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Testes - Historia e Antropologia da Nutrição

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História e Antropologia da Nutrição
Testes de Conhecimento
(Gabarito no final do texto)
 
Etnocentrismo é uma visão do mundo, ou seja, a maneira como percebemos o mundo através de ideias e sentidos, que é tomada como centro de tudo, e todos aqueles que são diferentes são pensados e sentidos através dessa visão. No plano intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, é o que nos causa sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc., por culturas muito diferentes da nossa. Pensando nisso, o que o nutricionista precisa fazer para não ter uma atitude etnocêntrica?
a) Aprender com o comportamento, sobretudo alimentar, do outro a partir daquilo que, como profissional, se entende que é nutricionalmente melhor
b) Julgar o comportamento, sobretudo alimentar, do outro a partir daquilo que, como profissional, se entende que é nutricionalmente melhor.
c) Moldar o comportamento, sobretudo alimentar, do outro a partir daquilo que, como profissional, se entende que é nutricionalmente melhor
d) Não julgar o comportamento, sobretudo alimentar, do outro a partir daquilo que, como profissional, se entende que é nutricionalmente melhor.
e) Basear sua prática profissional no julgamento que se faz do outro, para definir aquilo que pode ser nutricionalmente melhor.
A Antropologia serve à Nutrição na ampliação e compreensão de diferentes aspectos ligados à alimentação e nutrição humana, sobretudo porque um dos seus principais conceitos é o conceito de cultura. Numa definição mais simples, podemos dizer que cultura é tudo aquilo que o homem cultiva, transforma a partir de elementos da natureza. Porém, em definição mais ampla, cultura é o conjunto de todo saber desenvolvido, transmitido, recebido e transformado por um conjunto da sociedade (povo, tribo, comunidade, etc) que inclui conhecimento, arte, leis, moral, crenças, hábitos e costumes.
Pensando que esse conjunto de saberes influencia os hábitos alimentares das pessoas, o que o nutricionista deve considerar em sua atuação profissional?
a) Que a cultura é um fator determinante para as diferenças alimentares de cada povo, influenciando, inclusive, no seu desenvolvimento de acordo com o que cultiva e transforma a partir de elementos da natureza.
b) Que, por ser um profissional qualificado, o nutricionista sabe distinguir o que é saudável do que não é, dentro dos hábitos, costumes e crenças de um povo.
c) Que é fundamental uma boa alimentação, portanto as crenças, hábitos e costumes de uma pessoa podem atrapalhar a elaboração de uma dieta.
d) Que a Cultura é um fator atenuante das diferenças de desenvolvimento de cada povo, por ser um elemento de unidade, inclusive em torno da comida.
e) Que as crenças, hábitos e costumes devem ser respeitados ao se tratar da alimentação das pessoas, inclusive na elaboração de toda e qualquer dieta.
De acordo com o antropólogo Sidney Mintz:
"O comportamento relativo à comida liga-se diretamente ao sentido de nós mesmos e à nossa identidade social, e isso parece valer para todos os seres humanos" (Mintz SW. Comida e antropologia. Uma breve revisão. Rev. Brasil. Ci. Soc. 2001; 16 (47): 31-41
A partir dessa afirmação é possível concluir que:
a) O nutricionista deve perceber o alimento para além de micro e macronutrientes, sem considerar aspectos simbólicos e culturais em relação a alimentação e Nutrição.
b) O nutricionista deve entender a alimentação, para além de micro e macronutrientes, como uma prática universal, uma vez que todos somos seres humanos e todos os seres humanos são totalmente iguais.
c) O nutricionista deve entender a Antropologia como uma disciplina auxiliar da Nutrição no que se refere à compreensão dos conceitos de micro e macronutrientes.
d) O nutricionista não deve levar em consideração o comportamento dos seres humanos no que diz respeito à sua alimentação.
e) O nutricionista deve perceber o alimento para além de micro e macronutrientes, considerando aspectos simbólicos e culturais em relação a alimentação e Nutrição.
Podemos definir cultura como tudo aquilo que o homem transforma, de acordo com suas necessidades e demandas. Isso também ocorre com a alimentação, que foi constantemente modificada ao longo da história, incluindo todos os signos e rituais que envolvem a sua prática, que também, mudam de uma cultura para a outra. Isso pode ser percebido, por exemplo, no comportamento e percepção sobre:
a) O que é comestível, porque comer, de quem comprar, onde comprar.
b) O que é comestível, como comer, quando comer, com quem comer.
c) O que é venenoso, como comer, de quem comprar, com quem comer.
d) O que é venenoso, porque comer, quando comer, onde comprar.
e) O que é comestível, porque comer, quando comer, onde comprar.
No Brasil, o que se come na região norte do país não é o mesmo que se como na região sul, por exemplo. Assim como o que se come no Sudeste não é o mesmo que se como no Centro Oeste ou no Nordeste. E mesmo em cada região há diferenças de estado para estado ou mesmo entre as cidades e o interior. Isso tem relação com a geografia e o clima, que influenciam no tipo de alimento de cada lugar, mas também com a formação histórica e as diferentes misturas de culturas de cada povo, de cada região, de cada lugar. 
Com base nessa afirmação podemos dizer que o conjunto de todas as diferenças culturais de um determinado povo, constituída ao longo de sua formação, que resulta de alguns aspectos fundamentais, como tradição e geografia, recebe o nome de:
a) Diversidade Cultural
b) Mobilização Cultural
c) Senso comum
d) Relativismo Cultural
e) Etnocentrismo
Etnocentrismo pode ser entendido como a percepção que temos da cultura do outro a partir da nossa própria cultura. Quando achamos estranho, curioso, incomum ou mesmo nojento algum hábito alimentar de pessoas ou povos, estamos sendo etnocêntricos, porque essa percepção dos nossos próprios hábitos, costumes e valores. Sendo assim, o nutricionista deve sempre relativizar, ou seja:
a) Transformar as diferenças na hierarquia em para que não haja mais cultura superior e inferior, integrando as culturas menores aos saberes que fundamentam a profissão.
b) Não transformar a diferença em hierarquia, entender que é preciso respeitar as culturas inferiores no exercício de sua profissão.
c) Apropriar-se da riqueza das diferentes culturas para ampliar suas possibilidades de atuação profissional.
d) Não transformar a diferença em hierarquia, pois não há cultura superior ou inferior, boa ou má, mas sim com dimensões diferentes de riqueza.
e) Transformar a diferença em hierarquia, entender quais são as culturas superiores e inferiores para facilitar a sua atuação profissional.
