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Criação de Ruminantes

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UNIVERSIDADE PAULISTA
UNIP
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINARIA
Fernanda Espírito Santo Torres RA T9932B-4
CRIAÇÃO DE RUMINANTES
Sistema de Instalação Free Stall 
 
São Paulo
2020
FERNANDA ESPÍRITO SANTO TORRES
RA T9932B-4
CRIAÇÃO DE RUMINATES 
SISTEMA DE INSTALAÇÃO FREE STALL
Dissertação: apresenta Universidade Paulista de São Paulo, APS para obtenção de nota para matéria de Criação de Ruminantes de graduação em Medicina Veterinária
 
 Orientador:
 Professora Andreia Ribeiro
São Paulo
2020
SUMARIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................01
1. SISTEMA INTENSIVO.......................................................................02
1.1 Os principais motivos para confinamento..........................................02
1.2 Tipos de confinamento.......................................................................02
2. FREE STALL......................................................................................02
2.1 Componentes da instalação free stall................................................03
2.2 Barracão.............................................................................................03
2.3 Piso....................................................................................................04
2.4 Cama..................................................................................................05
2.5 Comedouro/ Bebedouro.....................................................................06
2.6 Ventilação...........................................................................................07
2.7 Curral de Espera................................................................................07
2.8 Manejo de dejetos..............................................................................08
VANTAGENS DO SISTEMA FREE STALL...................................................08
DESVANTAGENS DO SISTEMA FREE STALL............................................09
DESVANRAGENS SEGUNDO AO ERRO DE MANEJO E MÁ CONTRUÇÃO DA INSTALAÇÃO................................................................................................09
1. Vacas em pé na cama.......................................................................09
2. Presença de esterco na cama...........................................................10
3. Degraus.............................................................................................10
4. Vacas deitadas em posição anormal.................................................10
5. Ferimento nos animais.......................................................................10
6. Distribuição dos animais nas camas..................................................11
7. Vacas deitadas diagonalmente..........................................................11
CONCLUSÃO................................................................................................12
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................13
Instalação para gado de leite
	
Fonte <https://www.dsm.com/products/tortuga/pt_BR/homeblog/Bemestar>
1. Introdução
 A criação de vacas confinadas é cada vez mais comum na pecuária leiteira, principalmente pela necessidade de crescimento da produtividade em pequenas áreas.
A modernização da atividade leiteira exige que os produtores se mantenham atualizados e suscetíveis a mudanças. A eficiência é um requisito para se manter na atividade. É preciso ser produtivo com baixos custos, por isso os fazendeiros foram aumentando os tamanhos dos rebanhos, mas as áreas não se expandiram na mesma proporção.
 As instalações do sistema de confinamento permitem uma maior produção, alimentação adequada e principalmente o bem estar animal. Apesar dos investimentos serem maiores do que na criação a pasto, a produção do rebanho faz com que esse valor retorne ao produtor. A escolha do tipo ideal de confinamento vai depender da realidade de cada fazenda de leite, se o proprietário quer adotar um sistema mais sustentável ou economicamente mais viável. 
 No Brasil nos anos 1980, a Embrapa Gado de Leite decidiu desenvolver sistemas de produção de leite no intuito de disponibilizar metodologias orientadas para a instalação e avaliação de modelos físicos como instrumento de pesquisa, de tal modo que entre 1982 e 1985, cerca de 20 sistemas de produção de leite foram instalados nas cinco regiões fisiografias do Brasil, dentre estas se destaca a instalação em 1983, no Distrito Federal, em uma área de 100 ha cedida pela Embrapa Hortaliças, de um modelo de produção de leite com rebanho Holandês em regime de confinamento. Este sistema representava um esforço para assegurar a presença desta unidade de pesquisa no Centro Oeste (EMBRAPA, 2006).
