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Exames complementares .

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Exames complementares 
Eletrocardiograma 
É importante em qualquer 
paciente com suspeita 
cardiológica, porque dá 
diagnostico diferencial. 
É o primeiro exame 
complementar a ser 
requisitado. 
Da uma relação diferente para 
cada ECG – se tem 
características básicas dentro 
da normalidade ou se é 
provável que tenham patologia 
cardiológica. 
Tem especificidade e sensibilidade em torno de 70-80%. 
É importante para reconhecer o diagnóstico e o tratamento de algumas arritmias. 
Vantagens: É rápido e simples de fazer. 
Variáveis: 
 Síndromes coronarianas – visualiza alterações dependente do padrão temporal 
da doença (avalia se são condizentes com o momento). 
o Principais alterações nas síndromes coronarianas: onda T e segmento ST 
– correntes de lesões com supreadesnivelamento (acima da linha de base 
do ECG) ou infradesnivelamento (abaixo da linha de base). 
 Processos infecciosos e inflamatórios pela miocardite é bem corriqueiro dar 
alterações na onda T. 
 Sobrecarga pressóricas (doenças estenoses valvares ou doenças toxicas 
dilatantes) ou sobrecarga volumétrica (insuficiência valvar ou miocardiopatia 
dilatada), aumenta amplitude do QRS, com maior tempo para despolarização. 
 Bloqueio cardíaco – bloqueio direto ou esquerdo – que conexão entre diversas 
patologias cardiológicas, pode-se ver alterações no PR, como aumento de 
duração. 
 A evolução de suas modificações pode significar piora da injúria cardíaca. 
Reconhece: características das sobrecargas atriais e ventriculares, bloqueios de ramo 
e outros distúrbios da condução, taquicardias, bradicardias, isquemia miocárdica 
aguda e crônica, pericardite e miocardite, anormalidades eletrolíticas, pré-excitação, 
anormalidades do intervalo QT e da repolarização ventricular e disfunção de marca-
passo. 
Indicado em: 
 Paciente de 1ª consulta (obrigatória); 
Isabela Terra Raupp 
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 Em revisão de cardiopata com novas manifestações clínicas ou 
eletrocardiografias sugestivas de insuficiência cardíaca ou coronária (IC) 
(qualquer tempo após o último ECG); em avaliação prognóstica, evolutiva ou 
préoperatória de coronariopatia, três meses após o último ECG; 
 Em avaliação após infarto do miocárdio (IM), após angioplastia e 
revascularização miocárdica, complicada ou não, a cada 30 dias e por 6 
meses; 
 Em avaliação evolutiva e ou terapêutica de arritmia cardíaca, em qualquer 
momento e com intervalo a critério do cardiologista, com justificativa; 
 Em paciente com mais de 70 anos, a cada ano; ECG-7-1096: avaliação de 
paciente com insuficiência cardíaca, cor pulmonale, cardiopatia congênita, 
valvular ou miocardiopatia, a cada 6 meses. 
Exames laboratoriais 
 Testes importantes de serem feitos, como eletrólitos, glicemia, exames de 
lesão miocárdica. 
 Importantes para quantificar e determinar o prognóstico e evolução frente ao 
paciente que estamos tratando. 
 Na fase crônica da doença, como em HAS, 
é importante avaliar função renal, eletrólitos, 
glicemia e avaliar metabolismo. 
 Na fase aguda: emergência cardíaca, como 
síndromes coronarianas e 
descompensações de insuficiência 
cardíaca: 
o SCA: é importante avaliar 
marcadores de necrose miocárdica, 
como CK-MB e troponinas. 
o Insuficiência cardíaca 
descompensada – marcadores de 
disfunção cardíaca, como BNP e 
próBNP que são peptídeos 
natriuréticos. Geralmente se apresentam elevados na fase aguda de 
provável descompensação BNP> 400. 
 CK TOTAL: se eleva 4-8 hs do início do IAM e retorna ao normal em 2-3 dias. 
Altera em lesões musculares esqueléticas, intoxicação alcoólica, diabetes, 
convulsões, injeções intramusculares, TEP. 
 CKMB: presente em maior número no músculo cardíaco, mas também no 
intestino, próstata, lingua, útero e após exercícios extenuantes. ATIVIDADE 
(ANTICORPOS CONTRA CKMB) OU MASSA 
 RELAÇÃO CKT/CKMB 2,5 SUGERE IAM 
 MIOGLOBINAS: elevação precoce < 1hora. Mas pouco específica 
 
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Radiografia de tórax 
 
Era mais usado antigamente. Hoje em 
dia com os novos exames, tem sido 
deixado de lado. 
 