Todo alimento possui um valor real que é atribuído a ele pelo nutricionista quando:
a) Se atém aos seus micro e macro nutrientes, às suas contagens calóricas, proteicas e vitaminosas.
b) Se atém a todos os processos envolvendo o alimento, desde seus micro e macro nutrientes, suas contagens calóricas, proteicas e vitaminosas até a maneira como foi produzido, armazenado e preparado.
c) Se atém aos seus micro e macro nutrientes e à maneira como foi produzido e armazenado.
d) Se atém aos seus macro nutrientes, às suas contagens calóricas, proteicas e vitaminosas.
e) Se atém aos seus micro nutrientes, às suas contagens calóricas, proteicas e vitaminosas.
Biologicamente, o ser humano enquanto um ser onívoro, teoricamente, pode comer praticamente tudo o que há na natureza, desde que não o envenene. Contudo, sabemos que nem tudo o que é possível ingerir biologicamente é de fato ingerido. Isso acontece porque existem valores simbólicos, que são culturais, que nos inibem de comer.
São exemplos de valores simbólicos culturalmente atribuídos ao ato de comer, exceto:
a) Considerar um alimento de melhor ou pior qualidade em razão do seu aspecto.
b) Comer com rapidez por estar com muita fome.
c) Dizer que um alimento é saudável apenas por ser natural.
d) Dizer que um alimento não é saudável por ser industrializado.
e) Não comer alimentos que tenham caído no chão, mesmo que ochão esteja limpo.
Comida também é memória e afeto. A sensorialidade presente na comensalidade (a prática do comer juntos, partilhando a comida, o momento de comer) gera experiências mnemônicas que podemos chamar de memória afetiva. O que é exatamente essa "memória afetiva"?
a) É a sensação boa de ter o que comer e poder partilhar com os semelhantes.
b) São os registros sensoriais, afetivos que a comida e a comensalidade podem gerar nos indivíduos.
c) São as sensações de saciedade que a comida pode causar nos indivíduos.
d) São os registros sensoriais, afetivos que a comida e a comensalidade podem gerar na coletividade.
e) É a sensação boa de partilhar a comida com os semelhantes.
Podemos definir a comensalidade como a prática do comer juntos, partilhando, (mesmo que desigualmente) a comida. É o momento de partilhar sensações e reforçar a coesão dos grupos sociais aos quais fazemos parte, família, escola, religiosidade, amigos. De uma maneira geral ela compõem um ritual coletivo. De acordo com essa definição, não podemos considerar como exemplo de comensalidade:
a) Um jantar de namorados a luz de velas.
b) A ceia de natal em família.
c) Um lanchinho rápido no ônibus a caminho da faculdade.
d) Um almoço de comemoração de aniversário entre amigos.
e) Um jantar de negócios.
Alimento natural, podemos dizer, é o alimento que está mais próximo do que chamamos de natureza, na sua dimensão biológica e seus componentes físico químicos e sensoriais, como cor, aroma, textura e sabor. Sendo assim, podemos considerar como exemplos de alimento natural:
a) Maçã, laranja, arroz, tomate e macarrão.
b) Maçã, laranja, feijão fradinho, leite e carne moída.
c) Banana, batata doce, ervilha, leite e chocolate.
d) Banana, batata doce, ervilha, cacau e chocolate.
e) Maçã, laranja, batata doce, ervilha e tomate.
Das alternativas abaixo, qual a que melhor expressa a diferença entre o que é alimento e o que é comida?
a) Alimento é qualquer substância nutritiva que pode ser ingerida para manter a vida, de acordo com um modo, um estilo, um jeito de alimentar-se. Enquanto comida diz respeito a tudo o que se come com prazer de acordo sem regras sociais.
b) Alimento é tudo o que se come com interferência cultural em seu processo de preparo. Comida é tudo aquilo que se come livre de interferências culturais, como por exemplo o cozimento.
c) Alimento é qualquer substância nutritiva que pode ser ingerida para manter a vida. Enquanto comida diz respeito a tudo o que se come com prazer de acordo com regras sociais, dessa forma não é apenas uma substância alimentar, mas um modo, um estilo, um jeito de alimentar-se.
d) Alimento é qualquer substância nutritiva que pode ser ingerida com prazer, de acordo com regras sociais, dessa forma não é apenas uma substância alimentar, mas um modo, um estilo, um jeito de alimentar-se. Enquanto comida diz respeito a tudo o que se come para manter a vida.
e) Alimento é tudo aquilo que se come livre de interferências culturais, como por exemplo o cozimento. Comida é tudo o que se come com interferência cultural em seu processo de preparo.
O que consideramos como tabu alimentar, com seus signos, seus sentidos simbólicos, muitas vezes é o que dá corpo à dieta alimentar, incluindo as restrições alimentares de algumas pessoas. Pensando nisso, para promover uma alimentação saudável, respeitando-se a cultura e as tradições de cada um, é preciso:
a) Pensar a alimentação a partir de uma suplantação do biológico (aspectos nutricionais) sobre o sociocultural (tabus).
b) Pensar a alimentação a partir de um diálogo entre o biológico (aspectos nutricionais) e sociocultural (tabus).
c) Pensar a alimentação a partir de um confronto entre o biológico (aspectos nutricionais) e sociocultural (tabus).
d) Pensar a alimentação a partir de uma imposição do biológico (aspectos nutricionais) ao sociocultural (tabus).
e) Pensar a alimentação a partir de uma superação do biológico (aspectos nutricionais) pelo sociocultural (tabus).
Tabus alimentares são restrições, proibições alimentares que dialogam com diferentes saberes de uma determinada sociedade. Geralmente eles estão associados com alguma dimensão sagrada, um conjunto dogmático religioso ou mítico que ditam o que não faz bem, para quem, e por quê. Esse tabu pode ter relação com um ciclo da natureza humana, com fenômenos da natureza, com períodos do ano. Das alternativas abaixo, qual pode ser utilizada como exemplo de um tabu alimentar?
a) Católicos não podem comer carne durante a semana santa.
b) A alimentação dos Japoneses é abundante em peixes e vegetais.
c) Em alguns Estados do Nordeste não se tem hábito de comer feijão preto.
d) Nos Estado Unidos se come muito Fast Food.
e) Pessoas celíacas não podem ingerir glúten.
A narrativa, discurso usado por diferentes sociedades para explicar paradoxos, inquietações, fenômenos que não são compreendidos racionalmente e que em relação a alimentação remontam hábitos longínquos, impregnados de construções afetivas e simbólicas, que podem trazer benefícios à saúde ou que podem não fazer muito sentido do ponto de vista científico é conhecida pelo nome de.
a) Fantasias.
b) Ciência.
c) Tabus.
d) Mitos.
e) Falácias.
