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Intervenção Cognitivo-Comportamental no Transtorno de Ansiedade

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FELIPE CAMPOS ALEIXO
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intervenção cognitivO-comportamental no transtorno de ansiedade generalizada 
são Paulo
2020
 felipe campos aleixo
intervenção cognitivO-comportamental no transtorno de ansiedade generalizada
	
Projeto apresentado ao Curso de Psicologia da Instituição Anhanguera, Vila Mariana.
Orientador: Romina Miranda.
São Paulo
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
1.1 O PROBLEMA	5
2 OBJETIVOS	6
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO	6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS	6
3 JUSTIFICATIVA	7
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	8
5 METODOLOGIA	11
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO	12
REFERÊNCIAS	13
1 INTRODUÇÃO
O transtorno de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, ocasionando sofrimento psíquico e prejudicando as relações interpessoais do indivíduo. 
O transtorno de ansiedade generalizada pode desencadear crises de pânico. Crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema nervoso autônomo. Vale ressaltar que são crises de início abrupto e de curta duração. 
Considerando as características do transtorno de ansiedade generalizada, a terapia cognitiva-comportamental demonstrou eficácia na redução de sintomas e taxas de recorrência, com ou sem medicação, não apenas no transtorno de ansiedade, mas em uma ampla variedade de transtornos psiquiátricos. 
1.1 O PROBLEMA
Como a teoria cognitiva-comportamental se aplicaria no transtorno de ansiedade generalizada?
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO
Compreender a aplicação da terapia cognitiva comportamental no transtorno de ansiedade generalizada.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS
· Conceituar o transtorno de ansiedade generalizada. 
· Descrever a aplicação da terapia cognitiva comportamental no transtorno de ansiedade generalizada.
· Demonstrar a eficácia da terapia cognitiva comportamental no transtorno de ansiedade generalizada.
3 JUSTIFICATIVA
A terapia cognitivo-comportamental é uma ferramenta psicoterápica estruturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada para a solução de problemas atuais. Por ser uma ferramenta psicoterápica de curta duração, possibilita o paciente concluir o tratamento sem interrupção, propiciando mudanças psicológicas e comportamentais significativas em um curto período. 
O transtorno de ansiedade generalizada é uma situação comum, caracterizada por preocupação excessiva e crônica sobre diferentes temas, associada a tensão aumentada. Os sintomas psíquicos e somáticos prejudicam a interação social, impossibilitando o paciente de exercer suas funções profissionais, ocasionando um possível desligamento organizacional. Devido aos impactos ocasionados pelo transtorno de ansiedade generalizada, surgiu a ideia de propor uma intervenção curta e eficaz para os portadores deste transtorno (Angelotti, 2007, p. 73).
Embora seja uma pesquisa bibliográfica, será mais um artigo científico disponível em sites acadêmicos, contribuindo não apenas a comunidade acadêmica, mas a sociedade em geral, propagando esta ferramenta psicoterápica que vem demonstrando sua eficácia em uma ampla variedade de transtornos mentais e doenças psicossomáticas. 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As síndromes ansiosas são ordenadas inicialmente em dois grandes grupos: quadros em que a ansiedade é constante e permanente (ansiedade generalizada, livre e flutuante) e quadros em que há crises de ansiedade abruptas e mais ou menos intensas. São chamadas crises de pânico, que podem configurar, se ocorrerem de modo repetitivo, o transtorno de pânico (DALGALARRONDO, 2008, p. 304).
O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses. A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, triste, nervosa ou irritada. Nesses quadros, são frequentes sintomas como insônia, dificuldade de relaxar, angústia constante, irritabilidade aumentada e dificuldade em concentrar-se. São também comuns sintomas físicos como cefaleia, dores musculares, dores ou queimações no estômago, taquicardia, tontura, formigamento e sudorese fria. Para se fazer o diagnóstico de uma síndrome ansiosa, também é necessário verificar se os sintomas ansiosos causam sofrimento clinicamente significativo e prejudicam a vida social e ocupacional do indivíduo (DALGALARRONDO, 2008, p. 309).
As crises de pânico são crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema nervoso autônomo. Assim, ocorrem sintomas como: taquicardia, suor frio, tremores, desconforto respiratório ou sensação de asfixia, náuseas, formigamentos em membros e/ou lábios. Nas crises intensas, os pacientes podem experimentar diversos graus da chamada despersonalização. Além disso, ocorre com frequência nas crises de pânico um considerável medo de ter um ataque do coração, um infarto, de morrer e/ou enlouquecer. As crises são de início abrupto e de curta duração (DALGALARRONDO, 2008, p 312). 
A intervenção da terapia cognitivo-comportamental no transtorno de ansiedade generalizada, se inicia através da psicoeducação, que tem como objetivo educar o paciente quanto à natureza e ao curso do seu transtorno, sobre o processo da terapia cognitivo-comportamental e sobre o modelo cognitivo, como seus pensamentos influenciam suas emoções e comportamentos (BECK, 2013, p. 21). 