1.1 SISTEMA INTENSIVO 
 Criação intensiva ou estabulação completa 
 Animal estabulado durante todo o dia; 
 Toda a alimentação é oferecida em cochos ou pista de alimentação;
1.2 Os principais motivos para o confinamento são: 
 Fechamento de fronteira agrícola 
 Área física limitada 
 Necessidade de produção uniforme e constante durante o ano 
 Limitações das pastagens para a produção de leite 
 Clima 
1.3 Tipos de confinamento para bovinos leiteiros
 Como sistemas de confinamentos para bovinos leiteiros têm: baias individuais, denominado Tie Stall (TS), e os sistemas de estabulação livre com os modelos, Loose Housing (LH) e o Free Stall (FS), que são os mais conhecidos pelos produtores, e o mais recente, Compost Barn (CB).
2. Free-stall:
 Neste sistema, as vacas ficam soltas dentro de uma área cercada, sendo parte dividida em baias individuais, onde os animais permanecem lado a lado, e são forradas com cama que pode ser areia ou borracha triturada. As baias são destinadas ao descanso dos animais e a outra parte da instalação é destinada para a alimentação e exercícios. O sistema Free-stall foi recomendado e se tornou muito popular entre os produtores, devido ao seu manejo, ou seja, quando as vacas não estão sendo ordenhadas, elas podem ficar vagando livremente em um grande espaço aberto com chão de terra ou concreto e acesso fácil para a alimentação que pode ser de feno ou silagem. Na hora da ordenha, as vacas podem ser treinadas para andar em uma sala de ordenha separada, onde terão acesso aos alimentos concentrados, enquanto estavam sendo ordenhadas.
 O confinamento em galpões com sistema free-stall é um dos sistemas preferidos pelos produtores para a criação de gado de leite.
 O comprimento deve ser o mínimo para que o animal, ao deitar-se, permaneça com o úbere e as pernas alojadas internamente ao cubículo, enquanto as dejeções são lançadas no corredor de limpeza ou serviço (Campos et al., 2004). Mattos (1977) ainda reforça que quando bem dimensionadas, estas sempre permanecem secas e limpas por longo período (10 a 15 dias), de modo a gerar uma economia, do material de cama e da mão de obra. Cecchin et al. (2014) estudaram o uso de camas em baias de um sistema free-stall, comparando o uso de colchão de borracha e de areia no recobrimento das baias, e verificou que houve maior preferência dos animais pela cama de areia para os comportamentos deitada em ócio e deitada ruminando, sendo que as vacas permaneceram mais tempo deitadas em cama de borracha somente nos períodos mais frescos (noite e madrugada) devido à temperatura da cama.
Fonte <http://www.premart.com.br/Freestall>
2.1 Componentes da instalação Free Stall
· Área coberta, concretada com baias individuais de livre aceso aos animais;
· Área decirculação é de 4,00 a 5,75 m2/animal; 
· Área de descanso é de 2 80 m2/animal (varia Área de descanso é de 2,80 m2/animal (varia com a raça e com o tamanho do animal); 
· Utiliza cama (as camas podem ser de areia, maravalha, cepilho, borracha etc.)
· É recomendado o acesso a um piquete;
Importante ter um bom sistema de captação e tratamento de dejetos
2
Fonte: <https://www.comprerural.com/qual-o-melhor-free-stall-ou-compost-barn/>
 2.2 Barracão 
 O barracão geralmente possui dimensões de 32 metros de largura e comprimento de 35 metros, totalizando 1.120 m². Altura de 5 metros de pé direito nas extremidades (varandas) e 6 metros de pé direito no barracão.
 2.3 Piso
 O objetivo da construção de pisos é ter uma boa aderência para que as vacas não escorreguem, dando uma boa mobilidade para os animais, e também que as vacas consigam andar tranquilamente e com grande segurança.
 Os pisos ruins, com o tempo, começam a apresentar rachaduras e buracos, e isso leva a uma série de problemas nos cascos das vacas.
 Frisos
 Os pisos devem ser frisados para dar toda a segurança aos animais. Os frisos devem acompanhar toda a extensão dos corredores, de modo que acompanhem toda a declividade do terreno.
 O desenho dos frisos deve ser muito bem definido, de modo que os animais tenham boas segurança e não escorreguem. A distância entre os frisos deve ser de 5 a 7 cm. Quanto mais próximos forem os frisos, melhor para as vacas. Mas se forem muito juntos, tiram a resistência do concreto.