Senso comum é o conjunto de saberes, crenças e verdades que nasce, se renova e se constitui como fonte de explicação para diversos fenômenos da sociedade, formado pela própria sociedade e para a sociedade, sem validade científica. Pensamento crítico é a reflexão crítica desse senso comum. Ao invés de utilizar argumentos prontos, advindo desses saberes do senso comum, questionar, refletir, pesquisar respostas científicas para os problemas cotidianos. Para o nutricionista o pensamento crítico é importante para:
a) Que o saber científico seja preservado para a sociedade para não atrapalhar a comunicação entre profissionais da saúde e as comunidades envolvidas nas ações de saúde, em geral dotadas de senso comum.
b) Que o saber científico seja traduzido de forma clara para a sociedade, através de estratégias que demonstrem para as comunidades envolvidas nas ações de saúde que elas são, em geral dotadas de senso comum.
c) Que o saber científico seja traduzido de forma clara para a sociedade, através de estratégias que viabilizem a comunicação entre profissionais da saúde e as comunidades envolvidas nas ações de saúde, em geral dotadas de senso comum.
d) Que o saber científico seja mesclado aos da sociedade, das comunidades envolvidas nas ações de saúde, em geral dotadas de senso comum, para aprimorar a comunicação entre elas e os profissionais da saúde.
e) Que o saber científico seja bem entendido para que, no exercício da profissão, o senso comum seja combatido.
Em relação à alimentação, o mito tem valor simbólico, sobretudo quando se trata de crenças como, por exemplo, algumas práticas religiosas. Das alternativas abaixo, qual apresenta uma prática dotada de valor simbólico que se relaciona com a religiosidade:
a) O pão e o vinho nas missas católicas.
b) O milho na cultura indígena americana.
c) O chá das cinco na Inglaterra.
d) O sushi na culinária japonesa.
e) O chimarrão gaúcho.
O conjunto de saberes, crenças e verdades que nasce, se renova e se constitui como fonte de explicação para diversos fenômenos da sociedade, formado pela própria sociedade e para a sociedade, sem validade científica é chamado de:
a) Senso comum.
b) Pensamento científico.
c) Senso estético.
d) Método cartesiano.
e) Senso crítico.
O conjunto de elementos que entendem a alimentação como uma cadeia conectada desde o setor produtivo, terra e indústria, até o descarte daquilo que consumimos é chamado de:
a) Modelos alimentares.
b) Mecanização alimentar.
c) Sistemas Alimentares
d) Hábitos Alimentares
e) Cultura Alimentar
Hábitos alimentares são o "conjunto de rituais que rodeiam o ato alimentar no seu sentido estrito. A definição de uma refeição, sua organização estrutural, a forma da jornada alimentar (número de refeições, formas, horários, contextos sociais), as modalidades de consumo (comer com garfo e faca, com a mão, com o pão), a localizaçãodas refeições, as regras de localização dos comensais e outros aspectos variam de uma cultura à outra e no interior de uma mesma cultura, de acordo com os grupos sociais." (POULAIN, Jean-Pierre; DA COSTA PROENÇA, Rossana Pacheco. O espaço social alimentar: um instrumento para o estudo dos modelos alimentares Food social space a tool to study food patterns. Revista de Nutrição, v. 16, n. 3, p. 253, 2003.)
Sendo assim podemos afirmar que hábitos alimentares:
a) Tratam-se de práticas alimentares contraculturais de uma cultura alimentar específica em um espaço menor dentro dessa cultura.
b) Tratam-se de práticas alimentares frequentes de uma cultura alimentar específica em um espaço menor dentro dessa cultura.
c) Tratam-se de práticas alimentares esporádicas de uma cultura alimentar específica em um espaço menor dentro dessa cultura.
d) Tratam-se de práticas alimentares incomuns de uma cultura alimentar específica em um espaço menor dentro dessa cultura
e) Tratam-se de práticas alimentares irregulares de uma cultura alimentar específica em um espaço menor dentro dessa cultura.
Modelos alimentares costumam ser modificados e adaptados de acordo com diferentes contextos, objetivos e finalidades. Por conta disso, modelos alimentares antigos costumam ser reeditados na contemporaneidade surgindo, inclusive, variações de restrições. Das alternativas abaixo, qual NÃO representa um modelo alimentar?
a) Crudivorismo: alimentação baseada em consumo de alimentos crus.
b) Frugivorismo: alimentação baseada em consumo de frutas.
c) Ovarismo: alimentação baseada em consumo de ovos.
d) Cerealismo: alimentação baseada em consumo de cereais.
e) Vegetarianismo: alimentação baseada no consumo de vegetais, que restringe proteína animal
O modelo vegetariano tem por base uma alimentação focada nos vegetais e cereais, não permitindo alimentos de origem animal. A partir desse modelo diversas variações vem surgindo, variando o grau de restrição aplicado. Das alternativas abaixo, qual das variações apresentadas está com sua definição INCORRETA?
a) O ovolactovegetariano não permite a ingestão de ovos e de leite.
b) O veganismo restringe a ingestão de todo tipo de carne, seja vermelha ou branca.
c) O veganismo restringe a ingestão de todo tipo de produto de origem animal.
d) O pescetarianismo permite a ingestão de peixes e frutos do mar.
e) O ovolactovegetariano permite a ingestão de ovos e de leite.
As características alimentares e nutricionais de uma população, que englobam particularidades de sua estrutura culinária, que nos possibilita identificar tais características como parte de um povo ou nação são chamadas de:
a) Hábitos alimentares.
b) Sistemas nutricionais.
c) Valores nutricionais.
d) Cultura
e) Modelos alimentares.
Modelos alimentares, em geral, são modelos historicamente constituídos foram se modificando e transformando ao longo dos tempos.
Existem hoje diversos modelos alimentares. Temos abaixo alguns exemplos, exceto:
a) Frugivorismo e crudivorismo.
b) Vegetarianismo e veganismo.
c) Onivorismo e cerealismo.
d) Frugivorismo e cerealismo.
e) Carnivorismo e ovarismo.
Muitos são os tabus alimentares em razão de religiões. As restrições impostas podem ser bastante rígidas, com proibições a ingestão de alimentos específicos, podem ser pontuais, como a proibição apenas por determinados períodos, ou mais flexíveis, como em casos que os tabus conflitem com a comensalidade.
Abaixo temos algumas religiões com exemplos de algum(ns) de seu(s) tabu(s). Marque a opção cuja relação esteja incorreta.
a) Candomblé: restrição ao consumo de galinha d’angola.
b) Judaísmo: proibição ao consumo de carne de porco, moluscos e frutos do mar.
c) Cristianismo: restrição ao consumo de carne vermelha durante a quaresma (ou durante a semana santa).
d) Hinduísmo: proibição do consumo de carne bovina.
e) Islamismo: proibição do consumo de carne de porco e bebida alcóolica.
