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19/12/2017 1 TÉCNICAS E RECURSOS NA AVALIAÇÃO FÍSICA EM ACADEMIA (TURMA 4) Marlon Lemos-Araújo mrln21@hotmail.com GEFEBIO GRUPO DE ESTUDOS EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E BIOMECÂNICA “Na prática, a teoria faz toda diferença” INTRODUÇÃO A AVALIAÇÃO FÍSICA Resolução 46 de 2002 do CONFEF Dispõe sobre a Intervenção do Profissional de Educação Física “Quem não se qualificar para o que pretende ser, quem não conhecer a fundo o que faz, tem tudo para colher mais adiante o revés e a decepção”. (Bernardinho) Atribuições do Avaliador SELEÇÃO DE TESTES E QUALIDADE DE MEDIÇÕES: FONTES DE ERRO 19/12/2017 2 APLICAÇÕES Determinar o progresso do individuo; Diagnosticar os indivíduos; Motivar; Manter os padrões; Experiência Individuo/profissional. (Marins; Giannichi, 2003) PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES •Para se avaliar, todas as medidas devem ser conduzidas de acordo com os objetivos do programa; •Deve-se lembrar sempre a relação existente entre teste, medida e avaliação; (avaliação é uma tomada de decisão); •Os testes devem ser conduzidos e supervisionados por pessoas treinadas PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES •Nenhum teste ou medida é perfeito; •Deve sempre existir o reteste para observar o desempenho; •Usar os testes que mais se aproximam da situação da atividade a ser desenvolvida Por que fazer uma AVALIAÇÃO FÍSICA? Para verificar a condição inicial do atleta ou cliente; Para obter dados para a prescrição adequada da atividade; Para programar o treinamento e acompanhar a progressão do aluno durante o mesmo; Para verificar se os resultados estão sendo atingidos. 19/12/2017 3 Quando fazer uma AVALIAÇÃO FÍSICA? •No início de qualquer Programa de Treinamento; •No decorrer do período de treinamento; •Ao final de um ciclo de treinamento ou quando for necessária uma reformulação do mesmo. Por onde começar uma AVALIAÇÃO FÍSICA? ANAMNESE 19/12/2017 4 Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2000) alguns aspectos são importantes para constar em uma anamnese: •Histórico Familiar; •Diagnósticos clínicos; •Exames físicos e clínicos anteriores; •Histórico de sintomas; •Enfermidades recentes; •Problemas ortopédicos; •Uso de medicamentos; •Alergias. Outros hábitos (atividade física, profissão, dieta, consumo de álcool, fumo...) Variáveis Medicas • Histórico médico; • Pressão arterial; • Frequência cardíaca; • Níveis de lipídios sanguíneos; • Glicose • e etc. MEDIDAS BÁSICAS Procedimentos básicos: De frente para escala de medida; Braços ao longo do corpo; Descalços; Com mínimo de roupas possível. Procedimentos básicos: De costas para escala de medida; Braços ao longo do corpo; Descalços e com os pés unidos; Orientações do plano de Frankfurt devem ser rigorosamente observadas MASSA CORPORAL TOTAL E ESTATURA PERFIL HEMODINÂMICO PRESSÃO ARTERIAL FREQUÊNCIA CARDIACA SATURAÇÃO O2 PERÍMETROS 19/12/2017 5 PREOCUPAÇÕES • Medir sempre em um ponto fixo; • Nunca utilizar fita elástica ou de baixa flexibilidade; • Não deixar o dedo entre a fita e a pele; • Não promover pressão excesissa ou deixar a fita frouxa; • Realizar três medidas e calcular a média; • Não medir o avaliado pós qualquer tipo de atividade física* 19/12/2017 6 19/12/2017 7 RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL Diagnóstico de acúmulo de gordura central Esta gordura está relacionada com: – Hiperlipidemia – Concentração de colesterol – Problemas cardiovasculares – Morte prematura (FERNADES, 2003; GUEDES, 2003) cmCQD cmCCTRCQ Calculando a relação cintura X quadril RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL 19/12/2017 8 O IC, é baseado na ideia de que o corpo humana muda do formato de um cilindro para um de “duplo cone”, graças ao acúmulo de gordura central INDICE DE CONICIDADE - IC Corpo cilíndrico....passando para um de duplo cone INDICE DE CONICIDADE - IC Aplicação: 1. Alternativa à RCQ! 2. Avaliação da gordura corporal 3. Preditor de doenças cardiovasculares Classificação: • Valores próximos de 1,00 = cilindros perfeitos (baixo risco para se desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas) • Valores próximos de 1,73 = denominados duplo cones (elevados riscos para se desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas). INDICE DE CONICIDADE - IC mH kgMC mCCTIC 109,0 Calculando o IC INDICE DE CONICIDADE - IC Diagnóstico de fatores de risco para saúde • Acúmulo de gordura central • Hiperlipidemias • Concentração de colesterol • Problemas cardiovasculares MORTE CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA/ABDOMINAL 19/12/2017 9 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA/ABDOMINAL CC e risco de complicações associadas com a obesidade em homens e mulheres caucasianos Circunferência da Cintura (cm) Riscos e complicações metabólicas Homem Mulher Nível de ação Aumentado ≥ 94 ≥ 80 1 Aumentado substancialmente ≥ 102 ≥ 88 2 Nível 2 representa um nível de ação maior que 1 Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2004 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA/ABDOMINAL MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 19/12/2017 10 ULTRASSON BIOIMPEDÂNCIA 19/12/2017 11 19/12/2017 12 -Todas as medidas devem ser realizadas no lado direito do corpo; - Marque os locais das dobras cutâneas, especialmente se você for um avaliador novato; - A dobra é destacada 1cm acima do local a ser mensurado; - Destaque a dobra deixando o polegar e o indicador a aproximadamente 8 cm separados; - Contudo, para indivíduos com dobras cutâneas mais largas, o polegar e o indicador precisam ser separados por mais de 8 cm; - Faça a mensuração da dobra cutânea 2 - 4 segundos após a pressão ter sido liberada. Normas e dicas importantes para a avaliação de dobras cutâneas - Abertura demasiada do compasso (> 40mm) - Alto % de gordura (>45%) - Obs: Na eventualidade de ocorrerem discrepâncias superiores a 5% entre uma das medidas e as demais, no mesmo local uma nova série de três medidas deverá ser realizada (FERNADES FILHO, 2003). - A habilidade do técnico é responsável pela maior quantidade de erros nas medidas de dobras cutâneas (PITANGA, 2004). Normas e dicas importantes para a avaliação de dobras cutâneas 19/12/2017 13 19/12/2017 14 Protocolos/Equações mais utilizados GeneralizadasEspecíficas: Construídas a partir de amostras homogêneas; Ideais para grupos selecionados FAULKNER (1968 )para nadadores; GUEDES (1994), crianças e adolescentes; SLOAN (1967), adultos entre 18 e26 anos; FORSYTH e SINNING (1973), atletas. Desenvolvidas utilizando amostras heterogenias; Aplicáveis a uma população mais abrangente. JACKSON e POLLOCK (1978); JACKSON, POLLOCK e WARD (1980); PETROSKI (1995). PROTOCOLOS/ EQUAÇÕES 19/12/2017 15 19/12/2017 16 SOMATOTIPO E SOMATOCARTA SOMATOTIPO E SOMATOCARTA DIÂMETRO ÓSSEO 95 Predomina sobre a gordura muscular e óssea possível excesso de peso se acumula na coxa e quadril Grande capacidade de extensão muscular articulações móveis e músculo subdesenvolvida A pélvis é mais larga do que do ombro ECTOMORFO 96 Predomina músculo, sobre ossos e tec. adiposo Estrutura corporal forte Ombros mais largos que a pelve Movimento de alta qualidade MESOMORFO 19/12/2017 17 97 Tem mais tecido adiposo Ombros e quadris largos O peso é distribuído ao longo do corpo Movimentos debilitados ENDOMORFO AVALIAÇÃO POSTURAL QUALITATIVA • Método Clássico: análise visual (observação) (Kendall et al., 1995; Watson e MacDonncha,2000); • Postura Natural (Fedorak et al., 2003) AVALIAÇÃO POSTURAL QUALITATIVA AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR 19/12/2017 18 19/12/2017 19 AVALIAÇÃO DO VO2MÁX Na aplicação deste teste deve-se elevar a carga de esforço físico aeróbio gradativamente e monitorar as respostas cardíacas e ventilatórias principalmente a troca de gases, notadamente com relação ao oxigênio (O2) e ao dióxido de carbono (CO2). • A esteira é programada previamente, para a cada um minuto, aumentar a velocidade, ou ainda terá momentos da programação que haverá aumento da inclinação e da velocidade da esteira. Aumentando portanto a carga de esforço físico cardiovascular. Obviamente em virtude da carga de esforço físico cardiovascular imposta sobre o avaliado, ocorrerá uma resposta da frequência cardíaca, a ideia é que a frequência cardíaca vá subindo gradativamente e proporcional ao esforço requisitado pela programação da esteira, em virtude da sua maior inclinação, ou pela maior velocidade no teste de estimativa do VO2 Máximo. A cada um minuto ocorre o aumento da sobrecarga ou da carga de esforço, ao final de cada um minuto no teste, é tomado o valor da frequência cardíaca, que é monitorada através de um cardiofrequencimetro, e o valor da percepção subjetiva de esforço, baseado na escala de Borg, ou seja, o avaliado visualiza a escala de Borg, e quantificava a sua percepção de esforço ao final de cada um minuto. 19/12/2017 20 Marlon Lemos-Araújo mrln21@hotmail.com