 
 Resistência e durabilidade
 Dar resistência e durabilidade ao piso é um detalhe muito importante e que não pode ser negligenciado. Isso pode ser feito através do uso de malhas ou trabalhar com pisos mais grossos, que dão mais resistência.
 2.4 Cama
 Podemos dizer que o conforto da cama é o principal item a ser avaliado e que o sucesso do free-stall está associado, principalmente, ao nível de conforto proporcionado por ela. Camas confortáveis são fundamentais, logo, a escolha do material que irá compô-la é de extrema importância. Diversos materiais podem ser utilizados, como palhas, maravalhas (pó de serra), fenos de baixa qualidade, terra, areia e colchões de borracha. Apesar de materiais orgânicos, como maravalha, por exemplo, proporcionarem um bom conforto, são indesejados do ponto de vista sanitário pois servem como substrato para crescimento de bactérias prejudiciais à saúde da glândula mamária. Desta forma, é necessária a constante remoção e reposição de material nas camas. No caso de materiais inertes como colchões de borracha este problema quase inexiste, porém esbarramos no custo/cama deste material. Por este motivo, a cama de areia apresenta-se como uma boa opção, sendo amplamente utilizada no mundo, uma vez que oferece grande conforto, além de não ser um meio propício ao crescimento de patógenos (material inorgânico e inerte) desde que conservadas limpas e secas.
Tamanho da cama:
 Devemos observar se as camas oferecem espaço suficiente para abrigar um animal deitado, confortavelmente. No caso de camas muito pequenas, o problema torna-se bastante complicado, pois a correção implica, na maioria dos casos, reformas estruturais (serviços de pedreiro). Quando a situação é contrária, ou seja, camas muito grandes, podemos resolver o problema com a colocação de uma prancha que atua como um "para-peito" para as vacas, chamado "brisket-board". O "brisket-board" geralmente é de madeira, quando móvel. Em algumas instalações, esta estrutura é fixa (concreto), impedindo possíveis ajustes.
 Atualmente, a recomendação técnica padrão, quanto às dimensões da cama, para um animal adulto de 630 kg (média) é a seguinte:
- Largura: 1,20 m
- Comprimento: 1,70 m
 Entretanto, existem variações e adiante detalharemos cálculos de dimensionamento de camas.
 "Lunge- Space":
 "Lunge-space" é a nomenclatura em inglês do: "espaço livre para a movimentação" da cabeça do animal, quando ele se levanta, deita-se ou permanece em repouso. Este espaço é determinado entre o "para-peito" ("brisket-board") e o eixo central que suporta as estruturas de contenção (divisórias entre as camas). A ausência deste espaço livre, pode causar extremo desconforto quando os animais estão deitados, além de dificultar seus movimentos. Desta forma, este item é um detalhe importante de ser avaliado quando temos casos de free-stalls com poucas vacas aproveitando as camas.
"Neckrail":
 Traduzindo o termo acima, tal estrutura seria o "trilho do pescoço", ou seja, trata-se de uma barra localizada ao longo das contenções, paralela a linha do corredor, que deve ser posicionada próxima ao alinhamento do "brisket-board". Pode ser considerada como uma estrutura de grande importância numa cama, uma vez que seu posicionamento afeta diretamente o comportamento animal.
 A sua função é fazer com que as vacas, ao se levantarem para urinar ou defecar, dêem um passo para trás, evitando a contaminação do local de repouso. Quando temos um "neckrail" muito "adiantado" (além da linha do "brisket-board"), oferecemos muita liberdade de movimento para as vacas que podem efetuar suas necessidades inadequadamente (dentro das camas). Quando posicionamos tal estrutura demasiadamente para trás, dificultamos o repouso dos animais, que passam a encontrar dificuldades para se deitar/levantar, aumentando consideravelmente o número de animais deitados nos corredores ou vacas de pé dentro das camas, somente com os membros anteriores.
