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ATLAS PARASITOLÓGICO

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MAD - MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA
PROF. CAIO FERNANDO MARTINS FERREIRA
 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
MARINA JÚLIA DOS SANTOS SOUZA
MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA
ATLAS DE PARASITOLOGIA
NATALRN
2020
MARINA JÚLIA DOS SANTOS SOUZA
TURMA: 3TA
MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA
ATLAS DE PARASITOLOGIA
 (
Atlas
 apresentado à Universidade Potiguar – 
UnP
, como parte dos requisitos pa
ra obtenção da nota da Unidade 2 – U2
, na disciplina: Mecanismos de agressão e defesa, ministrada pelo Esp. Caio Fernando Martins Ferreira, docente da instituição. 
)
NATALRN
2020
SUMÁRIO 
1. ENTAMOEBA HISTOLYTICA.................................................................................2
2. GIARDIA LAMBILA.................................................................................................3
3. TRYPANOSOMA CRUZI.........................................................................................4
4. LEISHMANIA CHAGASI..........................................................................................6
5. PLASMODIUM.........................................................................................................7
6.TOXOPLASMA GONDII...........................................................................................9
7.SCHISTOSOMA MANSONI....................................................................................11
8. ENTEROBIUS VERMICULARIS............................................................................12
9. ANCYLOSTOMA DUODENALE............................................................................13
10.TEANIA SOLIUM x T. SAGINATA.......................................................................14
11. TRICHURIS TRICHIURA.....................................................................................15
12. ASCARIS LUMBRICOIDES.................................................................................17
13. REFERÊNCIAS....................................................................................................19
1. ENTAMOEBA HISTOLYTICA
DOENÇA 
Amebíase 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Entamoeba histolyca
FORMAS EVOLUTIVAS
O ciclo evolutivo é monóxeno, a Entamoeba histolytica completa seu ciclo em apenas um hospedeiro.
CICLO BIOLÓGICO
O modo de contágio é fecal-oral, a pessoa se contagia ao ingerir cistos presentes nos alimentos ou na água contaminada. O desencistamento ocorre na porção final do intestino delgado, facultando os trofozoítos que começam a viver como comensais e a multiplicar-se por divisão binária. Sendo assim, os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando cistos, que são exclusos através das fezes.
SINTOMATOLOGIA
A maior parte das pessoas com Amebíase são assintomáticas, mas manifestam os cistos nas fezes de forma crônica. Os sintomas da invasão dos tecidos no cólon são alternância entre constipação e diarreia, flatulência, dor abdominal em cólica. Podem ocorrer sensibilidade no fígado ou cólon ascendente e febre, e as fezes podem conter muco e sangue.
DIAGNÓSTICO
Infecção intestinal: exame microscópico e, quando disponível, imunoensaio enzimático de fezes, testes moleculares para DNA do parasita nas fezes e/ou sorologia. 
Infecção extraintestinal: exames de imagem e sorologia ou prova terapêutica com um amebicida.
TRATAMENTO
Metronidazol ou tinidazol. Iodoquinol, paromomicina, ou furoato de diloxanida subsequentemente para erradicação de cistos.
PROFILAXIA
Deve ser evitado alimentos crus, incluindo saladas e vegetais, água e gelo potencialmente contaminados, devem ser evitados nas áreas em desenvolvimento.
2. GIARDIA LAMBLIA
DOENÇA 
Giardíase 
AGENTE ETIOLÓGICO
Giardia lamblia
FORMAS EVOLUTIVAS
Tem forma de pêra, com simetria bilateral medindo cerca de 20 µm de comprimento por 10 µm de largura. Em seu interior são encontrados dois núcleos. Possui quatro pares de flagelos.
O cisto tem forma oval; medindo cerca de 12 µm de comprimento por 8 µm de largura. Encontram-se dois ou quatro núcleos em seu interior.
CICLO BIOLÓGICO
Os cistos ou trofozoítos são ingeridos pelo homem através da água ou de alimentos contaminados, e a ação das enzimas digestivas causa o desencistamento, dando origem aos trofozoítos, que podem ficar livres nas luz intestinal ou se fixarem na parede duodenal pelo disco suctorial. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes.