 
 
 
 
 
Avalia: 
 Tamanho cardíaco: cardiomegalia – descompensação cardiovascular, congestão 
vascular com inversão da trama broncopulmonar. 
 
 Padrão radiológico: predomínio 
das câmaras direitas no PA e o 
VE e AE são posteriores, menos 
vistos normalmente. 
o Aumento atrial esquerdo 
fica maior em perfil, 
podendo comprimir o 
esôfago, que fica 
posterior e rente. 
o Borramento de silhueta 
cardíaca pode indicar 
acometimento 
pulmonar. 
 Aumento do botão aórtico. 
 Índice cardiotorácico 
aumentado. 
 
MAPA 
 Monitorização ambulatorial da pressão arterial. 
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 O esfigmomanômetro é programado para aferir a 
pressão arterial de tempos em tempos, em um período 
de 24 horas. 
 Analise de 24 h de padrão de respostas pressóricas do 
paciente – correlaciona com falta do descanso noturno, 
apneia obstrutiva do sono com descarga adrenérgica 
doo sono e picos hipertensivos. 
 Pacientes podem anotar os horários de pico de estresse 
e avalia se teve pico de PA. 
Indicações: 
 Avaliação de sintomas que podem ser causados por HA: 
 a) Palpitação, cefaléia suboccipital, vista escura, dispnéia paroxística; 
b) fadiga, prostração, dispnéia paroxística (ou não) mal-estar geral indefinido (com 
ou sem palidez), pré-síncope ou síncope. 
 Variações abruptas da HA, especialmente em paciente em uso de medicamento, 
idoso, diabético e mulher em período de menopausa ou gravidez; 
 Avaliação de tratamento anti-HA; 
 Avaliação de paciente com suspeita de HA do avental branco, hipertensão lábil 
ou episódica e crise hipertensiva. 
 Importante para visualização de hipertensão mascarada: quando no consultório 
está bem e em casa fica hipertenso. 
 É importante também para definir qual a prioridade de tomada de medicações: se 
tem pico hipertensivo durante a manhã, o melhor é tomar medicamento na noite 
anterior para evitar, por exemplo. 
Eletrocardiograma/Holter 24 horas 
 É como um MAPA de ECG – avalia o traçado durante 24 horas. 
 Software programado para observar alterações do traçado do ECG ao longo de 
24 horas, podendo comparar com atividades diárias que o paciente realizou no 
dia. 
 Usado em pacientes com 
situações clínicas de 
grande incidência e diárias. 
o Pouco válida em 
pacientes com 
queixas 1 vez ao 
mês, porque pode 
ser que no dia o 
paciente não 
apresente eventos. 
Nesse caso é mais útil usar um monitor de eventos. 
 Identifica: arritmias, bloqueios de ramo, hipertrofia de câmaras, isquemia aguda e 
crônica, anormalidades do intervalo QT e da repolarização, pericardite, 
anormalidades secundárias a distúrbios eletrolíticos, disfunção de marca-passo. 
 Indicações: 
o Avaliação de sintomas que podem ser causados por alteração do ritmo 
cardíaco: a) Palpitação, tontura, pré-síncope, síncope; b) fadiga, 
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respiração ofegante paroxística, mal estar indefinido, se acompanhado de 
palidez. 
o Avaliação de risco e ou prognóstico em arritmia, independente de sintoma 
em: a) Miocardiopatia hipertrófica; b) miocardiopatia chagásica; c) 
displasia arritmogênica do VD; d) após IAM com disfunção ventricular; e) 
síndrome do QT Longo; f) recuperados de parada cardiorrespiratória; g) 
doença coronária estável; h) após revascularização com disfunção 
ventricular; i) síndrome de WPW; j) cardiomiopatia dilatada, com arritmia 
ventricular; k) ao exame físico com ECG não conclusivo. 
o Avaliação terapêutica antiarritmia; 
o Avaliação da isquemia miocárdica; a) Suspeita de angina vaso-espástica; 
b) angina instável; c) após estabilização em paciente impossibilitado de 
realizar TE; d) pesquisa de isquemia espontânea; e) em coronariopatia 
com teste isquêmico; f) avaliação de terapêutica anti-isquêmica. 
o Avaliação e seguimento periódico de paciente com: a)Marcapasso elétrico 
artificial; b) desfibrilador implantado. 
o Avaliação de procedimento invasivo para tratamento de arritmia, como a 
ablação por cateter e cirurgia 
Monitor de eventos 
Chip implantável no tecido subcutâneo perto 
esterno. 
Tem acionador de monitor de eventos e quando 
tiver sintomas ele aciona o botão, que vai 
gravando o que tem de evento antes e depois do 
momento que ele foi pressionado. 
Usado em pacientes com síncopes inexplicadas 
1 ou 2 vezes ao ano. 
Caracteriza o evento e facilita o diagnóstico. 
Problema: valor e invasivo. 
Pouco usado. 