 O posicionamento do "neckrail" vem sendo objeto de pesquisas recentes envolvendo o conforto/comportamento de animais em free-stalls. De acordo com avaliações experimentais da University of British Columbia (Canadá), o tempo de permanência de animais de pé sobre as camas diminui consideravelmente quando o "neckrail" foi aproximado (1,5 m) do eixo central das camas em relação a um posicionamento mais afastado (1,7 m). Segundo os dados desta pesquisa, no caso do "neckrail" mais afastado houve um acréscimo de 15 minutos no tempo de permanência (médio) dos animais que tiveram acesso ao "neckrail" mais afastado em relação ao alojado mais próximo do eixo central. Em outro experimento, realizado pela mesma instituição, foi avaliado o efeito da presença x ausência de "neckrail" quanto à higiene das camas. A deposição de esterco nas camas do grupo de animais sem o "trilho do pescoço" foi duas vezes superior em relação ao grupo submetido à estrutura tradicional, que permaneceram mais tempo em pé nos corredores concretados.
 2.5 Comedouros/ Bebedouros 
 Área de alimentação o dimensionamento correto dos cochos depende da quantidade e da densidade volumétrica dos alimentos a serem fornecidos.
 São mais comuns comedouros de alvenaria de ½ vez de tijolos maciços assentados com argamassa 1:8 sobre uma valeta de 10 cm de profundidade (dispensa alicerce, com revestimento em cerâmica ou natado 1:4. Devem ter queda de 1% no sentido do comprimento para facilitar a limpeza no final deve ter um dreno de 2¨ com tampão para saída da água. 
 Outra alternativa para construção de comedouros é a argamassa amassada, que também deve receber revestimento natado.
 Em qualquer um dos dois tipos, deve se evitar quinas e septos fixos que dificultem a limpeza e facilitem o acúmulo de restos alimentares, o que é indesejável.
 
 CAPACIDADE DO COMEDOURO:
 Volume = (3,14 x 0,292 x 0,96) /2) = 0,126 m3 1m3 = 300 kg 0,126 x 300 = 37,8 kg
 
 Bebedouros
 Devem ser dimensionados para oferecer de 20 a 40 litros de agua por animal por dia, podendo ser confeccionados em alvenaria de ½ tijolo maciço, com revestimento natado 1:3 ou 1:4. O piso pode ser em tijolo ou concretado, com aproximadamente 5 cm de espessura e a largura deve ser de 70m, caso o acesso dos animais seja por um lado e de 1,00m, caso o acesso seja pelos dois lados. A altura deve ser próxima de 0,75m para os animais adultos e 0,50m para os bezerreiros, sendo que o nível da água deve estar aproximadamente 10 cmabaixo. O controle do nível da água pode ser feito por boia. O diâmetro do tubo de entrada pode variar entre ¾¨ a 1¨ e o dreno deve ter diâmetro de 2¨, com registro de gaveta. As formas dos bebedouros podem ser as mais variadas.
 
 2.6 Ventilação
 É importante esclarecer que a climatização pode ocorrer, basicamente, de duas maneiras: refrigerando o animal ou o meio. Esta última opção aplica-se em regiões quentes e secas (sistema: "Evaporative Cooling"), de difícil aplicação prática em regiões com alta umidade relativa do ar. A refrigeração do animal não consiste apenas no deslocamento e renovação do ar (ventilação). Dessa forma, o uso de ventiladores, apenas, pode ser pouco eficiente. É necessário o uso da aspersão, molhando o animal, em ciclos alternados. Desta forma as gotículas que atingem o costado da vaca absorvem o calor dela, evaporando com a ventilação, "roubando" o calor. O fluxo de ar gerado por ventiladores deve ser de 14 a 28 m3/minuto/vaca ou 14150 a 28300 L/minuto/vaca (equivalente a um vento de 9 a 18 km/h), com preferência para o último valor, no período do verão.
 
 2.7 Curral de Espera 
 Projetado com 2,5 m2/cabeça, serve para agrupar os animais que serão ordenhados. É exigido no caso de produção de leite ¨B¨ quando não se dispõe de curral de volumosos concentrados. Deve conter somente bebedouro.