SINTOMATOLOGIA
A maioria das pessoas contaminadas pela Giardia lamblia não apresentam sintomas. Os que possuem os sintomas, os mais comuns são diarreia, cólicas abdominais, mal-estar, flatulência, náuseas, vômitos e emagrecimento e febre é um sintoma menos comum e ocorre em menos de 15% dos casos.
DIAGNÓSTICO
A infecção pela Giardia lamblia é normalmente diagnosticada através do exame de parasitológico de fezes. Como o parasita é excluso de modo intermitente, a coleta de pelo menos três amostra de fezes aumenta a chance de encontrarmos cistos.
TRATAMENTO
Os esquemas terapêuticos mais indicados são os seguintes: Tinidazol, Secnidazol, Metronidazol, Nitazoxanida, Albendazol, Mebendazol.
PROFILAXIA
Medidas de saneamento básico e educação para a saúde, água filtrada, alimentos limpos e protegidos.
3. TRYPANOSOMA CRUZI
DOENÇA
Doença de Chagas
AGENTE ETIOLOGICO 
Trypanosoma cruzi
FORMAS EVOLUTIVAS
Alterna entre estágios que sofrem divisão binária e as formas não replicativas e infectantes. Como formas de replicativas estão incluídas os epimastigotas presentes no tubo digestivo do inseto vetor e amastigotas observados no interior das células de mamíferos. As formas não replicativas e infectantes, os tripomastigotas metacíclicos, são encontrados nas fezes e urina do inseto vetor e os tripomastigotas circulantes no sangue de mamíferos.
CICLO BIOLÓGICO
O Trypanosoma cruzi é contraído no ato de alimentação do vetor. Assim que o barbeiro termina de se alimentar, ele defeca, eliminando os protozoários e colocando-os em contato com a ferida e a pele da vítima. Também pode ser difundido por transfusão de sangue ou durante a gravidez, da mãe contaminada para o filho. Outro forma de transmissão é pela ingestão de alimentos contaminados com vetores triturados ou com seus dejetos. O parasita não atinge a pele intacta, somente infectando o hospedeiro via mucosa ou ferimentos na pele.
SINTOMATOLOGIA
A Doença de Chagas pode expor sintomas distintos nas duas fases que se apresenta que é a aguda e a crônica. A fase aguda, que é a mais leve, a pessoa pode apresentar sinais moderados ou até mesmo não sentir nada. Na aguda pode ser febre diuturna (mais de 7 dias), cefaleia, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas. Na crônica apresenta doenças cardíacas, como insuficiências cardíaca e problemas digestivos, como megacolon e megaesôfago.
DIAGNÓSTICO
Na fase aguda da doença, o diagnóstico se baseia no aparecimento de febre prolongada (mais de 7 dias) e outros sinais e sintomas sugestivos da doença, como fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas, e na presença de fatores epidemiológicos compatíveis, como a eventualidade de surtos. Na fase crônica, a suspeita diagnosticada é baseada nos achados clínicos e na historia epidemiológica, porém ressalta-se que parte dos casos não apresenta sintomas, devendo ser considerados os seguintes contextos de risco e vulnerabilidade.
TRATAMENTO
O remédio chamado Benznidazol, é fornecido pelo Ministério da Saúde, gratuitamente. Para pessoas na fase crônica, a indicação desse medicamento depende de forma clínica e de vê ser analisada caso a caso. Em casos de intolerância ou que não respondam ao tratamento com Benznidazol, o Ministérioda Saúde disponibiliza o Nifurtimox como alternativa de tratamento, conforme indicações estabelecidas em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.
PROFILAXIA
Uma das formas de prevenção da Doença de Chagas é vetar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências. Vedação de frestas nos telhados e de buracos nas paredes é boas estratégias. Não existe vacina para a doença de chagas, recomenda-se usar medidas de proteção individual como repelentes, roupas de mangas longas, melhorar as condições de moradia, rebocando as casas, fazendo dedetização. Para a prevenção da transmissão oral é importante seguir todas as recomendações de boas praticas de higiene e manipulação de alimentos, em especial aqueles consumidos in natura.
4. LEISHMANIA CHAGASI
DOENÇA
Leishmaniose Visceral
AGENTE ETIOLOGICO
Leishmania chagasi
FORMA EVOLUTIVA
O ciclo evolutivo apresenta duas formas: amastigota, que é obrigatoriamente parasita intracelular em mamíferos e promastigota, 
CICLO BIOLÓGICO
A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas de inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito de palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis. A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi. É conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun.
