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agradecimentos
Gostaríamos de agradecer a todos aqueles que foram decisivos neste processo de conquista, sonho e crescimento. Primeiramente a Deus por ter nos concedido saúde e força para superar as dificuldades, a Faculdade e seu corpo docente. 
A minha vó Sebastiana que representa tudo que eu sou hoje, a minha mãe Antônia que nunca desistiu de mim e sempre me incentivou a não desistir, a meu esposo Luan por toda paciência pelas palavras abençoadas de incentivo nos momentos de lutas, pelo aconchego. A minha filha Silvia por quem faço todos os esforços. Obrigada do fundo da minha alma por acreditar em mim, e me ajudar a chegar até o fim desta jornada. Amo muito vocês.
A minha tutora de sala Joyce Siqueira pessoa maravilhosa, dedicada e apta a compartilhar seus conhecimentos, as minhas colegas do curso de Serviço Social que me apoiaram em todos os momentos. 
A Assistente Social de campo, Cinthya Gabriela, pela dedicação e conhecimento compartilhado. Obrigada pelo respeito e carinho e, por ter me auxiliado neste desafio.
Por fim mais não menos importante agradeço a todos os funcionários do Polo de Araripina aos Professores e tutores eletrônicos da instituição. A todos vocês o meu muito obrigado. Todos que contribuíram para a realização deste trabalho. Os meus sinceros agradecimentos.
MORAES, Gardenia Rodrigues. BPC NA ESCOLA: A inclusão da pessoa com deficiência no sistema educacional. 2015. 52 pg. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Universidade Norte do Paraná, Araripina, 2015.
RESUMO
O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC garante renda de um salário mínimo às pessoas idosas a partir de 65 anos de idade e às pessoas com deficiência, com qualquer idade, que comprovem não possuir meios de prover seu próprio sustento e nem de ter capacidade para a vida independente e para o trabalho, ressaltando a importância da inclusão social de pessoas com deficiência no sistema educacional, além da garantia de direitos, promoção da cidadania e das ações desenvolvidas pela assistência social junto às pessoas com deficiência. A escolha deste tema, que trata a respeito do BPC na Escola: a inclusão da pessoa com deficiência no sistema educacional se deu pela curiosidade de se estudar mais a temática já que a nossa profissão dependendo do campo de atuação irá se deparar com o benefício de prestação continuada. Tendo por objetivo principal, identificar e compreender as barreiras de acesso à educação regular dos beneficiários do BPC com até 18 anos de idade, possibilitando propostas de ações para melhor acesso a escola. A proposta de pesquisa contribuirá para a ampliação de conhecimento sobre a temática específica e a busca da efetivação de direitos humanos como exercício de cidadania. A metodologia que foi utilizada nesse estudo se deu através de pesquisa bibliográfica, artigos pertinentes ao tema. 
.
Palavras-chave: Benefício de prestação continuada- BPC, Pessoas com Deficiência, Assistência social, Inclusão social.
.
MORAES, Gardenia Rodrigues. BPC AT SCHOOL: The inclusion of persons with disabilities in the educational system. 2015. 52 p. Work Completion of course (Diploma in Social Service) - North Paraná University, Araripina, 2015.
ABSTRACT
The Continuous Cash Benefit of Social Assistance - BPC guarantees income of a minimum wage for older people from 65 years of age and persons with disabilities at any age, proving you do not have means to support themselves and not to have capacity for independent living and work, stressing the importance of social inclusion of people with disabilities in the educational system, in addition to the guarantee of rights, promotion of citizenship and of the actions developed by social assistance to the disabled. The choice of this theme, which is about the BPC in School: the inclusion of persons with disabilities in the educational system was due to the curiosity to study further the issue as our profession depending on the playing field will be faced with the benefit of continued provision. With the main objective, to identify and understand the barriers of access to regular education of BPC beneficiaries up to 18 years of age, making possible proposals for action for better access to school. The proposed research will contribute to the expansion of knowledge about the specific theme and the search for fulfillment of human rights as an exercise of citizenship. The methodology that was used in this study was through literature, articles relevant to the topic.
Keywords: Providing benefit continuada- BPC , Disability , Social Work , Social inclusion .
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	BPC
CRAS
	Benefício de prestação continuada 
Centro de Referência da Assistência Social 
	FNAS
INSS
IBDD
LBD
LOAS
MDS
PNAS
RGPS
SUAS
SUS
	Fundo nacional de assistência social
Instituto nacional do seguro social
Instituto brasileiro dos direitos da pessoa com deficiência 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Lei orgânica da assistência social
Ministério do desenvolvimento social e combate à fome
Política nacional de assistência social
Regime geral de previdência social
Sistema único de assistência social
Sistema único de saúde
	
	
	
	
	
	
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
13 
152 CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA
152.1 A Trajetória da Política de Assistência Social no Brasil
3 BENEFICIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC)
18
3.1 Historia do (BPC)..........................................................
20
3.2 Sobre o BPC/LOAS..........................................................
23
3.2 Como requerer o BPC..........................................................
28
3.3 Programa BPC na Escola..........................................................
28
4 OS PRECEDENTES SOCIO-HISTÓRICOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
31
4.1 A trajetória histórica da pessoa com deficiência no Brasil
31
4.2 Inclusão Social e Inclusão Escolar
34
5 A PRÁTICA PROFISSIONAL NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
39
5.1 A importância do Assistente Social na concessão do benefício
42
6. PROCEDIMENTOS METODOLOGISCOS
49
7 CONCLUSÃO
51
8. REFERÊNCIAS
53
1 INTRODUÇÃO
A Assistência Social ao longo de sua trajetória tem sido perpassada por importantes transformações e a partir da constituição de 1988, inicia-se a construção de uma nova matriz para esta política no Brasil. Regulamentada pela Lei nº 8. 742/1993 - Lei Orgânica da Assistência Social como política social pública, a assistência social passa a assumir uma nova dimensão: o campo dos direitos (MDS; 2008).
A LOAS ao regulamentar a política de assistência social, trouxe na sua composição a garantia de diversos direitos para o cidadão. Dentre os quais, no seu artigo 20, tem-se o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), o qual está direcionado para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que não possuem meios de prover seu próprio sustento. 
O estudo entretanto, trouxe o BPC de forma mais especifica relacionado ás crianças e adolescentes em idade escolar por meio do Programa BPC na escola, instituído pela Portaria Normativa Interministerial nº 18, de 24 de abril de 2007. 
Assim, este estudo trouxe como objetivo de Identificar e compreender as barreiras de acesso e permanência na educação regular dos beneficiários do BPC com idade até 18 anos.
De acordo com os estudos realizados sobre a temática compreendemos os beneficiários do BPC de 0 a 18 anos dentro do programa BPC na escola e os beneficiários que estão inseridos na escola e os que não estão; e entendemos as barreiras de acesso e permanência na escola para as pessoas com deficiência; nessa lógica temos conhecimento que a busca de soluções plausíveis para proporcionar o acesso e permanecia nas escolas para as pessoas com deficiência beneficiárias do programa BPC na escola são de suma importância.
O estudo realizou uma retrospectiva na história das pessoas com deficiência, suas conquistas, direitos, e principalmente a sua inserção no sistema educacional. Priorizou estudos sobre oPrograma BPC na escola, indagando as seguintes questões: o que acontece para que a exclusão educacional, ainda seja comum na vida dessas pessoas? O que pode ser feito para que haja um melhor acesso a escola e garantia desse direito? Estas perguntas nortearam o desenvolvimento deste trabalho, possibilitando conhecer a realidade com relação à problemática das barreiras de acesso do sistema educacional, que impedem a inclusão de pessoas com deficiência na educação.
O BPC na escola é um programa que monitora os beneficiários de 0 a 18 anos identificando aqueles que estão na escola e os que estão fora da escola, tendo como objetivo promover a qualidade de vida e dignidade dessas pessoas. 
Acredita-se que esta pesquisa tem relevância para o Serviço Social, pelo fato de estar preocupada com a exclusão social de crianças e adolescentes no sistema educacional, possibilitando a futuros acadêmicos e profissionais uma reflexão e uma aproximação com as diversidades. Contribuindo, ainda, para a ampliação do conhecimento sobre a referida temática e a busca da efetivação dos direitos destes sujeitos.