O candomblé de base iorubá tem uma relação muito forte com a alimentação. A cozinha de santo, ou culinária de terreiro, é um complexo culinário que tem como princípio básico a ideia de que os alimentos possuem uma energia vital, chamada de axé, e a alimentação é um dos principais canais de equilíbrio da energia dos indivíduos, e de harmonia deste e de sua comunidade e com o mundo. O tabu religioso é uma marca dessa cozinha e recebe o nome de quizila, variando de acordo com os preceitos e orientações ritualísticas para cada indivíduo. Nesse sentido os tabus são mais individualizados do que gerais. Sabendo disso, cabe ao nutricionista, no exercício da profissão:
a) Ignorar as restrições individuais da religião ao pensar a alimentação de seus praticantes.
b) Considerar as restrições gerais da religião que ao pensar a alimentação de seus praticantes.
c) Conscientizar os praticantes sobre esses tabus, pois elas podem prejudicar a alimentação.
d) Desprezar essas restrições ao pensar a alimentação de seus praticantes.
e) Ignorar os praticantes da religião.
O Catolicismo é a religião de maior expressão no Brasil e, culturalmente, influencia muito as nossas práticas alimentares. Leia as afirmações abaixo e, em seguida, indique a alternativa correta.
I - O tabu sobre a ingestão de carne vermelha durante a semana santa.
II - A ceia de Natal, com a presença de aves como protagonistas na mesa.
III - O uso do milho como ingrediente das preparações nos festejos juninos.
a) Estão corretas apenas as alternativas I e II.
b) Estão corretas apenas as alternativas II e III.
c) Estão corretas apenas as alternativas I e III.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
e) Todas as alternativas estão corretas.
A religião islâmica possui uma cozinha, a halal, que considera os saberes e restrições que envolvem as práticas alimentares da religião de acordo com um sistema organizado de suas condutas e restrições/tabus alimentares, secularmente registrado no livro sagrado dos muçulmanos, o alcorão, podendo-se destacar:
a) Restrição a ingestão de alimentos ultraprocessados.
b) Restrição a ingestão de alguns grãos como arroz e lentilha.
c) Restrição a ingestão de algumas especiarias, como cravo, canela e pimenta.
d) Restrição a ingestão de aves de pequeno porte.
e) Restrição a ingestão de carne de porco e de bebida alcoólica.
O hinduísmo, uma das religiões mais praticadas na Índia, possui adeptos em todo o mundo. De tradição milenar, sua relação com a alimentação é muito íntima e, como qualquer religião, tem suas restrições, seus tabus alimentares, sendo o mais conhecido:
a) A proibição do consumo de carne branca de qualquer tipo.
b) A proibição do consumo de carne de porco.
c) A proibição do consumo de peixes com escamas e barbatanas.
d) A proibição do consumo de carne bovina.
e) A proibição do consumo de derivados do leite.
A relação entre a religião judaica e a alimentação é algo forte e que remonta às escrituras sagradas judaicas. As regras de alimentação encontram-se compiladas em escrituras sagradas e constituem uma cozinha, em sua dimensão de saberes e práticas, mantida até hoje. Nesta compilação, a lista de tabus é tão grande que o próprio nome da cozinha, kasher ou koosher, remete a ideia de ¿aquilo que está apto¿ para ser comido. Dentre esses tabus, é incorreto afirmar que:
a) Só é koosher a carne de aves domesticadas, como o peru, ganso e frango.
b) Proibido consumir carne de porco, moluscos e frutos do mar.
c) Carne e leite não devem ser misturados ou ingeridos juntos.
d) Só podem ser consumidos peixes com escamas e barbatanas.
e) Apenas uvas da cor vermelha podem ser consumidas.
A indústria de alimentos e o agronegócio são, atualmente, as principais responsável pela modificação nos hábitos alimentares no mundo todo. E a serviço delas está a tecnologia, utilizada, na maior parte dos casos, para possibilitar o aumento do lucro e a diminuição das perdas. Nesse sentido, são exemplos do uso da tecnologia e suas consequências, as afirmações abaixo, exceto:
a) Alimentos ultraprocessados.
b) Aumento da oferta de alimentos orgânicos.
c) Alimentos transgênicos.
d) Transformação das relações de trabalhono campo.
e) O uso de agrotóxicos.
Renda familiar e escolaridade são dois fatores que influenciam diretamente nas escolhas alimentares das pessoas. O que justifica isso é:
a) Ter dinheiro para comprar alimentos mais saudáveis e diversificados e ser alfabetizado para ler as informações nutricionais dos rótulos.
b) Ter dinheiro para comprar alimentos industrializados e informação crítica sobre o que comprar.
c) Ter dinheiro para comprar alimentos industrializados e ser alfabetizado para ler as informações nutricionais dos rótulos.
d) Ter dinheiro para comprar alimentos mais saudáveis e diversificados e informação crítica sobre o que comprar.
e) Ter dinheiro para investir em agricultura familiar e conhecimento sobre as técnicas de plantio.
Na Antiguidade, no império romano foi criada a política do Pão e Circo que consistiu:
a) Era uma estratégia de conhecimento literário para o maior aprofundamento histórico da população romana.
b) Realização de eventos com cunho político e social pelo imperador.
c) Como estratégia de apaziguar revoltas, os políticos romanos promoviam espetáculos nos chamados Stadiuns (que deram origem ao que conhecemos hoje como estádio), nos quais gladiadores lutavam com animais selvagens, como leões e tigres, ou uns contra os outros.
d) Criação de livros, propagandas e eventos para promover os locais de encontros com diferentes povos da antiguidade.
e) Criação de estratégias de guerra e poder bélico contra outros povos.
Sobre a alimentação na Pré-história, considere as seguintes assertivas:
I - A alimentação de frutas foi um dos primeiros estágios da humanidade.
II - O estilo de vida dos primeiros homens pré-históricos era associado à caça e à coleta.
IIII - Os caçadores e coletores eram sedentários.
IV - O fogo era utilizado para cozer, para aquecer e como proteção.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III
b) III e IV
c) II e IV
d) I e II
e) II e III
Os historiadores convencionaram chamar de pré-história o período da humanidade que antecede à invenção da escrita. Alguns dos grandes marcos da alimentação humana surgiram nesse período, exceto:
A Comida era moeda de troca, distintivo social.
Estudos historiográficos apontam que os primeiros grupos humanos eram formados, basicamente, por caçadores e coletores.
