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LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR Potenciais desse tema Escrita +++ Oral + Habilidades - ANATOMIA 3 componentes: Banda ântero-lateral Tensão em flexão 150% mais resistente que a póstero-medial Maior Banda póstero-medial Tenso em extensão Menor Ligamentos meniscofemorais (Humpfry – anterior e Wrisberg-posterior) Comprimento: 38mm Mais longo que o LCA 1 a 2 vezes mais forte que o LCA Apresenta vascularização = potencial de cicatrização ANATOMIA Inserção: Fêmur = parte posterior da face lateral do côndilo medial Semi-círculo amplo = largura média 32mm Tíbia = depressão por baixo e atrás da área intra-articular da tíbia, com uma tira fundindo-se com o corno posterior do menisco lateral 1cm abaixo da superfície articular medial Cresce da tíbia até o fêmur: Fêmur = 50% maior que o LCA Tíbia = 20% maior que LCA BIOMECÂNICA Feixe ântero-lateral: Maior resistencia e carga máxima que o feixe póstero-medial e os ligamentos meniscofemorais Força máxima semelhante ao LCA (ruptura) 1600N Orientação mais vertical (plano frontal) Eixo em torno do qual ocorrer a rotação do joelho Rotação medial do fêmur ao final da extensão Plano sagital = angulação anterior de 30o a 45o BIOMECÂNICA Resiste à 89% da translação posterior da tíbia Após lesão do LCA ➔ resiste à hiperextensão Ausência do LCP: Ligamento colateral medial superficial é responsável pela diminuição da translação posterior Principal função: Manter a pressão entre o fêmur e a tíbia MECANISMO DE LESÃO Lesões isoladas são raras Queda sobre o joelho flexionado, choque direito contra painel de carro, com a tíbia flexionada Comum as lesões associadas nos compartimentos lateral e medial Mais comum no lateral Lesões associadas são comuns (60% lesão CPL) Lcp rompe com hiperxtensão >30° Hiperextensão do joelho> 50° lesão a.poplitea EXAME FÍSICO Pivo reverso Gaveta posterior positiva: Não confundir com gaveta anterior Posteriorização passiva da tíbia a 90o (teste de Godfrey): Avalia integridade do LCP Quadril e joelho a 90o Positivo: Subluxação posterior da tíbia Degrau junto ao planalto tibial medial EXAME FÍSICO Teste do quadriceps Redução da subluxação tibial posterior com contração do quadriceps. Dial Teste(Rotação externa da tibia) Positivo quando diferença > 10° Positive at 30 degrees of flexion + 90 degrees of flexion = LCP + CPL Positive at 30 degrees of flexion only but NOT at 90 degrees = CPL Positive at 90 degrees of flexion only but NOT at 30 degrees = LCP EXAMES COMPLEMENTARES Radiografia: Sob estresse: 70o de flexão Positivo = aumento da translação posterior da tíbia (≥8mm) RNM: Mais confiável para diagnóstico, em relação ao LCA EXAMES COMPLEMENTARES GI: rotura de número mínimo de fibras GII: maior número, instabilidade GIII: rotura completa GI: 0 – 5mm GII: 5-10mm GIII: > 10mm (Rx) HISTÓRIA NATURAL Varia consideravelmente (não totalmente conhecida) Alguns pacientes evoluem com degeneração, outros não Poderão haver sintomas de dor, efusão e sensação de instabilidade Seqüência: 1º = artrose patelofemoral 2º = artrose tibiofemoral Clínica: 1º = dor patelofemoral 2º = instabilidade HISTÓRIA NATURAL Dejur: 3 fases: 1ª = adaptação funcional (3 a 18 meses) 2ª = tolerância funcional (15 a 20 anos) 3ª = deterioração osteoartrósica (25 anos) Pacientes jovens = estabilização TRATAMENTO Talvez o assunto mais controverso na cx joelho Não-cirúrgico: A maioria dos autores recomenda tratamento conservador para as lesões isoladas do LCP Graus I e II = existem relatos de melhora de instabilidade após 6 meses Critérios: Até grau II (até 10mm de translação posterior) Ausência de lesão póstero-lateral Ausência de instabilidade em varo-valgo Reforço de quadríceps Não fortalecer isquiotibiais TRATAMENTO CIRÚRGICO Indicações: Instabilidade Lesões meniscais reparáveis Falha no tratamento conservador Instabilidade grau III (>10mm) Frouxidão combinada: LCP + canto póstero-lateral LCP + canto póstero-medial LCP + LCA TRATAMENTO CIRÚRGICO Realizar 1 a 2 semanas depois da lesão: Diminuição do processo inflamatório Melhora de mobilidade Avulsões = reparo Luxações de joelho = desinserção (com fragmento ósseo) da inserção femoral Inserção femoral = acesso ântero-medial Inserção tibial = acesso posterior Reconstrução: Banda ântero-lateral é suficiente (principal) TRATAMENTO CIRÚRGICO RECONSTRUÇÃO Lesões de LCP + outras lesões significativas (inclusive luxação de joelho) = reconstrução do LCP Reparar antes as estruturas póstero-laterais, caso contrário provavelmente ocorrerá falha Lesão grau III (>10mm de translação posterior) = indicação de reconstrução ENXERTOS Tendão patelar Aloenxerto = tendão de calcâneo ANATOMIA CIRÚRGICA Inserção femoral: Mais próximo do eixo de rotação do joelho Variações no enxerto femoral tem maior repercusão na isometria Difícil reproduzir a função e o posicionamento isométrico Túnel femoral anterior a impressão femoral Tensão no enxerto perto de 90o de flexão do joelho Extensão completa = pode limitar excessivamente o joelho ANATOMIA CIRÚRGICA Qualquer erro de posicionamento deverá ocorrer na direção