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FUNÇÃO SOCIAL e CULTURAL DA ESCOLA

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Fale da função social e cultural da educação
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
A função social da escola é o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas do indivíduo, capacitando-o a tornar um cidadão, participativo na sociedade em que vivem. A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimento, habilidades e valores necessários à socialização do individuo sendo necessário que a escola propicie o domínio dos conteúdos culturais básicos da leitura, da escrita, da ciência das artes e das letras, sem estas aprendizagens dificilmente o aluno poderá exercer seus direitos de cidadania.
A função social da escola, ela é muito relativa e complexa, pois há varias formas de pensar a educação, para três grandes sociólogos há diferenças da forma de pensar a função da escola na construção do aluno.
Para DURKHEIN a educação deve formar indivíduos que se adapte a estrutura social vigente instituindo os caminhos e normas que cada um deve seguir, tendo sempre como horizonte a instituição e manutenção da ordem social, a educação é um forte instrumento de coesão social e cabe ao estado ofertá-la e supervisioná-la. Para KARL MARX a educação deve ser vista como um instrumento de transformação social e não uma educação reprodutora dos valores do capital, para MARX a uma necessidade de uma escola politécnica estabelecendo três pontos principais: o ensino geral que é o estudo da literatura, ciências, letras etc.
A educação física que é atividade que promova a saúde do ser e a outra é o estudo tecnológico que visa acabar com a alienação do proletariado perante a classe dominante. Para MAX WEBER a educação é um modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções dentro da sociedade, sendo uma educação racional, a visão de educar está vinculada enquanto formação integral do homem, uma educação para habilitar o indivíduo para a realização de uma determinada tarefa para obtenção de dinheiro dentro de uma sociedade cada vez mais racionalizada e burocrática e estratificada.
Cabe à escola formar alunos com senso crítico, reflexivo, autônomo e conscientes de seus direitos e deveres tendo compreensão da realidade econômica, social e política do país, sendo aptas a construir uma sociedade mais justa, tolerante as diferenças culturais como: orientação sexual, pessoas com necessidades especiais, etnias culturais e religiosas etc. Passando a esse aluno a importância da inclusão e não só no âmbito escolar e sim em toda a sociedade.
Bueno (2010) se posiciona um tanto crítico sobre a realidade da função social da escola, nestas o social é ignorado. A escola torna-se uma instituição abstrata e homogênea, quando na realidade como coloca Bueno, cada escola é ímpar, e não deve ser vista de forma genérica, uma intervenção não funciona em todas as instituições, cada meio tem que ser vista de acordo com a sua história, com a sua cultura, colocando em pauta que cada instituição é única.
Atualmente existem projetos para promover cultura na escola, estes visando que os alunos ampliem sua visão de mundo, valorizando as diferentes manifestações culturais ao seu redor (...) por meio de ações que estimulem práticas culturais e educacionais nas escolas com parcerias com instituições artísticas (museus, parques arqueológicos, etc.). (FONSECA; M. C. G. T. SILVA; M. A. M. SILVA. 2010).
A escola pública nos dias atuais deixa muito a desejar quando se fala de educação e de formar cidadãos para viver numa sociedade tão multicultural e pluriétnicas, como a nossa. A falta de investimentos e de capacitação de professores, escolas sem infraestrutura adequada para o recebimento desse aluno. O modelo segregado e homogêneo que com muito esforço está mudando para o modelo de escola inclusiva, mesmo escolas sem condições adequadas para receber esse aluno. 
Função cultural da educação
De acordo com BRANDÃO , educação é todo o conhecimento adquirido com a vivência em sociedade seja ela qual for. Sendo assim o acto educacional ocorre no chapa, em casa, na Igreja, na família e todos nós fazemos parte deste processo.
Ninguém escapa a educação, em casa, na rua, na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar e para aprender e ensinar. Para saber, para fazer ou para viver todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: edução ou educações.
Idem, afirma que não existe um modelo para se educar, não existe uma única maneira. A educação ocorre a partir do momento em que se observa, entende, emita se aprende; este processo não acorre somente dentro de uma sala de aula onde existe o professor, formado para educar.
 BRANDÃO e LIBANIO, definem a educação como (fenómeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, Institucionalizados ou não, sob várias modalidades). Identifica a prática pedagógica em seus variados modos de ocorrência. A educação se associa há processos de comunicação é interacção pelos quais os membros de uma sociedade assimilam saberes, habilidades, técnicas, atitudes, valores existentes no meio culturalmente organizados e com isso, ganham o patamar necessário para produzir outros saberes, técnicas, valores.
A função Cultural da Educação é a transmissão dos valores morais, normas sociais de uma sociedade ou comunidade. Exemplo: Ritos de iniciação, o Lobolo.
