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Complicações da anestesia completo Complicações da Anestesia Reações Anafiláticas e Anafilactóides Hipertermia Maligna Complicações Respiratórias Complicações Circulatórias Complicações Renais Complicações Neurológicas Reações anafiláticas e anafilactóides Reações Anafiláticas e Anafilactóides Quando ocorrem reações alérgicas que põem em risco a vida, elas são chamadas anafiláticas. Quando anticorpos não são responsáveis pela reação ou quando o envolvimento de anticorpos na reação não pode ser provado, a reação é chamada anafilactóide 4 Definição Anafiláticas x Anafilactóides Incidência Crescente 1:600 – 1:25000 Óbitos: 3 a 9% Gravidade : Doença de base cirúrgica e outras patologias associadas Reações Anafiláticas e Anafilactóides Incidência vem aumentando por aumento real no número de caso e maior número de publicações de casos. A incidência varia na dependência do método de levantamento, do local e da época. Barash: 3,4% de óbito No caso das RAA na anestesia, a gravidade é maior pq os pacientes já tem uma doença de base cirúrgica e muitas vezes tem outras doenças associadas. 5 Reações Anafiláticas e Anafilactóides Geralmente, as RAA costumam ocorrer entre segundos a 30 minutos da administração venosa. Quanto mais precoce o começo da reação, mais grave é o caso. Barash: 90% das reações ocorrem nos primeiros 5 minutos. Na anestesia, são usados vários anestésicos em um curto espaço de tempo. Diagnóstico difícil pq os pacientes estão anestesiados e não referem sintomatologia. Muitos fármacos já causam alterações no sistema cardiovascular e ou respiratório e isso pode confundir o anestesista e agravar uma RAA. É difícil a verificação de alterações cutâneas visto que o paciente permanece com o corpo coberto pelos campos cirúrgicos. Outro fator q dificulta o diagnósto é o fato do anestesista possuir várias funções no momento da cirurgia e realizar vários procedimentos o q pode desviar sua atenção de sinais de reações alérgicas 6 Vias de Administração (ppt: IV) Segundos a 30 minutos Mais precoce e mais grave Várias drogas na anestesia Diagnóstico difícil Sem sintomatologia referida Alterações fisiológicas por outros fármacos Corpo coberto pelos campos cirúrgicos Realização de vários procedimentos em uma mesma cirurgia (intubação, posicionamento) Reação imunológica Reação não-imunológica Reações Anafiláticas e Anafilactóides Fisiopatologia Os mecanismos q levam a RAA podem ser de origem imunológica ou não imunológica, mas é muito difícil distinguir ambas por meio de manifestações clínicas 7 Interação específica antígeno-anticorpo Mediada por IgE (Reação anafilática) Mediada por IgG/IgM (ativação da via clássica do complemento) Reação por reexposição ao antígeno Reações Anafiláticas e Anafilactóides Reação imunológica As reações imunológicas possuem 2 características principais: interação específica antígeno-anticorpo ou reação por reexposião ao antígeno 8 Reações Anafiláticas e Anafilactóides Exposição prévia ao antígeno ou a uma substância de estrutura semelhante é necessária p produzir sensibilização. Na reexposição, a ligação do antígeno fazendo ponto entre dois anticorpos IgE imunoespecíficos localizados na superfície dos mastócitos e bsófilos libera mediadores armazenados, incluindo histamina. Metabólitos do ác. Aracdônico são sintetizados e liberados também. Esses mediadores liberados produzem uma série de reações, como broncoespasmo, vasodilatação, etc. Dentre os mediadores liberados, o mais importante é a histamina. 9 Mastócitos e basófilos Receptores H1, H2, H3 Aumento da permeabilidade capilar Broncoconstrição Alteração da frequência cardíaca Arritmias ventriculares Reações Anafiláticas e Anafilactóides Mediadores Armazenados Histamina A histamina estimula os receptores H1, H2 e H3. A ativação do H1 libera o fator relaxador do endotélio (óxido nítrico), aumentando a permeabilidade vascular e contraindo o músculo liso das vias áreas (broncoespasmo). A ativação do H2 causa secreção gástrica, inibe a ativação dos mastóscitos e vasodilata 10 Fator quimiotático eosinofílico Fator quimiotático neutrofílico Mastócitos – T1/2=2h, bom marcador de reação anafilática Triptase Hidrolases Peroxidases Reações Anafiláticas e Anafilactóides Mediadores Armazenados Outros mediadores armazenados são: A triptase é liberada pelos mastócitos após 15 a 30 minutos do início da reação e tem meia-vida em torno de 2h o que a torna um marcador importante de reação anafilática ao contrário da histamina q tem meia-vida entre 100 e 120 segundos. 11 Mediadores sintetizados Ácido aracdônico (membrana celular dos mastócitos e basófilos) Fosfolipase A2 Diacilglicerol lipase Reações Anafiláticas e Anafilactóides Lipo-oxigenase Leucotrieno Ciclo-oxigenase Prostaglandinas, tromboxano A2 e prostaciclina No momento da ativação dos mastócitos, também são sintetizados alguns mediadores dentre eles os derivados do ác aracdônico. O ác. Aracdônico é formado na membrana celular dos mastócitos e basófilos por meio de 2 enzimas: fosfolipase A2 e diacilglicerol lipase. A seguir, ele é metabolizado em seus produtos por meio da lipo-oxigenase e ciclo-oxigenase 12 Mediadores sintetizados Resposta inflamatória Broncoconstrição (início mais lento, porém maior duração e potente) Permeabilidade capilar Vasoconstrição pulmonar e coronariana Reações Anafiláticas e Anafilactóides Esses mediadores causam: Os leucotrienos produzem vasodilatação, broncoespasmo, aumentam a permeabilidade capilar e vasoconstrição coronariana. As prostaglandinas produzem vasodilatação, broncoespasmo e aumentam a permeabilidade capilar. 13 Ativação da via alternativa do complemento Liberação direta de histamina Reações Anafiláticas e Anafilactóides Reação Anafilactóide Reação não-imunológica A ativação do complemento segue vias imunológicas mediadas por anticorpos (via clássica) ou não imunológicas (via alternativa). Os mecanismos envolvidos na liberação não imunológica da histamina ainda não são bem compreendidos, mas parece ter relação com a ativação seletiva de mastócitos e não de basófilos. A liberação não imunológica da histamina pode envolver ativação de mastócitos através da ativação específica de células sinalizadoras 14 Liberação de histamina por estímulo imunológico e por estímulo não imunológico através da substâcia P. O estímulo imunológico libera histamina, prostaglandina e leucotrienos por um mecanismo q dura mais ou menos 5 min e exige o influxo intracelular de Ca. Já o estímulo não imunológico libera apenas histamina por um mecanismo q dura aproximadamente 15 segundos e usa o Ca mobilizado no intracelular. 15 Sistema Cardiovascular Mais profunda e precocemente afetado Quadros graves Quadro Clínico No paciente anestesiado, a manifestação q mais ameaça a vida é o colapso circulatório, refletindo vasodilatação com retorno venoso diminuído. Os quadros graves, chamados de choque anafilático, evoluem em duas fases: hipercinética (nos primeiros 5 minutos) e hipocinética. Hipocinética: Hipotensão continua e começa a haver redução do retorno venoso pela hipovolemia progressiva. 16 Hipercinética Hipotensão arterial Vasodilatação das arteríolas terminais Diminuição da RVS Aumento da permeabilidade capilar Taquicardia Hipocinética Vasodilatação persiste (ação direta na musculatura lisa dos mediadores) Hipotensão continua Redução do retorno venoso Sistema Cardiovascular Taquicardia sinusal Extrassístoles Bloqueios Ritmo ectópico Fibrilação ventricular Quadro Clínico Os sintomas cardíacos variam desde: O quadro final é um choque hipovolêmico, com hemoconcentração, aumento da viscosidade sanguínea, redução do retorno venoso e débito cardíaco. 17 Sistema Respiratório Edema da mucosa respiratória Broncoespasmo (grave óbito) Hipertensão pulmonar Obstrução da garganta Rouquidão Redução da complacência pulmonar Quadro Clínico São manifestações frequentes (50%) queresultam da reação inflamatória das vias aéreas causando: - Broncoespasmo pode ser grave e evoluir pra óbito 18 Manifestações cutâneas Urticária generalizada Edema de face e mucosas (língua, laringe, faringe) Edema visível > 1mm (grande acúmulo de volume no subcutâneo) Quadro Clínico As manifestações cutâneas variam de leves e localizadas a generalizadas. Nas reações graves, com colapso cardiovascular pode ocorrer urticária generalizada, edema... O edema p torna-se visível deve ser maior que 1mm. 1mm de fluido subcutâneo em todo o corpo significa um grande acúmulo de líquido. 19 Outras alterações Ativação do sistema de coagulação Hipercoagulabilidade Alterações gastrointestinais Edema de fígado e baço Hipersecreção intestinal (diarréia, náuseas e vômitos) Quadro Clínico Pode ocorrer ativação do sistema de coagulação com hipercoagulabilidade. Pode também haver alterações gastrintestinais como... 20 Reações Anafiláticas e Anafilactóides em Anestesia Incluindo-se os agentes anestésicos, os BNM e os barbitúricos de ação ultracurta são os maiores responsáveis, enquanto q os anestésico locais levam a uma incidência mínima. 