Teste ergométrico 
Usado em: 
 Doença arterial coronariana (paciente com 
dor torácica e suspeita de doença 
coronariana, avaliação pós-IAM não 
complicado, avaliação ré e pós angiopastia 
transluminal coronariana e 
revascularização do miocárdio); 
o Coronariopatias crônicas: 
importante porque esses pacientes 
podem ser assintomáticos no 
repouso, mas sintomáticos no 
exercício. Infere diferentes traçados 
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no ECG em fases extremas de estresse ou arteriosclerose com redução 
luminal do sistema coronariano. 
 O paciente faz um exercício físico forçado e 
visualizar o ECG gerado pela oferta e 
procura de O2 em fase de estresse. 
 Lesões > 50% anatômica tem variação 
anatomia provável. 
 Avaliação prognóstica e evolutiva de 
portador de doença coronariana crônica, 
com o estudo seriado anual. 
 Hipertensão arterial (critérios de risco para doença coronariana, estudo 
comportamental da pressão frente ao esforço, avaliação de indivíduos em 
programas de exercícios regulares) 
 Arritmias (reprodutibilidade e comportamento das arritmias frente ao esforço, 
avaliação da terapêutica, síndrome do QT longo, com antecedente familiar ou 
história de morte súbita familiar, recuperado de PCR, bloqeui de rani esquerdi ou 
síndrome de Wolff-Parkinson-White). 
 Pacientes sadios: história familiar de coronariopatia ou morte súbita precoce, 
avaliação se ocupação especial que possa colocar em risco a vida de outras 
pessoas (piloto de avião, por exemplo), avaliação funcional ou candidato a 
programa de condicionamento físico. 
 Avaliação funcional em: portador de valvopatia, paciente em uso de marcapasso 
artificial, com resposta variável de frequência, pré determinada ou dependente de 
biosensores; avaliação funcional e terapêutica em paciente com IC; avaliação 
funcional em portador de cardiopatia congênita, pneumopata, doença arterial 
periférica, asma brônquica, diabetes mellitus. 
 Sensibilidade e especificidade próximas a 50-60%. 
Ergoespiroteste - calcula gases inspirados e expirados de 
maneira direto – mais usado em desporditas e candidatos 
a transplante cardíaco. 
 Avaliação da capacidade cardiorrespiratória em: 
 a) Indivíduo normal; 
b) atleta; 
c) portador de IC; 
 Diferenciação de dispnéia respiratória e cardíaca. 
Tilt test 
Usado em pacientes com síncopes com probabilidade de origem neurocardiogenica: 
 Na anamnese se vê disautonomia 
ou reflexo vagotônico. 
1) Se coloca o paciente em decúbito 
dorsal por 20 min aferindo a PA, ECG e 
batimento cardíaco. 
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2) Expõe o paciente a 70º → para aprisionar o sangue, reduzindo o retorno venoso. 
Pacientes com barorreceptores ativos, por causa da posição colocadas, diminuem o 
retorno venoso, que consequentemente diminui o volume sanguíneo nas cavidades 
direitas. Isso faz um arco-reflexo com contrações rigorosas e rápidas, apresentadas 
como taquicardia com baixo volume, que causa uma redução no débito cardíaco. Essa 
redução, gera diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. O paciente tem reflexos 
bradicardicos e hipotensores – desmaia. 
Dependendo da resposta: pode ser por variação da PA, variação da PA + associação 
cardiológica, e outras, porque tem diferentes respostas vagotônicas – desordens não tão 
caracterizada como malignas. 
 Orienta o melhor tratamento 
 Uso de meias elásticas, uso de corticoides ou simpaticomiméticos nas situações 
que podem causar o reflexo. 
o Doses baixas de corticoides para aumentar volemia em situações que 
aumentam reflexo do paciente. 
Ecocardiografia 
 Exame diagnóstico, prognóstico, que avalia a 
possibilidade terapêutica, disfunção miocárdica 
(avalia contratilidade, função das cúspides e 
valvas) e fração de ejeção. 
 É bastante usado, por ser rápido e fácil. 
 Os tipos de ecocardiograma são: 
ecocardiograma com doppler, ecocardio 
transtorácico, ecocardio transesofágico. 
 Usado em: lesões valvares, endocardite 
infecciosa, próteses valvulares, 
miocardiopatias, IAM, doenças de pericarido, 
massas cardíacas, cardiopatias congênitas. 
 Parecido com US – transdutor no tórax e 
dependendo da posição tem cortes na imagem 
radiológica e as imagens podem mostrar 
variáveis câmaras. 
o Através da visualização por cortes, se 
vê o miocárdio. 
o Posições do transdutor, o que deve ser visto e qual artéria irriga: 
 