SINTOMATOLOGIA
Os principais sintomas da doença são febre por um longo período, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da Leishmaniose Visceral pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e parasitológicas. 
TRATAMENTO
O medicamento é o antimonial pentavalente, que foi padronizado pela Organização Mundial da Saúde na dose entre 10 a 20mg/Sb+5Kg/dia (Sb+5 significando antimônio pentavalente), por 20 a 30 dias.
PROFILAXIA
A prevenção da Leishmaniose Visceral ocorre por meio do combate ao inseto transmissor. Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, a fim de reduzir a atração dos flebotomíneos para dentro do domicílio. Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais), repelentes, telas em portas e janelas, combate ao inseto transmissor, evitar desmatamento e tratar os doentes.
5. PLASMODIUM
DOENÇA
Malária
AGENTE ETIOLOGICO
Plasmodium
FORMA EVOLUTIVA
Cocineto: Forma alongada, móvel. Encontrado entre luz e a parede o estômago do mosquito. 10-20 µm
Esporozoíta: Forma infectada, móvel. Glândulas salivares do mosquito. 11mm x 1mm.
Merozoíta: Forma ovalada, móvel. 1-5mm x 2mm. Células preparadas para perfurar hemácias.
CICLO BIOLÓGICO
A Malária é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Esses mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, em menor quantidade. Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária.
SINTOMATOLOGIA
Os sintomas da Malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese, dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. A malária grave caracteriza-se por um ou mais desses sinais e sintomas prostração, alteração da consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque, hemorragias.
DIAGNÓSTICO
Clínico - Diagnósticado facilitado: Paciente indica ter passado por região endêmica, submetido a transfusão de sangue suspeita e presença de sintomas típicos.
Laboratorial: Sorologia e parasitológico.
Epidemiológico: Visa avaliar a prevalência da doença em uma população de determinada região.
TRATAMENTO
O paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os caos graves deverão ser hospitalizados de imediato. O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.
PROFILAXIA
Entre as principais medidas de prevenção individual da Malária estão o uso de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes. Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são borrifação intradomiciliar, uso de mosquiteiros, drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle de vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, e uso racional da terra.
6.TOXOPLASMA GONDII
DOENÇA 
Toxoplasmose
AGENTE ETIOLOGICO
Toxoplasma gondii
FORMA EVOLUTIVA
Hospedeiro definitivo – Ciclo coccidiano (fase assexuada): Taquizoítos, bradizoítos, merozoítos, gamezoítos, o cisto imaturo.
Hospedeiro intermediário – Ciclo assexuado: Taquizoítos, bradizoítos, merozoítos.
CICLO BIOLÓGICO
As principais vias de transmissão da toxoplasmose são via oral (ingestão de alimentos e água contaminados). Congênita (transmitido de mãe para filho durante gestação), sendo raros os casos de transmissão por inalação de aerossóis contaminados, inoculação acidental, transfusão sanguínea e transplante de órgãos.
SINTOMATOLOGIA
A maioria das pessoas com um sistema imunológico saudável apresenta poucos ou nenhum dos sintomas de Toxoplasmose e se recupera totalmente. Cerca de 10% a 20% dessas pessoas têm linfonodos inchados, porém indolores. Algumas dessas pessoas também têm febres baixas intermitentes, uma vaga sensação de mal-estar, dores musculares e às vezes amigdalite. Os sintomas típicos em recém-nascidos podem incluir infecção do revestimento na parte posterior do globo ocular e retina (coriorretinite), aumento do volume do fígado e do baço, icterícia, erupção cutânea, facilidade de hematoma, convulsões, cabeça grande causada por acúmulo de líquidos no cérebro (hidrocefalia), cabeça pequena (microcefalia) e deficiência intelectual. Sintomas em pessoas que possuem um sistema imunológico debilitado: Toxoplasmose do cérebro (encefalite) – sintomas como fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para falar, problemas de visão, cefaleia, confusão, convulsões e coma. Toxoplasmose que se disseminou por todo corpo (toxoplasmose disseminada aguda) – erupção cutânea, febre, calafrios, dificuldade de respirar e fadiga.
DIAGNÓSTICO
Exames de sangue para detectar anticorpos contra o parasita, se o cérebro pode ser afetado, uma tomografia computadorizada ou imagem por ressonância magnética, seguida por punção lombar. Para determinar se um feto foi infectado, o médico pode coletar uma amostra do líquido ao redor do feto para ser estudada. 