21 BNM Fármacos relacionados a RAA 54 Látex Fármacos relacionados a RAA 22.3 Hipnóticos Fármacos relacionados a RAA 0.8 Opióides Fármacos relacionados a RAA 2.4 Antibióticos Fármacos relacionados a RAA 14.7 Reações Anafiláticas e Anafilactóides em Anestesia Agentes de indução Os agentes de indução q mais estavam associados a RAA foram os q utilizavam como solvente o cremofor. Na década de 70, a incidência era muito elevada e casos graves, com óbitos, foram registrados, fazendo com q esses agentes fossem retirados do mercado. Barbitúricos: as reações podem ser anafiláticas ou anafilactóides, pode haver reação cruzada com outros barbitúricos. A frequencia de reação anafilática ao tiopental chega a 66,3%. Porpofol: o propofol tinha na sua composição o cremofor que foi substituido ao ser constato o alto índice de RAA. Pacientes alérgicos a ovo e a soja não devem ser submetidos a anestesia com propofol, mas não há nada comprovado. Alguns relatos de caso, mostram a associação propofol-atracúrio, precedendo o aparecimento de RAA. Os benzodiazepínicos e a cetamina são considerados seguros do ponto de vista de RAA. 22 Barbitúricos Anafiláticas ou anafilactóides Tiopental (66,3%) Propofol Alérgicos a ovo e soja não devem usar Associação propofol-atracúrio Anestésicos voláteis Nenhum caso comprovado Cetamina Segura Benzodiazepínicos Considerados seguros Reações Anafiláticas e Anafilactóides em Anestesia Bloqueadores Neuromusculares Maior incidência (1:6500) Reações anafiláticas (75%) e Reações anafilactóides (atracúrio) – Histamina (15%), mecanismos indefinidos (10%) Reação cruzada com outros BNM, alimentos, cosméticos, fármacos – Amônio biquaternário Os BNM são os fármacos q levam a maior incidência de RAA (1:6500). Podem levar a reação anafiláticas, 75%, e anafilactóides por liberação direta de histamina, 15%, ou outro mecanismo, 10%. O atracúrio é o q mais leva a reações anafilactóides por liberação direta de histamina. São, geralmente, casos mais graves. Os BNM podem induzir reações anafiláticas por meio de reações cruzadas com outros BNM, alimentos, cosméticos e outros fármacos, como anti-histaminicos, neostigmina. Isso permite com q indivíduos se tornem sensibilizados sem nunca terem contato prévio com um BNM. A explicação p este fato é a molécula de amônio biquaternário que é comum a todos os BNM e essas outras substâncias. A succinilcolina é o BNM q mais leva a RAA 23 Frequência relativa dos BNM envolvidos em RAA BNM Succinilcolina Pancurônio Atracúrio Rocurônio Outros 37.6 2.6 23.7 26.2 9.9 A flexibilidade da molécula do BNM perto do amônio biquaternário e permite o movimento de toda a estrutura podendo assim se ligar a IgE. As estruturas mais flexíveis (succinilcolina) conectam-se com mais falicidade as IgE q estruturas rígidas (pancurônio e vecurônio) 24 Reações Anafiláticas e Anafilactóides em Anestesia Antibióticos Dentre os atb, as penicilinas e cefalosporinas são as mais implicadas nas RAA e os aminoglicosídeos são os q menos causam RAA. Pacientes alérgicos a penicilina têm incidência maior de alergia as cefalosporinas por causa do anel beta-lactam comum a ambos. A vancomicina quando infundida IV rapidamente pode provocar hipotensão grave por depressão miocárdica e por liberação direta de histamina. A profilaxia p esse evento é a infusão lenta. Quinolonas constituem o terceiro grupo mais relacionado a RAA. A bacitracina e a rifamicina utilizadas para irrigação local da ferida podem causar RAA graves. 25 Penicilinas Mais associados a reações alérgicas Cefalosporinas Reação cruzada entre cefalosporina e penicilina (anel beta-lactam) Vancomicina Hipotensão grave por depressão miocárdica e por mecanismo anafilactóide (histamina) – Infusão venosa rápida Quinolona Bacitracina e Rifamicina – RAA graves Reações Anafiláticas e Anafilactóides em Anestesia Outros fármacos A morfina é considerada um fármaco q libera histamina diretamente, no entanto, esse liberação não é clinicamente importante. Já foram demostradas reações anafiláticas graves com fentanil, mas não com sufentanil e alfenta. RAA com anestesicos locais é rara. O q ocorre na prática são reações tóxicas em virtude da dose excessiva com alteração do SNC e do SCV q são confundidas com RAA. Os aines possuem uma incidência elevada de reações anafilactóides que podem variar desde urticárias leves até broncoespasmo grave. Os anticorpos IgM e IgG são formados a partir do contato com pastas de dente, medicamentos, antígenos bacterianos, açúcar. As reações ao dextran são classificadas quanto a sua gravidade desde manifestacões cutâneas leves até fibrilação ventricular e óbito. As reações anafilactóides podem ser frequentes em virtude da sensibilização q pode ocorrer ao longo da vida. É um diagnóstico difícil, a piora hemodinâmica do paciente pode levar a hipótese de hipovolemia o q faria com q o médico aumentasse ainda mais a infusão do colóide agravando a reação.. As gelatinas causam RAA mais frequentemente do q o dextran provavelmente pq pessoas podem ser sensibilizadas com a ingestão de gelatina alimentar. 26 Opióides Morfina libera histamina (não clinicamente importante) Anestésicos Locais Raras AINES Incidência elevada de reações anafilactóides (1% dos casos) Colóides (Dextran) Anticorpos formados a partir do contato com pastas de dente, medicamentos, antígenos bacterianos, açúcar Gelatinas Reações anafilactóides – Incidência elevada (reação cruzada com gelatina alimentar) Relato de reações graves ao fentanil Na prática, reações tóxicas Urticária até broncoespasmo grave Gravidade (I a IV) Reações anafilactóides podem ser frequentes (sensibilização) Alergia ao Látex Mediada por IgE (anafilática) Principal determinante do aumento da sensibilidade – Luva Incidência de sensibilização maior em atópicos A reação ao látex é mediada por IgE onde as proteínas do látex constituem os antígenos. As luvas são os principais determinantes. A incidência de sensibilização ao látex é maior em pacientes atópicos. 27 Alergia ao Látex Pacientes submetidos a múltiplas cirurgias e Sondagens repetidas pelo contato frequente com DL. 28 Grupos de risco Pacientes submetidos a múltiplas cirurgias Sondagens repetidas Profissionais de saúde Trabalhadores que utilizam derivados do látex (cabelereiro, trabalhadores de limpeza, etc) Manifestações Clínicas Dermatite de contato a choque anafilático Vias de contato: cutânea, inalatória, mucosa Início tardio: 40 e 120 minutos Lembrar de AL: Alteração hemodinâmica ou pulmonar inexplicável ou quadros de RAA de repetição na mesma internação Alergia ao Látex O quadro clínico pode variar desde uma dermatite de contato a um choque anafilático. As vias de contato podem ser cutanea, inalatoria e mucosa o q justifica um tempomaior p o surgimento dos sintomas. Início tardio, geralmente em torno de 40 a 120 minutos. 29 Cuidados na internação Kit látex free Primeiro horário Identificação no leito Profilaxia Tratamento Remoção dos DL Alergia ao Látex A estruturação de uma sala de cirurgia p pcte sensibilizados ao látex é fundamental, devendo haver um kit latex free com materiais básicos. A cirurgia deve ser agendada p o primeiro horário e deve haver uma placa ou cartaz na porta da sala de cirurgia, no leito da SR ou UTI indicando q o pcte é alergico ao látex. Não há medicação profilática. Corticoide e anti-histaminicos são desaconselhados pela falsa segurança q induz, pois substima a possibilidade de casos graves. O tratamento consiste no mesmo esquema utilizado p todas as reações anafiláticas (adiante) e na remoção do antígeno, no caso, os derivados do látex. 30 Alergia ao Látex - Testes Teste in vivo são mais sensíveis, porém trazem a possibilidade de reações graves não previsíveis. Os teste in vitro não levam risco ao paciente, mas tem sensibilidade reduzida. Os mais utilizados atualmente são... Triptase: São coletadas 3 amostras. Níveis de triptase maiores q 25 geralmente indicam ativação mastocitária independente da causa. Os testes cutâneos são os mais empregados por serem mais baratos e mais simples. Consiste na administração na forma de escarificação ou injeção intradérmica do antígeno e verificação após tempo determinado se houve aparecimento ou não de reação no local. Devem ser realizados 4 a 6 semanas após RAA. Os testes radioimunoensaio avaliam a presença de IgEs específicas. São testes de custo elevado, porém são mais seguros pois são in vitro. São menos sensíveis q os cutâneos 31 Dosagem plasmática de triptase Valores > 25mg.L ativação de mastócitos (independente da causa) 3 amostras (logo após iniciar o tratamento, 1h após e 24h após) Testes cutâneos Mais empregados Escarificação ou injeção intradérmica 6 semanas após reação Testes de radioimunoensaio Presença de IgEs Mais seguros e menos sensíveis Fatores Predisponentes para RAA Aqueles paciente q já apresentaram uma RAA possuem incidência maior p novo evento. No caso de pacientes com história prévia de RAA a BNM e q necessitem de anestesia geral, deve-se encaminhá-lo a um alergo para testes cutâneo aos BNM. Pacientes sensíveis a AINES ou aspirinas devem evitá-los; pacientes asmáticos possuem maior risco de broncoespasmo com AINES. Pctes com RAA sem identificação do agente causador em anestesia geral: deve-se optar sempre por bloqueios e se não for possível, faz anestesia geral optando por drogas mais seguras como halogenados, benzodiazepínicos, cetamina e evitando-se os BNM e derivados do látex 32 Sexo feminino e adultos História pregressa de alergia RAA prévia a BNM Alergologista Sensíveis ao AINE ou aspirina Evitar Asmáticos – maior risco de broncoespasmo RAA anterior sem identificação do causador Se ocorreu na anestesia geral – optar por bloqueios ou geral (halogenados, cetamina, midazolan, alfentanil, não usar BNM) Atopia Reações Anafiláticas e Anafilactóides - Tratamento As medidas iniciais se baseiam nessas 3 esferas... -Enquanto o quadro clínico persistir, nenhum agente deve ser ofertado ao paciente, mesmo com o risco de superficializar a anestesia. - A via aérea deve ser garantida. Se não estiver intubado, intuba. Nos casos de intubação difícil em q há condições de ventilação, deve-se ofertar O2 sob máscara. Nos caso em q se prever dificuldade de intubação por edema laríngeo, a máscara larígea pode ser uma alternativa 33 Suspensão da administração do