Aprisionamento 
do sangue nos 
MMII em 
posição 70º
↓ 
RVP
↓ sangue 
nas 
cavidades 
direitas do 
coração
Arco-
reflexo 
pelos 
barorrecept
ores ativos
Taquicardia 
com baixo 
volume
↓DC
↓ fluxo 
sanguíne
o 
cerebral
Síncope
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 Ecocardiografia associado ao estresse – suspeita de isquemia. 
o Estresse físico que aumenta contratilidade miocárdica (FC submáxima). 
o Avalia-se a ecografia em 
repouso e após chegar a FC 
submáxima quando submetido 
ao estresse se compara as 
alterações presentes. 
o Indicações: Avaliação 
terapêutica, avaliação da 
viabilidade miocárdica, 
estratificação de risco no pós-
IAM, diagnóstico clínico de IC. 
 ecotranstoracico tem dificuldade de ver 
cavidades esquerdas, porque são mais posteriores. 
 Transesofágico – sonda no paciente e vê as cavidades posteriores e esquerdas 
principalmente AE – possibilidade de trombos intracardiacos, FA, taquicardia 
atrial, flutter atrial e doenças valvares. 
Cintilografia miocárdica 
Usado em suspeita de síndromes coronarianas, isquemia, coronariopatias com crônica 
com mudança no padrão morfológico da dor. 
Cintilografia de estresse: realizada em 2 etapas: 
 1) Em repouso, se injeta um radiofármaco, que vai impregnar nas câmaras 
cardíacas e faz imagens em repouso em 32 eixos e 3 cortes. 
 2) Depois de estresse físico ou farmacológico – atinge FC submáxima, injeta 
fármaco e faz imagens de estresse, compara diferença na captação do fármaco 
Eixo curto – anterior inferior, lateral 
e septal 
Eixo longo – ápice, lateral, septal, 
base. 
Distribuição não homogênea entre 
repouso e estresse - isquemia 
 
 
 
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Angiotomografia coronariana 
 Probabilidade pré teste intermediaria para doença coronariana. 
o Pode se usar cineangiografia ou cateterismo, mas esses exames 
são bem mais invasivos. 
 Anestesia leve mais fármaco são injetados em veia periférica, orientando com 
incursões respiratórias que caracterizam distribuição nas artérias e quantifica 
quantidade de cálcio – fatores de risco para doença coronariana. 
 Também avalia disfunção anatômica. 
 
Ressonância magnética cardíaca 
Visualização e caracteriza tecido necrótico e fibrótico em áreas infartadas 
 hiperrefringência branca com isquemia área infartada . 
 Quantifica de maneira mais exata a área infartada. 
Disfunções valvares em potencial 
 Realce tardio – efeito necrótico disfunções valvares. 
 Abertura e fechamento valvar. 
Cardiomegalia 
Pode avaliar o miocárdio quando usado com contraste. 
 angioRM por estresse – contratilidade do músculo cardíaco, abertura e 
fechamento das valvar e irrigação sanguínea. 
Caro e difícil de fazer de maneira rotineira. 
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Estudo eletrofisiológico 
Avalia arritmias 
É um procedimento hemodinâmico, com introdução de catatares por punção inguinal 
direita da veia femoral e vê os exames radiotopicos com correlação anatômica e sinais 
intracardiacos.Pode fazer estimulação do coração por softwares, 
induzindo arritmias sintomáticas. 
 
Faz o diagnóstico e faz o tratamento por terapia 
ablativa com substituição do cateter por outro que 
faz cateterização e necrose da área originaria da 
atopia do evento arrítmico. 
Pode ser ambulatorial e necessitar de internação 
por um ou dois dias. Não precisa usar medicação 
após. 
 
 
 
 
 
 
Cinearteriografia 
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 É o padrão ouro para visualizar isquemias 
das síndromes coronarianas. 
 É o cateterismo cardíaco realizado pela 
hemodinâmica. 
 Faz punção da artéria radial ou femoral 
com cateter, injetar contraste e visualiza a 
contração miocárdica e artérias 
epimiocárdicas. 
o Atravessa a aorta até VE, 
analisando contratilidade 
miocárdica – quantifica se é efetiva 
ou não. 
o Vê coronária e ramos, tronco comum esquerdo, descendente anterior até 
ponta do coração, Circunflexa e ramos. 
 Se tem obstrução – já pode fazer intervenção por angioplastia com liberação de 
stent com visualização direta da raiz da aorta.

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