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Anápolis 2020 NOMES DOS ALUNOS SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA 1º SEMESTRE LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA. Anápolis 2020 LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA. Trabalho de Produção Textual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de: Educação inclusiva, LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, Educação e Tecnologias, Homem, cultura e sociedade, Práticas Pedagógicas, Educação à distância, Filosofia da educação. Orientador: Jose Matias dos Santos Filho. Lilian Amaral da Silva Souza. Juliana Chueire Lyra. Luciane Guimaraes Batistella Bianchini. Maria Eliza Correa Pacheco. Natalia Germano Gejao Diaz. Tirza Cosmos dos Santos Hirata. BRUNA HELLEN CASTRO DE BRITO SANTOS FERNANDA BATISTA COSTA NÚBILE LORRANE FARIA MATOS SIQUEIRA SHIRLEY DA COSTA BORGES SIMONE GOMES NOGUEIRA DA SILVA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 9 4 REFERÊNCIAS..................................................................................................10 3 1 INTRODUÇÃO Esta produção textual tem por objetivo, trazer à reflexão os direitos da pessoa com deficiência física. Direitos esses que outrora, eram negligenciados pela sociedade de um modo geral, mas que, com o passar dos anos e com o advento de novos paradigmas, foram ganhando força e assim, passaram a ser garantidos por meio de leis mais justas e necessárias, garantindo às pessoas com deficiência física o seu lugar na sociedade, tanto quanto qualquer outro ser humano. Ressaltaremos primordialmente, a criança com deficiência, abordando os principais aspectos vivenciados por ela, que fazem parte do seu processo de desenvolvimento físico, intelectual, emocional, social e cognitivo. É importante construir pontes entre as crianças e a vida, criar possibilidades que a incluam nas escolas, nos parques de diversão, nos shoppings, enfim, em todos os lugares. Pois garantir os direitos de uma criança com deficiência física, é papel de todos nós. Este trabalho em grupo foi elaborado a partir de um estudo baseado em artigos, leis, pesquisas, e todo um conjunto que norteia o processo de inclusão. É importante que esse tema seja discutido e levado ao conhecimento de todas as pessoas, pois, muitos desconhecem os direitos, ou mesmo os deveres que possuem. E para que alcancemos os resultados esperados, ainda se tem um longo caminho a percorrer, e a conscientização é sem dúvida o primeiro passo. 4 2 DESENVOLVIMENTO Toda criança, independente de sua cor, raça, gênero, sexo, religião, condição financeira, limitações físicas... Tem direito ao acesso à educação, lazer, aprendizagem, a poder frequentar ambientes sociais como cinema, teatros, shoppings, parques de diversão, escolas etc. Porque todo ser humano possui igualdade de direitos. Compreende-se pessoa com deficiência física, segundo a lei brasileira de inclusão (BRASIL, 2015): Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Diante da afirmativa supracitada, pode-se inferir que todos são iguais, apesar das diferenças, mas para que se chegasse a essa conclusão, as pessoas com deficiência física, no Brasil e no mundo, foram ao longo dos anos, excluídas, abandonadas, negligenciadas por serem consideradas anormais e fora do padrão da sociedade. Foi a partir da declaração universal dos direitos humanos, (ONU, 1948), que o cenário começou a mudar, pois, foi declarado que todos os seres humanos são livres em suas escolhas e iguais em direitos. A criança deve receber um olhar mais abrangente e atencioso no que diz respeito á inclusão, pois as crianças são seres humanos em formação, em desenvolvimento, são aqueles que serão as autoridades, os governantes, a sociedade do amanhã. E as crianças com deficiência física, não são menos importantes que as demais, apenas precisam de condições diferenciadas para poder realizar as suas atividades à fim de que possam viver em igualdade com as demais. A LBI (BRASIL, 2015) assegura que todas as pessoas com deficiência, inclusive as crianças, devem ter direito à acessibilidade, ou seja, condições de acesso com segurança e autonomia aos meios de transporte, aos edifícios, escolas, praças, cinemas, banheiros públicos, espaços de lazer etc. E para isso, é necessário que haja adaptações para possibilitar que, todos tenham acesso igual. As barreiras devem sem eliminadas, tanto físicas quanto sociais, para que a pessoa com deficiência física possa ser incluída em todos os lugares. Por isso é correto afirmar que, para que a criança com deficiência tenha seus direitos 5 garantidos, deve haver todo um processo, um trabalho em conjunto entre governo e sociedade, família e toda a comunidade, um complementando o outro, e todos juntos de mãos dadas, lutando por uma causa. Vale ressaltar que, a criança com deficiência tem direito à educação, a frequentar as escolas regulares sem nenhum impedimento ou discriminação por parte da instituição de ensino, devido suas limitações físicas, intelectuais