 O curral de espera ou de acesso à ordenha pode ser construído com as margens técnicas recomendadas para o curral de volumosos, embora deva conter somente bebedouro. Alguns complementos podem fazer parte do curral de espera: lava-pés (6,00 x 1,00 x 0,20), pedilúvio coberto (2,5 x 1,00 x 0,20) contendo solução preventiva/curativa de cascos), tronco de vacinação (1,50m por cabeça), brete pulverizador, balança e embarcadouro.
 As Salas de Ordenha são instalações mais fechadas, com relação as mencionadas anteriormente, podendo se adotar no planejamento os modelos Planos (traseiro x traseiro, cabeça x cabeça) com ou sem fosso (Espinha de peixe, passagem ou caminhamento, portão ou tandem.
 2.8 Manejo de dejetos
· Minimizar a poluição do ar e da água 
· Reduzir odores 
· Controlar insetos, pragas e outros agentes de doenças 
· Maximizar o reaproveitamento de nutrientes no solo 
· Reduzir o impacto ambiental da atividade 
· Geração de energia (calor, elétrica)
 Preparo de compostos, incorporação ao solo por gradagem e aração, utilizando como fonte de energia (biodigestores) ou armazenamento em esterqueiras, que são celas ou compartimentos de alvenaria, onde o esterco é estocado para curtir por um período de 2 a 3 meses. Deve haver ligação da esterqueira com um tanque de chorume (50 litros por m2 de cela em carregamento) para aproveitamento da parte liquida produzida no processo a escoada de canaletas com grelhas locadas no fundo das celas da esterqueira. Normalmente, a esterqueira é constituída de três compartimentos, sendo uma para carregar, outra para curtir e a outra para descarregar. Se o esterco for lavado, não há necessidade de utilização de esterqueira a sim de tanques de esterco líquido, dimensionado com 100 litros por cabeça/dia com reserva de três dias.
 Vantagens da instalação Free Stall
 Um dos maiores objetivos desse tipo de sistema de confinamento é o conforto do animal, primeiramente, através do seu controle térmico. Isso é extremamente importante, pois, seja qual for o animal, ele precisa estar o mais confortável possível para poder se alimentar da maneira ideal.
 Para isso, o sistema Free Stall os protege dos raios solares, para diminuir a sua temperatura e a carga térmica que chega nele. Nesse ponto, a construção do sistema é bem importante, pois é preciso se atentar a inclinação do telhado, as telhas que serão usadas na construção e diversos outros pontos que sempre irão ter o maior conforto do animal em mente.
 Outra grande vantagem do confinamento Free Stall é um controle maior do sistema, podendo proteger o gado de condições climáticas adversas e críticas. Por exemplo, quando ocorre uma seca, a alimentação dos animais pode ser comprometida. Porém, com o Free Stall esse problema é eliminado, já que a alimentação pode ser feita dentro do confinamento, através de cochos, e pode ser guardada embaixo de lonas ou silos. Como a alimentação é feita dessa forma, é possível controlar exatamente o que o animal come, durante todo o tempo. Com isso sua nutrição é muito mais controlada e eficiente, fazendo com que ele seja mais saudável e produza muito mais.
 Esse é o principal objetivo da implementação desse método de confinamento: aumentar a produção.
 Felizmente, o confinamento Free Stall é uma oportunidade de trazer esses animais de maneira segura e confortável para locais em que normalmente isso não seria possível.
As raças que têm uma produção de leite altíssima, especialmente em sistemas de ordenha mais intensos, fazendo com que seja um animal reconhecido por ter um alto retorno no investimento e promover uma grande lucratividade.
 Geralmente, para vacas que produzem menos de 20 litros por dia, o investimento pode demorar um pouco a ser retornado. 
 As vantagens do confinamento Free Stall são muito grandes. São elas:
· Custo operacional econômico;
· Fácil mecanização;
· Exercício regular para os animais;
· Flexibilidade no controle;
· Controle de alimentação;
· Fácil mecanização;
· Exercício regular para os animais;
· Flexibilidade no controle;
· Controle de alimentação.