2 CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA
2.1 A Trajetória da Política de Assistência Social no Brasil
Durante os três primeiros séculos da história brasileira as iniciativas em relação à área social estiveram a cargo da Igreja Católica, através das irmandades da Santa Casa de Misericórdia. As Irmandades somente se tornaram necessárias em consequência da falência oficial em cumprir essa obrigação, cunhando assim a “marca de atenção aos pobres nas práticas da filantropia e da benemerência dentro de uma concepção elitista e paternalista da ação da boa sociedade para com os mais frágeis e necessitados”. Até então a igreja católica considerada a religião oficial do Estado e com o mandato deste, obteve um papel na gestação de espaços e iniciativas de atividades filantrópicas em várias áreas da vida social, tais como registros civis, escolas, centro de festas e lazer, organizações de ajuda mútua e assistência médica e social, e desta forma desempenhou um papel importante de legitimação do poder político do Estado na consolidação da sociedade patriarcal e autoritária.
O padrão assistencial do período colonial representou o modelo de organização econômico, social e do poder político e patrimonial, onde em nome da caridade, práticas sociais se estruturavam “tendo como pano de fundo as complexas relações desta instituição com o Estado. Misturam-se público e privado, confessional e civil”. A questão social nesse período era concebida como questão de ordem, moral e, portanto, não entendida como obrigação do Estado.
Yazbek (2008) aborda a Política Social enquanto uma expressão de contribuição do Estado no âmbito de atendimento das principais necessidades sociais existentes a cada ser humano e afirma que a mesma responde a interesses diversos.
Portanto nessa perspectiva,
“A Política Social expressa relações, conflitos e contradições que resultam da desigualdade estrutural do capitalismo. Interesses que não são neutros ou igualitários e que reproduzem desigual e contraditoriamente relações sociais, na medida em que o Estado não pode ser autonomizado em relação à sociedade e as políticas sociais são intervenções condicionadas pelo contexto histórico em que emergem. (YAZBEK, 2008, p. 82).”
A partir de diferentes experiências político-sociais e modalidades de atuação, durante as décadas de 1980 e 1990, um amplo acordo quanto à relevância da participação social nos processos de formulação, decisões, controle e implementação das políticas publicas sociais. Parece que este aparente consenso, entretanto, extingui os termos de um debate ainda marcado por hesitação assim como por várias tensões que pautam, inclusive, as práticas de participação social.
A passagem dos anos 80 e tratada como a década perdida no ponto de vista econômico, já por outro ponto de vista foi um período de conquistas democráticas, em função da luta pela redemocratização, das lutas sociais e da constituição de 1988, que estabeleceu os Conselhos gestores de políticas públicas, que constituem uma das maiores inovações democráticas neste campo; Os conselhos pela sua composição paritária entre representantes da sociedade civil e do governo, pela natureza deliberativa de suas funções e como mecanismo de controle social sobre as ações estatais, pode-se dizer que os conselhos se opõem á histórica tendência clientelista, patrimonialista e autoritária do Estado brasileiro.
Gomes (2004) define que a Assistência Social é um direito destinado a pessoas que vivem em situações de desastrosas de pobrezas, uma vez que vem atender às “necessidades”.
Com a Constituição de 1988, a assistência social é declarada como direito social, campo da responsabilidade pública, da garantia e da certeza da provisão. É anunciada como direito sem contrapartida, para atender a necessidades sociais, as quais têm primazia sobre a rentabilidade econômica. Para tanto, é definida como política de seguridade, estabelecendo, objetivos, diretrizes, financiamento, organização da gestão, a ser composta por um conjunto de direitos (GOMES, 2004, p. 193).
A Assistência Social é uma política pública não contributiva que faz parte do sistema de Seguridade Social no Brasil. A Constituição Federal de 1988 nos artigos 203 e 204, traz as diretrizes para a gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), lei nº 8. 742 de 1993 estabelecem os objetivos, princípios e diretrizes das ações, as quais são destinadas a manter uma política social a fim de atender as necessidades básicas dos indivíduos.
“A construção do direito da Assistência Social é recente na história do Brasil. Durante muitos anos a questão social esteve ausente das formulações de políticas no país. O grande marco é a Constituição de 1988, chamada de Constituição Cidadã, que confere, pela primeira vez, a condição de política pública à assistência social, constituindo, no mesmo nível da saúde e previdência social, o tripé da seguridade social que ainda se encontra em construção no país (LOAS, 2009, p. 4).
Nesse sentido, pode-se perceber que a política de Assistência Social no Brasil, como atualmente ela se configura, possui um tempo curto de existência. A LOAS no seu art. 1º define a assistência social, como um “direito do cidadão e dever do estado”, destaca ainda que é uma Política da Seguridade Social não contributiva e que através de um conjunto de ações de iniciativa pública e da sociedade, busca a garantia e atendimento das necessidades básicas de todo aquele que dela precisar.
Marcelo Leonardo Tavares (2009, p. 16) define a assistência social como,
[...] plano de prestações sociais mínimas e gratuitas a cargo do Estado para prover pessoas necessitadas de condições dignas de vida. É um direito social fundamental e, para o Estado, um dever a ser realizado através de ações diversas que visem a atender às necessidades básicas do indivíduo, em situações criticas da existência humana, tais como maternidade, infância, adolescência, velhice e para pessoas portadoras de limitações físicas.
Sérgio Pinto Martins (2008, p. 482) conclui a mesma idéia:
A Assistência Social é, portanto, um conjunto de princípios, de regras e de instituições destinado a estabelecer uma política social aos hipossuficientes, por meio de atividades particulares e estatais, visando à concessão de pequenos benefícios e serviços, independentemente de contribuição por parte do próprio interessado.
A Assistência Social juntamente com a saúde e a previdência social, faz parte do tripé da Seguridade Social, este tripé encontra-se especificado no art. 194 da Constituição Federal Brasileira e nos artigos posteriores a este, seguindo até o art. 204 é determinado como a seguridade social deverá ser instituída.
Para se constituir enquanto um direito, claramente regulamentado, a assistência social permeou um caminho mais extenso que as demais políticas: Saúde e Previdência Social. Contudo, com as mudanças e avanços, ela tem se fortalecidoa cada dia.
3 Beneficio de Prestação Continuada (BPC)
Com a publicação da Constituição Federal no ano de 1988, o Estado ficou obrigado a garantir ao cidadão brasileiro que não tenha condições de renda suficiente para sobreviver uma assistência social, através das políticas e programas sociais que tem como promessa a promoção da cidadania com igualdade e equidade.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um benefício conquistado pela assistência social, integrantes do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e é assegurado por Lei pela Constituição Federal, que garante o acesso aos idosos e pessoas com deficiência incapacitada para viver independente e para condições mínimas de trabalho que o impossibilitem de viver uma vida digna como qualquer pessoa. 
O BPC é gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) a quem compete sua gestão, acompanhamento e avaliação – e operacionalizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O financiamento do BPC provém do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e, naturalmente, não são considerados na contabilidade do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Segundo Gomes (2004), o Benefício de Prestação Continuada é:
O repasse de um salário mínimo mensal, dirigido às pessoas idosas e às portadoras de deficiência que não tenham condições de sobrevivência e que atendam a determinados limites de idade e situação de deficiência, tendo como princípio central de elegibilidade a incapacidade para o trabalho. Foi previsto na Constituição brasileira de 1988, nas disposições relativas a seguridade social, compondo o conjunto de direitos e objetivos da assistência social, a qual figura pela primeira vez com o estatuto de direito do cidadão que dela necessitar e dever do Estado. Posteriormente, em 1993, foi regulamentado, no âmbito da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Sendo implementado a partir de 1996, sob a responsabilidade do governo federal, por intermédio do Ministério da Previdência e Assistência Social (GOMES, 2004, p. 192).
O tema "A importância do Assistente Social junto ao INSS na concessão no BPC" foi escolhido afim de refletir e compreender a importância deste beneficio, que é uma grande conquista para aquelas pessoas que trabalharam a vida toda tomando chuva, sol, sereno para sustentar a família e gerar riquezas para o País, e depois da mansidão não tem como sobreviver porque não contribuíram com a Previdência Social e não tem como se aposentar.
O Benefício de Prestação Continuada é um direito constitucional assegurado a todos os idosos com sessenta e cinco anos ou mais, e a toda pessoa com algum tipo de deficiência que o impossibilite para o trabalho. A instituição do BPC foi realizada pela Constituição Federal de 1988 (CF/1988), artigo 203, inciso V, regulamentada em 1993 pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei n° 8.742, de 07 de dezembro de 1993). 