Na perspectiva de BRANDÃO, a educação e cultura estão em paralelo, isto é, nem a educação assim como a cultura não encontram-se uma dentro da outra. Estas agem em simultâneo actuando a um fim único que é a instrução do homem novo. A edução e a cultura dependem uma da outra dando assim uma ralação de interdependência, a educação complementa a cultura.
A Escola
LIBANÊO, afirma que a escola é uma cultura organizacional o funcionamento dela é o fruto das relações estabelecidas entre seus membros, essa cultura pode ser modificada, pelas próprias pessoas, ela pode ser discutida, avaliada, planejada, num rumo que responda aos propósitos da direção, da coordenação pedagógica, do corpo docente e discente. Esses fatores contribuem para a construção do projeto pedagógico escolar. É certo que a escola possui a sua cultura, mas ela é também um lugar de mediação entre as diferentes culturas.
A escola está associada a moral e a ética, há um conceito pré-estabelecido que a educação escolar ajude a formar sujeitos cultos e dignos. Ela é a esperança da formação cultural, do progresso, da conquista, da dignidade, da emancipação, continua sendo o caminho para igualdade e inclusão social, pois propicia aos alunos conhecimento, estratégias e procedimentos de pensar sobre valores e critérios de modos de decidir e agir.
No entanto, o interesse pelo desenvolvimento organizacional, aplicado às escolas com o objectivo de alcançar a melhoria das instituições escolares em termos de funcionamento técnico administrativo e gestão pedagógica. Ao se considerar a escola como um sistema social composto de partes ou segmentos que formam um todo orgânico, THURLER, faz-se necessário reflectir sobre a dinâmica do quotidiano escolar em seus múltiplos aspectos, pois o pensamento pedagógico contemporâneo não pode se esquivar dessa importante tarefa sob pena de cair na superficialidade. A escola aparece inicialmente em nossa sociedade como se fosse instituição única e universal, que trata todos os alunos de forma igualitária e onde se elaboram os conhecimentos e valores sociais, portanto,  capaz de preparar os indivíduos para a vida em sociedade. Todavia, essa é uma concepção superficial e fragmentada que se alicerça, principalmente, na ideologia capitalista dominante, uma vez que a escola pode ser entendida, em contrapartida, como redentora, reprodutora ou transformadora da sociedade de classes.
Para SAVIANI  “a escola tem uma função específica, educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento”. O processo educativo escolar deve necessariamente garantir aos seus educandos a apropriação dos conteúdos do saber sistematizado. Ainda pondera que essa colocação parece óbvia para todos. Porém, é exactamente por essa obviedadeque ela acaba sendo esquecida e, consequentemente, a transmissão do conhecimento sistemático na escola vem sendo deixada de lado ou prejudicada. As actividades curriculares acabam sendo sobrepostas pelas actividades extracurriculares. Entretanto, é preciso estar claro que as últimas são apenas actividades-meio, sendo que a actividade curricular é a actividade principal da escola. As actividades extracurriculares só têm sua razão de ser, na medida que em possibilitem o enriquecimento das actividades curriculares.
LIBÂNEO, A escola continua sendo uma instância de promoção da auto-reflexão e do desenvolvimento das capacidades intelectuais e operativas, necessária à formação da razão crítica.
Segundo FRIGOTTO, a escola é uma instituição social que, mediante sua prática no campo do conhecimento, dos valores, atitudes e, mesmo por sua desqualificação, articula determinados interesses e desarticula outros. Nessa contradição existente no seu interior, está a possibilidade da mudança, haja vista as lutas que aí são travadas. Portanto, pensar a função social da escola implica repensar o seu próprio papel, sua organização e os atores que a compõem. 
Para PETITAT , a escola contribui para a reprodução da ordem social. No entanto, ela também participa de sua transformação, às vezes intencionalmente. Outras vezes, as mudanças se dão, apesar da escola.   
Nesse contexto, o dirigente escolar, o professor, os pais de alunos e a comunidade em geral precisam entender que a escola é um espaço contraditório e, portanto, se torna fundamental que ela construa seu Projeto Político-Pedagógico. Cabe ressaltar, nessa direção, que qualquer ato pedagógico é um ato dotado de sentido e se vincula a determinadas concepções (autoritárias ou democráticas), que podem estar explícitas ou não.  
Assim, pensar a função social da educação e da escola implica problematizar a escola que temos na tentativa de construirmos a escola que queremos. Nesse processo, a articulação entre os diversos segmentos que compõem a escola e a criação de espaços e mecanismos de participação são prerrogativas fundamentais para o exercício do jogo democrático, na construção de um processo de gestão democrática
Cultura
A cultura é definida como um sistema de signos e significados criados pelos grupos sociais. Ela se produz “através da interacção social dos indivíduos, que elaboram seus modos de pensar e sentir, constroem seus valores, manejam suas identidades e diferenças e estabelecem suas rotinas”, como ressalta.