agente Todos os fármacos, exceto cristalóides Interrupção da anestesia Nenhum agente deve ser administrado na reação Manutensão da permeabilidade da via aérea Intubar O2 sob máscara – ventila (intubação difícil) Prever dificuldade de intubação (máscara laríngea) Reposição volêmica Colóides Discutível Pode levar a RAA Infusão EV de cristalóides Rápida 20 a 30ml/kg – crianças 1000 a 2000ml (velocidade: 5 a 10ml/kg nos 1º 5 minutos) - adulto Epinefrina 1 amp em 5 a 10ml de SF – doses fracionadas Preferência EV – IM se EV não for possível Tratamento A administração de colóides, mesmo repondo a volemia mais rapidamente, é discutível, pois pode levar a RAA A infusão de cristalóides deve ser rápida e da ordem de 20 a 30 pra crianças e 1000 a 2000 pra adultos na velocidade de 5 a 10ml/kg nos 5 minutos Epinefrina é a droga de escolha. Os efeitos alfa-adrenérgicos vasoconstrigem para reverter a hipotensão; a estimulação dos receptores beta broncodilata e inibe a liberação de mediadores ao aumentar o AMP clíclico nos mastócitos e basófilos 34 Tratamento secundário Corticosteroides Hidrocortisona – 0,25 a 1g IV Metilprednisolona – 1 a 2g IV Azul de metileno Bloqueia o relaxamento da musculatura lisa mediado por óxido nítrico Mais estudos são necessários Bicarbonato de sódio Hipotensão persistente e/ou acidose Anti-histamínicos Não há evidências para uso vasodilatação e broncoconstrição mediadas pela histamina Tratamento Corticoides podem contribuir com seu efeito antiinflamatório. Agem em cerca de 12 a 24h, por isso podem ser úteis pra atenuar as reações de fase tardia. O azul de metileno possui a capacidade de bloquear o relaxamento da musculatura lisa mediado por óxido nítrico e pode ser usado no choque refratário. Acidose pode ocorrer rapidamente em paciente hipotenso e prejudicar o efeito da epinefrina, por essa razão, se o paciente tiver acidose ou hipotensão refratária, está indicado o uso de bicarbonato Os anti-histamínicos não inibem reações anafiláticas nem a liberação de histamina, mas competem com esta nos seus receptores. Os bloq de H1 colaboram na redução da vasodilatação e broncoconstrição 35 Situações especiais Choque refratário ou resistente à epinefrina Noraepinefrina, metaraminol, glucagon, vasopressina Usuário de Beta-bloqueador Aumentar as doses de epinefrina 100 mcg em bolus; se ineficaz, 1mg a cada 1 a 2 min Glucagon – 5 a 15mcg/min Reação tardia Doses elevadas de epinefrina Manter todo paciente em UTI no pós-choque Tratamento No choque refratário a epinefrina, outros fármacos podem ser utilizados como nora, aramin, glucagon (efeito inotropico e cronotropico positivos). Nos usuários de beta-bloq, é necessário aumentar as doses de epinefrina. Uma opção eficaz é o glucagon. Alguns pacientes podem desenvolver uma reação tardia de 6 a 12h após a RAA. Esses pacientes necessitam de doses maiores de epinefrina. Por causa do risco de reação tardia, todo paciente deve ser mantido em UTI no pós-choque por pelo menos 24h 36 Hipertermia maligna “É uma afecção hereditária e latente, caracterizada por resposta hipermetabólica aos anestésicos voláteis (halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano e desflurano) e à succinilcolina, devido a um desarranjo da homeostase intracelular do cálcio.” Definição Incidência Ocorre igualmente entre os sexo, embora sejam descritos mais crise entre os homens. A incidência varia de país p país com base em diferenças genéticas. Uma maior incidência é descrita em áreas com maior prevalência de consanguinidade. 39 Adultos – 1 a cada 50 mil anestesias Crianças – 1 a cada 15 mil anestesias Todas as raças Igual nos sexos Regiões com incidência de consanguinidade ES e SC Etiologia A síndrome está associada a diferentes mutações genéticas, a maioria localizada no cromossomo 19, no gene pra o receptor de rianodina, sendo a localização mais frequente a 19q13.2. São quase 30 mutações identificadas ao logo do gene Ryr1, como também pelo envolvimento de outros genes indentificados em outros cromossomos e q codificam proteínas q interagem com os receptores de rianodina. Isso explica a expressividade variável 40 Herança autossômica dominante com penetrância reduzida e expressão variável Mutações no cromossomo 19, no gene para o receptor rianodina (Ryr 1), localizado 19q13.2 Mutaçõesde genes de outros cromossomos que interagem com o canal Ryr 1 Fisiopatologia Os níveis de Cálcio são controlados: Receptor rianodina do retículo sarcoplasmático Receptor diidropiridina do túbulo transverso Sistema Cálcio-ATPase Em condições normais, os níveis de cálcio no mioplasma são controlados pelos ... 41 Potencial de ação gerado na placa motora da jnm propagado pelo sarcolema (memb plasmática do musculo) pela abertura dos canais de Na voltagem dependente. Potencial de açao continua p dentro do tubulo t (2) até os receptores diidropiridina (3). Estes funcionam como sensores de voltagem e são acoplados a canais de liberação de calcio (4). Esses canais são abertos e liberam algumas das reservas de calcio nas cisternas terminais são liberados (5) e a concentração de calcio mioplasmatico se eleva. Ca difunde-se para as miofibrilas e interage c complexo troponina/tropomiosina associado c actina (linhas finas) e permite sua interação c a miosina (grossa) p a movimentaçao mecanica. Daí o ca difunde-se para longe das miofibrilas, chega na bomba de calcio impulsionada pelo atp (7), bombeia p dentro do reticulo sarcoplasmatico longitudinal (8) e daí difunde-se p as cisternas terminais p se concentrar. Já o na q entra no potencial de ação é expelido pela Na/K atpase (9) e pela bomba de troca na/ca (10), elevando a concentraçao intracelular de calcio. Normalmente, a despolarização da célula muscular é detectado pelo receptor DHP, que é pensado para sinalizar RYR1 abertura por uma ligação directa física. 42 Fisiopatologia Os anestésicos voláteis podem aumentar a atividade desse receptor de rianodina, mas isso não altera consideravelmente o metabolismo do cálcio. No entanto, no músculo acometido esse receptor permanece mais tempo aberto e mais cálcio se desloca pro intracelular, causando um estado hipermetabólico 43 Quadro Clínico Os primeiros sintomas surgem dentro dos primeiros 30 minutos. O quadro clínico geralmente se manifesta na SO, mas tb pode se manifestar na SR ou na enfermaria. Essa taquicardia, taquipnéia, arritmias resultam da estimulação do sistema nervoso simpático sec ao hipermetabolismo e a hipercarbia. As arritmias tb podem ser causa da hiperpotassemia resultante da destruição dos miócitos. A hipertermia ocorre numa velocidade de 1-2ºC a cada 5 minutos 44 Iniciais Taquicardia Elevação progressiva do CO2 exalado Taquipnéia Rigidez de masseter Cianose Arritmias Hipertermia Sudorese profusa Tardias Febre acima de 40º C Cianose Má perfusão cutânea Instabilidade hemodinâmica Rigidez muscular generalizada Quadro Clínico Rigidez muscular de masseter Estudos mostram incidência máximo dos 8 aos 12 anos. Após a indução da anestesia, o paciente apresenta rigidez da mandíbula e dificuldade em abrir a boca. Doses repetidas de succinil não aliviam o problema q regride em 2-3 minutos. É raro uma crise clássica ser desencadeada imediatamente após a RMM. Se a anestesia for continuada, os sinais iniciais de uma crise clássica pode ser desencadeado em cerca de 20 minutos. Se a anestesia for interrompida, o paciente recupera-se tranquilamente, mas dentro de 4 a 12h pode apresentar mioglubinúria e elevação de CK. 45 Mais comum em crianças a adultos jovens Rigidez ao abrir a mandíbula Continuação da anestesia Regride em 2-3 minutos Doses repetidas de succinilcolina não aliviam Descontinuação da anestesia Sinais iniciais aparecem em 20 minutos Recuperação tranquila Mioglobinúria e elevação de CK (4 a 12h) Quadro Clínico Formas atípicas O maior desafio é o diagnóstico de formas atípicas. Algumas dessas formas são... 46 Rabdomiólise perioperatória Início tardio do quadro clássico Recorrência tardia Ausência de resposta com teste de contratura positivo Hipotensão inexplicada Quadro Clínico Classificação das crises de HM As crises de HM são classificadas conforme sua forma de apresentação. 47 Elis Fulminantes Ranklev-Twetman Fulminantes Moderada Leve Rigidez de masseter com alteração muscular Rigidez de masseter com alterações metabólicas Rigidez de masseter isolada PCR inexplicada Outras Abortivas Espasmo de masseter Atípicas Drogas que desencadeiam HM Drogas Seguras Drogas Inseguras Anestésicos locais Antibióticos Atracúrio Barbitúricos Benzodiazepínicos Cetamina Droperidol Ópioides Óxido nitroso Todos os agentes inalatórios (exceto óxido nitroso) Succinilcolina Sais de potássio Manifestações laboratoriais A mioglubinúria coloca o paciente em risco de Insuficiência Renal Essa elevação da CK é dramática, podendo chegar a 20000 49 Iniciais Hipercapnia (acidose respiratória) Tardias Mioglobinúria Elevação da creatinocinase Elevação da creatininemia CIVD Acidose metabólica Hiperlacticidemia Hiperpotassemia Dessaturação venosa central Diagnóstico – Nas crises Nas crises, o diagnóstico é fundamentado no quadro clínico. Não há testes laboratoriais q permitam o diagnóstico na crise. Os exames complementares tem maior utilidade na avaliação das complicações e na resposta ao tratamento. Larash desenvolveu uma escala de critérios clinicos q leva em consideração alguns pontos e avalia a probabilidade do evento ser ou não HM 50 Fundamentado no quadro clínico Exames complementares – Avaliação das complicações e resposta ao tratamento Escala clínica de Larach Essa escala leva em consideração alguns pontos como... E pontua essas alterações. Ao final, o somatório dos pontos é feito e a