Surge assim o Beneficio de Prestação Continuada – BPC, constituindo-se em um direito básico da assistência social que prevê a garantia de um salário mínimo mensal, sem nenhuma exigência de contribuição, como é definido na Constituição Federal “A assistência social é um direito social, será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social (BRASIL, 1988), a todas as pessoas com deficiência impossibilitadas para o trabalho e aos idosos que comprovem ter sessenta e cinco anos ou mais e que não estejam vinculados a nenhum beneficio previdenciário e cuja renda familiar não ultrapasse ¼ do salário mínimo por pessoa.” Artigo 20. 
O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família” (BRASIL, 1993).
O BPC, regulamentado após a aprovação da LOAS (Lei 8.742/93), assegurou em seus artigos 20 e 21 “a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover sua própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família” (BRASIL, 1993). Porém, em 2004 com a aprovação do Estatuto do Idoso (Lei 10.741) em seu artigo 34 modificou o critério de concessão, passando de 70 (setenta) para 65 (sessenta e cinco) anos a idade mínima para contemplação do beneficio.
Apesar de a sua concepção estar contida na Constituição Federal de 1988 e da sua regulamentação na LOAS de 1993, o BPC só foi implementado em janeiro de 1996, complementado e retificado pelo Decreto Federal n° 1.744, de 08 de dezembro de 1995, pela Medida Provisória n° 1.426/1996, posteriormente Lei n° 9.720, de 30 de novembro de 1998. 
Hoje, o BPC está regulamentado pelos Decretos n° 6.214, de 26 de setembro de 2007, e n° 6.564, de 12 de setembro de 2008. O BPC substituiu a Renda Mensal Vitalícia (RMV) que, no âmbito da previdência social, concedeu entre 1975 e 1996 uma renda a pessoas idosas e com deficiência que comprovassem sua incapacidade para o trabalho. 
Assim sendo coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) que repassa recursos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio de convênio, o qual através de suas agências operacionaliza o BPC. Os recursos para o custeio do BPC provêm do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).
Sem deixar de reconhecer que o BPC é de fundamental importância para as famílias que tem acesso a concessão do beneficio, por se tratar de uma estratégia de sobrevivência, porem , ainda a muito oque se melhorar no programa por parte da forma rigorosa que são impostas no critério de inclusão a este beneficio, varias são as famílias que não conseguem ter acesso a ele. Tendo em vista que a questão problemática com idosos e com pessoas incapacitadas vai muito além da proporção financeira, ou seja, circulam num complexo universo de vulnerabilidade, exclusão e não acesso aos direitos sociais legalmente instituídos pela Constituição Federal de 1988, e regulamentados posteriormente pela LOAS.
Neste complicado mundo de vulnerabilidade, existe muita revolta por parte das famílias, que apesar de ter tentado varias vezes, não obtiveram sucesso para ter o beneficio concedido. Inúmeras são as lutas em busca dos direitos, que muitas vezes , demora a ser efetivado, passa invariavelmente pelo atendimento do Serviço Social, no processo de encaminhamento da ação judicial.
3.1 Historia do BPC
A introdução do BPC na sociedade brasileira aconteceu em detrimento da Renda Mensal Vitalícia - RMV, benefício do âmbito Previdenciário sob a competência da Instância Federal. Sendo esta renda de caráter assistencial, visava a atender a população idosa com idade superior de setenta anos ou inválidos, tanto pela deficiência quanto pela idade, visto que estes deveriam ter sido contribuintes, durante alguma ocasião de suas vidas para a Previdência Social. 
Segundo Sposati (2004)
“A adoção deste benefício foi provocada mais pelo interesse da Previdência Social em depurar seu financiamento entre benefícios contributivos e os não contributivos.”
Enquanto na opinião de Behring (2003), a regulamentação e a implementação deste beneficio ocorreram num cenário de redução de direito sociais, em virtude dos efeitos da crise fiscal do Estado. 
Para Soares (2002), ele afirma que, o Estado passou a introduzir na sociedade certa dualidade discriminatória, a qual se constitui, por um lado, na criação de serviços melhores para quem pode pagar e, por outro, de pior qualidade ou nulos destinados a um público que vive sob absoluta miséria, necessitando da gratuidade desses atendimentos. Esta dualidade se traduz numa falsa ideia de ‘autofinanciamento’ dos serviços, a qual traz a imagem de que os serviços particulares são melhores do que os públicos, degradando o significado de tudo àquilo que é gratuito na sociedade.
O período equivalente à edição do BPC na LOAS até a sua implementação passou por alguns descompassos em seu processo de efetivação.Entre esses descompassos, destaca-se a primeira proposta da Emenda Constitucional da Reforma Previdenciária, no Congresso Nacional, que para Gomes (2004), sugeriu em 1995 uma desvinculação do BPC do salário mínimo, que seria transformado em certo ‘auxílio’, o que promoveria a descaracterização desse benefício como renda mínima. Todavia, por meio da pressão popular, esta proposta foi desconsiderada, com a especial intervenção do CNAS, Segundo Gomes (2004):
“Na defesa deste benefício foram registradas a existência de, oito resoluções que abordam direta ou indiretamente a temática, além da ocorrência de discussões em grupo de trabalho e em reuniões plenárias. A maioria das resoluções data de 1996 e 1997, sendo que durante o ano de 1995 o CNAS debateu, encaminhou propostas e acompanhou o processo de regulamentação do benefício. A última resolução, editada em 1999, institui um grupo de trabalho para ‘propor ao INSS a revisão dos instrumentos relativos ao Benefício de Prestação Continuada, com vistas ao aperfeiçoamento do serviço e melhoria do atendimento aos que dele necessitam’. Posteriormente, em 2000 esta resolução foi revogada e substituída por outra, nos mesmos termos, não constando até 2002 o registro de seus resultados.”
Foi no ano de 1995 a realização da 1ª Conferência Nacional de Assistência Social, a qual colocou em pauta as teses que criaram a LOAS: a descentralização, a participação, a municipalização, a renda mínima, a relação público-privado, o financiamento e o controle social. A pauta dessa conferência repercutiu na II e na III Conferência Nacional de Assistência Social, que segundo Sposati (2004), o que aquecia ainda mais a insatisfação daqueles que estavam empenhados em reconhecer a política de assistência social como um direito, Gomes (2004) elucida:
Ao examinar os relatórios da I e da II Conferência Nacional de Assistência Social, constatou que os restritivos critérios para o acesso ao BPC eram alvo central de constantes preocupações. O aperfeiçoamento do BPC na sociedade brasileira foi objeto de avaliação nas referidas conferências, pois indagava-se como o mesmo estava sendo implantado e implementado. Contudo, as deliberações por parte das conferências não foram suficientes para alterar todo quadro seletivo que armava na organização desse benefício, pois as mesmas eram esquecidas e desvalorizadas nas decisões dos gestores da política de assistência social.”
Por fim, em novembro de 1997, registrou-se outra limitação na efetivação do BPC. O governo, ao anunciar as chamadas medidas de ajuste fiscal, tentou suspender o pagamento do benefício para fins de novos ingressos e congelar a idade da pessoa idosa em setenta anos, dificultando a sua progressiva redução.
Mas, através do Estatuto do idoso, Lei nº. 10741/2003 foi reduzida a idade do idoso para sessenta e cinco anos.
Por fim, Gomes (2004), elucida que, a presença das pressões populares, juntamente com a I e a II Conferências Nacionais realizadas em 1995 e 1997 e com o Conselho Nacional de Assistência Social, ainda que não tenham sido suficientes por não obterem êxitos na ampliação do acesso, ao menos impediram retrocessos maiores, tais como: as tentativas de suspensão, desvinculação do salário mínimo e a restrição quanto à idade da pessoa idosa, exercendo assim, uma relevante função de denunciar, socializar e debater as iniciativas contrárias aos avanços desse benefício.
O art. 203 da Constituição Federal Brasileira deixa bem claro que a assistência social está voltada para quem dela necessitar e dentre seus objetivos, traz no inciso V: “a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoas portadoras de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
Este benefício mensal voltado ao idoso e a pessoa com deficiência é o Beneficio de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). Ele integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e sua operacionalização é realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O BPC foi instituído pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742, de 7/12/1993; pelas Leis nº 12.435, de 06/07/2011 e nº 12.470, de 31/08/2011, que alteram dispositivos da LOAS e pelos Decretos nº 6.214, de 26 de setembro de 2007 e nº 6.564, de 12 de setembro de 2008.
Anteriormente o (BPC) era conhecido como renda mensal vitalícia, passando a ser chamado assim após a LOAS. Ao longo do tempo o BPC tem sido, para muitas pessoas, a principal forma de subsistência. Contudo, a política de assistência social, no âmbito do BPC, tem buscado organizar programas que atendam aqueles que recebem este benefício.