A adaptabilidade fez com que eles desenvolvessem técnicas e habilidades, que permitiram a fixação destes indivíduos em determinados espaços, com a consequente constituição dos primeiros grupos sociais.
O homem conseguiu constituir sociedades mais complexas.
Os primeiros humanos eram nômades, ou seja, viviam da caça e da coleta e migravam de um lugar para o outro na medida em que a oferta de alimentos daquela região ia se esvaindo.
O que era a política do Pão e Circo, em latim Panem e Circences?
a) Na mesopotâmia, as pessoas levavam pão para comer nos espetáculos circenses.
b) Havia um prato típico no Egito antigo que era feito a base de um pão que tinha o formato de uma tenda de circo.
c) Nenhuma das respostas apresentadas.
d) No Império Romano, nos espetáculos oferecidos nas arenas, o público também ganhava um pedaço de pão. 
e) E o fato de que na Grécia Antiga, o pão era muito apreciado.
A Idade Moderna é o período que vai do final da Idade Média (1453) até o Início da Idade Contemporânea, que tem como marco a Revolução Francesa (1789) neste período a alimentação apresentou um marco, marque alternativa correta:
a) A cevada começou a ser fermentada na idade média.
b) O pão francês é um dos alimentos que se destaca neste período.
c) As especiarias não apresentam alto valor de mercado na Europeu e não eram consumidas neste período.
d) O grande marco da Idade Moderna são as Grandes Navegações, que vão marcar o primeiro grande movimento de globalização alimentar.
e) As bebidas quentes, além de diversos produtos como refrigerantes e arroz se destacam na alimentação deste período.
Sobre a invasão árabe na Europa, considere as seguintes afirmativas:
I - Ela ocorreu na Península Ibérica
II - Os árabes introduziram na Europa nesta época o arroz e a cana-de-açúcar.
III - A invasão árabe incrementou o comércio na região do mediterrâneo.
IV - A invasão árabe não representou uma mudança no sistema alimentar europeu.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II
b) II e IV
c) II e III
d) I e III
e) III e IV
A Lei de Terras, que foi assinada no Brasil em 1850, protegia as chamadas ¿terras devolutas¿ (terras aparentemente desocupadas, que passavam a ser consideradas propriedade do governo). A partir de então, somente quem tivesse um documento Real comprovando a posse poderia permanecer nelas. O objetivo de evitar que imigrantes europeus e negros libertos ocupassem terras improdutivas. Aquelas que não tivessem comprovação de posse seriam postas à venda a preços altos.
Diante disso, quais outras consequências da Lei de Terras podemos apontar?
a) Pequena concentração fundiária, conflitos de terras e diversificação da produção.
b) Grande concentração fundiária, conflitos de terras e fome.
c) Diversificação da produção, conflitos políticos e fome.
d) Diversificação da produção, conflitos políticos e de terras.
e) Grande concentração fundiária, conflitos políticos e fome.
No início do século XVIII, a Coroa Portuguesa proibiu a agricultura e a pecuária num raio de 80km da costa brasileira, que deveria ser destinada exclusivamente para a o cultivo da cana de açúcar, principal fonte de exploração colonial. Essa medida deu início a um processo de interiorização, que se intensificou com o chamado ciclo do ouro. Em termos de produção e, consequentemente, de hábitos alimentares, quais as consequências dessa medida?
a) Essa medida iniciou o processo histórico da fome no Brasil, uma vez que a produção dos outros gêneros, bem como a criação de gado, alimentícios foi prejudicada pela escassez de mão de obra no interior.
b) Essa medida iniciou o processo histórico da fome no Brasil, uma vez que a produção dos outros gêneros, bem como a criação de gado, alimentícios foi prejudicada pela escassez de água no interior.
c) Essa medida empurrou o cultivo de outros gêneros agrícola, bem como a criação de gado, para lugares mais distantes do litoral, o que vai levar à formação da cultura alimentar das cidades grandes, já que estas passam a depender da produção do interior.
d) Essa medida empurrou o cultivo de outros gêneros agrícola, bem como a criação de gado, para lugares mais distantes do litoral, o que vai levar à formação da cultura alimentar do sertanejo, baseada em produtos mais secos e de maior durabilidade, uma vez que o comércio interno na colônia ainda era muito escasso.
e) Essa medida fez com que o Brasil deixasse de ser um país exclusivamente monocultor, com o aproveitamento melhor do território, até então pouco explorado devido à concentração populacional estar no litoral.
Da matriz étnica cultural africana, herdamos diversos insumos e técnicas, que estão tão fortemente arraigados em nossa cultura alimentar. Dentre as alternativas abaixo, a única que não podemos citar como parte dessa herança é:
a) O uso de feijões, com destaque para os feijões preto, fradinho e de corda.
b) A introdução do azeite de palma, conhecido como azeite de dendê.
c) A esfiha e a kafta que, apesar de serem de origem árabe, vieram para o Brasil por meio dos africanos.
d) O consumo de alguns legumes nativos do Brasil, que não eram utilizados pelos indígenas, como o caso do jiló, o chuchu, o maxixe e o quiabo.
e) O mugunzá, o acaçá e o abará, feitos a base de milho branco, e o angu, feito de farinha de milho fina, o fubá.
O objetivo principal do programa Fome Zero, implementado pelo governo de Luís Inácio Lula da Silva, seguindo as diretrizes da Constituição de 1988, era assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) para todas as pessoas, especialmente aquelas com dificuldades de acesso aos alimentos. As ações do programa tinham como foco:
a) A ampliação do acesso aos alimentos, o fortalecimento da agroindústria, a estabilização da renda e a articulação, mobilização e controle social.
b) Controle do acesso aos alimentos,o fortalecimento da agricultura estatal, o congelamento da renda e a desarticulação, incitação e anarquia social.
c) O controle do acesso aos alimentos, o fortalecimento da agricultura familiar, a estabilização da renda e a articulação, mobilização e controle social.
d) A ampliação do acesso aos alimentos, o fortalecimento da agricultura familiar, a geração de renda e a articulação, mobilização e controle social.
e) A ampliação do acesso aos alimentos, o fortalecimento da agroindústria, a geração de renda e a articulação, mobilização e controle social.
A tecnologia de alimentos contribui para aumento na produção de produtos alimentícios mais sintéticos esses produtos, com menos ingredientes in natura e mais aditivos químicos, são os chamados alimentos:
a) Ultrapasteurizados
b) Naturais
c) In natura
d) Ultraprocessados
e) Minimamente processados
	
Sobre a Revolução Verde, assinale a alternativa correta:
a) Ela representou o desenvolvimento de sementes e o uso de aditivos químicos na fertilização do solo e controle de pragas.
b) Ela representou uma redução na produção agrícola com o objetivo de aumentar os preços.
c) Ela representou uma redução sem precedentes da produção agrícola por conta do aumento de pragas.
d) Ela representou o início da conscientização em relação ao meio-ambiente.
e) Ela representou uma preocupação extrema com a saúde humana na produção agrícola.