TRATAMENTO 
Pirimetamina e sulfadiazina, clindamicina ou aovaquona, em combinação com leucovorina, para infecções oculares, medicamentos eficazes contra Toxoplasmose e corticosteroide.
PROFILAXIA
Medidas de prevenção da toxoplasmose é a promoção de ações de educação em saúde, principalmente em mulheres que estão em idade fértil e pessoas com imunidade comprometida. É fundamental manter uma higiene alimentar. Simples atitudes para prevenção são lavar bem as mãos após manipular carnes cruas e antes das refeições, evitar comer alimentos crus e lavar bem as verduras e legumes, após contato com gatos lavar bem as mãos, manter o seu gato bem alimentado para que ele não precise caçar e nunca lhe dê carne crua, a caixa de dejetos dos gatos deve ser renovada a cada três dias e colocada ao sol comfrequência, cães também podem transmitir toxoplasmose ao sujarem o pelo onde haja fezes de gato, controle ratos e insetos descartando corretamente o lixo doméstico e os dejetos das criações de animais e lavar bem as mãos e as unhas após trabalhar na terra, horta ou jardim. O cozimento de microondas não é confiável para matar o protozoário, congelamento de carne a uma temperatura interna de -12ºC, evite a contaminação cruzada para outros alimentos, lavando as mãos completamente após o manuseio de carnes cruas ou frutos do mar, assim como tábuas de corte, pratos bancadas e utensílios, frutos do mar, incluindo mariscos, devem ser bem cozidos, evite comer qualquer carne crua ou malpassada e carne crua curada, evite beber leite não pasteurizado e produtos lácteos feitos com leite não pasteurizado.
7.SCHISTOSOMA MANSONI
DOENÇA 
Esquistossomose
AGENTE ETIOLOGICO
Schistosoma mansoni
FORMA EVOLUTIVA
No ciclo evolutivo do S. mansoni, existem seguintes formas evolutivas: verme adulto (macho e fêmea), ovo, miracídio, esporocistos, cercaria e esquistossômulo.
CICLO BIOLÓGICO
O indivíduo infectado excreta os ovos de verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas, designadas moracídios, que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários, que vivem nas águas doces. Após quatro semanas as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas águas é a maneira pela qual é adquirida a doença.
SINTOMATOLOGIA
A maioria dos portadores são assintomáticos. No entanto, na fase aguda, o paciente infectado por esquistossomose pode aparecer diversos sintomas com febre, cefaleia, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia. Na forma crônica da doença, a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode aparecer outros sinais como tonturas, sensação de plenitude gástrica, prurido (coceira) anal, palpitação, impotência, emagrecimento, endurecimento e aumento do fígado.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da Esquistossomose é feito por meio de exames laboratoriais de fezes. É possível detectar, por meio desses exames, os ovos do parasita causador da doença. O médico também pode solicitar teste de anticorpos para verificar sinais de infecção e para formas graves ultrassonografia.
TRATAMENTO
É utilizado o Oxaminiquine – 250 mg (Adulto), Oxaminique suspensão (infantil) e Praziquantel – 600 mg. Os caos graves geralmente requerem internação hospitalar e até mesmo tratamento cirúrgico, conforme casa situação.
PROFILAXIA
A prevenção de Esquistossomose respalda-se em evitar o contato com águas onde existam os caramujos hospedeiros intermediários infectados. O controle da esquistossomose é baseado no tratamento coletivo de comunidades de risco, acesso a água potável e saneamento básico, educação em saúde e controle de caramujos em lagos e rios.
8. ENTEROBIUS VERMICULARIS
DOENÇA 
Oxiuríase
AGENTE ETILOGICO
Enterobius vermicularis
FORMA EVOLUTIVA
Ovos: comessuram cerca de 50 µm de comprimento por 20 µm de largura. Apresenta o aspecto grosseiro de D, pois possui um dos lados é visivelmente achatado e o outro é convexo. Possui membrana dupla, fina e transparente.
CICLO BIOLÓGICO
Heteroinfecção: Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro.
Indireta: Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou.
Auto-infecção externa ou direta: a criança ou adulto levam os ovos da região perianl a boca.