Nesse sentido, por meio da Portaria Normativa Interministerial nº 18, de 24 de abril de 2007, foi instituído o Programa BPC na Escola com a finalidade de desenvolver ações que garantam o acesso e a permanência da criança e do adolescente, beneficiárias do BPC, na escola. 
Assim, para melhor compreender a importância deste programa na realidade destes sujeitos, buscar-se-á conhecer a respeito dos precedentes históricos da pessoa com deficiência, bem como o entendimento sobre em que se constitui a inclusão social. 
3.2 Sobre o BPC/LOAS
A Lei Orgânica da Assistência Social é um Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social que deve ser concedido ao idoso ou a uma pessoa com qualquer anomalia, que o impeçam de ter condições mínimas para uma vida digna, benefício este que é pago pelo Governo Federal através do SUAS – Sistema Único de assistência Social, cuja operacionalização é cargo do INSS, e é assegurado por lei.
O Benefício de Prestação Continuada - BPC, assegurado constitucionalmente como benefício não contributivo é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal às pessoas idosas com 65 anos ou mais e às pessoas com deficiência que comprovem renda per capita familiar inferior a ¼ do salário mínimo. Este Benefício Assistencial foi regulamentado pela Lei n.º 8.742 - Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS, de 07/12/1993, com alterações das Leis n.º 9.720/1998 e n.º 10.741/2003 e pelo Decreto n.º 1.744/1995, tendo entrado em vigor em 01/01/1996. A partir de uma nova concepção da Política Nacional de Assistência Social – PNAS na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, em 2004, o Benefício de Prestação Continuada - BPC passou a constituir parte integrante da Proteção Social Básica.
Segundo a definição do antigo Regulamento do Regime da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 72.771/73, benefício é a prestação pecuniária exigível pelos beneficiários. 
Sobre o assunto, sustenta Miranda (2007), dando conta de que benefícios são prestações eminentemente de natureza pecuniária, portanto prestações que geralmente são realizadas mediante pagamento em dinheiro e excepcionalmente em bens de consumo.
O benefício de prestação continuada (BPC) é uma modalidade de benefício da Assistência Social, o qual é integrante do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), pago pelo Governo Federal, cuja operacionalização do reconhecimento do direito é do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). 
Importante salientar que, o BPC é um beneficio de caráter individual, não podendo ser transmitido para terceiros, não dando origem ao pagamento de abono anual ou pensão, extinguindo-se com o falecimento do respectivo beneficiário.
Segundo Simões (2009), o benefício pode ser recebido por mais de um membro da família, porém, não gera pensão, se findando com a superação dos requisitos. Caso o benefício seja deferido após a morte do requerente, o dependente poderá recebê-lo por até seis meses. O fato do BPC não gerar pensão nos mostra que, ao falecer um provedor que tenha este benefício, a família, cônjuge e/ou filhos ficam em situação de vulnerabilidade, pois esta renda, muitas vezes, é a principal fonte da família(SPOSATI, 2004).
É essencial destacar que, com base no artigo 20, §4°, da Lei nº 8.742/93, o benefício citado não pode ser acumulado, por seu respectivo beneficiário, com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo o da assistência médica. 
O ato de sua concessão deverá ser precedido de exame médico-pericial e laudo, os quais serão realizados pelos serviços de perícia médica do INSS, conforme disposto no § 6º do artigo 20 da Lei 8.742/93. 
Sua revisão é necessária a cada 02 (dois) anos, a fim de se verificar se permanecem ou não as mesmas condições que lhe deram origem, nos termos do artigo 21, caput, da lei em menção. 
Igualmente, nos termos dos parágrafos 1º e 2º do artigo 21 da lei em estudo, poderá seu pagamento ser cessado ou cancelado: cessado se verificado que superadas foram as condições referidas no capitulo do artigo mencionado, ou em caso de morte do beneficiário; cancelado se constatadas irregularidades na sua concessão ou utilização. 
Relativamente à Lei nº 8.742, sancionada no dia 07 de dezembro de 1993 pelo então presidente Itamar Franco, denominada ―Lei Orgânica da Assistência Social‖, temos a expor que esta foi aprovada com o apoio dos movimentos sociais, gestores municipais, estaduais e organizações não governamentais, governo federal e congressista. 
Referida lei fixou novas bases para a gestão da Assistência e para a política de proteção social, assim como regulamentou as prescrições contidas nos artigos 203 e 204 da Constituição Federal de 1988, definindo, portanto assim, que a assistência social, é um direito do cidadão e dever do Estado, e Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. 
Como política de seguridade social não contributiva, a Lei Orgânica da Assistência Social obriga o Poder Público a garantir os mínimos sociais aos seus auxiliados, realizados através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade. 
Por intermédio do benefício de prestação continuada capitulado em seu artigo 20, posteriormente regulamentado pelo Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007, assegurou o pagamento do valor correspondente a um salário mínimo mensal às pessoas com deficiência e aos idosos, que comprovarem não possuir meios de prover a própria subsistência ou de serem assistidos por sua família, conforme pressuposto no artigo 203, inciso V, da Constituição Federal. 
A Lei Orgânica da Assistência Social ainda dispõe que são objetivos da Assistência Social:
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
b) o amparo às crianças e adolescentes carentes;
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
d) a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
e) a garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 
No que tange a sua concretização, realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, e ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. 
Ademais, rege-se pelos princípios específicos: da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;
a) da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;
b) do respeito à dignidade do cidadão, a sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
c) da igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;
d) da divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. 
Da mesma maneira, a lei que estamos comentando, em seu artigo 5º, caput, dispõe acerca das diretrizes de:
a) descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo, assegurando, com isso, a formulação e execução de políticas públicas na área da assistência social por todos os entes federativos;
b) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis, atuando na elaboração das políticas de assistência social e na fiscalização da aplicação dos recursos públicos a este ramo direcionados;
c) primazia da responsabilidade do Estado, por intermédio da qual a sociedade fiscaliza a condução da política de Assistência Social em cada esfera de governo. 
Sposati (2004) afirma que o BPC é o primeiro dentre os, mas pequenos benefícios sociais, não sendo vinculada a relação de trabalho. Aqui teve antes já esquecida chamada renda vitalícia tinha sua marca contributiva, destinadas a pessoas com idade acima de setenta anos ou pessoas invalidas que não possuísse trabalho renumerado. A autora coloca o BPC como uma grande vitória em prol da pessoa com deficiência, pois os mesmo reivindicaram com o governo federal o cumprimento constitucional, dialogando em diversas arenas políticas.
Cabe ressaltar neste processo, as intervenções do movimento social em defesa do Benefício de Prestação Continuada , entidades de trabalhadores do setor, de atendimento aos segmentos envolvidos, de defesa de direitos, parlamentares, conselhos de assistência, técnicos e pesquisadores, destacando-se as manifestações das duas conferenciais Nacionais e do Conselho Nacional de Assistência social. Tais intervenções, ainda que não tenham sido suficientes e apesar de não terem obtido êxito quanto à ampliação do acesso, pelo menos impediram, até o momento, retrocessos ainda maiores, como: tentativas de suspensão, desvinculação do salário mínimo e restrição quanto à idade do idoso (GOMES, 2004 p. 204).
É notório também que o benefício de prestação continuada é intransferível, não gerando direito à pensão a herdeiros ou sucessores, não sendo também paga a prestação equivalente ao 13º salário. 
3.3 Como requerer o BPC: 
Para ter acesso ao beneficio o cidadão devera procurar o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS ou a Secretaria Municipal de Assistência Social ou o órgão responsável pela Política de Assistência Social de seu município para receber as informações sobre o BPC e os apoios necessários para requerê-lo. A Agência do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é o órgão responsável pelo recebimento do requerimento e pelo reconhecimento do direito ao BPC. 
Para requerer o BPC, a pessoa idosa ou com deficiência deve agendar o atendimento na Agência do INSS mais próxima de sua residência pelo telefone 135 da Central de Atendimento da Previdência Social (ligação gratuita) ou pela internet, portando todos os documentos de identificação.
3.4 Programa BPC na Escola:
A educação se constitui um direto fundamental de todo e qualquer individuo independente de classe social, raça, sexo, religião ou quaisquer outros. Dessa forma, a Lei nº 7.853 de 24 de outubro de 1989, ao dispor sobre o apoio e a integração social das pessoas com deficiência, destaca no seu art. 2º que é de responsabilidade do Poder Público e seus Órgãos assegurarem a garantia do pleno exercício dos direitos destes sujeitos, inclusive da educação.