O confinamento Free Stall é uma ótima opção para garantir todas essas vantagens e aumentar tanto a produtividade, como a lucratividade da sua produção.
Desvantagens do sistema Free Stall
· Custo de construção alto
· Menor atenção individual
· Maior competição
· Vacas mais suja se houver falha no manejo de limpeza
Desvantagens segundo ao erro de manejo ou má construção da instalação
1) Vacas em pé na cama
 Pare e observe uma vaca se aproximando de uma cama. Ao abordá-la (cama), a mesma não deve gastar mais do que 5 minutos para deitar-se. Em muitos casos, as vacas se aproximam e permanecem com os anteriores dentro da cama e os posteriores para fora, no corredor. Tal situação pode ser um indicador de problemas como:
Comprimento inadequado da cama
Posicionamento errado da barra para o pescoço (neck rail), ou seja, aquela que faz o animal se afastar no momento em que se levanta (defecando ou urinando fora da cama). Ela pode estar muito afastada do eixo principal da contenção ou muito próxima
Posicionamento inadequado do para-peito (brisket board). Também podendo estar muito afastado ou próximo do eixo principal.
 A permanência do animal dentro da contenção com as 4 patas, ameaçando deitar, dentro dos 5 minutos pode ser um indicador de falta de areia (ou efeito amortecedor, no caso de outro tipo de material, como camas sintéticas) ou ainda inadequado espaço entre a cama em o que o animal está e a cama à sua frente (lunge space).
2) Presença de esterco nas camas
 Quando vacas deitam muito para frente, o natural é que a mesma venha a defecar e/ou urinar dentro da cama. Caso isso esteja ocorrendo com freqüência, devemos observar o tamanho das vacas. Se isso estiver ocorrendo apenas com os animais menores, não há necessidade de alteração no projeto. De acordo com Dan MacFarland, Professor da Penn State University, em rebanhos, principalmente aqueles que estão em crescimento, comumente encontramos uma grande variedade de tamanhos de animais. Neste caso, devemos projetar o free-stall em função dos maiores animais.
 É possível que venhamos a encontrar também animais de grande porte, deitados "bem para frente", sujando as camas da mesma forma que vacas menores. Caso isto esteja acontecendo, devemos atentar para dois detalhes: o posicionamento da barra para o pescoço (neck rail) e o para-peito (brisket board). Talvez um ou outro, ao até mesmo ambos não estejam posicionados corretamente, ou seja, ou muito para frente ou muito para trás. Não existem regras para definição da distância do neck rail ou do brisketboard. O produtor deve realizar pequenas mudanças (alguns centímetros), gradualmente, e observar o comportamento dos animais, definindo a melhor posição.
3) Degrau
 O degrau que limita a cama com o corredor é um importante detalhe, pois a sua altura inadequada promove desconforto ao animal, principalmente no momento em que a vaca resolve levantar-se. O momento de sua saída é lento e cauteloso. Degraus com mais de 30 cm causam insegurança ao animal que, naturalmente, como defesa, passa a evitar a cama.
4) Vacas deitadas em posições anormais
 Devemos sempre atentar para a posição em que os animais se encontram deitados. No último artigo desta coluna, publicamos fotos representando as posições de conforto mais comuns de vacas deitadas em free-stalls. Logo qualquer outra posição que venha a fugir do padrão indica que algo está errado. Em free-stalls mal projetados ou com ineficiente reposição de areia, é comum encontrarmos vacas deitadas "ao contrário", ou seja, com a cabeça voltada para o corredor. Mais uma vez, tal problema pode estar associado com a posição do neck rail. É comum também isso ocorrer devido à largura inadequada das contenções ou baixo nível da areia, permitindo a rotação da vaca dentro da cama.
5) Ferimentos em animais
 Muitos produtores encontram, diversas vezes animais feridos próximo ao boleto, canelas, dorso, costado, cauda e pescoço. Obviamente existe algo de errado nas contenções de modo a machucar animais. As causas mais comuns são: lascas de metal, parafusos, neck rail partido ou mal posicionado, etc. A recomendação é que o produtor realize vistorias e constante manutenção de suas contenções, a fim de evitar que alguma vaca venha se machucar. Tal detalhe é mais importante do que costuma parecer. Vale lembrar que um animal que venha se ferir ao se deitar ou levantar, por exemplo, pode adquirir trauma, preferindo o concreto do corredor em detrimento às camas.