A cultura é parte do que somos, nela está o que regula nossa convivência e nossa comunicação em sociedade
José Luiz dos Santos apresenta duas concepções básicas de cultura. A primeira preocupa-se com todos os aspectos de uma realidade social, ou seja, cultura é tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação. A segunda concepção refere-se ao conhecimento, às ideias e crenças de um povo, assim como às maneiras como eles existem na vida social. Dessa forma, cultura diz respeito a uma esfera, ou domínio da vida social e adverte que: (se a cultura não mudasse, não haveria o que fazer senão aceitar como naturais as suas características e estariam justificadas, assim, as suas relações de poder.
Cultura é conjunto dos traços característicos do modo de vida de uma sociedade, uma comunidade ou um grupo, aí compreendidos os aspectos que se podem considerar como os mais quotidianos, triviais ou inconfessáveis
Para CARDOSO, metodologicamente, a cultura da escola pode ser identificada por quatro diferentes subculturas, a saber: 
1ª) Cultura das normas ou cultura política: se manifesta nas formas de normatização da educação, e se materializa nas normas, regras de funcionamento e na organização formalizada em burocracias institucionais. Constitui assim uma subcultura da cultura nacional que se expressa nas políticas públicas de educação, sendo, pois, mediadora entre o poder instituído, os alunos e os professores; 
2ª) Cultura estruturalista: se expressa nos modelos instituídos de funcionamento da escola, e se concretiza na escola real, resultado das práticas pedagógicas construídas pela experiência e prática profissional dos atores escolares; 
3ª) Cultura integracionista: nasce das interacções sociais e integra os atores escolares (professores, alunos e famílias) numa cultura própria, invisível e distinta da escola real;
4ª) Cultura científica ou cultura pedagógica: diz respeito ao conhecimento produzido pelas Ciências da Educação, aos corpos de saberes que se expressam nas publicações científicas, nos manuais e nas práticas pedagógicas.
O professor
O professor é o mediador do conteúdo transmitido, ele deve propor actividades que   conduzam o educando para a condição de sujeito activo da própria aprendizagem  no processo de transmissão e assimilação do conhecimento, o professor precisa estar atento aos aspectos cognitivos e subjectivos do aluno para desenvolver o aprendizado e torná-lo mais significativo.
As relações entre professor/aluno, não são estáticas, mas dinâmicas, pois se trata da atividade de ensino como um processo coordenado de ações docentes.
FREIRE deixa-nos entender que a relação professor e aluno ou vice-versa têm a finalidade de que a relação professor-aluno nesse processo de ensino-aprendizagem gira em torno da concepção da educação, tendo uma perspectiva de que quando todos se unirem na essência da educação como prática de liberdade, ambos abrirão novos horizontes culturais de acordo com a realidade e imaginação de todos os indivíduos, seguido das diferentes culturas de cada um.
Função da educação.
A Obra primordial da educação consiste em levar o educando a atingir a maturidade e a liberdade ou em educar para a liberdade. Para esta educação deve contribuir em grande parte a autoridade, apesar de paradoxalmente ambos os termos parecerem antagónicos. Educar para a liberdade e em liberdade não exclui, antes torna necessária, a autoridade, indispensável para “fazer crescer” o educando em todas as dimensões, particularmente na liberdade OLIVEIRA.
Segundo ARANHA, a educação tem por objectivo a interacção social e cultural do indivíduo, essa mesma educação que irá contribuir com parte de nossos valores por toda vida. Enquanto à educação, esta pode ser tida como prática social que perpetua uma determinada realidade social ou que rompe com cenário social evidenciando suas contradições.
A educação na sociedade tem como propósito, uma estratégia na qual se torna importante desenvolver iniciativas que contribuam para o desenvolvimento humano, na medida em que vá de encontro às necessidades e interesses daqueles em questão. A escola sozinha tão pouco dará conta dessas demandas, ela precisará propor acções e condições educativas que envolvam todos (sociedade, professor, aluno e família) se tivermos essa interacção, certamente teremos competência e com a inovação formaremos melhores cidadãos no futuro, com profissionais de qualidade, sendo os mesmos preparados e abertas as para novidades.
Segundo GADOTTI, a educação, como lugar de prolongamento de uma sociedade, deve ser um problema do inacabado, do transitório e do não permanente. É naturalmente importante que o futuro professor passe por um processo de formação que irá prepará-lo para uma actividade docente onde todos nós buscamos um mesmo propósito, uma sociedade mais justa e humana com melhor qualificação, que irá contribuir na formação do futuro profissional

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