Ainda, na Lei nº 7.853/1989, ao tratar da área da educação, dispõe no parágrafo único, inciso I que: 
 a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitaçãoe reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação própria;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar e escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
Estas determinações que trazem o decreto acima citado deixam claro que não importa a idade, o sexo ou condição socioeconômica, é direito incontestável o total acesso de pessoas com qualquer tipo de anomalia a educação regular.
Dessa forma, apesar das dificuldades encontradas, é possível perceber diversas conquistas na perspectiva de garantir a viabilização desse direito, não esquecendo que muito ainda há para melhorar nesse campo.
A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, garanti o direito de pessoas com deficiência ingressar na educação básica, profissional e superior. Nessa perspectiva, todas as instituições de ensino são obrigadas a assegurar vagas aos alunos com deficiência (SILVA e CARLETTO, 2011).
A LDB no seu artigo 58, parágrafo 1º e 2º, assegura também a educação especial quando há necessidade de atendimento de classes, escolas ou serviços especializados, naqueles casos em que não é possível integrar o aluno devido a condições do ensino regular.
Em janeiro de 2008 foi publicada a Politica Nacional de Educação Especial. De acordo com a Secretaria de Educação Especial (2008), este documento tem por objetivo:
[...] assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superlotação, orientando os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino; transversalidade da modalidade de educação especial desde a educação infantil até a educação superior; oferta do atendimento educacional especializado; formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão; participação da família e da comunidade; acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação; e articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
Através da Politica Nacional de Educação Especial é possível observar a inclusão de pessoas com anomalias no âmbito educacional, pode se haver melhores condições ao tratar desse tema, procurando sempre realizar as politicas publicas capazes de promover uma educação de qualidade para todos os alunos. (Brasil, 2008).
Anterior ao documento de Educação Especial acima citado, objetivando a inclusão e supervisão das pessoas com deficiência no sistema educacional, em 24 de abril de 2007 foi criada a Portaria Interministerial nº 18 que trata do Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e Permanência na Escola das Pessoas com Deficiência. Portanto voltado as pessoas de até 18 anos beneficiárias do BPC.
O Ministério da Saúde (2009), ao informar sobre o Programa BPC na Escola, traz em uma de suas cartilhas, de forma breve, quais os quatro eixos principais desse programa: 
1.
Identificar, anualmente, entre os beneficiários do BPC até 18 anos aqueles que estão na escola e aqueles que estão fora da escola; 
2.
Identificar as principais barreiras para o acesso e permanência na escola das pessoas com deficiência beneficiárias do BPC;
3.
 Realizar estudos e desenvolver estratégias conjuntas para superação destas barreiras;
4.
Realizar o acompanhamento sistemático das ações e programas dos entes federados que aderirem ao Programa.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome o Programa BPC na Escola tem por objetivo a promoção da educação e da qualidade de vida e a dignidade das pessoas, entre 0 e 18 anos, que são deficientes e possuem o beneficio do BPC, assegurando-lhes o para que tenham acesso e continuidade na escola, tendo como o acompanhamento de seus estudos e seu desenvolvimento através da articulação intersetorial nas três esferas de governo. 
Desde o ano de 2008 o programa está funcionando em todos os Estados, no Distrito Federal e em 2.622 Municípios (47% do total), o que representou a condição de acompanhar mais de 232.000 crianças e adolescentes com deficiência que são beneficiários do BPC, alcançando cerca de 70% do número de beneficiários inseridos e não inseridos na escola.
O Programa BPC na Escola possui como marcos regulatório a Portaria Normativa Interministerial nº 18, de 24 de abril de 2007; a Portaria Interministerial nº 1, de 12 de março de 2008, que estabelece os procedimentos e aprova os instrumentos para a adesão ao Programa BPC na Escola; Portaria Interministerial nº 2, de 18 de abril de 2008; Portaria MDS nº 434, de 04 de dezembro de 2008, que estabelece critérios e procedimentos relativos à transferência de recursos financeiros aos Municípios e ao Distrito Federal, para aplicação de questionário no âmbito do Programa BPC na Escola.
Muitas barreiras ainda precisam ser ultrapassadas para que o Programa BPC na Escola seja concretizado na sua totalidade. Contudo, apesar das limitações, este programa se constitui em um avanço para a realidade das pessoas com deficiência na sociedade brasileira atual por buscar consolidar um direito que é de todo cidadão, independente de qualquer aspecto ou condição e por buscar equiparar aqueles, que pela sua deficiência, eram e em muitos momentos ainda, são colocados à margem da sociedade.
4 OS PRECEDENTES SOCIO-HISTÓRICOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
4.1 A trajetória histórica da pessoa com deficiência no Brasil
A construção histórica do que de fato, se constitui como pessoa com necessidade especial tem sido permeada por muitas mudanças e diferentes concepções. De acordo com o Decreto nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999, no seu art. 3º, inciso I, deficiência é “toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.
Ao longo da história a pessoa com deficiência tem sido tratada de diversas maneiras. De acordo com Araújo e Ferraz (2010, p. 8842):
O conceito de pessoa com deficiência teve diversos tratamentos ao longo da história da humanidade. Aliás, não se trata a priori do conceito abstrato, mas de como a pessoa com deficiência é encarada e incluída dentro da realidade social. A perspectiva com a qual era entendida a deficiência e as causas de sua existência influenciam diretamente a aceitação e participação destas pessoas na sociedade.
A partir do exposto, deve verificar-se que o entendimento acerca de como se define a deficiência e a forma como são tratados aqueles que a possuem, é de suma importância para entender como estas pessoas têm sido incluídas na sociedade, como as mesmas são inseridas nos mais diversos espaços e realidades sociais.
Por muito tempo, o cidadão com deficiência era visto de modo preconceituoso e posta à margem da sociedade. Como afirmam Maior e Meireles (2010, p. 33), “confundidas com permanentes ‘pacientes’, passivos, sem voz, sem autonomia e sem direitos, cada pessoa vivia a sua história de discriminação e preconceito de forma isolada [...]”. Tal afirmação deixa claro que estas pessoas não eram vistas como os demais, mas eram tratadas, muitas vezes, até mesmo como seres diabólicos, trazendo consigo a imagem de deformação no corpo e na mente, conforme alguns relatos.
Essa realidade de isolamento pela qual vivenciavamas pessoas com deficiência remonta a séculos passados. De acordo com Ribas (2011, p. 13), é possível que tudo tenha iniciado entre fins do século XIX e início do XX quando passaram a surgir as chamadas instituições totais que “confinavam e isolavam no mesmo espaço todos os que tinham sequelas físicas ou mentais”. 
Desse modo, consoante pontificou Botelho (2004) apud Araújo (1997, p. 12):
O que define a pessoa portadora de deficiência não é falta de um membro nem a visão ou audição reduzidas. O que caracteriza a pessoa portadora de deficiência é a dificuldade de relacionar, de se integrar na sociedade. O grau de dificuldade para a integração social é que definirá quem é ou não portador de deficiência.
O século XX vai ser de fundamental relevância para os avanços na realidade social e histórica dos indivíduos com deficiência. Marcado por muitas transformações nos mais diversos âmbitos da sociedade, este século vai trazer uma importante mudança de paradigmas. Segundo Fernandes (2011, p. 139), nesse período as pessoas com deficiência passaram a ser vistas como sujeitos de direitos e deveres, ainda que numa perspectiva assistencial. Dessa forma, estes indivíduos ganharam um espaço de participação na sociedade que outrora não possuíam.
Em 1975, a Organização das Nações Unidas lançou a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, aprovada pela Assembleia Geral da ONU. Mas, o ano estabelecido como o Ano Internacional das Pessoas deficientes foi 1981.
Conforme Ribas (2011, p. 14), nos anos 90, foi sugerido pela ONU que o termo pessoas deficientes fosse abandonado e em lugar do mesmo fosse adotada a expressão pessoas portadoras de deficiência a qual perdurou até o fim da década, sendo substituída posteriormente por pessoas com deficiência, Ainda, segundo Ribas (2011, p. 14):
Na segunda metade da década de 90, mais uma expressão seguiu: portadores de necessidades especiais. Tal expressão, por sua própria generalidade, inclui em seu rótulo doentes, idosos, drogados, mendigos, adolescentes grávidas, crianças abandonadas, carentes de toda ordem e excluídos de toda sorte.