6) Distribuição dos animais nas camas
 Devemos atentar à distribuição dos animais nas camas. Caso haja um acúmulo de animais nas camas do lado do corredor de alimentação existem, possivelmente, erros no dimensionamento da passagem entre corredores (corredores laterais). A recomendação é que as vacas não devem percorrer mais que 15 metros para encontrar um bebedouro ou uma passagem entre corredores. Caso os animais estejam se agrupando ou evitando alguma região da instalação, certamente está ocorrendo algum problema de ventilação.
7) Vacas deitando diagonalmente
 O fato de vacas deitarem na posição diagonal somente deve ser encarado como um problema se estiver havendo deposição de esterco sobre as camas ou inibindo que uma companheira deite-se na cama ao lado. Caso haja um índice superior a 15%-20% de animais deitados dessa forma, certamente o produtor deve realizar correções na manutenção (manejo de reposição de areia, por exemplo) ou no projeto da instalação. Geralmente, mudanças no manejo costumam resolver este tipo de problema. A seguir alguns erros comuns na construção de camas que promovem o descanso diagonal de vacas:
 Neck rail posicionado muito distante do eixo principal das camas (com o objetivo de "forçar" as vacas a defecarem fora da cama)
 Brisket board (para-peito) posicionado também muito para trás, ou seja, reduzindo o tamanho da cama
 Presença de camas com mais de 4% de declividade.
Conclusão
 No sistema free stal, as vacas ficam soltas dentro de uma área cercada, sendo parte dividida em baias individuais, onde os animais permanecem lado a lado, e são forradas com cama que pode ser areia ou borracha triturada. As baias são destinadas ao descanso dos animais e a outra parte da instalação é destinada para a alimentação e exercícios. O sistema Free-stall foi recomendado e se tornou muito popular entre os produtores, devido ao seu manejo, ou seja, quando as vacas não estão sendo ordenhadas, elas podem ficar vagando livremente em um grande espaço aberto com chão de terra ou concreto e acesso fácil para a alimentação que pode ser de feno ou silagem. Na hora da ordenha, as vacas podem ser treinadas para andar em uma sala de ordenha separada, onde terão acesso aos alimentos concentrados, enquanto estavam sendo ordenhadas.
O confinamento em galpões com sistema free-stall é um dos sistemas preferidos pelos produtores para a criação de gado de leite.
Vantagens:
· Custo operacional econômico
· Fácil mecanização
· Animais se exercitam regularmente
· Menor área de repouso necessária quando comparada com a de repouso coletivo
· Vacas permanecem mais limpas
· Alta flexibilidade para organizar diferentes manejos de alimentação, grupos, etc.
 Desafios:
· Custo de construção alto
· Menor atenção individual
· Maior competição
· Vacas mais suja se houver falha no manejo de limpeza
Bibliografia
CATÁLOGO FIRMAS DE EQUIPAMENTOS PARA SALAS DE ORDENHA E OUTROS. Ex: Westfalia Separador do Branh Ltda, Caixa postal 975 – 13100 Campinas-SP.
EMBRATER, Manual Técnico Pecuária de Leite. Brasília, setembro/1984.
GARCIA-VAQUEIRO, E. Projeto a construção de Alojamento para Animais. Belo Horizonte, 12 (135/136), março/abril de 1986.
PLANO PURINA PARA GADO LEITEIRO. Purina Brasil
BUENO, C. F. H. Bovinocultura de leite a de corte. I Encontro Nacional de Técnicos e Pesquisadores de Construções Rurais. ABCP. São Paulo. Nov./1990.
COMBEA (congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola). 1998. Encontro nacional de Tecnicos e Pesquisadores em Construções Rurais.
Sites: EMBRAPA, LEITE BRASIL, MTC, ETC.
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