classificação é realizada conforme essa pontuação 51 Diagnóstico Teste de contração cafeína-halotano A confirmação diagnóstica com o teste de contração halotano-cafeína é obrigatória, pois é a partir de casos confirmados q se fará o planejamento da investigação de familiares. Tiras de músculo vasto lateral pesando 100-200 mg e medindo 15-30mm de comprimento, 2-3mm de largura e espessura. Barash:HALOTANO Positivo > 0,7g, negativo < 0,5g e duvidoso entre 0,5 e 0,7 CAFEÍNA: Mais específico. >0,3g +, <0,2g -, entre 0,2 e 0,3 é duvidoso 52 Obrigatório Resposta contrátil à exposição de cafeína e halotano Positivo Planejamento dos familiares 50% de probabilidade em um parente direto Fascículo de 2mm diâmetro e 15-30mm de comprimento Halotano – 1% a 3% Cafeína – 0,125 a 16mM Resposta contrátil > 0,7g (Halotano 3%) Resposta contrátil > 0,3g (2mM de cafeína) Diagnóstico Teste de contração cafeína-halotano A biópsia deve ser realizada, no mínimo, após 3 meses do episódio suspeito (antes disso, pode-se encontrar lesão muscular residual). Devido a grande massa de músculo necessária p o exame, a biópsia n deve ser realizada em pacientes com menos de 20kg Não deve ser realizada em crianças com peso inferior a 20kg e em pacientes sob tratamento com dantrolene 53 Biópsia Pacientes em uso de dantrolene – Não realizar No mínimo, após 3 meses Crianças com peso < 20kg – Não realizar Vasto lateral da coxa Diagnóstico Diferencial Hipertermia sem rigidez muscular Tireotoxicose Sepse Feocromocitoma Aquecimento iatrogênico Hipoventilação Hipnose e analgesia inadequados Hipertermia com rigidez muscular Sínd. Neuroléptica maligna Encefalopatia hipóxica Hemorragia intracraniana Contraste iônico no SNC Cocaína, anfetamina, ecstasy, salicilatos Tratamento Fase aguda O tratamento preconizado é a terapia precoce com dantrolene EV associada a medidas de suporte o q resulta em uma recuperação de até 100%. Bicarbonato na dose de 1 a 2 mEq/kg 56 Interrupção imediata da interrupção de anestésicos voláteis e/ou succinilcolina Injeção IV dantrolene Hiperventilação com O2 100% Bicarbonato de sódio Tratamento Fase aguda Tratamento das arritmias com drogas habituais. Não usar bloq do canal de cálcio pq tem risco de hipercalemia se usado junto com dantrolene.57 Resfriamento ativo: colchão hipotérmico, gelo na superfície corporal, NaCl 0,9% gelado Tratamento da hiperpotassemia: solução polarizante, gluconato de cálcio, bicarbonato de sódio Tratamento das arritmias Diurese > 2ml/kg/h: Hidratação, furosemida Tratamento Dantrolene Injeção venosa de dantrolene na dose de 2,5mg/k q podem ser repetidas até o controle da crise. Ainda q doses maiores sejam necessárias, geralmente o controle é obtido com dose total menos q 10mg/kg 58 Dose: 2,5mg/kg (repetidas até o controle das manifestações) Cada frasco: 20mg de dantrolene associado a 3g de manitol. Diluido em 60ml de água Dantrolene liga-se a RYR1, fazendo com que a favorecer o estado fechado, invertendo assim o fluxo desinibido de cálcio para o sarcoplasma. Inibição do acoplamento excitação-contratura ao nível dos túbulos tranversos 59 Tratamento Fase tardia Observação em leito de UTI por pelo menos 24h por causa do risco de recidiva.. Dantrolene 1mg/kg a cada 6 horas. Controle dos parametros vitais a cada 8h. Orientação do paciente e de seus familiares acerca da doença e da importância da realização da biopsia muscular. 60 UTI por 24h Checar (8/8h) temp, gasometria arterial, CPK, K, Ca, coagulograma, mioglobina Dantrolene IV: 1mg/kg 6/6h por 24h Orientar família Tratamento profilático O tto profilático não é mais indicado como rotina em pacientes suscetíveis dada a impropabilidade de um evento grave em paciente nunca exposto a agentes desencadeantes e tb por causa dos efeitos colaterais do dantrolene (flebite, potencialização do bloqueio muscular, cefaleia...). A admnistração profilática de dantrolene está reservada p situações especiais como... 61 Não é mais indicado como rotina em paciente suscetível Indicado: história pessoal pregressa de HM e disfunção cardiocirculatória ou renal que torne o paciente incapaz de tolerar a fase inicial de um episódio de HM Dantrolene 2,5 mg/kg Associação com outras doenças Doenças Neuromusculares O fenótipo de suscetibilidade à HM pode manifestar-se secundariamente em indivíduos com doenças neuromusculares... 62 Distrofia muscular progressiva tipo Becker e tipo Duchenne Distrofia muscular congênita Distrofia miotônica Miotonia congênita Paralisia periódica familiar Síndrome de King Doença do núcleo central Complicações cardiovasculares Hipertensão Arterial Perioperatória Causas A ativação do sistema nervoso simpático com elevação da PA é a principal resposta ao estresse cirurgico. E tem como causas a dor, ansiedade... Ou ser reflexa como na HIC ou na distensão vesical 64 Ansiedade Dor Anestesia inadequada Hipercapnia Hipoxemia Fármacos Reflexa Hipertensão Arterial Perioperatória Hipertensão leve a moderada não contraindica a cirurdia desde q o paciente seja monitorizado. Já um diagnóstico não esperado no momento da cirurgia deve ser invstigado, levando em conta causas segundárias como feo ou hipertireoidismo. Não estar claro a incidência de complicações e PAS> 180 e PAD < 110, alguns estudos dizem que q esses pcte são mais suceptíveis a isquemia perioperatória, disritmias e labilidade cardiovascular, mas não há evidência pra adiar a cirurgia. A PA arterial deve ser mantida dentro de 20% do valor do pré e reduções acentuadas devem ser evitadas no paciente hipertenso pq pode diminuir o fluxo sanguíneo esplâncnico. 65 Hipertensão leve a moderada Não contraindica quando há monitorização Diagnóstico na cirurgia Investigar causas secundárias PAS >180 mmHg ou PAD > 110 mmHg Mais suscetíveis a isquemia perioperatória, disritmias e labilidade cardiovascular Alvo 20% dos valores do pré-operatório Reduções acentuadas devem ser evitadas: fluxo esplâncnico Hipertensão Arterial Perioperatória Complicações A hipertensão perioperatória deve ser tratada, pois pode levar a complicações e aumentar a morbi-mortalidade intraoperatória. Algumas complicações mais temidas de uma hipertensão perioperatória são... 66 Ruptura de aneurisma de aorta Rompimento de sutura arterial Hemorragia intracerebral Hipertensão intracraniana Encefalopatia hipertensiva Isquemia miocárdica Insuficiência ventricular esquerda Hipertensão Arterial Perioperatória Hipertensos Crônicos Os pacientes hipertensos crônicos quando tratados inadequadamente podem apresentar instabilidade hemodinâmica incluindo elevação e queda significativa da pressão 67 Hipertensão crônica tratada inadequadamente Instabilidade hemodinâmica Elevação e queda significativa da PA Hipertensão Arterial Perioperatória Hipertensos Crônicos Esses pacientes hipertensos, possuem uma reserva coronariana reduzida e a oferta de O2 é altamente dependente da pressão de perfusão, consequentemente, eles são susceptíveis a isquemia miocárdica se os níveis pressóricos cairem abaixo do limite da autoregulação 68 Reserva coronariana reduzida Oferta de O2 altamente dependente da PPC PA cai (limite da autorregulação): suscetíveis a isquemia miocárdica Hipertensão Arterial Perioperatória Tratamento O tto se inicia com a correção de causas reversíveis como anestesia superficial, hipoxemia, hipercapnia. Fármacos anti-hipertensivos de efeito imediato podem ser necessários p evitar complicações. Os bloqueadores ganglionares bloqueiam competitivamente os receptores colinérgicos nicotínicos nos neurônios pós-ganglionares nos gânglios tanto simpáticos quanto parassimpáticos. Além disso, essas drogas podem bloquear diretamente o canal da acetilcolina nicotínico, de maneira idêntica aos bloqueadores nicotínicos neuromusculares. A nível do receptor nicotínico, os interesses farmacológicos são: Bloquear o receptor nicotínico com Trimetafan impedindo a liberação de Adrenalina e Noradrenalina, o que contribui muito na terapia hipertensiva FENTOLAMINA: bloqueio alfa 1 e 2 adrenergico 69 Correção de causas reversíveis Anestesia superficial, hipoxemia, hipercapnia Fármacos anti-hipertensivos de ação imediata Nitroprussiato, nitroglicerina, hidralazina, beta-bloqueadores, trimetafan (bloq. ganglionar), Fentolamina Hipotensão Arterial Causas Existem 3 causas gerais pra hipotensão arterial... 70 Diminuição da pré-carga Depressão da função cardíaca Diminuição da RVS Hipotensão Arterial Diminuição da pré-carga A pré-carga indica o quanto o músculo cardíaco está estirando antes da contração. Clinicamente, é o volume diastólico final do ventrículo q pode ser inferido pelas pressoes de enchimento, venosa central e de oclusão da arteria pulmonar. A contração cardíaca será aumentada se for aumentado o enchimento ventricular e portanto, se houver diminuição da pré-carga, haverá diminuição do volume ventricular ejetado e do débito cardíaco. Essa diminuição da pré-carga pode ocorrer por redução do volume intravascular por perda sanguínea ou desidratação, outra causa é a hipovolemia relativa por represamento venoso por bloqueio simpático, mudança na posição do paciente, vasodilatação medicamentosa ou por liberação de histamina. 71 Hipovolemia absoluta Hipovolemia relativa Desidratação Perda sanguínea Bloqueio simpático Posicionamento VD medicamentosa Liberação de Histamina Hipotensão Arterial Depressão da função cardíaca Podem deprimir a bomba cardíaca... 