O próximo passo é identificar os pensamentos automáticos (disfuncionais e/ou inadequados) e as emoções afetadas, avaliando-os posteriormente. Os pensamentos automáticos surgem em função da interpretação dada a uma situação e ocorrem paralelamente a pensamentos manifestos. Todos nós apresentamos pensamentos automáticos, porém, as pessoas que não estão angustiadas normalmente costumam testá-los e verificar sua disfuncionalidade, uma vez que elas enxergam a realidade como ela realmente se apresenta. As pessoas com transtornos psicológicos, com frequência, interpretam erroneamente situações neutras ou até mesmo positivas e, desse modo, seus pensamentos automáticos são tendenciosos. Ao identificar tais pensamentos, examiná-los e corrigir os seus erros, os pacientes podem se sentir melhor (BECK, 2013, p. 42).
As crenças nucleares e intermediárias são então identificadas e modificadas a fim de se construir modelos alternativos de comportamento, baseado na escolha consciente. Essas crenças são facilmente identificadas ao se preencher um formulário com dados sobre os pensamentos automáticos, as emoções e os comportamentos do paciente. Com este formulário, é possível reconhecer as relações entre os pensamentos automáticos e as crenças nucleares do paciente. As crenças nucleares são ideias rígidas e cristalizadas sobre si mesmo, enquanto as crenças intermediárias estão relacionadas às regras, atitudes e suposições do paciente (BECK, 2013, p. 63).
Após a identificação dos pensamentos automáticos e das crenças disfuncionais do paciente, ocorre a reestruturação cognitiva, possibilitando a aplicação de técnicas para a solução de problemas. Reestruturar cognitivamente pensamentos e crenças significa, no caso do transtorno de ansiedade generalizada, questionar os pensamentos automáticos, procurar evidências a favor e contra as avaliações e interpretações dos eventos, da realidade. Além disso, é necessário identificar os erros cognitivos característicos dos pacientes ansiosos, tais como a catastrofização, a leitura mental e a generalização, e modificá-los (BECK, 2013, p. 84).
A catastrofização configura-se na antecipação do futuro em termos negativos e o paciente acredita que o que acontecerá será tão horrível que ele não vai suportar. A generalização significa tomar casos negativos isolados e os generalizar, tornando-os um padrão interminável (BECK, 2013, p. 105).
A partir da reestruturação cognitiva pode-se, então, passar à resolução de problemas e possibilitar as escolhas conscientes do paciente, tornando-o autônomo e senhor das suas decisões. O tratamento na abordagemcognitivo-comportamental nos casos de ansiedade generalizada, requer um foco na resolução de problemas e na habilidade de escolhas. Nessa proposta, os ganhos do paciente se direcionam à autonomia, pois ele passa de uma atitude passiva em função do sentimento de impotência, de incapacidade e do medo de tomar decisões, a uma postura menos rígida e consciente das suas reais possibilidades de escolha (BECK, 2013, p. 126).
Através das buscas de publicações indexadas nas bases de dados eletrônicas Scielo e Pubmed, utilizando os descritores terapia cognitivo- comportamental e transtorno de ansiedade generalizada, foi possível identificar a eficácia da terapia cognitivo-comportamental no transtorno de ansiedade generalizada, através de estudo de casos clínicos com pacientes portadores do TAG.
5 MÉTODOLOGIA 
O trabalho de pesquisa foi realizado através de buscas de publicações listadas nas bases de dados eletrônicas Scielo e Pubmed, considerando artigos científicos publicados nos últimos 20 anos, utilizando os descritores terapia cognitivo-comportamental e transtorno de ansiedade generalizada. Assim como os livros Terapia cognitivo comportamental (BECK, 2013) e Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais (DALGALARRONDO, 2008).
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso.
	ATIVIDADES
	2020
	2020
	
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definição dos objetivos, justificativa.
	X
	X
	X
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	Definição da metodologia.
	
	
	
	
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	Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica.
	
	
	
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	Entrega da primeira versão do projeto.
	
	
	
	
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	Entrega da versão final do projeto.
	
	
	
	
	
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	Revisão das referências para elaboração do TCC.
	
	
	
	
	
	
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	Elaboração do Capítulo 1.
	
	
	
	
	
	
	
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	Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2.
	
	
	
	
	
	
	
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	Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3.
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Elaboração das considerações finais. Revisão da Introdução.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Reestruturação e revisão de todo o texto. Verificação das referências utilizadas.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Entrega da monografia.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Defesa da monografia.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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REFERÊNCIAS
BECK, Judith S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática [recurso eletrônico] / Judith S. Beck; tradução: Sandra Mallmann da Rosa; revisão técnica: Paulo Knapp, Elisabeth Meyer. – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2014.
Angelotti, Gildo (org.). (2007). Terapia Cognitivo-comportamental para os transtornos de ansiedade. São Paulo: Casa do Psicólogo.
DALGALARRONDO, Paulo Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais / Paulo Dalgalarrondo. – 2. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008.

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