Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
7º Semestre – UAM Disciplina ministrada por Melina Yasuoka Afecções do Sistema Nervoso – Ruminantes Observar alterações no comportamento – fazer um bom exame neurológico Se é uma doença primária ou secundária (possibilidades etiológicas) Localização – qual sistema está acometido Extensão da lesão Diagnóstico, prognóstico e tratamento POLIOENCEFALOMALACIA (PEM) – NECROSE DA SUBSTÂNCIA CINZENTA – Relacionada à deficiência de vitamina B1 e intoxicação por enxofre. Fatores de risco: animal pode ter deficiência de tiamina ou ingerir alimentos ricos em tiaminase (enzima que degrada a tiamina). Dieta rica em enxofre – ao cair no rúmen, as bactérias celulogenicas transformam o sulfato em sulfeto, e ao cair na corrente sanguínea faz hipóxia, causando necrose dos neurônios. Animal apresenta decúbito, depressão, afastamento do rebanho, head pressing, ataxia, bruxismo, incoordenação, nistagmo, movimentos involuntários e movimentos de pedalagem. Diagnóstico Confirmatório - histopatológico Presuntivo – histórico e sinais 7º Semestre – UAM Disciplina ministrada por Melina Yasuoka Dosagem de concentrações de sulfeto (aumentada) e tiamina (baixa), aumento de lactato (devido à isquemia). Diagnóstico pós mortem – necropsia – coleta de fragmentos cerebrais ou cérebro completo. Fazer avaliação macroscópica com luz florescente (massa cinzenta fica fluorescente), observa-se edema cerebral e amolecimento do cérebro. Avaliação microscópica – é menos viável. Tratamento A cada 4-6 horas por três dias consecutivos (IM ou IV): -10 a 20 mg/kg de tiamina lenta (MonovinB1®) -0,2mg/kg de dexametasona Convulsões: Diazepam, fenobarbital Edema cerebral: manitol, furosemida Não há tratamento para PEM induzida por sulfatos (corrigir manejo) Prognóstico – depende do quão rápido se faz o atendimento Prevenção e controle Suplementação com tiamina, analise dos teores de enxofre em alimentos, água e pastagem LISTERIOSE *ZOONOSE – de importância à saúde pública Ocorre esporadicamente. Ingestão de alimentos contaminados (alimentos em decomposição). Mais fatal em ovinos e caprinos. É uma bactéria resistente, que fica muito tempo no ambiente. Sintomas Anorexia, febre, depressão, head pressing, andar em círculos, ptose mandibular e auricular, perda da sensibilidade facial, nistagmo, desvio lateral de cabeça e andar em círculos pro lado da lesão. Diagnóstico Associar histórico aos sinais clínicos. Exame de líquor, isolamento do agente. 7º Semestre – UAM Disciplina ministrada por Melina Yasuoka Tratamento Antibioticoterapia – penicilina ou oxatetraciclina. Pode-se associar anti- infamatórios, fluidoterapia, transfusão de líquido ruminal (pois a flora do rúmen pode estar alterada) e vitaminas do complexo B. Prevenção: tirar o animal do ambiente contaminado e trocar a alimentação. LENTIVIROSES Importante principalmente em pequenos ruminantes. - Artrite encefalite caprina – forma articular -Maed-Visna em ovinos – pneumonia, desorientação (encefalite) Caráter persistente e curso progressivo – doença silenciosa. Os animais acometidos podem permanecer assintomáticos ou apresentar síndromes multissistêmicas. Etiologia: Família Retroviridae. Sensíveis ao calor, detergentes e solventes lipídicos. O vírus é inativado a 56ºc/ 1H A transmissão ocorre pela ingestão do colostro, contato direto entre animais, líquidos, fluídos contaminados, agulhas, marcadores. Há transmissão cruzada de ovinos para caprinos. Apresentação: Articular – aumento da circunferência articular (principalmente em caprinos), manqueira, perda da flexibilidade articular. Nervosa – animais jovens (2 a 4 meses de idade). É fatal, animais apresentam tremores, depressão, torcicolo, andar em círculos. Mamária – Endurecimento parcial ou total do úbere. Respiratória – Pneumonia intersticial (tosse, cansaço fácil, secreção nasal) Diagnóstico Isolamento do agente. Punção articular – celularidade com 90% de mononucleares. IDGA – Alta especificidade e baixa sensibilidade. 7º Semestre – UAM Disciplina ministrada por Melina Yasuoka Fazer amostras seriadas. Controle e prevenção Oferecer alimento de boa qualidade, isolar as crias de fêmeas positivas, administração do colostro (56ºC por 60min) e leite pasteurizado, testar os animais com frequência, sacrifício de cabras soropositivas (se houver 1 animal positivo no rebanho), separação de grupo soropositivo e soronegativo (separar os animais em lote se houver muitos animais positivos), higienizar o maquinário e instalação com amônia quaternária.
Compartilhar