72 Anestésicos cardiodepressores Disritmias Infarto do miocárdio Hipocalcemia Distúrbios acidobase graves Hipoxemia Hipotireoidismo Hipotermia Hipocortisolismo Hipotensão Arterial Diminuição da RVS A hipotensão arterial pode ocorrer tb pela diminuição da RVS não compensada. As principais causas são... 73 Bloqueio simpático Neurogênica Drogas Sepse Reação anafilactóide Anestesia espinhal TRM ou TCE VD ou anti-hipertensivos Hipotensão Arterial Recomendações A PA mínima aceitável dificilmente é definida com precisãoevaria de acordo com a idade e condições do paciente. No entanto, a hipotensão é grave quando prejudica a perfusão de órgãos vitais como cérebro, coração, etc. 74 Evitar hipoperfusão prolongada Certificar oxigenação adequada Identificar e corrigir causa básica ↑Reposição hídrica Vasopressores Hipotensão Arterial - Adendo Sangramento A resposta fisiológica durante a perda de fluidos e sangue é um indicador indireto da necessidade de reposição volêmica. A perda sanguínea pode causar... Entretanto, se o paciente fizer uso de beta-bloq o pcte pode não apresentar alterações na FC 75 Quadro clínico Beta-bloqueador Reposição de perdas Resposta fisiológica Taquicardia, vasoconstrição periférica, diminuição do débito cardíaco e urinário, hipotensão arterial Pode não haver alterações da FC Indicador indireto de reposição Até 15%: Sem necessidade 15% a 30%: Cristalóide. Considerar colóide 30% a 40%: Cristalóide e colóide. Considerar CH (estado clínico) > 40%: Cristalóide, colóide e hemoderivados Alteração da Circulação Coronariana Fatores perioperatórios Taquicardia Hipertensão ou hipotensão Anemia Hipoxemia Estresse Dor Interrupção de beta-bloqueador Isquemia intraoperatória O desequilíbrio entre a oferta e a demanda de O2 durante o estresse cirurgico é um mecanismo comum de morbimortalidade perioperatória. Fatores de risco p alterações cardíacas... 76 Alteração da Circulação Coronariana Isquemia Intraoperatória A isquemia intraoperatória, no paciente de alto risco, está associada a ... Esses risco ainda são maiores nas cirurgias vasculares. A isquemia é mais grave durante o período pós-operatório precoce. 77 IAM, angina instável e óbito de causa cardíaca Risco maior nas cirurgias vasculares Mais grave no pós-operatório precoce Alteração da Circulação Coronariana Diagnóstico A monitorização com ECG permanece como a pedra angular no diagnóstico de alterações coronarianas. V5 (75%), V4 (61%) e V5+V4 (90%). A troponina é o biomarcador preferencial como CK-MB é menos sensível e menos específico em pacientes perioperatórios. CK-MB deve ser medido apenas se dosagem de troponina não estiver disponível. O ETE também tem sido proposto. Alguns estudos mostram que a disfunção mecanica durante a isquemia precede alterações no ECG. Outros estudos provaram q alterações na contratilidade da parede são mais sensível do q alterações no segmento ST p detectar isquemia, no entanto alguns estudo citam q o ETE tem pouco benefício no diagnóstico de isquemia cardíaca 78 ECG (V5 e V4 – 90%) Enzimas cardíacas Ecocardiograma transesofágico Alteração da Circulação Coronariana Tratamento Pacientes crônicos q já recebem medicação p pressão ou doença cardíaca devem continuar usando suas medicações. Os beta-bloq possuem a capacidade de diminuir a taquicardia intraoperatória e com isso evitar o consumo excessivo de oxigênio pelo miocárdio. Os anestésicos locais epidurais reduzem a pré carga e a pós-carga por bloqueio simpático. 79 Manutensão do tratamento anti-hipertensivo ou anti-anginoso Beta-bloqueadores Anestésicos locais epidurais Transfusão de CH (anêmicos) Correções hemodinâmicas Complicações respiratórias Obstrução Faríngea Conceitos A queda da língua é a causa mais comum de obstrução faríngea no paciente inconsciente. A abordagem consiste em ... Caso essa combinação não seja efetiva, as cânulas oro e nasofaríngea pode ser úteis 81 Queda da língua Causa mais comum de obstrução faríngea Abordagem Extensão da cabeça Deslocamento anterior da mandíbula O2 sob máscara Cânula oro ou nasofaríngea Obstrução Laríngea Conceitos O espasmo laríngeo é decorrente da estimulação dos nervos laringeos superiores causando contratura sustentada dos músculos adutores das cordas vocais. A hipocapnia e hiperventilação aumentam a contratura dos músculos adutores e diminuem o limiar p o espasmo. Já a ... Aumentam o limiar do reflexo dos músculos adutores. A superficialização da anestesia pode desencadear um laringoespasmo em concordância com a impressão clínica de q este pode ser combatido aprofundando a anestesia. 82 Espasmo laríngeo Contratura sustentada dos músculos adutores das cordas vocais Estímulo dos nervos laringeos superiores Hipocapnia Hiperventilação Hipoventilação Hipercapnia Hipóxia (PaO2 < 50) Profundidade da anestesia Obstrução Laríngea Conduta A conduta no laringoespasmo é semelhando a da obstrução faringea. Deve-se ofertar O2 sob máscara mantendo uma pressão positiva em torno de 40. Se não houver melhora, está indicada succinilcolina na dose de 0,1 a 1. Caso a via aérea não seja reestabelecida, a intubação traqueal está indicada e se esta não for possível, faz-se uma crico 83 O2 sob máscara (manter pressão positiva – 40 mmHg) Succinilcolina 0,1 a 1 mg/kg IOT Cricotireoidostomia Soluços Conceito Espasmos involuntários dos músculos inspiratórios (diafragma) seguido do fechamento repentino da glote Causa Irritação do diafragma por distensão gástrica ou processo inflamatório Incidência maior: Cirurgia de abdome Os soluços são resultado de ssparmos involuntários dos músculos inspiratórios, principalmente o diafragma, seguido do fechamento repentino da glote como resultado de um estímulo vagal. Esse estímulo costuma ser precipitado pela irritação do diafragma por distensão gástrica ou processo inflamatório. Incidência maior ocorre após cirurgias de abdome superior. 84 Soluços Fatores precipitantes Tratamento Alguns fatores são citados como precipitantes... O tratamento consiste em... Como ultimo recurso, o bloqueio do nervo frênico 85 Hipocapnia Curarização superficial Anestesia superficial Terapia dopaminérgica Descompressão gástrica Clorpromazina (10 a 20mg) Pramipexol Gabapentina Baclofeno Bloqueio do nervo frênico Broncoespasmo Conceito Estreitamento da luz bronquial como consequência da contração da musculatura dos brônquios Causas Estimulação faríngea ou traqueal – Secreções, aspiração ou intubação 86 Broncoespasmo A anestesia regional ou geral sob máscara pode evitar a estimulação, mas não necessariamente eliminar a possibilidade de broncoespasmo e um bloqueio peridural alto pode até agravar um broncoespasmo pelo possível bloqueio simpático das vias aéreas inferiores, com predomínio do parassimpático. A cetamina possui propriedades broncodilatadoras e é boa indicação p pcte instáveis hemodinamicamente. Anestésicos inalatórios podem promover relaxamento da musculatura lisa brônquica, porém desflurano e isoflurano podem exercer efeito irritante. 87 Anestesia regional ou geral sob máscara Cetamina Evitar a estimulação Relaxamento da musculatura lisa brônquica Não elimina totalmente a possibilidade de broncoespasmo Anestésicos inalatórios Bloqueio peridural alto (T1-T4) pode agravar um broncoespasmo – Bloqueio das terminações simpáticas da VA Propriedades broncodilatadoras Efeito irritante (desflurano e isoflurano) Broncoespasmo Manifestações clínicas No intraoperatório, o broncoespasmo se manifesta com sibilos, aumento do pico da pressão de insuflação, redução dos volumes exalados e elevação lenta da curva de CO2. A inspiração mecânica gera pressão positiva (pressão maior do que a atmosférica) na abertura da via aérea. 88 Sibilos Aumento do pico da pressão de insuflação Redução dos volumes exalados Elevação lenta da onda de CO2 Broncoespasmo Profilaxia A chave p o curso perioperatório sem intercorrências é uma avaliação pré-anestésica bem feita, manutenção das medicações usadas no perioperatório e evitar agentes desencadeantes. Os receptores H2 são responsáveis pelo relaxamento da musculatura brônquica, nesse caso, os bloqueadores dos receptores H2 contribuem p o broncoespasmo. 89 Avaliação pré-anestésica bem feita Manutenção das medicações no perioperatório Evitar agentes desencadeantes Antiinflamatórios,broncodilatadores Beta-bloqueadores, bloqueadores dos receptores H2-histamínicos, succinilcolina, atracúrio Broncoespasmo Diagnóstico Diferencial Entre as causas q simulam o broncoespasmo... 90 Torção de tudo traqueal Secreções Intubação endobrônquica Edema ou embolia pulmonar Pneumotórax Broncoespasmo Tratamento O tratamento do broncoespasmo leve a moderado deve ser iniciado com agonista beta, salbutamol, atraves de puff ou liberados diretamente no ramo inspiratório do ventilador. Também pode ser usado sulfato de terbutalina. Em broncoespasmo intenso, pode ser necessário aminofilina. Corticoides são úteis e devem ser considerados nos pacientes com história de terapia com os mesmos. O brometo de ipratropio tem sua maior indicação nos pacientes portadores de DPOC. 91 Leve a moderado Intenso Agonista Beta-adrenérgico Terbutalina (0,005 mg/kg IV ou 0,25mg SC) Aminofilina (4 a 6 mg/kg) Metilprednisolona ou hidrocortisona (1,5 a 2 mg/kg) – História de terapia com glicocorticoide Brometo de ipratrópio (DPOC) Broncoespasmo Extubação A extubação em plano profundo previne o broncoespasmo e a lidocaína pode auxiliar no bloqueio dos reflexos estimulantes do broncoespasmo. 