ou sensoriais, pois impedir uma criança de frequentar a escola é um crime. Porém, se faz necessário que, para que a criança aprenda e desenvolva seu processo cognitivo, emocional e social no ambiente escolar, a escola esteja preparada para acolher, ensinar e ajudar a criança com deficiência no seu processo de aprendizagem. Para que se tenha eficácia nesta missão, deve haver um local físico adequado e que possibilite a criança em sua locomoção, deve haver professores capacitados para ensinar através de métodos inclusivos e profissionais de apoio, como cuidadores, tradutor e interprete de libras quando se fizer necessário, pois a criança com deficiência tem plena capacidade de aprender, precisa somente se bem assistida. Pois, as crianças, tem o direito de aprender juntas, sem distinção alguma. Considerando a educação de crianças com deficiência no paradigma da inclusão, vale salientar que deve haver um aperfeiçoamento profissional nas escolas, a fim de atender melhor as crianças com deficiência, pois, inclusão não é somente admitir a criança na instituição, mas fazer com que ela se desenvolva, aprenda, seja participativa, conviva em harmonia com todas as pessoas da escola. É preciso eliminar as barreiras sociais, o preconceito de que crianças com deficiência não são capazes de se desenvolver cognitivamente, pois toda criança pode aprender; Assim como ninguém aprende algo de maneira igual, com as crianças com deficiência o processo é semelhante, basta trabalhar com uma metodologia adequada que os frutos com certeza virão. Sobre isto trata o seguinte artigo (BRASIL, 2015): Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegu- rados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento pos- sível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interessese necessidades de aprendizagem. A fim de que o direito á educação seja garantido e seu objetivo seja plenamente alcançado, a escola deve usar métodos que favoreçam, possibilitem e 6 facilitem a aprendizagem da criança com deficiência. A respeito disso, têm-se as tecnologias assistivas, que é uma área do conhecimento, que abrange recursos, práticas, estratégias que vão desde um simples produto de fabricação caseira, até as mais altas tecnologias como programas de computadores, teclados adaptados, cadeiras de rodas, enfim, são muitas as tecnologias assistivas possíveis de se usar, porém um só é o objetivo de todas elas, possibilitar a participação da pessoa com deficiência física ou pessoas com mobilidade reduzida nas atividades cotidianas, tanto de uma escola, como em todos os lugares. As praticas pedagógicas e de avaliação, precisam ser continuamente revistas, pois, educar é um longo processo de aprendizagem, tanto para o aluno, quanto para o professor. A prática tradicional de ensino e avaliação, hoje já não se mostra mais tão eficiente, principalmente no que diz respeito à inclusão. O professor deve usar recursos e métodos diversificados, de maneira que sejam apresentadas à criança uma infinidade de possibilidades para aprender, desenvolver-se e crescer em todos os aspectos. As tecnologias assistivas não têm por objetivo facilitar as coisas para uma criança com deficiência, antes o seu papel é desafia-la, mostrar a ela que ela pode realizar coisas que antes pensava não poder fazer, que ela é sim um ser humano capaz de evoluir-se e alcançar novos horizontes, basta ela querer, e ter alguém que segure na sua mão e lhe mostre o caminho, e esse é o papel do educador, da escola e da família. O uso das tecnologias assistivas é de suma importância para o processo de aprendizagem da criança com deficiência, pois as mesmas possibilitam que a criança consiga realizar as atividades propostas, apesar de suas dificuldades. Existem inúmeros tipos de recursos e produtos que podem ser usados, e muitos deles não exige uma grande habilidade para ser feito, basta um pouco de dedicação e interesse em fazê-lo. Para alcançar o público alvo da educação especial (PAEE), em seu processo de aprendizagem, deve haver todo um conjunto de ações e métodos para educar essas crianças, tais como um projeto politico pedagógico inclusivo, uma formação docente, uma flexibilização do currículo escolar, dialogo, e o uso de todos os recursos de tecnologias possíveis dentro da realidade da escola e do professor. Muitos produtos podem ser fabricados até mesmo na sala de aula, com ajuda de todos os alunos, como: placas de comunicação, jogos, alfabetos, engrossadores e tantos outros, e esse trabalho em classe também poderá favorecer o convívio com as diferenças, o respeito e interação entre as crianças da sala. 7 É preciso também, que a criança tenha garantido o seu direito e livre acesso ao lazer. O estatuto da pessoa com deficiência (BRASIL, 2015) diz: Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso: I – a bens culturais em formato acessível; II – a programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades culturais e desportivas em formato acessível; e III – a monumentos e locais de importância