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Resenha critica Suspensão do CT x Corona Virus

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RESENHA CRÍTICA SOBRE SUSPENSÃO DO CT X CORONAVÍRUS
Maceió
2020
SUSPENSÃO DO CT X CORONAVÍRUS
O atual cenário em que estamos vivendo tem elencado diversos fatores no qual afeta o mundo, fechando fronteiras, cancelando eventos, fazendo com que toda população permaneça em casa em isolamento, além de afetar profundamente a economia dos países. A economia global entrou em recesso e poderá sofrer durante anos por conta da pandemia em que estamos vivendo.
Diante da atual situação sabemos que empresas estão com dificuldades de se manter por conta da pandemia do COVID-19, praticamente os países entraram em recesso, mantendo restrições, distanciamento social, encerramento de eventos, fechamento de instituições de ensino e entre outros. Tanto as empresas como os funcionários tem se prejudicado bastante, a taxa de desemprego aumentou, além de afetar também contribuintes. 
 Por meio da norma tributária poderão ser amenizados os impactos da recessão econômica. Com a moratória tributária segundo artigos 152 a 155-A do CTN temos a dilação/prorrogação do prazo para pagamento do tributo, ou seja, À luz dos dispositivos mencionados. Nota-se que a moratória poderá ser concedida em caráter geral e com ampla operacionalidade. A moratória é um incontestável instrumento de política tributária para situações excepcionais. Poderá também fazer uso da possibilidade de suspender os atos procedimentais e processuais, com objetivo de proteção jurídica do contribuinte (pessoa física ou jurídica) e a continuidade de suas interações socioeconômicas em tempos de crise. A suspensão/prorrogação deve e pode abrigar: cobranças, prazos processuais, julgamentos, lançamentos de ofício, exigência de obrigações acessórias e perdimentos.
Esses dois caminhos apresentados, independe de seu ato normativo para operacionalização, ajudariam substancialmente na preservação da produção de muitos bens e serviços essenciais à continuidade da atividade econômica nacional e, ainda, à sobrevivência e retomada gradativa de outras atividades.
A Prorrogação do prazo para pagamento dos tributos federais no âmbito do Simples Nacional; zeragem da alíquota do Imposto de Importação e do IPI para produtos médicos, hospitalares e outros necessários ao combate à pandemia causada pelo Covid-19; simplificação e agilidade do despacho aduaneiro de mercadorias importadas destinadas ao combate da Covid-19; além de mudanças no atendimento perante a Receita Federal; suspensão dos atos processuais no âmbito da Receita Federal e do CARF; ampliação de prazo de validade da certidão de débitos (negativa ou positiva com efeito de negativa) por 90 (noventa) dias; suspensão de procedimentos administrativos de cobrança e exclusão de parcelamento; possibilidade de transação extraordinária; e redução de contribuições direcionadas ao Sistema “S”.10 . Os Governos Estaduais vêm tomando decisões individualizadas e desarmônicas, desde a suspensão dos atos procedimentais/processuais até a prorrogação do cumprimento das obrigações tributárias (principais e acessórias).
Com isso, para evitar perda da arrecadação e/ ou calote fiscal o governo está com um plano, nesse plano em relação ao simples, irão postergar por 90 (noventa) dias o pagamento do simples nacional (Os pagamentos de abril, maio e junho passaram para outubro, novembro e dezembro), porém não quer dizer que o fisco está abrindo mão da receita, perdoando o imposto ou caso tenha faturamento esse mês, não tenha que pagar o imposto, nada disso, o governo está prorrogando. E assim, poderá obter a prorrogação judicial da exigibilidade dos créditos fiscais, segundo Daniel Eloi de Paula Rodrigues (2020): 
“Dentre estas, a possibilidade de se prorrogar judicialmente – via Mandado de segurança – os vencimentos de todos os tributos estaduais, especialmente o ICMS, (alguns relativos aos fatos geradores de março a junho de 2020, inclusive), por 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de cada vencimento – incluindo-se o ICMS por substituição tributária progressiva (ou “para frente”), os débitos de ICMS do Simples Nacional e as parcelas de parcelamentos de tributos estaduais.”
O município de Maceió/AL em relação ao campo tributário adotou algumas medidas emergenciais que constam no Decreto nº 8857/2020, no intuito de reduzir o impacto socioeconômico da pandemia do COVID-19, medidas essas, no qual suspendem no período de 90 (noventa) dias os prazos previstos na legislação tributária para os processos administrativos tributários, além da redução de 30% no IPTU, para quem efetuasse o pagamento até o vencimento.
Diante disso, apesar da situação critica no qual vivencia atualmente por conta da pandemia do COVID-19, o estado precisa se adequar de maneira que, amenize o impacto da recessão econômica, com isso seguindo algumas medidas necessárias para facilitar/ amenizar o impacto, parcelando dividas com prazo até 90 (noventa) dias, além da suspensão nos prazos processuais para apresentação de defesa e apresentação de recurso administrativo, no caso de um auto de infração do lançamento do tributo em que o contribuinte tem que se defender, o prazo tem que estar suspenso até que termine o período de calamidade publica.
REFERÊNCIAS
MACEIÓ/AL - Decreto Nº 8857 DE 24/03/2020- Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=391560 , acesso em: 13 de maio de 2020.
AMARAL, Raphael pires, A norma tributária nos tempos do “cólera”: (Des)Caminhos ao enfretamento do coronavírus (Covid-19), migalhas, 03 de abril de 2020, disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/323604/a-norma-tributaria-nos-tempos-do-colera-des-caminhos-ao-enfretamento-do-coronavirus-covid-19 acesso em: 13/05/2020
RODRIGUES, Daniel eloi de Paula, Prorrogação e suspensão da exigibilidade dos créditos tributários durante o COVID-19, 03/04/2020 , disponível em: https://www.ibijus.com/blog/672-prorrogacao-e-suspensao-da-exigibilidade-dos-creditos-tributarios-durante-o-covid-19 acesso em: 13 de maio de 2020
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