Embora recentes, muitas já são as legislações existentes que dizem respeito a garantia dos direitos e deveres das pessoas com deficiência. Estas leis estão relacionadas à: transporte coletivo, trabalho, violência domestica, saúde, isonomia e liberdades fundamentais, acessibilidade, garantia eleitoral e educação dentre outras.
Dentre essas legislações, no âmbito da violência intrafamiliar, por exemplo, tem-se que a “Lei nº 11.340, de 07/08/2006: Alterou o artigo 129 do código penal estabelecendo, nos casos de crime de lesão corporal cometido contra a pessoa com deficiência, que a pena será aumentada de um terço”. Isso deixa claro o reconhecimento de um direito que outrora não existia.
Ao tratar de acessibilidade, o decreto federal nº 3.298 de 20/12/1999:
Acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das instalações e equipamentos esportivos, das edificações, dos sistemas e meios de comunicação, por pessoas portadoras de deficiência ou mobilizada.
No que se refere ao transporte coletivo, a Lei Federal n.º 8.899, de 29/06/1994, determina que:
“É concedido passe livre as pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual”.
Algumas outras leis foram importantes para assegurar direitos mais específicos relacionados aqueles com deficiência. Dentre estas legislações ainda podem ser destacadas a lei 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro do mesmo ano, no qual foram regulamentadas pelo Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (SILVA; CARLETTO, 2011).
A Lei nº 10.048/00 trata acerca da prioridade de atendimento a que algumas pessoas têm direito, sendo estas estacadas no seu artigo 1º: “as pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo [...]”.
Falando a respeito da promoção de acessibilidade, a Lei nº 10.098/2000 traz os critérios básicos e as atitudes necessárias a garantia do direito de acesso a todo e qualquer ambiente e espaço. Dessa forma, o artigo 1º da referida lei ressalta o seguinte:
Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
De modo geral, estas legislações vêm para assegurar direitos que ha muito tempo já deveriam estar regulamentados. Pode-se ressaltar, entretanto que ainda há outras resoluções e decretos que não foram apresentados e que apesar das dificuldades e do preconceito muitas vezes enfrentado pelas pessoas com deficiência, estas leis revelam os avanços já conseguidos.
4.2 Inclusão Social e Inclusão Escolar
 O Brasil é reconhecido por se empenhar em coordenar medidas administrativas, legislativas, judiciais e políticas públicas, levando em conta ser um dos países mais inclusivos das Américas. 
Porém, a realidade brasileira é muito diferente quando se refere à para pessoas com deficiência, passa bem longe de ser o ideal, pois há muitos que ainda se encontram fora do mercado de trabalho e das instituições de ensino, principalmente em nível universitário. Sua execução profissional não é estimulada e o assistencialismo, embora sujeito a burocracias e exigências que nem sempre estão de acordo com a realidade esperada, ainda é a maior fonte de renda deste grupo de pessoas.
Embora a educação inclusiva seja uma realidade recente no Brasil, muito já se discutiu a respeito da inclusão escolar das pessoas com deficiência.
Neste sentido, “a inclusão de pessoas com deficiência na educação geral vem sendo implementada no Brasil há pouco tempo, mas cada dia vem ganhado espaço sendo realizadas várias discussões sobre este tema (SASSAKI, 2008, p. 24)”.
 Conforme a análise de Sassaki (2008, p. 29): o modelo médico da deficiência tem sido responsável, em parte, pela resistência da sociedade em aceitar a necessidade de mudar suas estruturas e atitudes para incluir em seu seio as pessoas com deficiência e/ou de outras condições atípicas para que estas possam, aí sim, buscar o seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional.
Seguindo este raciocínio Lancillotti, (2003, p. 87) afirma que:
Parte-se do princípio de que a proposta de inclusão social só se justifica porque se vive em uma sociedade essencialmente excludente. A exclusão é parte do motor da sociedade capitalista, que atua como força centrífuga que expropria o homem de seu trabalho e empurra para a marginalização social um grande contingente humano que não serve aos seus interesses ou que desempenha um papel acessório.
O assistencialismo no Brasil e ações caritativas deram origem a instituições que amparavam pessoas com deficiência, porém a forma como exerciam suas atividades tornava este grupo de pessoas segregado do restante da sociedade.
Escolas especiais não permitiam o convívio de crianças “normais” com crianças com deficiência, a questão humanitária se restringia em proporcionar algum tipo de tratamento e aprendizado à estas últimas.
Nas palavras de Gabrilli (2007, p. 92) tem-se uma idéia do que espera uma pessoa com deficiência quando se pensa em inclusão social:
Por muito tempo, as pessoas com deficiência eram tratadas apenas por meio de políticas de assistência social, sendo elas muito descriminadas pela sociedade, de uma forma geral, sem compreender a complexidade do termo "inclusão". 
Incluir socialmente não significa ter piedade ou criar meios isolados e separados para atendimento, circulação e atividades dessas pessoas. Isso é segregação. Incluir, ao contrário, é estar preparado para acolher a todos.
É possível compreender que nessas ultimas décadas, diversas foramàs conquistas relacionadas à viabilização dos direitos da pessoa com deficiência. Porem, por muito tempo a realidade que permeava o contexto social e histórico desses sujeitos era bem diferente deste que ora se apresenta. Como afirmam Maior e Meireles (2010, p. 33):
Não foi assim por muito tempo, pois a invisibilidade desse grande contingente de pessoas se perpetuava nos discursos superficiais e que se aproximavam do obsoleto paradigma do assistencialismo e do modelo que reduz as ações da política pública ao setor saúde em se tratando de pessoas com deficiência.
Observa-se assim, que a pessoa com deficiência não era reconhecida com um cidadão de direitos, eram descriminados, por acharem que eram indivíduos incapacitados para uma participação social ativa na sociedade e nos seus vários âmbitos sociais. 
Entretanto essa conjuntura tem passado por mudanças e assim, conforme o Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência - IBDD (2008, p. 42), o Brasil possui um dos mais atuais marcos legais que são constituídos os direitos da pessoa com deficiência na Constituição de 1988 e na Lei nº 7. 853/89, complementada por outras legislações federais, estaduais e municipais.
Nesse contexto de avanços legais, um novo conceito sofreu importante exposição e tem sido ainda amplamente divulgado na atualidade - Inclusão Social. Segundo Mazzota e D’Antino (2011, p. 378), “a inclusão social tem se consagrado no mundo ocidental, especialmente a partir da década de 1980, como lema impulsionador de importantes movimentos sociais e ações políticas”. 
De acordo com o Ministério da Educação (2007, p.6), o entendimento do que constitui uma sociedade inclusiva surgiu da união de forças de pessoas em todo mundo. Na busca de cobrar da sociedade que os direitos daqueles que tem alguma deficiência fossem garantidos, estas pessoas, amigos e familiares foram muito importantes ao articular grupos para esse propósito. 
Nos últimos anos, este conceito teve presença constante nos debates da sociedade. A promoção da inclusão social pode ser feita de algumas formas e muitas maneiras e nos mais diversos espaços. Não se pode restringir a apenas um grupo ou a um tipo específico de deficiência, mas deve transpor tais aspectos. Observando o que diz Mazzota e D’Antino (2011, p. 385), a inclusão social se remete ao que ocorre na vida social ou em algum espaço instituído ou estruturado, seja na família, na escola, no parque, na empresa ou em qualquer outra forma de organização social. 
A partir das legislações criadas para assistir às pessoas com deficiência, a política geral do governo vem afirmar que:
“Às pessoas com deficiência assiste o direito inerente a todo e qualquer ser humano de ser respeitado, sejam quais forem seus antecedentes, natureza e severidade de sua deficiência. Elas têm os mesmos direitos que os outros indivíduos da mesma idade, fato que implica desfrutar de vida decente, tão normal quanto possível” (FEBRABAN, 2006).
Esta afirmativa deixa claro aquilo que em muitos momentos já foi dito no transcorrer desta pesquisa, que todo ser humano que possuem algum tipo de deficiência tem os mesmos direitos que os outros indivíduos e assim ao desfrutar de um viver decente, não devem sofrer qualquer tipo de exclusão.
Esta realidade de garantia de direitos deve acontecer com uma participação efetiva da sociedade. Atualmente, muitas são as instituições bem como os profissionais que atuam nesta perspectiva de trabalho. 
Nesse sentido, dentre tantos profissionais, o assistente social assume um importante papel nessa dimensão, enquanto aquele que possui o conhecimento capaz de construir estratégias de ação que visem à efetivação de direitos de cidadania. Nesse sentido, as ações de trabalho do Assistente Social são direcionadas através do arcabouço teórico-metodológico, ético-político e técnico operativo que a profissão construiu no decorrer de seu desenvolvimento social e histórico.