O método criado pelo confeiteiro francês Nicolas Appert (1749-1841) ......................, foi transposto de uma solução técnica para um problema em escala doméstica para a produção industrial de alimentos enlatados mais seguros e com maior durabilidade.
a) Fluxo super crítico
b) Industrialização
c) Apertização
d) Gelatinização
e) Pasteurização
O que é a gastro-anomia:
 As regras do estômago que são específicas para cada cultura.
a) A ciência e a arte dos alimentos no que diz respeito ao aspecto comercial e cultural.
b) O fato de que na contemporaneidade diante de tantas informações sobre como se alimentar, as pessoas não saberiam mais o que comer.
c) A estetização da alimentação no que diz respeito à preparação de pratos..
d) Um ramo que abrange a culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e, em geral, todos os aspectos culturais a ela associados.
Sobre o conceito de Fast-food, considere as seguintes assertivas:
I - Ele se refere unicamente à alimentação industrializada oferecida nos restaurantes que vendem sanduíches cárneos, embutidos, queijos amarelos e molhos cremosos, capitaneado pelo hambúrguer e pela batata frita, habitualmente acompanhados de refrigerante.
II - E, no sentido literal, "comida rápida" ou todo tipo de comida que é servida num menor tempo possível porque já se encontra preparada para servir ou para rápida finalização.
III - Inclui os restaurantes que vendem comida a peso tipo buffet, e toda comida de rua, inclusive o tradicional acarajé.
Estão corretas:
a) Somente a afirmativa I.
b) As afirmativas I e III.
c) As afirmativas I e II.
d) As afirmativas II e III.
e) Somente a afirmativa II.
	
Até a década de 1980, defendia-se que o problema da fome era a quantidade de alimento disponível no mundo, com base nesta informação, marque a alternativa correta:
a) Os estudos defendem que os países com mais acesso a informação devem produzir alimentos para todo o mundo.
b) O consumo alimentar é desigual, pois os países não buscam a unificação dos conhecimentos acerca dos nutrientes envolvidos com a alimentação.
c) Os estudos descrevem que a fome está associada a cultura de um povo que na maioria das vezes não busca trabalho ou estudo.
d) Novos estudos comprovaram que a questão da fome girava mais em torno do acesso do que da quantidade de alimentos no mundo.
e) Os estudos comprovaram que a questão da fome está associada ao egoísmo de alguns países ricos.
Gabarito
	1
	D
	Ter uma atitude etnocêntrica é olhar para o comportamento do outro tomando o seu como o certo, o válido. Enquanto profissionais de nutrição o indivíduo não deve ter uma atitude etnocêntrica, ou seja, não deve julgar os comportamentos e práticas culturais do outro, mesmo que a luz da ciência. É preciso ter cuidado e promover diálogo educativo, relativizando e respeitando sempre as práticas culturais dos pacientes.
	2
	E
	É fundamental que o profissional de Nutrição não tenha uma atitude etnocêntrica, isto é, relativize e respeita culturas e hábitos alimentares de todos os tipos, a prescrição deve sempre partir deste princípio ético.
	3
	E
	Os nutricionistas devem levar em consideração o comportamento humano e entender o alimento para além de micro e macronutrientes, considerando aspectos simbólicos e culturais em relação a alimentação e Nutrição. A Antropologia é mais que uma disciplina que não tem competência em conceituar micro e macronutrientes, o auxílio deste campo de saber é em relação as dimensões simbólicas e culturais em torno dos alimentos.
	4
	B
	A cultura inside sobre a alimentação, a medida em que suas regras sociais estabelecem o que é comestível, o que é venenoso fica no âmbito da biologia ou botânica. Mas também determina como comemos, com as mãos, garfos, colher, os rituais em torno da alimentação, determina ainda quando a gente come, o número de refeições diárias culturalmente determinadas, os horários, tudo isso varia e é determinado pela cultural. por fim a comensalidade que dita com quem comemos e nos diferencia dos demais animais, na medida em que convenciona a dimensão cultural do comer junto
	5
	A
	O Brasil é um país de grande diversidade cultural que pode ser percebida nas especificidades de cada região, cidade, estado. Chamamos essa pluralidade de características culturais de diversidade cultural.
	6
	D
	Nenhuma diferença pode ser hierarquizada, julgada, valorada, é preciso olhar para as especificidades culturais e hábitos alimentares com relativismo, respeito e cuidado com o outro.
	7
	A
	A maneira como foi um alimento é produzido, armazenado e preparado pode alterar os seus valores nutricionais e devem ser considerados ao pensar a alimentação. Porém o valor atribuído a ele pelo nutricionista, deve levar em consideração o alimento real.
	8
	B
	Dizer que um alimento é saudável apenas por ser natural, não é de todo correto porque algumas razões, dentre elas, fatores externos que podem incidir sobre o alimento em sua produção, armazenamento e transporte, como os agrotóxicos e a interação de insetos e microrganismos.
Dizer que um alimento não é saudável por ser industrializado não é de todo correto porque, embora os alimentos processados e ultraprocessados tenham valores nutricionais menores, nem todos são nocivos à saúde, apenas não são tão benéficos quanto os alimentos naturais.
Considerar um alimento de melhor ou pior qualidade em razão do seu aspecto não é justificável porque um alimento fora do padrão de percepção de aspecto (amassado, furado, murcho etc.) não significa que ele não esteja apto para ser ingerido. Ao passo que um alimento com seu aspecto perfeito pode ter a presença de algum agente contaminador.
Não comer alimentos que tenham caído no chão, mesmo que o chão esteja limpo, é uma percepção cultural de inibição, porque não há risco iminente de contaminação.
Portanto, a resposta correta é "comer com rapidez por estar com muita fome", pois a fome não é um inibidor e sim um estimulante ao ato de comer.
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	B
	A "sensação boa de partilhar a comida com os semelhantes", "a sensação boa ter o que comer e poder partilhar com os semelhantes" não remetem, necessariamente, à memória, pois são sensação e ato do tempo presente. Memória remete a lembranças, ao passado, mesmo que recente.
"Sensações de saciedade" é física, fisiológica, e não afetiva.
Portanto "memória afetiva" refere-se aos "registros sensoriais, afetivos que a comida e a comensalidade podem gerar nos indivíduos" (não na coletividade, nessa acepção).