SINTOMATOLOGIA
A maior parte dos pacientes infectados pelo oxiúrus não exibe sintomas. Dessa forma, os sintomas surgem quando o paciente já se reinfectou sucessivamente, a ponto de ter uma grande quantidade de vermes no seu trato intestinal, o que pode ocorrer somente meses depois da contaminação inicial. O mais comum é a coceira anal, o verme adulto pode deslocar-se para locais além do ânus, como a região vaginal. Nas mulheres pode haver vulvovaginite (inflamação da vulva e da vagina), coceira e corrimento vaginal. Pode ser capaz de sentir também dor abdominal, dor para evacuar, náuseas e vômitos.
DIAGNÓSTICO
A oxiuríase tem mais facilidade de ser diagnosticada através do método de Graham, no qual se usa uma fita adesiva ao redor do ânus para que os ovos localizados nesta região adiram à fita. Estes ovos, são colocados sobre uma lâmina de vidro e visualizados sob um microscópio. 
TRATAMENTO
O tratamento deve ser feito em todos que moram na mesma casa, as opções mais usadas para tratar a oxiuríase são Albensazol, 10 mg/kg em dose única, até o máximo de 400 mg, repetindo a dose em duas semanas. Mebendazol, 100 mg, 2vezes ao dia*, durante 3 dias consecutivos, repete-se a dose em duas semanas. Pamoato de pirantel, 10 mg/kg, dose única, até o máximo de 1000 mg.
PROFILAXIA
Tratamento de todas as pessoas infectadas da família, cortar as unhas, aplicação de pomada na região perianal ao deitar-se, limpeza doméstica com aspirador de pó, lavar a roupa de cama do doente em água fervente diariamente.
9. ANCYLOSTOMA DUODENALE
DOENÇA
Ancilostomíase
AGENTE ETIOLOGICO 
Ancylostoma duodenale
FORMA EVOLUTIVA
São vermes nematelmintes (asquelmintes), de pequenas dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm.
CICLO BIOLÓGICO
Quando os indivíduos andam descalços nestas áreas, as larvas filariodes penetram na pele, migram para os capilares linfáticos da derme e, em seguida passam para os capilares sanguíneos, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões. Depois, perfuram os capilares linfáticos da derme e, em seguida, passam para os capilares sanguíneos, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões.
SINTOMATOLOGIA
No local da penetração lãs larvas filarioides, ocorre uma reação inflamatória (pruriginosa). No decurso, pode ser observada tosse ou até pneumonia (passagem das larvas pelos pulmões). Em seguida, surgem perturbações intestinais que se manifestam por cólicas, náuseas e hemorragias decorrentes da ação espoliadora dos dentes ou placas cortantes existentes na boca destes vermes. Poderão ocorrer algumas complicações, tais como: caquexia (desnutrição profunda), amenorreia (ausência de menstruação), partos com feto morto e, em crianças, transtornos no crescimento.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das parasitoses intestinais pode ser feito por diferentes métodos como tubagem duodenal, provas sorologias e intradérmicas, pesquisa dos vermes em material coletado ao exame proctológico e avaliação radiológica. 
TRATAMENTO
No tratamento dos doentes, o remédio clássico é o Befênio, também são eficazes o Pirantel, Mebendazol e Tiabendazol.
PROFILAXIA
As principais medidas de prevenção consistem na construção de instalações sanitárias adequadas, evitando assim que os ovos dos vermes contaminem o solo, uso de calçados, impedindo a penetração das larvas pelos pés. Além do tratamento dos portadores, é necessária uma ampla campanha de educação sanitária.
10.TEANIA SOLIUM x T. SAGINATA
DOENÇA
Teníase Cisticercose 
AGENTE ETIOLOGICO
Teania solium x T. saginata
FORMA EVOLUTIVA
T.solium: 1,5 a 8 metros, T.saginata: 4 a 12 metros. Sobrevida de 25 a 30 anos.
CICLO BIOLOGICO
A Teníase é adquirida pela ingesta de carne de boi ou de porco mal cozida, que contem as larvas. Quando o homem acidentalmente ingere os ovos de T. solium, adquire a Cisticercose. A Cisticercose humana por ingestão de ovos de T. saginata não ocorre ou é extremamente rara. Os ovos das tênias permanecem viáveis por vários meses no meio ambiente, contaminado pelas fezes de humanos portadores de Teníase.
