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Bovinocultura de corte 2

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Introdução
O campo da bovinocultura de corte é muito amplo e rentavel, ao longo dos anos alguns países vieram se destacando neste mercado. Tendo por base os criterios de : efetivo do rebanho, taxa de abate e indices de exportação, os paises que irão se destacar em campo mundial são: India, China, Estados Unidos, União Sovietica, Brasil, Australia e Argentina. No Campo nacional brasileiro de acordo com o IBGE em 2001, os principais produtores são os estados: Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goias, Parana e São Paulo.
No Brasil a bovinocultura de corte é uma importante fonte de empregos no país, envolvendo em seu processo produtivo cerca de 10.000 trabalhadores. Cerca de 1% do rebanho total brasileiro tratasse de gado em confinamento. O que considerando-se que o Brasil tem o segundo maior rebanho do mundo esse numero é bastante expressivo. Em 2000 o rendimento brasileiro foi de cerca de 210 kg de carne por animal abartido e a produção média anual brasileira chegou a 7 milhões de toneladas, representando cerca de 14% da produção mundial.
No Brasil um grande trunfo para a produção de carne bovina é o fato do país ter grande extensão territorial o que por sua vez evita que a cultura chegue a competir por espaço com o homem. Além deste fato, o clima tropical brasileiro favorece ao pastejo, tendo maior número de dias de pastejo, o pais possui uma variedade bem extensa de especies forrageiras, assim permitindo com que muitas raças se adaptem.
No começo, a produção não ira adotar muitas tecnologias, é extensiva, á base de pasto, exige maior área disponivel com relação a bovinocultura leiteira. A produção da bovinocultura de corte é anual ao contrario da de leite que é diaria. Porem a de leite requer mais assistencia que a bovinocultura de corte, no entanto o rebanho destinado para produção de carne normalmente possui maior numero de cabeças e necessita de investimento inicial maior que a leiteira, mesmo as suas intalações sendo mais rusticas e simples. 
Com base no cenario global pode-se afirmar que a pecuaria de corte brasileira tem grande possibilidade de se expandir tanto em cenario nacional quanto internacional e assim se firmar. Mesmo com alguns entraves frequentemente presentes na produção como: Politica desorganizada, falta de planejamento na entresafra, baixa natalidade entre outros fatores. No entanto, não se deve basear a bovinocultura de corte apenas no animal em terminação, é preciso ter programas que viabilizem todas as fases da pecuaria em especial a fase de cria. Para que se faça todo o processo de forma correta é importante que se tenha intalações em boas condições para toda a produção. 
Tipos de Confinamento
1) A Céu aberto: este modo de confinamento consiste em curraletes feitos para o confinamento de cerca de 50 a 100 animais, devendo ter uma area disponivel de 8 a 20 m2 por animal, No Brasil essa medida vai variar de 9 a 12 m2. Cada curralete possui comedouros para volumosos com cerca de 0,5 a 0,7 metros lineares por cabeça, cochos para sal com cerca de 0,03 metros lineares por cabeça e para melaço/ ureia e ainda , bebedouro com capacidade para de 20 a 40 litros por dia. Todos os comedouros dvem estar ao longo das cercas, devem ser cobertos, deve-se observar a orientação leste-oeste no sentido das cumieiras dos telhados e aproximadamente 1,8 a 2,0m à frente dos mesmos deve ser pavimentado, sendo o restante de piso natural. As divisorias dos curraletes de confinamento devem ter altura variante de 1,80 m até 2,0 m e podem ser confeccionadas de madeira, de cordoalha de aço 1/4" com esteios a cada 2,0 - 2,5mou arame liso ovalado com esteios de madeira a cada 6,0 m balancins a cada 2 m. Este projeto deve prever o aumento no numero de curraletes e o curral de confinamento deve peritir acesso para o curral de manobras.