	10
	C
	Como o próprio enunciado explica, comensalidade é a prática do comer junto, partilhando a comida e as sensações e de reforçar a coesão dos grupos sociais aos quais fazemos parte. Portantoa única alternativa em que isso não ocorre é: um lanchinho rápido no ônibus a caminho da faculdade.
	11
	E
	Macarrão, carne moída e chocolate são alimentos processados.
	12
	C
	Pense nas expressões "vou cozinhar" e "Vou fazer comida". Há uma relação entre elas que não é aleatória. Não utilizamos a expressão "vou preparar o alimento" ou algo parecido. Comida tem relação mais próxima com cozinha, com gastronomia, portanto, além de técnicas e saberes para a sua prática, envolve percepções sensoriais, visuais (comida com "cara bonita", "cara boa", bem colorida ou empratada), olfativas (comida "cheirosa") e palatáveis ("gostosa", "cremosa", quente ou fria). Além disso, há todos os rituais que envolvem a prática de comer, como se sentar à mesa, utilizar talheres, orar antes de comer (em casos religiosos), etc. Comida, portanto, é algo mais ligado à cultura do que à sobrevivência.
A noção de "alimento", ao contrário, remete à ideia de "alimentar-se", portanto, àquilo que é preciso para vivermos.
	13
	B
	A relação entre Ciências Sociais e Biológicas, ou seja, entre o biológico e o sócio cultural não pode ser pensada como superação, suplantação, imposição ou confronto, somente o diálogo entre os dois campos pode possibilitar o fortalecimento mútuo de ambos.
	14
	A
	Hábito de comer determinada coisa não se configura um tabu, uma vez que tabus alimentares são restrições, assim como o alto consumo de fast food a alimentação abundante de vegetais, nem mesmo a restrição de glúten aos celíacos é um tabu, mas um risco a saúde. Apenas a carne durante a semana santa pode ser enquadrada na categoria de tabu alimentar.
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	D
	A única resposta possível é mitos, uma vez que se constituem como narrativas construídas para explicar fenômenos diversos. Tabus são restrições diversas impostas a indivíduos de uma determinada cultura, fantasias histórias fantásticas, falácias são mentiras, enganações, e ciência é o corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente.
	16
	C
	O saber científico não valida ou invalida o saber popular e saberes populares não são distorções do saber científico. Embora isso possa ocorrer, o saber popular independe do saber científico, pois, em muitos casos, remonta a tempos imemoriais, nos quais a própria ciência ainda não era tão desenvolvida e muito menos difundida.
Saberes populares e saber científico não se diferem apenas pelo método de transmissão do conhecimento, mas, fundamentalmente pela comprovação a partir de método e experiência empírica.
A definição, portanto, que demonstra a diferença entre eles é: Saberes populares são aqueles que nascem, se consolidam e se propagam em meio à população, não tendo nenhuma validade científica, método, teoria comprovada. Saber científico é aquele formado a partir de uma teoria e/ou hipótese, validado por meio de métodos reconhecidos pelo campo científico, comprovado ou demonstrado empiricamente.
	17
	A
	Todas as alternativas relacionam-se com valores simbólicos associados à alimentação, mas apenas o pão e o vinho nas missões têm uma relação simbólica também com a religiosidade.
	18
	A
	O senso comum é o conjunto de saberes que vem da sociedade, que se renovam constantemente, por meio dos estudos científicos, da formação educacional os indivíduos vão sendo ensinados a olhar esses pensamentos com criticidade, para que não tomem tudo como verdades absolutas.
	19
	C
	A percepção sistêmica da alimentação como uma cadeia conectada da produção agrícola ao descarte, passando pela cultura e hábitos alimentares é chamada de sistema alimentar. Mecanização não é um conceito antropológico e modelos alimentares são formas, exemplos de regras alimentares que optamos por seguir. 
	20
	B
	Hábitos alimentares são práticas comuns, regulares, frequentes que compõem uma cultura, que dizem respeito a normas e costumes alimentares de grupos específicos de uma determinada cultura.
	21
	C
	Não existe um modelo alimentar baseado apenas no consumo de ovos, tão pouco ovarismo se constitui como um modelo alimentar. Os demais existem e possuem a exata definição que constam nas alternativas
	22
	A
	Existem diversos tipos de variação do vegetarianismo. os que restringem totalmente o consumo de carnes e todo tipo de produto animal são chamados de veganos, os que se permitem consumir peixes aderem ao pescetarianismo, ao passo que os ovolactovegetarianos consomem ovos, leite e produtos lácteos
	23
	E
	Modelos alimentares dizem respeito a estrutura alimentar de um grupo específico, contendo as regras e interdições que compõe esse modo de alimentação. Enquanto hábitos alimentares são o conjunto de práticas alimentares frequentes de uma cultura alimentar específica. Cultura é um conceito mais amplo que diz sobre coisas para além da alimentação, sistemas nutricionais não são considerados como conceito antropológico, e valor nutricional é o valor de nutrientes que possui um determinado alimento.
	24
	E
	Carnivorismo é um modelo alimentar que só cabe aos animais carnívoros. Por mais amor e consumo de carne que um ser humano possa ter, ele permanecerá onívoro. Além disso, ovarismo não existe como modelo alimentar. Todos os demais modelos são existentes.
	25
	A
	Ao contrário das demais religiões citadas, de cujas restrições são impostas a todos os seus praticantes, as restrições no Candomblé são muito individualizadas, variando de acordo com as orientações dadas a cada praticante. Portanto as restrições de um podem ser diferentes das restrições do outro.
	26
	B
	Como profissional, não se pode ignorar ninguém, independente de religião, raça, cor, sexo ou qualquer outra distinção. Também não se deve ignorar nem desprezar as restrições alimentares, pelo mesmo princípio. E conscientizar sobre qualquer tabu (a exceção daqueles que põem em risco a integridade, a dignidade e a vida humana) seria uma atitude etnocêntrica, pois há sentidos e significados neles que talvez não haja para nós. Portanto, é preciso pensar uma alimentação que considere essas (e quaisquer outras) restrições e tabu.
	27
	E
	A restrição ao consumo de carne vermelha remonta a uma tentativa da Igreja de manter seus hábitos alimentares, a base de frutas, cereais e peixe, alteradas pela influência dos chamados ¿Reinos Bárbaros¿ que dominaram boa parte da Europa, com a queda do Império Romano e que tinham a carne vermelha como base da alimentação. A carne vermelha foi então, considerada um alimento pesado, impuro, ligado a alimentação de pagãos. Enquanto o peixe, que de acordo com a bíblia foi ¿multiplicado por Jesus¿, era um alimento sagrado.