Portanto, podemos ressaltar que não apenas o assistente social, mas profissionais de outras áreas são importantes na luta em busca da viabilização dos direitos daqueles que por alguma anomalia, muitas vezes, à mercê de uma sociedade preconceituosa.
Diversos são os direitos relacionados à pessoa com deficiência, os quais são resultantes de muitas conquistas ao longo dos anos. Dentre estes, a educação é de caráter fundamental. De acordo com a Lei 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no seu artigo 4º, inciso III, ao tratar sobre a educação básica e obrigatória, esta lei pontua o seguinte:
Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou super. dotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;
Como qualquer outro cidadão, a pessoa com deficiência tem total direito a educação. Para que este direito seja efetivado e necessário que algumas situações sejam revistas, que aja uma nova postura, pois para que, de fato, aconteça a educação inclusiva, algumas barreiras precisam ser rompidas, bem como certos conceitos e paradigmas.
Ao falar sobre a relação educação e pessoa com deficiência, é importante compreender, diante da dimensão de inclusão social o que vem a constituir a inclusão escolar. Assim, ao tratar sobre o referido conceito, Sassaki (2008, p. 83) pontua que:
[...] é o processo de adequação da escola para que todos os alunos possam receber uma educação de qualidade, cada um a partir da realidade com que ele chega à escola, independentemente de raça, etnia, gênero, situação socioeconômica, deficiência e etc. 
Este processo de adaptação proporciona às pessoas a possibilidade de ingressar na escola, cada um com suas limitações, mantendo o seu direito a educação, trazendo também a ideia de diminuir as diferenças, mostrando que todos têm o mesmo direito: o ensino de qualidade. 
Assim, partindo da concepção de que a inclusão escolar constitui aspecto de fundamental importância para a pessoa com deficiência e na intenção de uma escola inclusiva que foi criado o Programa BPC na Escola, o qual tem por objetivo criar condições para que as pessoas com deficiência tenham mais autonomia e participação social, bem como sua permanência na escola.
Incluir a pessoa com deficiência é permitir que ela viva de maneira independente e autônoma, é dar acesso a tudo ao qual tem acesso os demais cidadãos e tornar acessível o que apresenta um obstáculo quando colocado diante da limitação que a deficiência lhe impõe.
5 A PRÁTICA PROFISSIONAL NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Dentro do código de Ética temos a Lei de Regulamentação da Profissão n° 8.662/93 que substituiu a Lei n° 3.252/57 em virtude das mudanças ocorridas na sociedade e no seio da categoria um novo aparato jurídico se fez necessário de forma a expressar os avanços da profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora.
A Lei n° 8.662/93 determina as competências do Conselho Federal e do Conselho Regional de Serviço Social (CFESS/CRESS), as atribuições do Assistente Social suas relações profissionais (usuário, instituições empregadoras, outros profissionais, organizações da sociedade civil e justiça), suas competências e competências privativas e o sigilo profissional.
Os/as assistente sociais tem função de trabalhar com a questão da desigualdade, vulnerabilidade social com a obrigação de cumprir estratégias na analise critica da realidade, no sentido de estimular o debate sobre o reconhecimento e defesa do papel da assistência social e das politicas sociais que, inseridos em um projeto societário mais amplo, buscam cimentar as condições econômicas, sociais e politicas para construir as vias da equidade, num processo de garantia da cidadania e melhoria das condições de vida dos seus usuários.
Realizada essa análise da pratica dos Assistentes Social na Política de Assistência Social, é indispensável não falar as Dimensões da sua formação para o seu fazer profissional.
A partir daí, se faz necessário uma brevediscussão acerca das dimensões de competências que constituem o fazer profissional do Assistente Social dentro de qualquer um espaço ocupacional de trabalho.
Com isto Iamamoto (2009, p.18) destaca que, 
FEBRABAN, 2006). [...] o Serviço Social brasileiro construiu um projeto profissional radicalmente inovador e critico, com fundamentos históricos e teórico-metodológicos hauridos na tradição marxista, apoiado em valores e princípios éticos radicalmente humanistas e nas particularidades da formação histórica do país. Ele adquire materialidade no conjunto das regulamentações profissionais: O Código de Ética do Assistente Social (1993), a Lei de Regulamentação da Profissão (1993) e as Diretrizes Curriculares norteadoras da formação acadêmica.
Conforme Iamamoto (2008), citado por Sousa (2008) aponta que o assistente deve ter 3 dimensões que deve ser de domínio na sua pratica sendo elas:
Competência ético-política, o Assistente Social não é um profissional “neutro”. Ele tem que se posicionar e fazer suas contestações. Sua realidade tem um marco por contas das relações de poder e força da sociedade capitalista, informações essa que pode haver contradições. Por o fato que isso implica em exibir os valores ético-morais que sustentam a sua prática, esses valores estão Concludente no Código de Ética dos Assistentes Sociais, o profissional reconhece que tem que haver uma postura que se encaixe em sua contribuição quando for tratar dos interesses perante a sociedade. 
Competência teórico-metodológica, o profissional formado em serviço social tem que sempre estar preparado para se deparar com situações que não corresponde a sua realidade, tanto na questão politica, econômica e cultural e assim desenvolver o seu trabalho, para isso é necessário um referencial teórico e metodológico, que seja percebido a dinâmica da sociedade para além dos fenômenos evidentes, buscando sempre inovar os métodos e condições dignas de trabalho. 
Competência técnico-operativa é um dos instrumentos que o profissional deve ter um bom entendimento e se adequar, especialmente quando for desenvolver suas habilidades técnicas e suas ações junto a população e as instituições que o contratar (Estado, empresas, Organizações não governamentais, fundações e etc.) para assim garantir uma inclusão no mercado de trabalho que responda às demandas colocadas tanto pelos empregadores, quanto pelos objetivos estabelecidos pelos profissionais e pela dinâmica da realidade social.
Para não cair nas armadilhas da vida cotidiana e da despolitização que se fazem presentes nos dias atuais e também do histórico passado, essas três dimensões de competências nunca pode ser elaboradas separadamente. 
Portanto, é a partir do crescimento dessas competências profissionais que o assistente social poderá em seu cotidiano de trabalho dar respostas, com eficácia aos diversos tipos de demandas que existentes na sociedade brasileira.
Com a implementação e consolidação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), aparece à necessidade dos municípios em intensificarem as ações da assistência social para a família como um todo. Para isso, o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) instituiu o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), um serviço continuado de proteção social básica, desenvolvido nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS).
Através do (SUAS) vários benefícios sociais voltados para a proteção básica e especial que serão prestados a família, a criança, adolescente e ao idoso. Os programas principais voltados para este grupo são: 
· Programa Bolsa Família (instituído pela Lei 10.836 de 2004); Programa de Atenção Integral à Família (instituído pelo Decreto 5.085, 2004),
· Programa de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - SENTINELA (instituído pela Portaria 878/2001 da Secretaria de Estado de Assistência Social);
· Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI (instituído pela Portaria 458/2001 da Secretaria de Estado de Assistência Social);
· Projeto Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano (instituído pela Portaria n° 1.111/2000 da Secretaria de Estado de Assistência Social);
· Programa Nacional de Acesso à alimentação (instituído pela Lei 10.689/2003).
Esses programas são definidos com o objetivo de beneficiar pessoas que vive situações de extrema pobreza.
5.1 a importância do Assistente Social na concessão do Beneficio 
O Assistente Social tem atuação ativa no que se refere ao Beneficio de Prestação Continuada, podendo elaborar analise socioeconômica para concessão do beneficio, na revisão bienal do BPC e também quando interposto recurso, ou instaurado procedimento pelas partes através da Justiça Federal. 
Na contemporaneidade o serviço social pronuncia como uma profissão capaz de viabilizar meios para que esses objetivos sejam alcançados, onde seus profissionais devem ter uma formação teórico-metodológica que priorize o compromisso ético político com os cidadãos e com a sociedade de forma geral. 
Segundo Iamamoto:
 [...] o assistente social, no exercício de suas atividades vinculado a organismos institucionais estatais, para-estatais ou privados, dedica-se ao planejamento, operacionalização e viabilização de serviços sociais por eles programados para a população (IAMAMOTO; CARVALHO, 1983, p. 113)
Como aborda a autora, o assistente social, está intrinsecamente ligada a uma instituição, organização estatal ou privada, executando políticas sociais à população. Neste sentido, a ação profissional do assistente social ainda está atendendo ao modo de produção capitalista, isto é, bem dentro dos moldes do Estado, pois este é quem cria políticas sociais. Contudo, percebe-se hoje, que muitos profissionais estão tendo uma postura, ou seja, uma consciência mais crítica frente a esta nova realidade social, a vez que a população está cada vez mais empobrecida e alienada de seus direitos.
