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AD2 – LEGISLAÇÃO SOCIAL – 2020.1 VANESSA DOS SANTOS SCHWAN DAMASCENO 19215060464 Após estudar as aulas 1 a 5 desta disciplina, escreva um texto on-line, respondendo à questão que se segue: No ano de 2016 nos deparamos perplexos com a crise dos refugiados. Muitos são expulsos de sua casa, de seu país, por uma guerra ou perseguição, onde a única alternativa é a fuga, sem olhar para trás. O conceito de refugiado no Wikipédia é toda a pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao mesmo, ou devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outros países. Muitos países da Europa estão criando situações para evitar o acesso desses imigrantes refugiados, como o caso da França que construiu um muro junto à “selva” de Calais, por exemplo. Com base nas notícias, legislação e estudos, redija um texto crítico sobre esses acontecimentos, apontando quais os princípios estão sendo feridos, constitucionais e trabalhistas, e quais as possíveis soluções para evitar que tais acontecimentos se tornem corriqueiros e aceitos por nossa sociedade. Mínimo de 30 linhas. Indicar a bibliografia utilizada. As guerras, perseguições, conflitos internos, hostilidades e a grande violação de direitos humanos levam milhões de pessoas a abandonar seus lares em busca de asilo em outros países. Essa é uma situação extremamente grave e no artigo 14 da Declaração Universal dos Direitos Humanos é assegurado a todo ser humano que seja vítima de perseguição o direito de procurar e receber proteção internacional em outro país (Direito de Refúgio). Além disso a Lei 9.474 de 1997 trata sobre o tema do refúgio e estabelece direitos e deveres, procedimentos e implementação do Estatuto do Refugiado. Quando se iniciou o enorme fluxo migratório, alguns países abrigaram os refugiados enquanto outros logo fecharam suas fronteiras por terem inúmeros receios como, por exemplo, medo da saturação do mercado de trabalho, aumento da pobreza, aumento da marginalização, e aumento do gasto com os serviços públicos oferecidos. Ao negar asilo, fechando suas fronteiras, esses países feriram o princípio da dignidade da pessoa humana (Constituição, artigo 1º, inciso III) e o princípio da igualdade (Constituição, artigo 5º). Os refugiados quando chegam em outro país diferente, se deparam com um ambiente totalmente estranho para eles. A cultura, os costumes, as leis e a língua são coisas que eles não têm domínio. Portanto, os refugiados se encontram vulneráveis e a mercê da boa-fé das pessoas (Princípio da Boa-Fé) para não serem explorados pela falta de conhecimento dos seus direitos. Como os direitos trabalhistas são irrenunciáveis, o princípio da irrenunciabilidade poderá ser ferido pois o refugiado não conhece seus direitos. O empregador pode induzi-lo, por exemplo, a abrir mão das suas merecidas férias. A chegada de tantos estrangeiros também acarretou o aumento da xenofobia, levando os refugiados a sofrerem preconceito, discriminação, abusos, atos de violência e ódio. O princípio da tolerância foi ferido, visto que ele tem como objetivo promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (Constituição, artigo 3º, inciso IV). Foram realizadas muitas discussões e acordos sobre a necessidade de solidariedade global (artigo 3º, inciso I da Constituição) para tentar melhorar os centros de acolhimento e sistemas de asilo devido ao grande fluxo migratório provocado pela crise humanitária. Disponibilizar proteção aos refugiados, é uma questão fundamental dos direitos humanos. Já que seu país de origem não foi capaz de protege-lo, é direito inerente à própria condição humana ser asilado em outro país. Uma maneira de evitar que os refugiados tenham seus direitos violados é disponibilizar aos refugiados vários meios para se informarem quanto aos seus direitos. Pode ser através da criação de um site onde conste a opção de leitura com tradução para várias línguas, distribuição de panfletos, livros ou até mesmo disponibilização de um telefone ou horário para falar com uma equipe específica no consulado para esclarecer suas possíveis dúvidas. Referências: 1) https://www.dw.com/pt-br/ban-ki-moon-futuro-n%C3%A3o-pertence-aos-que- constroem-muros/a-18752254 2) https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/29858/29858.PDF 3) https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/aumento-de-refugiados-provoca- grave-crise-humanitaria-entenda/ 4) https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2018/junho/os-refugiados-e-os- direitos-humanos 5) https://nacoesunidas.org/artigo-14-direito-a-asilo/ 6) https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direitos-humanos/a-dignidade-da-pessoa- humana-e-sua-definicao/ 7) https://www.uninter.com/iusgentium/index.php/iusgentium/article/viewFile/239/186 8) https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/brasil/direito-dos-refugiados-nova-lei- migracao.htm 9) https://anajus.jusbrasil.com.br/noticias/2803750/principio-constitucional-da- igualdade 10) Caderno Didático da disciplina Legislação Social, Volume único - Fundação Cecierj / Consórcio Cederj.