os barorreceptores estímulo vagal aferente hipotálamo e hipófise posterior liberação ADH
 ADH excreção urinária
Causa vasoconstricção e promove a reabsorção de água livre nos néfrons
Mecanismos controladores 
Sistema vasopressina (ADH)
 PA faz com que o rim libere RENINA em consequência da baixa perfusão da artéria renal
A regulação normal, por feedback, dos sistemas nervoso simpático e hormonal depende do funcionamento dos barorreceptores arterias e atriais
Os barorreceptores atuam imediatamente, mas só atuam por 2/3 minutos, depois se adaptam
Sistema renina-angiotensina-aldosterona demoram mais para atuar, mas permanece até o problema ser solucionado
Mecanismos controladores 
Sistema renina – angotensina – aldosterona
Renina liberada pelas células justaglomerulares no rim devido uma diminuição da PA
Renina angiotensinogênio (plasma) angiotensina I ECA angiotensina II aldosterona
A inibição da ECA pode reduzir a ativação da angiotensina II e promove a vasodilatação e a diurese
Mecanismos controladores 
Sistema renina – angotensina – aldosterona
Angiotensina II: diversos efeitos importantes
Potente vasoconstricção
Estímulo à liberação de aldosterona (córtex adrenal)
Aumenta a sede e apetite pelo sal
Facilita a síntese e liberação neuronal de epinefrina
Estimulação da liberação de ADH
Aldosterona:
Promove reabsorção de sódio e cloreto, bem como a secreção de potássio e hidrogênio nos tubulos coletores renais
Reabsorção concomitante de água e aumenta o volume vascular
Mecanismos controladores 
Fator natriurético atrial
Peptídeo secretado por células musculares cardíacas atriais. Seu papel é normalizar a volemia sanguínea e a pressão arterial quando a musculatura cardíaca for excessivamente distendida.
São sintetizados no coração e são muito importantes na regulação do volume e da pressão
Sintetizado como pró-hormônio que é quebrado em peptideo ativo após a liberação estimulada pela distensão mecânica da parede atrial
Causam diurese, natriurese e vasodilatação periférica
Antagonizam os efeitos do sistema renina – angiotensina – aldosterona
ARTÉRIAS
48
AORTA
40.000
 artérias terminais
400 arteríolas
80 capilares
Geometria da circulação sistêmica de um cão de 30 kg
FLUXO SANGÜÍNEO: é a quantidade de sangue que passa por um determinado pontoda circulação em um período definido de tempo.
RESISTÊNCIA: é o impedimento a passagem do fluxo de sangue por um vaso.
CONDUTÂNCIA: é a quantidade de fluxo sanguíneo que passa por um determinado vaso.
52
53
CAPILARES
55
56
FORÇAS DE STARLING
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58
VEIAS
61
SANGUE
Sangue 
Porção líquida
Plasma/ soro
Porção sólida:
Hemácias
Leucócitos
Plaquetas 
O PLASMA – porção liquida
O plasma é composto por: 
91,5% de água
7,5% de sólidos orgânicos
7,0% são proteínas (albuminas, globulinas, fibrinogênio) + fatores de coagulação
0,5% são substancias nitrogenadas, gorduras neutras, colesterol, fosfolipídeos, glicose, enzimas e hormonios.		
1,0% de sólidos inorgânicos: Sódio (Na), potássio (K), magnésio (Mg), calcio (Ca), fósforo (P), cobre (Cu), cloro (Cl). 
CICLO CARDÍACO
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Ciclo Cardíaco 
Eventos que ocorrem desde o início de um batimento até o início do batimento seguinte.
 Composição – período de relaxamento cardíaco – Diástole (2/3 DA DURAÇÃO DO CICLO CARDÍACO), e de um período de contração – Sístole (1/3 DA DURAÇÃO DO CICLO CARDÍACO).
 Início – geração espontânea do potencial de ação no Nó Sino-atrial
 Propagação – através do sistema excito-condutor
SISTOLE ATRIAL;
CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA;
EJEÇÃO VENTRICULAR RÁPIDA;
EJEÇÃO VENTRICULAR LENTA;
RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO; 
ENCHIMENTO VENTRICULAR RÁPIDO;
ENCHIMENTO VENTRICULAR LENTO;
FASES DO CICLO CARDÍACO
SISTOLE
DIÁSTOLE
Ciclo cardíaco
Contração isovolumétrica: 
Contração ventricular mas sem alteração de volume, valvas fechadas. Pressão começa a aumentar
Ejeção ventricular rápida:
Pressão ventricular esquerda maior que a pressão aórtica, suficiente para o sangue sair do ventrículo e passar pela aorta – fluxo rápido
Ejeção ventricular lenta:
Ventrículos começam a se repolarizar, diminui o estado de contratilidade, ejeção com menos vigor. Diminui pressão VE e aumenta pressão na aorta – sentido inverso- fechamento da valva 
Ciclo cardíaco
Relaxamento isovolumétrico:
Não chega e não sai volume. Ventrículo esquerdo relaxado, valvas fechadas
Enchimento ventricular rápido:
Sangue chega nos átrios – aumento pressão atrial, valvas abrem e o sangue flui para ventrículos
Enchimento ventricular lento:
Fase análoga, continua enchimento ventricular porem de uma forma mais lenta
Sístole atrial: 20% do volume fornecido para ventrículo
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Diástole Atrial e Ventricular 
Período de relaxamento durante o qual o coração enche de sangue (aproximadamente 110 a 120 ml).
 Átrio direito e ventrículo direito – oriundo das veias cavas cranial e caudal
 Átrio esquerdo e ventrículo esquerdo – oriundo das veias pulmonares.
Obs: 75% do enchimento ventricular é passivo e 25% resultante da contração atrial.
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Diástole ventricular 
– 75% passivo – 25% da sístole atrial
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Diástole ventricular – Valvas Aórtica e Pulmonar
 Impedem o retorno do sangue das artérias aorta e pulmonar para os ventrículos.
 2ª bulha (ausculta) – som resultante do fechamento das valvas aórtica e pulmonar (estalido relativamente rápido).
	