É importante ressaltar que a profissão está avançando, e, embora atendendo a classe dominante, amenizando os conflitos da classe dominada Sposati acrescenta que desde a implantação do Serviço Social no Brasil em São Paulo em 1936, o mesmo lida com o trato da Assistência Social (1995:43).
A ação do Serviço Social foi inicialmente trabalhada numa visão apostolar, ou seja, a ação tinha um cunho caritativo, passando depois para a autopromoção do indivíduo e, mais tarde, na década de 60, com o Movimento de Reconceituação, assumiu uma postura mais crítica, negando o conservadorismo teórico-metodológico do positivismo, que naquele momento, norteava a prática profissional dos assistentes sociais.
Tendo em vista a dificuldade enfrentada pelos dois grupos beneficiários do BPC pela falta de informação, a figura do Assistente Social no encaminhamento e orientação dos usuários é imprescindível, pois a atribuição do Assistente Social é de identificar o usuário apto a requerer o beneficio e realizar entrevista, ver documentos do usuário, saber quantas pessoas moram na mesma residência, identificar a renda per capita, podendo entrar no sítio da Previdência Social, a fim de preencher formulários, fazer agendamento, orientar o usuário como solicitar o BPC, pois esse trabalho de pesquisa justifica pela precariedade de dados existentes e que favoreça a análise da importância do BPC no envelhecimento com dignidade garantindo ao menos o direito de suprir as necessidades básicas.
Tirando do caminho do idoso ou da pessoa com deficiência a figura dos atravessadores que tem se tornado comum principalmente em cidades pequenas. O atravessador procura a pessoa qualificada ao beneficio, acompanha até a previdência. 
A Previdência Social alerta seus segurados para que não utilizem serviços terceirizados, pois existem muitos intermediários que tentam enganar as pessoas que não possuem informações suficientes e acabam cobrando taxas para agilidade de serviços, taxas essas que não são para serem pagos, todos os serviços são gratuitos.
A assistência social na contemporaneidade teve seu marco por duas questões no Brasil sendo elas: o rompimentocom o paradigma do assistencialismo e a elevação da assistência social como direito. A primeira diz respeito à política de assistência social ao reconhecimento de que se tem vivido ao longo da história brasileira uma tensão permanente entre assistencialismo e assistência social como direito.
 Rosa (2006) Explana a forma de enfrentamento da questão social pelo Estado e também pelas organizações da sociedade civil, no que se refere às "respostas programáticas" na área de assistência social, se deu como ajuda, favor, benemerência, de forma paternalista e clientelista, o que deixou marcas até hoje da causou a miopia que vários setores têm sobre o que realmente é a assistência social no Brasil. 
A autora mostra o legado do assistencialismo, que durante anos tiveram muitos os empecilhos encontradas nos diversos setores importantes da sociedade, no qual impede de realizar articulações referente área da assistência social, com medo de ações paternalistas e/ou clientelistas, colocando no mesmo patamar a assistência social e o assistencialismo, assim podendo reconhecer como uma conquista de direito. 
É de grande importância relata segundo Rosa (2006) a segunda ordem de questões que se refere à assistência social como direito é a Constituição Federal de 1988 que marca a ruptura legal do assistencialismo na execução das políticas de assistência social, bem como, com o paradigma da benemerência, da ajuda moral e do favor. A Assistência Social é prevista, de forma explícita, na Constituição, nos Art. 203 e 204 da Seção IV, integrando, juntamente com a Previdência e a Saúde, o Capítulo II, que trata da Seguridade Social: 
Art. 203: A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição a seguridade social, e tem por objetivos:
I - A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - O amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - A promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
V - A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprove não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
Conforme dispuser a Lei. Art. 204: As ações governamentais na área de assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no artigo 195, além de outras fontes, e organizadas com bases nas seguintes diretrizes:
 I - Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social; 
II - Participação da população, por meio de representações organizativas na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. Parágrafo único – É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:
 I - despesa com pessoal e encargos sociais; II - serviço da dívida; III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. No entanto, a assistência social extrapola a sua Seção específica, fazendo-se presente também em outros Capítulos: "Da Ordem Social, como por exemplo, no Cap. III - Da Educação, da Cultura e do Desporto; Cap. VII - Da família, da criança, do adolescente e do idoso; dos Capítulos II e III no Título VII - Da Ordem Econômica e Financeira, que tratam da Política Urbana, da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária, respectivamente, evidenciando-se que a assistência social mantém interfaces com todas as políticas sociais setoriais e com políticas de conteúdo econômico (PEREIRA, 1996, p.51). 
No elenco dos direitos sociais construtivos da cidadania a inscrição da assistência social se configura com um marco histórico de tamanha importância. compreendendo que do ponto de vista formal, a assistência social se converte em direito reclamável pelo cidadão, devendo ser encarada não mais como concessão de favores, mas sim como prestação devida de serviços. 
Rosa (2006) explica que o trabalho com famílias, especialmente aquelas em situação de risco e vulnerabilidade social exige uma maior atenção por parte da equipe, que é composta por vários profissionais de áreas diferentes, conhecimentos mais amplos, olhares, ou seja, tem-se necessidade de um trabalho interdisciplinar. No entanto, o que tentaremos mostrar a seguir, é resultado da nossa prática e reflexões como assistente social do trabalho realizado com famílias. 
Nas ultimas décadas o Serviço Social vem registrando um desenvolvimento que expressa com clareza a autenticidade de conhecimentos e sistematização de seu corpo teórico-metodológico, ampliando suas atividades de ensino e pesquisa, como também em relação ao planejamento e execução das políticas sociais em instituições públicas e privadas. Para (Rosa, 2006) historicamente, os núcleos familiares, têm sido marcados por grandes transformações em relação à família.
Há muito tempo a humanidade perpetuamente buscou se estruturar em grupos, formando família, tribos e etc... Com o objetivo de garantir sua sobrevivência, proteger a espécies e dominar a natureza. Há muita diferença entre as passagens dos séculos, temos uma sociedade antepassada com sua historia, cultura, crença, como nos dias atuais tem uma sociedade mais esclarecida, com alguns costumes diferentes, desse modo existem inúmeras aspectos de ser família. Cabe lembrar, que a família executa dentro dos padrões e valores culturais, econômicos e sociais que dispõe vida em sociedade, conduzindo seus membros a um processo de socialização. Porém, de acordo com cada sociedade e contexto histórico, a família se apresenta de maneira heterogênea e mutável, refletindo e transmitindo as transformações sociais e atuando sobre elas. 
O BPC é parte da política de assistência social no Brasil, constituída como uma transferência de renda direta, independente de contribuição, o que aproxima a assistência social da garantia de um padrão básico de atendimento de necessidades, de um direito incondicional. Indica a direção de seu caráter universal (GOMES, 2006).
Historicamente, conforme Gomes (2008), a atuação de assistência social disponíveis para a população idosa e deficiente eram programas escasso, de difícil acesso, sendo assim, interrompidos por falta de informações não podendo dar continuidade para a rede assistencialista. Com a implementação do BPC houve melhorias por ser um programa que tinha regras a serem mantidas, mudando o padrão da assistência social, acabando com o tradicionalismo campo de ação no qual não existiam regras que realmente fossem claras e definidas para fácil acesso a população. Com a instauração do BPC ocorreu a primeira proteção social de massa na política de assistência social, pois:
Quebrou a tradicional regulação ad hoc, aquela operada caso a caso pelo ajuizamento individual de técnicos sociais a partir de critérios pouco objetivos com concessão no âmbito interno de uma instituição; b) introduziu a forma pública de relação social do Estado no acesso a benefícios não contributivos no campo da assistência social; c) afiançou a condição de certeza de acesso à atenção de idosos e de pessoas com deficiência (SPOSATI, 2008. p. 125)
Iamamoto (2005) nos lembra que o Serviço é regido por normas próprias, ou seja, no que se refere a qualquer alteração de suas habilidades e atribuições privativas deve estar de acordo com a regulamentação vigente e submeter-se a discussão da categoria profissional nos seus mecanismos representativos, CRESS e CFESS.
 Sobre competências e atribuições do assistente social, a Lei 8.662/1993 determina que, 
Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:
I- elaborar, implementar, executar e avaliar políticas

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