anterior-posterior e não na proximal-distal Ponto mais isométrico (femoral): Teto da fossa intercondilar (distância média de 11mm da junção dessa fossa com o sulco troclear) ANATOMIA CIRÚRGICA Atualmente vem crescendo o uso da técnica de Inlay para o LCP pois ele evita o Killer Turn com a confecção do túnel tibial. PÓS-OPERATÓRIO Órtese em extensão Mobilização = 0-90o Exercícios para quadríceps Evitar exercícios de isquiotibiais: Estresse de translação posterior COMPLICAÇÕES Mais comum: Perda de movimento Perda de flexão é mais comum (perda de 10 a 20°) Falha na obtenção de estabilidade Neuropraxia por uso prolongado do garrote Risco de lesão do n. tibial na confecção do túnel tibial Lesão da intima na A.poplitea e trombose Lesão LCP Incidência de 2-3% das lesões Trauma direto sobre o joelho fletido ou queda sobre o joelho com o pé em equino RX com estresse posterior maior que 8 mm é indicativo de lesão do LCP Com 30º de hiperextensão rompe o LCA e acima de 50º lesão artéria poplítea 60% associada a lesão do canto postero-lateral Evolução controversa porém aumenta em 40% a pressão da patela e 20% a pressão no platô medial (1°artrose femoro-patelar, 2°tibio-femoral) Tratamento: lesões incompletas ou completas com desvio menor que 10mm tto conservador; se instavel ou sintomático também reconstruir o mesmo se lesões associadas ou avulsões osseas Com feixe único reparar o banda antero-lateral que devera ser tensionada a 90º . Se for com feixe duplo a banda postero-medial tensionada com 30º Principal complicação: perda de flexão (10 a 20°) Questões!!! TARO 2001 62. Com relação ao ligamento cruzado posterior do joelho, é correto afirmar que: a) é lesado, mais freqüentemente, por entorse durante prática esportiva; b)o diagnóstico clínico de lesão na fase aguda é facilmente realizado, devido à posteriorização evidente da tíbia em relação ao fêmur; c) sua inserção situa-se na região posterior da tíbia, cerca de um centímetro distal à superfície articular; d) suas lesões raramente estão associadas ao comprometimento vásculo-nervoso; e)seu feixe de fibras póstero-lateral encontra-se tenso com o joelho em flexão de 90 graus. TARO 2001 62. Com relação ao ligamento cruzado posterior do joelho, é correto afirmar que: a) é lesado, mais freqüentemente, por entorse durante prática esportiva; b)o diagnóstico clínico de lesão na fase aguda é facilmente realizado, devido à posteriorização evidente da tíbia em relação ao fêmur; c) sua inserção situa-se na região posterior da tíbia, cerca de um centímetro distal à superfície articular; d) suas lesões raramente estão associadas ao comprometimento vásculo-nervoso; e)seu feixe de fibras póstero-lateral encontra-se tenso com o joelho em flexão de 90 graus. TARO 2003 221. Na lesão isolada do ligamento cruzado posterior, o tratamento cirúrgico é reservado para os casos de arrancamento ósseo ou instabilidade crônica sintomática.( )Certo ( )Errado ( )Nãosei TARO 2003 221. Na lesão isolada do ligamento cruzado posterior, o tratamento cirúrgico é reservado para os casos de arrancamento ósseo ou instabilidade crônica sintomática. ( )Certo ( )Errado ( )Nãosei TARO 2004 198. O aumento da rotação internada tíbia em relação ao fêmur, com a articulação em 90 graus de flexão, sugere lesão ligamentar combinada do canto póstero-lateral e do ligamento cruzado posterior. ( )Certo ( )Errado ( )Nãosei TARO 2004 198. O aumento da rotação internada tíbia em relação ao fêmur, com a articulação em 90 graus de flexão, sugere lesão ligamentar combinada do canto póstero-lateral e do ligamento cruzado posterior. ( )Certo ( )Errado ( )Nãosei TARO 2006 127. Nas lesões isoladas do ligamento cruzado posterior, o aumento da rotação lateral da tíbia acima de 10 graus, em relação ao joelho normal, está presente tanto a 30 como a 90 graus de flexão. ( )Certo ( )Errado ( )Nãosei TARO 2006 127. Nas lesões isoladas do ligamento cruzado posterior, o aumento da rotação lateral da tíbia acima de 10 graus, em relação ao joelho normal, está presente tanto a 30 como a 90 graus de flexão. ( )Certo ( )Errado ( )Nãosei AUMENTO SÓ EM 30O = LESÃO DO CPL AUMENTO EM 30O E 90O = LESÃO DO CPL + LCP TARO 2008 62. Na lesão do ligamento cruzado posterior, segundo TORG, o mais importante fator preditivo de mau resultado funcional é A) o desvio do eixo anatômico. B) a presença de lesões meniscais. C) a presença de lesões ligamentares associadas. D) o tempo de evolução da lesão. TARO 2008 62. Na lesão do ligamento cruzado posterior, segundo TORG, o mais importante fator preditivo de mau resultado funcional é A) odesviodoeixoanatômico. B) apresençadelesõesmeniscais. C) a presença de lesões ligamentares associadas. D) o tempo de evolução da lesão. TARO 2010 A fratura de SEGOND reverso apresenta alta associação com a lesão do menisco lateral. ligamento colateral lateral. ligamento cruzado anterior. ligamento cruzado posterior. TARO 2010 A fratura de SEGOND reverso apresenta alta associação com a lesão do menisco lateral. ligamento colateral lateral. ligamento cruzado anterior. ligamento cruzado posterior.
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