92 Extubação em plano profundo Lidocaína (1,5 a 2,0 mg/kg) Bloqueio dos reflexos estimulantes para broncoespasmo Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico É uma síndrome q se relaciona com a depressão dos reflexos protetores da laringe, ocorrendo a aspiração do conteúdo gástrico de forma passiva, regurgitação, ou de forma ativa, como vômito 93 Depressão dos reflexos protetores da laringe Aspiração passiva: regurgitação Aspiração ativa: vômitos Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Maioria dos casos na indução Consequências dependem: Quantidade, tipo e distribuição do material expirado Principal mecanismo protetor Esfíncter Esofagiano Inferior (EEI) A maioria dos casos ocorre durante a indução da anestesia e um pouco menos frequentemente durante a extubação e o despertar. As consequencias clínicas dependem da quantidade, tipo e distribuição do material aspirado. O principal mecanismo protetor da regurgitação e aspiração é o EEI. 94 Fatores que afetam o tônus do EEI Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico 95 Anticolinesterásicos Colinérgicos Ach Succinilcolina Agonistas alfa-adrenérgicos Antiácidos Histamina Anestésicos inalatórios Opióides Anticolinérgicos Gravidez Propofol Beta-agonistas Obesidade Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Condições predisponentes Condições predisponentes para aspiração. As doenças neurológicas causam perda dos reflexos protetores 96 Consciência deprimida Fatores mecânicos Outras AVC Encefalopatia Anestesia Convulsão Intoxicação alcooóica Hérnia de hiato Esclerodermia SNG Gravidez Obesidade Cirurgia de urgência Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Recomendações O jejum por 6h após refeição leve e 2h após líquidos claros é uma prática segura. IOT como o paciente acordado é técnica de escolha quando existe risco de aspiração pulmonar e possível dificuldade de manuseio da via aérea. 97 Jejum 6 horas – refeição leve IOT acordado Risco de aspiração 2 horas – líquidos transparentes Dificuldade de manuseio de VA Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Tipos de aspirado Líquido não ácido Líquido ácido Partículas não ácidas Partículas ácidas Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Líquido não ácido Estudos de aspiração incluindo volumes de 2 a 4ml de líquidos com pH>2,5 demonstraram poucas anormalidades com focos de mudanças inflamatórias. Fisiologicamente, ocorre significante e rápida redução na PaO2 e aumento da relação V/Q. Mas a tendencia é a normalização se pequenos volumes forem aspirados 99 2 a 4 ml/kg, pH > 2,5 : poucas anormalidades Diminuição da PaO2 e Alteração da relação V/Q Normalização se pequenos volumes pH < 2,5 Extensa área de atelectasia Destruição alveolar Edema intersticial moderado Hemorragia intra-alveolar Hipertensão pulmonar (Vasoconstrição) Desidratação importante (hipovolemia sec ao edema pulmonar) Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Líquido ácido Líquidos ácidos com pH<2,5 se dispersam completamente no pulmão em cerca de 12segundo e produzem extensas áreas de atelectasias. Ocorre importante destruição alveolar, edema instesticial e graus variados de hemorraria intra-alveolar. A hipóxia é mais precoce e ocorre hipertensão pulmonar resultante da vasoconstrição pulmonar hipóxica. A perda de líquido secundária a destruição e edema pulmonar pode acarretar desidratação e hipotensão. 100 Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Partículas não ácidas Histologicamente, surge inflamação, edema e hemorragia. Leucócitos e macrófagos se tornam presentes e há formação de granuloma ao redor da partícula, caracterizando a reação a corpo estranho. Os efeitos são mais drásticos q a aspiração de líquido ácido. A hipóxia é mais acentuada. Ocorre hipertensão pulmonar. 101 Inflamação Edema Hemorragia Formação de granuloma (leucócitos e macrófagos) – Reação de corpo estranho Hipóxia Hipertensão pulmonar Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Partículas ácidas Mudanças fisiológicas inciais são semelhantes à aspiração com líquido ácido, com posterior formação de granulona. A lesão tecidual é mais grave com hemorragia pulmonar extensa e focos de necrose alveolar. A hipóxia, hipercarbia e acidose são muito mais graves, assim como a hipotensão arterial e a hipertensão pulmonar 102 Inflamação Lesão tecidual grave Formação de granuloma (leucócitos e macrófagos) – Reação de corpo estranho Hipóxia Hipertensão pulmonar Hipercarbia Acidose Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Diagnóstico O diagnóstico definitivo é difícil de estabelecer, sendo a história extremamente importante. Na maioria das vezes, ocorre aspiração silenciosa q só é diagnosticada na SR ou na enfermaria. O sinal mais confiável e precoce é a hipóxia que ocorre mesmo após aspiração de solução fisiológica, o q indica solicitação de gasometria sempre q houver suspeita. Achados radiológicos são inadequados, pois podem demorar horas pra surgir e mesmo estarem ausentes 103 Difícil de estabelecer Hipóxia Exames radiológicos são inadequados Maioria dos casos: aspiração silenciosa Sinal mais precoce e confiável Na suspeita: gasometria Alterações radiológicas podem demorar horas Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Prevenção O melhor meio de prevenir é manter o paciente em estado de alerta com os reflexos vigentes, evitando a anestesia geral. No entanto, se esta não puder ser evitada, fármacos antiácidos, antagonistas dos receptores H2 da histamina e inibidores da bomba de prótons são úteis p promover redução da acidez e ou do volume do fluido gástrico. É prudente o emprego destes nos pacientes portadores de DRGE. 104 Evitar anestesia geral Anestesia geral não puder ser evitada Manter os reflexos Fármacos antiácidos, antagonistas dos receptores H2 da histamina, Inibidores da bomba de prótons Sínd. da Aspiração do Conteúdo Gástrico Tratamento O tratamento da síndrome deve ser individualizado. Atensão especial ao equilíbrio hídrico rigoroso, pois a aspiração provoca edema pulmonar e movimento de líquido p o interstício e alveolo podendo provocar hipovolemia significativa. A redução do débito urinário pode ocorrer e usar diurético pode agravar ainda mais o quadro. 105 Individualizado Atenção especial ao equilíbrio hídrico (Hipovolemia) Edema Pulmonar Mecanismos O edema pulmonar pode ocorrer por 2 mecanismos básicos: por pressão hidrostática elevada e por alteração na permeabilidade capilar. 106 Por pressão hidrostática elevada Por alteração da permeabilidade capilar Cardiogênico, neurogênico, pós-hemorrágico, por pressão negativa, por re-expansão SDRA Edema Pulmonar HemodinâmicoO edema pulmonar hemodinâmico ocorre por pressoes hidrostáticas elevadas ou pressoes intersticiais diminuidas, sem haver alterações endoteliais. Existem 4 tipos, dentre eles o cardiogênico q resulta do aumento da pressão venosa pulmonar e microvascular em decorrencia de uma insuficiência cardíaca esquerda. O pós-hemorrágico resulta do precário metabolismo da serotonina secundário a hipoperfusão, elevando o gradiente pressórico transmural e a transudação vascular (a serotonina causa vasoconstrição pulmonar) 107 Cardiogênico Aumento da pressão venosa pulmonar e microvascular sec a ICE Pós-hemorrágico Hipoperfusão metabolismo da serotonina Gradiente pressórico transmural= transudação vascular Edema Pulmonar Hemodinâmico Neurogênico: resulta da descarga simpática após lesões no SNC Pressão negativa resulta da negatividade pressórica originada no alveolo e no interstício decorrente do fechamento da glote durante uma inspiração profunda ou um reepansão súbita de pulmão colabado gerando uma pressão negativa subatmosférica de 50 a 100 e com isso, essa pressão negativa permite a transudação do líquido p o interstício 108 Neurogênico Descarga simpática após lesões agudas no SNC Pressão negativa Negatividade pressórica no alvéolo e interstício fechamento da glote na inspiração profunda ou re-expansão súbita do pulmão colabado (pressão negativa -50 a -100 mmHg) RTU de próstata IR oligúrica Hiper-hidratação IAM, isquemia no miocárdio, estenose mitral, miocardiopatia hipertrófica Disfunção miocárdica primária Fechamento sustentado da glote Edema Pulmonar Pacientes cirúrgicos Em pacientes cirúrgicos, o edema pulmonar resulta principalmente de hiper-hidratação relativa como a encontrada nos pacientes submetidos à RTU ou nos portadores de IR. Disfunção miocárdica primária como no ... E fechamento sustentado da glote durante inspiração profunda. 109 Edema Pulmonar Tratamento não específico A estratégia terapeutica compreende medidas não específicas e em seguida, identificação e tratamento dos fatores precipitantes. As medidas não específicas incluem posicionamento do paciente com o dorso elevado e se possível com os mmii pendentes, com isso, reduzindo o retorno venoso e a pré-carga. Torniquete de borracha nas raizes dos mmii e mmss 110 Posicionamento do paciente Torniquetes de borracha nos MMII e MMSS Dorso elevado e MMII pendentes Sem abolir o pulso Retorno venoso, pré-carga ventricular Edema Pulmonar Tratamento específico As medidas específicas incluem: O2 dob máscara ou cateter p manter a PaO2 >65, sulfato de morfina procurando diminuir o retorno venoso pela venodilatação e reduzir a hiperatividade adrenérgica do SNC q ocorre no edema pulmonar. Furosemida: por via venosa, complementa a redução da volemia e exerce efeito na venodilatação e aumento da diurese. Vasodilatadores na intenção de reduzir a resistência vascular sistêmica e pulmonar 111 O2 úmido sob máscara ou cateter Sulfato de morfina PaO2 > 65 mmHg Furosemida Vasodilatadores 1mg a cada 10 minutos Redução do retorno venoso SNC - hiperatividade adrenérgica do edema pulmonar 40 a 60 mg IV Nitroprussiato de sódio (0,5mg/kg) Nitroglicerina (5mcg/min) Edema Pulmonar Tratamento específico Cedilanide e dobutamina são inotropicos indicados no tratamento do edema pulmonar. A dobutamina representa a catecolamina mais indicada na falência cardíaca grave por interagir com os receptores alfa (mínimo) e beta (beta 1 e beta 2) aumentando o débito cardíaco e diminuindo a RVP, além de redução da pressão capilar pulmonar e aumento discreto na FC. 112 Lanatosídeo C Dobutamina 0,2 a 0,4 mg IV 6/6h ou 8/8h Catecolamina mais indicada na falência cardíaca grave Alfa e beta adrenérgico: DC e RVP Pressão capilar pulmonar e FC Edema Pulmonar Tratamento específico A dopamina, pelos seus efeitos dopaminérgicos e beta adrenérgicos, produz vasodilatação renal e mesentérica, aumento do inotropismo, do cromotropismo e do DC, mas pode apresentar efeitos indesejáveis pela venoconstrição sistêmica, aumentando o RV e as pressoes de enchimento do VE além de produzir aumento da FC e do consumo de O2 pelo miocardio. 