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Sístole Atrial e Ventricular 
Período de contração durante o qual os ventrículos esvaziam seu sangue para a circulação pulmonar e sistêmica
 Fração de Ejeção – fração do volume diastólico final que é ejetado (próximo de 60% do volume – 60 a 75 ml).
 Contração isovolúmica – ocorre no início da sístole (após o fechamento das valvas A-V com  da pressão sem haver  do volume).
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
– Contração isovolúmica – Ejeção ventricular 
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Sístole ventricular – Valvas Mitral e Triscúspide
 Impedem o retorno do sangue dos ventrículos para os átrios durante a sístole.
 1ª bulha (ausculta) – som resultante do fechamento das valvas atrioventriculares (vibração de baixa freqüência).
		
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Relaxamento isovolúmico: 
Ocorre após o fechamento das valvas Aórtica e Pulmonar. 
Há relaxamento muscular sem alterações do volume.
Contração Atrial
Sístole Isovulúmica
Ejeção Rápida
Ejeção Lenta
Relaxamento Isovolúmico
Enchimento Rápido
Enchimento Lento
Ciclo Cardíaco
Diagrama de Wiggers
Excitação Rítmica do Coração
Excitação Rítmica do Coração
Nodo Sinusal (sinuatrial).
Fibras musculares especializadas.
Conectam-se com as fibras musculares atriais.
Potencial propaga-se imediatamente.
Possuem ritmicidade (automação).
Entre 70 a 100bpm.
Potencial de -55 a -60mV.
Não possuem canais rápidos de sódio.
O potencial depende do influxo de cálcio.
Condução do Impulso
O impulso do nodo SA é passado as fibras atriais vizinhas.
Passa para o ventrículo pelo nodo atrioventricular (AV).
Átrios e Ventrículos são isolados por tecido fibroso.
O impulso sofre retardo no nodo AV e no feixe AV (His).
Condução do Impulso
Nodo AV
Retardo na condução do impulso dos átrios para os ventrículos.
 Diminuição do número de junções abertas aumentando a resistência à passagem dos íons excitatórios.
Importante para a sincronia entre átrios e ventrículos.
Condução do Impulso
Feixe de His 
Fibras de purkinje.
Maior velocidade: 4 m/s
150 vezes maior que as fibras AV.
 Aumento da permeabilidade das junções abertas e fibras mais grossa.
 Condução em uma só direção
 Barreira fibrosa entre o átrio e o ventrículo
Condução do Impulso
Condução do Impulso
Repolarização
Sistema nervoso autônomo 
(inervação cardíaca)
Parassimpática cardíaca ou vagal
Mediador químico – acetilcolina
Neurotransmissores – fibras colinérgicas pós ganglionares
Gânglios nervosos parassimpáticos atriais
Nervo craniano X
NSA – átrios – NAV – efeito cronotrópico negativo
Obs: CMD – hipóxia e degeneração neurônios
Sistema nervoso autônomo (inervação cardíaca)
Simpática cardíaca:
Mediador químico – noradrenalina
Neurotransmissores – fibras adrenérgicas pós ganglionares
Gânglios simpáticos satélites
NSA – átrios – NAV – feixe de His – ventrículos – efeito cronotrópico e inotrópico positivos
Inervação Parassimpática
Vago = nervo moderador do miocárdio
 excitabilidade cardíaca
 força de contração
 FC
Inervação Simpática
Ação estimulante sobre o coração
 Excitabilidade
 - Facilita a condução 
 de estímulos através do NAV
 Força de contração
 FC
INERVAÇÃO CARDIACA
Mecanismos de Controle
Controle da ritmicidade pelos nervos cardíacos.
Sistema Parassimpático – acetilcolina
Atua sobre receptores muscarínicos (M).
Inibe a formação de AMPc (ativaria os canais de sódio e cálcio).
Aumenta a permeabilidade da membrana ao potássio.
Diminui a freqüência rítmica do nodo sinusal.
Diminui a excitabilidade das fibras juncionais AV (lentifica a transmissão do impulso para o ventrículo).
Diminui a força de contração.
Mecanismos de Controle
Sistema Simpático – noradrenalina.
Receptores β1 – beta bloqueadores.
Aumenta a formação de cAMP – aumenta as correntes íons Na e Ca.
Aumento na frequência do nodo AS.
Melhora a condução AV.
Aumenta a força de contração.
Aumento do consumo de oxigênio.

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