SINTOMATOLOGIA
Muitas vezes a Teníase é assintomática. Entretanto, podem surgir transtornos dispépticos, tais como alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjoos, diarreias frequentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.
DIAGNOSTICO
Lavagem do bolo fecal em peneira fina. Recolhimento das proglotes, as proglotes devem ser transparecidas com solução de ácido acético, comprimidasentre duas lâminas de vidro e observadas contra a luz. Realização da identificação entre T.solium e T.saginata pela visualização da morfologia e ramificações uterinas.
TRATAMENTO
Teníase - Mebendazol: 200mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, VO; Niclosamida ou Clorossalicilamida: adulto e criança com 8 anos ou mais, 2g, e crianças de 2 a 8 anos, 1g, VO, dividida em 2 tomadas; Praziquantel, VO, dose única, 5 a 10mg/kg de peso corporal; Albendazol, 400mg/dia, durante 3 dias.
Neurocisticercose - Praziquantel, na dose de 50mg/kg/dia, durante 21 dias, associado a Dexametasona, para reduzir a resposta inflamatória, consequente a morte dos cisticercos. Pode-se, também, usar Albendazol, 15mg/dia, durante 30 dias, dividida em 3 tomadas diárias, associado a 100mg de Metilprednisolona, no primeiro dia de tratamento, a partir do qual se mantem 20mg/dia, durante 30 dias. O uso de anticonvulsivantes, às vezes, se impõe, pois cerca de 62% dos pacientes desenvolvem epilepsia secundária ao parasitismo do SNC.
 
PROFILAXIA
A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinhar bem as carnes e na fiscalização da carne e seus derivados (linguiça, salame, chouriço, etc.).
11. TRICHURIS TRICHIURA
DOENÇA
Tricuríase 
AGENTE ETIOLOGICO
Trichuris trichiura
FORMA EVOLUTIVA
Os vermes adultos medem cerca de 3 a 5cm de tamanho, sendo o macho pouco menor que a fêmea, tem cor branca ou rósea e em ambos os sexos.
CICLO BIOLOGICO
A ingestão de ovos larvados, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes humanas. Moscas também são vetores que transportam os ovos, depositando-os nos alimentos, pelo ar. Ovos são eliminados com as fezes (são infectantes por longos períodos), o embrionamento dos parasitos é externo, a larva infectante forma-se no interior do ovo e aí permanece. Ingestão do ovo com a larva infectante por parte do homem, desenvolvimento das larvas nas criptas cecais (número de parasitos normalmente é pequeno), acasalamento de parasitos adultos e oviposturas.
SINTOMATOLOGIA
O parasitismo por T. trichiura na maioria das vezes é assintomático. As manifestações mais frequentes nos caos sintomáticos são cólicas intestinais, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, insônia e perda de peso. Nas infecções severas podem ocorrer tenesmo e enterorragia,acompanhada por anemia. Em crianças menores de cinco anos, desnutridas e com elevada carga de parasitária pode ocorrer o pro lapso retal.
DIAGNOSTICO
O diagnóstico laboratorial de tricuíase baseia-se no exame parasitológico de fezes com pesquisa de ovos do parasito. Os vermes adultos podem ser encontrados ao exame macroscópico das fezes.
TRATAMENTO
Benzimidazóis: Albendazol 400mg Mebendazol 20mg/ml.
PROFILAXIA
Medidas de controle relacionada com parasitos denominados de “geo-helmintos”, peridomicílio é o local importante de infecção em áreas de alta endemicidade. Lavar bem as mãos e alimentos, beber somente água tratada, cuidado com o solo contaminado.
12. ASCARIS LUMBRICOIDES
DOENÇA
Ascaridíase 
AGENTE ETIOLOGICO
Ascaris lumbricoides
FORMA EVOLUTIVA
São grandes, com cerca de 50 µm de diâmetro, ovais e com cápsula espessa, em razão da membrana externa mamilonada, secretada pela parede uterina e formada por mucopolissacarídeos.
CICLO BIOLOGICO
Ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes humanas. De 4 a 8 dias, período necessário para completar o ciclo vital do parasita. Durante todo o período em que o indivíduo portar o verme e estiver eliminando ovos pelas fezes. Portanto, é longo quando não se institui o tratamento adequado. As fêmeas fecundadas no aparelho digestivo podem produzir cerca de 200.000 ovos por dia. A duração média de vida dos vermes adultos é de 12 meses. Quando os ovos embrionados encontram um meio favorável, podem permanecer viáveis e infectantes durante anos.