113 Dopamina Vasodilatação renal e mesentérica Inotropismo, cromotropismo e DC Efeitos indesejáveis: (Venoconstrição sistêmica) aumento do RV, pressão de enchimento do VE, FC, consumo miocárdico de O2, Disritmia Edema Pulmonar Por pressão negativa - Tratamento Por pressão negativa - Contraindicação O edema por pressão negativa exige tratamento de apóio com manutenção da VA, oxigenação adequada e ventilação mecanica nos casos graves. Está contraindicada a terapia com diuréticos ou restrição hídrica pois esses pacientes tendem a ficar hipovolemicos por causa da transudação de líquido p o alveolo 114 Via aérea pervia Oxigenação Ventilação mecânica (graves) Diurético Restrição hídrica Edema Pulmonar Permeabilidade capilar aumentada Pacientes com permeabilidade capilar aumentada apresentam comprometimento alveolar difuso... Diferente do edema cardiogênio, possuem PVC e PCP normais ou reduzidas. 115 Comprometimento alveolar difuso Hipoxemia Complacência pulmonar Infiltrados pulmonares difusos PVC e PCP Edema Pulmonar Permeabilidade capilar aumentada Causas As causas são.... 116 Endotoxinas bacterianas Microembolismo para os pulmões Lesão direta por toxinas inaladas Edema Pulmonar Permeabilidade capilar aumentada Tratamento A terapia inicial deve ser direcionada p a correção do disturbio primário que provoca alteração na membrama alveolocapilar, como a remoção de focos infecciosos. Medidas de suporte ventilatório p mandar uma PEEP e uma PaO2 adequadas. A reposição de volume deve ser criteriosa p não aumentar o edema. 117 Correção do distúrbio primário Suporte ventilatório Reposição de volume criteriosa Embolia Pulmonar Tromboembolia – Fatores de risco Síndrome em q um trombo migra da circulação venosa inferior p obstruir ramos da artéria pulmonar. Possui como fatores de risco... 118 Obesidade Neoplasia Doenças clínicas: SAF, ICC, DPOC, Mieloproferativas, sdr. nefrótica Idade Tabagismo Imobilização Gravidez Embolia Pulmonar Tromboembolia – Manifestações clínica Embora em muitos casos não haja sintomatologia evidentes, a manifestação clínica mais comum é a dispnéia. Se houver êmbolos maiores e infarto pulmonar os pacientes podem desenvolver hipoxemia, dor torácica, broncoespasmo e dor isquêmica resultante do baixo fluxo coronariano e sofrimento cardíaco 119 Dispnéia Hipoxemia Dor torácica Broncoespasmo Dor isquêmica Embolia Pulmonar Tromboembolia – Exame físico Ao exame físico poderão apresentar... 120 Cianose Taquicardia Ingurgitamento venoso Hepatomegalia dolorosa Embolia Pulmonar Tromboembolia – Profilaxia As medidas profiláticas incluem... HNF – 5000U 12/12h O tratamento 80U/kg e 18U/kg/h 1u/kg 12/12h 121 HNF HBPM Compressão pneumática Deambulação precoce Embolia Pulmonar Embolia gordurosa Complicações frequente descrita após trauma esquelético e instrumentação cirurgica do canal medular do femur. Os sintomas se manifestam de forma gradual, geralmente em até 12 a 72h com... Mas esse tipo de embolia pode ocorrer de forma fulminante. Não há terapia específica e o emprego de heparina em baixas doses e corticoide é discutível 122 Causas Quadro clínico Tratamento Trauma esquelético Instrumentação cirúrgica do canal medular Taquidispnéia, taquicardia, hipoxemia, cianose, secreções brônquicas copiosas Não há terapia específica Baixas doses de heparina e corticoide (discutível) Embolia Gasosa Gases podem atingir a circulação venosa atraves de ... A dose letal é de ... Podendo variar de acordo com a idade, ... A morte decorre do bloqueio ... 123 Gases na cir. venosa através depneumo ou retroperitônio Procedimentos cirúrgicos na cabeça ou pescoço em cefaloaclive Irrigação da bexiga, seios nasais e útero Dose letal: 5 a 15ml/kg Idade, estado físico, posição, velocidade de entrada Bloqueio aéreo do ventrículo direito ou obstrução vascular pulmonar Embolia Gasosa Os sintomas ocorrem subitamente com dispnéia, choque e cianose... O tratamento consiste em posicionar o paciente em DLE ma tentativa de deslocar o embolo do VD p o AD, aspiração atraves e cateter inserido no VD, ventilação com FiO2 1. Em caso do paciente sentado, pode-se fazer a compressão da veia jugular interna p aumentar a pressao no local onde está entrando o ar e evitar essa entrada. 124 Exames complementares Sintomas Hipoxemia, choque, cianose, “sopro em redemoinho” no precórdio, ↑PaP, ↓ETCO2. ECO transesofágico, Tratamento Doppler precordial Decúbito lateral esquerdo Aspiração por cateter no VD FiO2 1,0 Compressão da veia jugular interna Cefalodeclive Complicações Neurológicas Síndrome da Cauda Equina A sindrome da cauda equina origina-se de alterações na função das raizes q a constituem, ou seja, L2 a S5. Caracteriza-se por .... E se as lesões se estenderem até s3 e s4, o paciente apresentará atonia vesical. Dentre os fatores capazes de desencadeá-la estão... 126 Alteração na função de L2 a S5 Manifestações clínicas Disfunção vesical e intestinal Fraqueza muscular em MMII Perda da sensibilidade no períneo (anestesia em sela) S3-S4: atonia vesical Fatores desencadeantes Trauma direto ou indireto das raízes Isquemia Infecção Reações neurotóxicas Síndrome da Cauda Equina Os AL possuem efeito neurotóxico e há probabilidade do desenvolvimento de lesões nervosa quando o mesmo se deposita ao redor das raizes sacrais e há contato prolongado ou quando doses elevadas q seria administrada no espaço peridural são administrado no espaço subaracnóideo ou quando há falha no bloqueio e novas doses são feitas. Os vasoconstritores associados aos AL podem causar lesão nervosa por diversos mecanismos. Por ação direta no nervo, por diminuir a recaptação do AL fazendo com q este fique mais em contato com as raizes nervosas e por isquemia neural. O diagnóstico é dado através da clínica e da ENMG e o quadro clínico é irreversível 127 Anestésicos Locais (AL) Contato prolongado com tecido nervoso Grandes volumes Vasoconstritores Diminuem a recaptação Ação direta Isquemia neural Diagnóstico: clínico e ENMG Quadro clínico irreversível Aracnoidite Adesiva Crônica A aracnoidite adesiva cronica é uma doença inflamatória de etiologia não conhecida, desencadeada por substâncias químicas quando estas estão em contato com o espaço subaracnóideo ou próximas a ele e foram introduzidas por trauma mecanico ou infecção. É uma das complicações mais graves do bloqueio de neuroeixo 128 Doença inflamatória Etiologia não clara Desencadeantes: Substâncias químicas no espaço subaracnóideo ou próximo a ele Complicação grave Aracnoidite Adesiva Crônica Quadro clínico (início lento) O quadro clínico inicia-se lentamente alguns dias ou semanas após a realização do bloqueio e consiste na... . Os quadros graves podem levar a paraplegia completa e morte. 129 Diminuição força muscular em MMII Alteração sensibilidade em MMII e períneo Alterações vesicais e intestinais Paraplegia completa Morte Aracnoidite Adesiva Crônica Fisiopatologia A AAC é o resultado de um processo inflamatório com deposição de colágeno que causará deformidade nas raizes nervosas, obstrução do fluxo normal de líquor com elevação da PIC e comprometimento do fluxo sanguíneo da medula e das raizes nervosas e é justamente esse comprometimento q o principal responsável pelas alterações encontradas 130 Reação inflamatória proliferativa das leptomeninge Obstrução do fluxo de líquor Comprometimento do suprimento sanguíneo Deformidade das raízes nervosas Deposição de colágeno Aracnoidite Adesiva Crônica Dentre os agentes químicos capazes de desencadear uma AAC estão... Contrastes oleosos e aquosos utilizados p realização de mielograma, corticoides pela via peridural em decorrencia dos preservativos contidos em sua solução... Os agentes quimioterápicos administrados por via subaracnoidea. 131 Agentes Contrastes oleosos e aquosos Corticoides pela via peridural e subaracnóidea Conservantes e antioxidantes de AL Agentes quimioterápicos Trauma Cirurgias de coluna Infecções (meningite) Aracnoidite Adesiva Crônica Diagnóstico Tratamento paliativo O diagnóstico é feito pela história clínca e pela RNM. A ENMG avalia o comprometimento dos nervos. A aracnoidite é incurável, mas tto paliativo ajuda a mandar a doenca estável. 132 História clínica RNM Eletroneuromiografia Opióides Antidepressivos Anticonvulsivantes Abscesso Peridural É uma complicação rara, associada a anestesia peridural e a cateterização prolongada do espaço peridural pra tto de dor crônica. Os fatores predisponentes incluem... 135 Raro Associado a: Anestesia e cateterização prolongada do espaço peridural Fatores predisponentes: Imunossupressão Administração de corticoide no espaço peridural Diabetes Infecções Sepse Falhas da antissepsia Abscesso Peridural É uma emergência médica q se não for tratada logo pode originar lesões irreversíveis. A deterioração neurológica progressiva requer descompressão cirurgica imediata e o tto com antibióticos deve ser prolongado. Os sinais e sintomas podem ser vagos e a tríade clássica é representada por dor nas costas, febre e graus variados de déficit neurológico. A febre é o primeiro sintoma seguido por dor nas costas, os déficits neurológicos podem se manifestar com parestesia de mmii, fraqueza e alterações vesicais. A presença de febre diferencia o abscesso do hematoma 136 Emergência médica Vagos Tríade (13%): Dor nas costas, febre e graus variados de déficit neurológico Agente mais comum Staphylococcus aureus Deterioração neurológica progressiva Descompressão cirúrgica Antibioticoterapia prolongada 2 a 4 semanas Sinais e sintomas Abscesso Peridural A RNM pode identificar cerca de 91% dos casos. Os exames laboratoriais tb são úteis, porém não são específicos. A VHS está aumentada mesmo nos pacientes sem déficit neurológico, febre ou leucocitose. 