2) Galpão de Encerra: metodo de confiamento consistente em um galpão com area disponivel de cerca de 3-5 m2 por animal, contendo comedouro medindo de 0,7 - 1,0 m/ cabeça para volumosos, sal mineral, melaço-ureia e ainda bebedouro. Deve possuir um beiral do telhado de apromadamente 1,0 m de largura, um pé direito de 4 m, sendo recomendado que se utilize para confinar entre 50 a 60 aniamais. Deve possuir ainda uma porteira de entrada para que seja feita a retirada do esterco produzido. Este metodo de confinamenteo é bem eficiente no que diz respeito ao controle de doenças e do ambiente, no entanto, é um metodo considerado de sotisficado a caro, além de exigir mais equipamentos. É mais recomendado para os paises de clima temperado , Pois em países de clima tropical o controle do ambiente se torna limitante, porém muito embora seja comum em alguns paises tropicais como no Brasil nas regiões do Parana e de São Paulo.
Currais de manobra
São usados para a vacinação e marcação de animais que vão iniciar a fase do confinamento e também para pesar e embarcar na saída do confinamento. Podendo ser dos tipos simples, para manobra de cerca de no maxímo 500 cabeças por vez, melhorados para até 1000 cabeças por vez ou australiano, que suporta mais de 1000 cabeças por vez. Se recomenda cerca de 2 m2 de área disponivel para cada animal, que por mais simples que seja, este curral, ele tem que ser dividido em curraletes para igual número de animais por fim, também que esteja localizado no centro do grupo de animais. Normalmente, os currais de manobra contem seringa, tronco coletivo, sala de apartação, tronco individual, porteiras de apartação, embarcadouro e em alguns casos , brete pulverizador ou até mesmo pulverizador costal.
Detalhes da construção do curral de manobra:
Piso: Deve ser preferencialmente de terra natural, cascalho ou de mistura de cascalho com areia. Eixo de serviço em laje de pedra ou concreto 1:4:8 com capeamento aspero de 1:3.
Divisorias: externas feitas com esteios de diâmetro 15 a 17 cm ou secção quadrada 15x15 cm ou 17x17 cm, enterrados a uma profundidade de cer de 1,0 - 1,5 m, cada 2,0 m e furados para passagem de aproximadamente 8 fios de cordoalha de aço 1/4", espaçados em sua base de 20 cm e no topo 35 cm. As internas do eixo de serviço devem ser feitas com os mesmos esteios mencionados anteriormente, a cada 1,5 m e cercados com tabuas de 15 a17 cm de largura por 3,5 a 4,0 cm de espessura. Todas as divisorias têm sua altura variando de 1,8 a 2,0 m.
Coberturas: Devem ser cobertos o tronco coletivo, o individual e a balança, devendo haver embaixo das coberturas um espaço cercado para o operador ficar. Procura orienta as coberturas no sentido leste-oeste, com pé direito variando entre 3 - 4 m, estrutura devem ser de madeira ou concreto pré fabricado com telhas de cimento amianto.
As porteiras da periferia do curral de manobras possuem uma abertura maior, cerca de 3 - 4 m. Uma recomendação importante para a construção do curral de manobras é que os cantos das cercas devem ser arredondados.
Acessorios:
Cochos para minerais: é dividido em duas partes, uma para o sal mineral e outra para farinha de ossos, podendo ser construido em madeira e devendo ser locados em divisas das cercas. Com um comprimento de 4,0 m pode-se beneficiar de 100 a 150 animais.
Cochos para melaço- ureia: Um tambor de 200 litros cortado ao meio resulta em dois cochos que atenderam entre 30 - 40 animais. Podem ser construidos de madeira, alvenaria ou concreto. Devem ter dispositivo adequado para que o animal consuma pouca mistura, o que pode ser conseguido por meio de uma grade feita com madeira ou de rodas e eixos adaptadas ao tanque.
Porteiras: Devem ter couceiros ou batentes mais reforçados com cerca de 20 cm de diametro ou 20x20 cm de secção quadrada. Podem ser confeccionadas com madeiras ou perfis metalicos, sendo mais comum o perfil circular.

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