cultural e a espaços que ofereçam serviços ou eventos culturais e esportivos. § 1o É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em formato acessível à pessoa com deficiência, sob qualquer argumento, inclusive sob a. alegação de proteção dos direitos de propriedade intelectual. § 2o O poder público deve adotar soluções destinadas à eliminação, à redução ou à superação de barreiras para a promoção do acesso a todo patrimônio cultural, observadas as normas de acessibilidade, ambientais e de proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Sabe- se que o lazer é muito importante na vida da criança, pois oferece situações prazerosas, onde elas podem explorar o mundo à sua volta, se divertir, interagir positivamente com outras crianças. O direito de brincar favorece a descoberta, estimula a curiosidade, ajudando na concentração e desenvolvimento da criança, é também muito bom para proporcionar um momento alegre e positivo entre a família e a criança. É importante que sejam disponibilizados á criança com deficiência, brinquedos adaptados, que proporcionem segurança e bem estar. A acessibilidade tem como intenção não só tornar acessível os parques de diversão, cinemas, shoppings, mas também integrá-los de forma que todas as pessoas possam usufruir, por isso é fundamental o desenvolvimento de produtos que possam atender a todos de maneira igual, a fim de promover e garantir o acesso das crianças físicas em igualdade de direitos com todos, e impedir que as crianças com deficiência possam usufruir em igualdade com outras crianças, configura-se um crime, segundo o estatuto da pessoa com deficiência. O lazer e a diversão é algo essencial à vida do 8 ser humano, principalmente para as crianças, porém, as crianças com deficiência, infelizmente, tem seu acesso ainda bastante restrito, por falta de brinquedos e opções de lazer acessíveis a elas. Muitas vezes a vontade e a necessidade de se divertir se torna impossível para muitos, pois, faltam investimentos em acessibilidade e recursos por parte dos governantes. Pensando nisso, nasceu o “Projeto Lia”, em 2013 na cidade de Curitiba, idealizado por uma mãe de uma criança com deficiência que, muitas vezes via seu filho excluído devido não haver brinquedos com acessibilidade nos parques públicos. Em 2018, esse projeto alcançou maior notoriedade, quando um grupo de mães de BAURU-SP reuniu-se para levar o projeto até o município. Portanto, é correto afirmar que hoje a inclusão é uma necessidade urgente, um direito adquirido por todas as pessoas com deficiência e, as crianças de maneira especial, devem ter seus direitos garantidos. E primar por garantir esses direitos é um papel do estado, da família, da sociedade e de toda a comunidade de modo geral. A criança com deficiência tem igualdade de direitos juntamente com todas as crianças, são plenamente capazes de aprender, conviver na sociedade, frequentar a escola e serem pessoas bem sucedidas na vida. Afinal, ser diferente é normal. 9 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao fim dessa produção textual, abordamos um pouco do processo de inclusão da criança com deficiência na sociedade. Vimos que a inclusão é mais que um desejo, é uma obrigatoriedade do estado, da família e da sociedade. Fazer acontecer depende de todos nós. Hoje, a pessoa com deficiência tem seus direitos assegurados por leis, que devem ser cumpridas rigorosamente. O caminho é longo, e o pouco que cada um puder fazer, já fará uma grande diferença na vida das crianças com deficiência. É preciso que a escola, a família, os governantes, a sociedade se empenhem nesta missão. Afinal, estamos falando de pessoas, com sentimentos, capacidade de desenvolver-se e ser bastante produtivas ao longo de suas vidas. Ao educador cabe, aprender para poder ensinar a cada dia, utilizar as tecnologias assistivas e promover um ensino flexibilizado para alcançar o público alvo da educação especial (PAEE), ao estado cabe proporcionar a acessibilidade e cumprir com as leis que favorecem as PCD. A Sociedade cabe o papel de cada um fazer o que estiver ao seu alcance, para juntos construirmos uma vida melhor para todos. Este trabalho foi bastante proveitoso para a aprendizagem de cada componente deste grupo, veio solidificar e acrescentar conhecimentos a todos e nos trazer um pouco à realidade da criança com deficiência física. Enquanto futuros professores, crescemos com a realização dele. 10 REFERÊNCIASBRASIL. Estatuto da Pessoa com Deficiência - 3. ed. - Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2019. GALVÃO FILHO, T. Tecnologia Assistiva: favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem em contextos educacionais inclusivos. In: GIROTO, C. R. M.; POKER, R. B.; OMOTE, S. (Org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. Marília/SP: Cultura Acadêmica, p. 65-92, 2012. GOULART, Renata Ramos; LEITE, José Carlos de Carvalho. Deficientes: A questão social quanto ao Lazer e ao Turismo. PROJETO LIA.
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