Contraditoriamente, a prática da ceia em mesas grandes com aves fartas no centro, remontam às mesas dos jantares reais destes reinos. Algo que foi se sofisticando ao longo do tempo, passando pelas grandes banquetas das realezas europeias, mas que permanece presente até hoje seja no hábito católico da ceia de Natal.
Já milho como ingrediente remontam festejos católicos, das quermesses, que eram festejos que aconteciam na igreja ou praças públicas próximas a igrejas Católicas. Algumas dessas festas nascem com o objetivo de cooptar os festejos populares por conta da colheita do milho para dentro do espaço da igreja, homenageando santos católicos.
Portanto, todas as alternativas estão corretas.
	28
	E
	Como o próprio enunciado da questão explica, a cozinha muçulmana, a halal, ¿considera os saberes e restrições que envolvem as práticas alimentares da religião de acordo com um sistema organizado de suas condutas e restrições/tabus alimentares, secularmente registrado no livro sagrado dos muçulmanos¿.
Nenhuma das restrições mencionadas nas alternativas está presente nesse livro, à exceção da carne de porco e da bebida alcóolica.
	29
	D
	O consumo de carne bovina é um tabu para os hindus porque a vaca é, para eles, um animal sagrado. O consumo de seus derivados como o leite, por exemplo, é permitido. Peixes com escamas e barbatanas são restriçõesdos judeus e não dos hindus, ao passo que a carne de porco é restrita aos muçulmanos.
	30
	E
	Todas as restrições mencionadas estão presentes no livro sagrado do judaísmo e, como o próprio enunciado da questão explica, sua cozinha é baseada nessas restrições. Nenhuma menção há, nesse sentido, sobre o consumo de uvas vermelhas.
	31
	B
	Tanto alimentos transgênicos, quanto agrotóxicos são resultados de processos bioquímicos, possíveis em razão do desenvolvimento da tecnologia. Os ultraprocessados, pode-se dizer, são um desdobramento dos processados, utilizados como uma das tecnologias de guerra, no início do século XX, adaptadas do ambiente doméstico para o industrial. E as transformações nas relações de trabalho no campo são consequências da chamada Revolução Verde (aplicação de tecnologias na agricultura para aumentar a produção).
O aumento da oferta de alimentos orgânicos, ao contrário, é um movimento que se contrapõe ao uso de produtos químicos e biotecnológicos feitos pela indústria na produção de alimentos.
	32
	D
	Compõem a resposta correta: ter dinheiro para comprar alimentos mais saudáveis (porque são mais caros do que os industrializados) e diversificados (no sentido de variação nutricional) e informação crítica sobre o que comprar (porque a maior parte das pessoas só tem as informações sobre alimentação através de propaganda e das mídias em geral, que, não raro, têm interesses econômicos atrelados aos da indústria).
	33
	C
	Na Antiguidade foi criada a política do Pão e Circo, do Império Romano. Por ter se tornado um império tão extenso, a carestia de alimentos era uma realidade em Roma. Como estratégia de apaziguar revoltas, os políticos romanos promoviam ¿espetáculos¿ nos chamados Stadiuns (que deram origem ao que conhecemos hoje como estádio), nos quais gladiadores lutavam com animais selvagens, como leões e tigres, ou uns contra os outros.
	34
	C
	Os caçadores coletores eram nômades.
	35
	A
	Antiguidade ou Idade Antiga: Na alimentação, esse é o período em que a terra passou a ter grande importância. Assim, a produção e estocagem de alimentos eram fatores determinantes para o florescimento e sinal de propriedade de uma sociedade. Comida era moeda de troca, distintivo social. Errado, pois não é a pré-história e sim a antiguidade ou idade antiga.
	36
	D
	A política do pão e circo tinha como objetivo aplacar as tensões sociais em uma sociedade profundamente desigual.
	37
	D
	A Idade Moderna é o período que vai do final da Idade Média (1453) até o Início da Idade Contemporânea, que tem como marco a Revolução Francesa (1789). Quando pensamos em alimentação, podemos dizer que o grande marco da Idade Moderna são as Grandes Navegações, que vão marcar o primeiro grande movimento de globalização alimentar.
	38
	A
	A invasão árabe provocou um caos no comércio da região.
	39
	B
	Conflitos políticos no Brasil não tinham, no período, relação com a posse de terras, já que a política no interior era controlada pelos fazendeiros. Os conflitos limitavam-se às disputas entre os fazendeiros e índios e sertanejos, estes últimos sem qualquer aparato bélico, o que tornava essa disputa um verdadeiro genocídio. Esse processo aumentou a concentração fundiária e, como o Brasil tinha uma política de monocultura e de agroexportação, não houve diversificação da produção e uma das consequências de todo esse processo, que se estende até os dias de hoje, é a fome.
	40
	D
	A fome não é fruto desse momento, nem a construção de hábitos alimentares de cidade grande, não havia grandes cidades nesse período. Nesse sentido a medida deslocou o cultivo para longe da costa, promovendo a interiorização das terras mais distantes do litoral e possibilitou a criação de novos hábitos alimentares, que futuramente seriam os hábitos sertanejos, por essas áreas serem consideradas sertões.
	41
	C
	Esfiha e kafta não vieram para o Brasil por meio dos africanos, mas da imigração árabe. Além disso, não estão ¿fortemente arraigados¿ em nossa cultura alimentar, embora os consumamos.
	42
	D
	O programa FOME ZERO, tem como característica a promoção de políticas e programas de alimentação e Nutrição que trabalham no eixo de Sistema alimentar, considerando que o problema deve ser resolvido em associação entre investimento em agricultura familiar, educação alimentar e nutricional e geração de renda. Nesse sentido, não combinam com o programa, controle sobre alimentos, associação ao agronegócio, ou fortalecimento da agroindústria.
	43
	D
	Esses produtos, com menos ingredientes in natura e mais aditivos químicos, são os chamados alimentos ultraprocessados.
	44
	A
	A Revolução Verde foi o desenvolvimento de sementes e o uso de aditivos químicos na fertilização do solo e controle de pragas, aumentando a produção de forma espetacular.
	45
	C
	O método criado pelo confeiteiro francês Nicolas Appert (1749-1841), chamado de apertização, foi transposto de uma solução técnica para um problema em escala doméstica para a produção industrial de alimentos enlatados mais seguros e com maior durabilidade.
	46
	C
	A gastro- anomia, e a ausência de regras na alimentação.
	47
	D
	O conceito de fast-fod se ampliou e representa toda comida servida de forma rápida.
	48
	D
	Até a década de 1980, defendia-se que o problema da fome era a quantidade de alimento disponível no mundo, mas, aos poucos, essa teoria foi caindo. Novos estudos comprovaram que a questão da fome girava mais em torno do acesso do que da quantidade de alimentos no mundo.

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