SINTOMATOLOGIA
Corriqueiramente, não causa sintomatologia, mas pode manifestar-se por dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia. Quando há grande número de vermes, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal. Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares com broncoespasmo, hemoptise e pneumonite, caracterizando a síndrome de Löefler, que cursa com eosinofilia importante. Quando há grande número de vermes, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal.
DIAGNOSTICO
O quadro clínico apenas não a distingue de outras verminoses, havendo, portanto, necessidade de confirmação do achado de ovos nos exames parasitológicos de fezes. Diagnóstico diferencial - Estrongiloidíase, amebíase, apendicite, pneumonias bacterianas, outras verminoses.
TRATAMENTO
Albendazol (ovocida, larvicida e vermicida), 400 mg/dia, em dose única para adultos; em crianças, 10 mg/kg, dose única; Mebendazol, 100 mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Não é recomendado seu uso em gestantes. Essa dose independe do peso corporal e da idade. Levamizol, 150 mg, VO, em dose única para adultos; crianças abaixo de 8 anos, 40 mg; acima de 8 anos, 80mg, também em dose única. Tratamento da obstrução intestinal: Piperazina, 100 mg/kg/dia + óleo mineral, 40 a 60 ml/dia + antiespasmódicos + hidratação. Nesse caso, estão indicados sonda nasogástrica e jejum + Mebendazol, 200 mg ao dia, dividido em 2 tomadas, por 3 dias.
PROFILAXIA
Medidas de educação em saúde e de saneamento. Evitar as possíveis fontes de infecção, ingerir vegetais cozidos e lavar bem e desinfetar verduras cruas, higiene pessoal e na manipulação de alimentos. O tratamento em massa das populações tem sido preconizado por alguns autores para reduzir a carga parasitária. Contudo, se não for associado a medidas de saneamento, a reinfecção pode atingir os níveis anteriores, em pouco tempo.
 
1. Enteamoeba histolytica
· Site: http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Protozoa/Entamoebahistolytica.htm 
· Site: https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-e-microspor%C3%ADdios-intestinais/ameb%C3%ADase
2. Giarda lambila
· Site: https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/giardiase/
· Site: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2014/03/giardia-lamblia-g-duodenalis-g.html
· Site: https://pt.slideshare.net/EnioRodrigoo/giardia-lamblia-ideal-2014
· Site: http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Protozoa/Giardialamblia.htm
3. Trypanosoma cruzi
· Site: https://agencia.fiocruz.br/doen%C3%A7a-de-chagas
· Site: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/doenca-de-chagas
4. Leishmania chagasi
· Site: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/leishmaniose-visceral
· Site: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/NEVE/LLEISHMANIOSES.pdf
5. Plasmodium
· Site: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria#diagnostico
· Site: https://pt.slideshare.net/gildocrispim/aula-n-5-plasmodium
6. Toxoplasma gondi
· Site: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/toxoplasmose
· Site: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose
· Site: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2017/04/toxoplasma-gondii-e-toxoplasmose.html
7. Schistomosa Mansoni
· Site: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/esquistossomose
· Site: http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicacoes/ESQUISTOSSOMOSE.pdf
· Site: http://aude.gov.br/noticias/934-saude-de-a-a-z/esquistossomose/11240-descricao-da-doenca
8. Enterobius vermicularis
· Site: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Regiane_caso_clinico.pdf
· Site: https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/oxiurus-enterobius-vermicularis/
· Site: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/enterobius-vermiculares/460
9. Ancylostoma Duodenale
· Site: http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u3a6.html
· Site: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Ancilostomiase.php
10. Teania solium x T. saginata
· Site: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1824/teniasecisticercose.htm
· Site: http://www.profbio.com.br/aulas/parasito2_07.pdf· Site: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Teniase.php
11. Trichuris trichiura
· Site: https://pt.slideshare.net/fernandamarinho5209/trichuris-trichiura-46143798
12. Ascaris lumbricoides
· Site: http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=989
· Site: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/12/ascaris-lumbricoides.html
· Site: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1724/ascaridiase.htm
1 Artigo apresentado à Universidade Potiguar, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Farmácia, em 2019. 2 Graduando em Fa

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