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Fetus in Fetu

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Fetus in Fetu 
 Fetus in Fetu ou Gêmeo Parasita, como é popularmente conhecida, trata-se de uma anomalia rara que pode ocorrer em gestações gemelares diamniótica e monocoriônica. 
 Primeiramente, deve-se atentar às razões dessa anomalia. É sabido que gestações gemelares podem ser dizigóticas (dois óvulos diferentes são fecundados), monozigóticas (um óvulo é fecundado e divide-se na fase de blastocisto), univitelinas (apenas uma placenta para os dois fetos) e bivitelinas (cada feto tem uma placenta própria). Com isso em vista, nota-se que a ocorrência de fetus in fetu só pode ocorrer em gestações gemelares monozigóticas univitelinas, uma vez que os fetos precisão ter em uma mesma placenta contato para fusão. Contudo, são resultantes de uma tardia repartição do zigoto, dessa forma, provocando-se maiores diferenças entre esse par monozigótico, tendo em vista o aumento da probabilidade de repartição desigual ou incompleta do embrioblasto/ disco embrionário ainda na fase de blastocisto.
 Com isso, essa repartição desigual pode culminar em um desenvolvimento distinto entre o par de gêmeos. Em casos de gêmeo parasita, um dos embriões apresentará desenvolvimento rudimentar, acarretando na sua fusão com o embrião mais forte, que ocorre também, por seu não domínio vascular. Essa fusão leva à dependência dele ao corpo do hospedeiro para continuar ¨vivo¨, consistindo no desenvolvimento de um resquício de embrião ou feto dentro do corpo de outro feto. Sobre esse viés, é importante ressaltar que, apesar de apresentarem estruturas, elas não são funcionais, ainda que bem formadas, também sendo considerados anencéfalos, diferenciam-se dos gêmeos siameses, em que se observa que ambos os gêmeos fundidos são funcionais.
 Além disso, os gêmeos parasitas podem ser diferenciados de teratomas pela presença de coluna espinhal, entretanto, ainda podem ser classificados assim, pois teratomas consistem em uma massa de tecidos desenvolvida, que pode conter ossos, cartilagens, dentes, músculos, tecido nervoso, entre outros, que dependem totalmente da atividade metabólica de seu hospedeiro, desse modo, morrendo se extraídos. 
Em aproximadamente 80% dos casos, os gêmeos são encontrados no interior da cavidade abdominal ou retroperitonial, porém podem ser observados em outros lugares e só são removidos cirurgicamente caso apresentem risco à vida de seu hospedeiro.
Bibliografia: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2810823/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10835078/?dopt=Abstract
https://jmedicalcasereports.biomedcentral.com/articles/10.1186/1752-1947-4-96

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