137 Diagnóstico RNM Leucograma (leucocitose) VHS Síndrome da Artéria Espinhal Anterior da Medula Artéria espinhal anterior irriga os 2/3 anteriores de cada segmento da medula e toda a cauda equina. O 1/3 posterior é irrigado pela artéria espinhal posterior 138 Síndrome da Artéria Espinhal Anterior da Medula Lesões nesses vasos, hipotensão e insuficiencia vascular podem originar isquemia da medula comprometendo principalmente o trato piramidal e espinotalamico lateral causando... 139 Causas Lesões no vaso Hipotensão Insuficiência vascular Grupo de risco: Idosos com aterosclerose Síndrome da Artéria Espinhal Anterior da Medula Manifestações Clínica Paralisia flácida dos MMII (início súbito) Reflexos segmentares abolidos Perda da sensibilidade à temperatura Incontinência intestinal e vesical Hematoma Espinhal Definição Sangramento no interior do neuroeixo O hematoma espinhal é definido como sangramento no interior do neuroeixo. É uma complicação potencialmente catastrófica, visto q ocorre em espaço não visível e não expansível. A compressão da medula espinhal vai resultar em isquemia do tecido nervoso e pode originar paraplegia 141 Compressão medular Isquemia do tecido nervoso Paraplegia Hematoma Espinhal A maioria dos hematomas se localiza no espaço peridural em decorrencia de existir um proeminente plexo venoso. Não há consenso sobre qual tipo de vaso q originao hematoma, se veia ou artéria. Postula-se q os arteriais acumulam-se mais rapidamente e causam isquemia imediatamente pos punção. Há outros hematomas q se originam dias após a punção o q sugere etiologia venosa. São considerados fatores de risco... 142 Localização principal Espaço peridural (proeminente plexo venoso) Arterial x Venoso Hematoma Espinhal 143 Fatores de risco Terapia com heparina, outros anticoagulantes e trombolíticos Idosos Sexo feminino História de sangramentos gastrointestinais Anormalidades anatômicas da coluna e da medula Alterações da hemostasia Dificuldade de punção Fármacos Heparina profilática – Punção após 12h Heparina terapêutica – Punção após 24h Inibidores plaquetários (AAS, AINES) – Não há contraindicação (sem outros medicamentos que alteram a coagulação) Clopidogrel/ticlopidina e antagonistas IIb/IIIa - Contraindicado Não há contraindicação para realização de bloqueios do neuroeixo p pacientes em uso de inibidores plaquetários desde q não haja a administração de outro medicamente q altere a coagulação, como heparina ou anticoagulantes orais 144 Hematoma Espinhal O quadro clínica é representado por ... Que pode evoluir p paralisia flácida e reflexos segmentares abolidos 145 Clínica Dor nas costas Dor, adormecimento e fraqueza muscular em MMII Paralisia flácida e reflexos segmentares abolidos Diagnóstico RNM Tratamento Drenagem cirúrgica Sintomas Neurológicos Transitórios Manifestações Clínicas Os SNT caracterizam-se por ...Essa dor se inicia nas primeiras 24h após anestesia raqui sempre após período livre de sintomas. A dor é moderada com duração entre 6h a 4 dias. Os reflexos músculotendinosos e a função vesical e intestinal permanece normais. 146 Caracterizam-se por Dor nas costas Irradia para nádegas e face dorso-lateral das pernas Bilateral Restrita aos dermátomos L5-S1 Tempo de início Primeiras 24h após anestesia subaracnóidea Dor moderada, duração 6h-4dias Sintomas Neurológicos Transitórios Apresenta incidência variável, dependendo do anestésico e da posição q o pcte permaneceu no intraoperatório. É maior quando se utiliza a lidocaína. Pacientes q assumiram a posição de litotomia no intraoperatório possuem incidencia maior do q os q permanceram na posição supina. A deambulação precoce foi um fator discutível. Acredita-se q a lidocaína determina maior relaxamento muscular e causaria um estiramento musculoesquelético 147 Incidência aumenta com Uso de lidocaína Posição de litotomia Deambulação precoce (paciente ambulatorial) Prevenção: Evitar lidocaína em pacientes em posição de litotomia Lesão do Tecido Nervoso por Agulha ou Cateter As lesões nervosas podem ser por trauma direto ou indireto. A lesão direta é resultada de trauma nos vasos espinhais ou na medula e nervos através da agulha ou cateter. E uma complicação rara e o principal mecanismo é o erro na identificação correta do espaço intervertebral. Raramente são permanentes ou incapacitantes 148 Lesão direta Trauma nos vasos espinhais e na medula e nervos Principal mecanismo Erro na identificação correta do espaço intervertebral Raramente são permanentes ou incapacitantes Clínica Dor/parestesia durante a introdução da agulha ou injeção do anestésico local Lesão do Tecido Nervoso por Agulha ou Cateter A agulha em ponta de lápis são associadas a maior indice de lesoes do cone medular pq se faz necessário a introdução da agulha mais profundamente no espaço subaracnóideo. A passagem de cateter tb constitui um fator adicional ao trauma. Para se evitar a lesão por agulha ou cateter é recomendado q ... 149 Agulha ponta de lápis (Whitacre) Cateter Profilaxia Punção lombar abaixo de L3 Interrupção da progressão da agulha se dor/parestesia Evitar injeção de solução em vigência de dor Cefaléia Pós-Punção Meníngea É a complicação mais comum da raqui. Aparece nas primeiras 24h pós-bloqueio. Possui como características... (melhora quando o paciente deita e piora quando senta). É tipicamente descrita como em peso, latejante ou em pressão e considerada de forte intensidade na maioria dos casos 150 Complicação mais comum da raquianestesia Incidência < 3% Primeiras 24h pós-bloqueio Características Natureza postural Em peso, latejante ou em pressão Grande intensidade Cefaléia Pós-Punção Meníngea Pode ser acompanhada de rigidez de nuca, dor nas costas e náuseas. Em menor frequencia, podem ocorrer sintomas relacionados a comprometimento dos pares cranianos, como zumbidos, dificuldade de acomodação visual, e espasmos musculares. 151 Sintomas associados Rigidez de nuca – 57% Dor nas costas – 35% Náusea – 22% Comprometimento de pares cranianos Espasmos musculares localizados Cefaléia Pós-Punção Meníngea Fisiopatologia Diminuição da pressão líquórica decorrente da perda do liquor pela lesão nas meninges causada pela agulha. Essa hipotensão só dá sintomas quando a perda é maior do q produção (0,3 ml/min). Haveria a perda do suporte intracraniano q não manteria a sustentação do cérebro quando o indivíduo assumisse a posição supina, causando o estiramento e pressão de estruturas sensíveis a dor. Esse estiramento também seria o responsável por uma vasodilatação cerebral. 152 Diminuição da pressão liquórica (0,3ml/min) Perda do suporte intracraniano Tração e pressão das estruturas Vasodilatação cerebral (venosa) Cefaléia Pós-Punção Meníngea Adultos jovens e gestantes são considerados grupos de risco. O calibre e o tipo da agulha tb são fatores importantes. A agulha ponta de lápis separa as fibras da dura, ou invés de cortá-las o q falicita o fechamento do orifício. Devemos descartar outras causas de cefaléia do pós-operatório como hipoglicemia, ansiedade, desidratação, etc. As cefaléias de leve intensidade podem ser tratadas com repouso no leio, hidratação, analgésicos e cafeína. Cefaléias intensas e incapacitantes necessitam de tratamento invasivo, por via peridural, e as alternativas são: Solução fisiológica e tampão sanguíneo. A injeção de SF apresenta alto índice de sucesso, porém tem alto índice de recidiva. O tampão sanguineo peridural é o tratamento mais eficaz, com baixo índice de recidiva. Volume: 10 a 20ml 153 Fatores de risco Adultos jovens e gestantes Calibre e tipo de agulha Descartar outras causas de cefaléia Tratamento Hidratação, analgésicos e cafeína Tampão peridural de solução fisiológica ou de sangue Meningite Bacteriana A fonte da infecção pode ser endógena, secundária a infecção longe da punção, ou exógena por contaminação de materiais e medicamentos 154 Agente etiológico Streptococcus α-hemolítico Incidência Variável entre 1/3000 e 1/50000 Fonte de infecção Exógena Contaminação de equipamentos e medicação Endógena Infecção longe do local da punção Meningite Bacteriana A meningite é rara, porém é uma emergência médica. Seu quadro clínico é composto de... E o inicio dos sintomas ocorre dentro das primeiras 24h 155 Líquor Clínica Febre alta Cefaléia intensa Alteração consciência Sinais de meningismo Início Primeiras 24h após o bloqueio Leucocitose (PMN) Glicose baixa (<30mg/dL) Proteínas elevadas (>150mg/dL) Bactérias à microscopia e cultura Meningite Asséptica A contaminação de seringas com detergentes usados p sua lavagem é o fator desencadeante mais conhecido, porém outros fatores tb podem ser citados como introdução de pirógenos contidos na solução anestésica, nas agulhas ou nas seringas, presença de sangue ou proteínas, ação de conservantes contidos nos anestésicos e a administração de ranitidina, carbamazepina e Atb no espaço subaracnóideo 156 Fator desencadeante Contaminação de seringas com detergentes Outras causas: Pirógenos Sangue e proteínas Conservantes Ranitidina, carbamazepina e ATB Meningite Asséptica
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