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CASO 13 TRABALHO PRATICA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO 
DA _ VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE _ / _ 
 
 
 
 
 
 
 
RECURSO ADESIVO EM RECURSO ORDINÁRIO 
PROCESSO Nº: XXX 
 
 
 
 
Mauro Matias, microempresário, fartamente identificado nos autos do 
processo em epígrafe, vem, respeitosamente, através de seu advogado já 
devidamente qualificado na espécie, à presença de vossa excelência, 
demonstrar o inconformismo com a sentença proferida nos presentes autos, a 
qual julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados pela Autora, 
interpor 
 
RECURSO ADESIVO EM RECURSO ORDINÁRIO 
 
com arrimo nos artigos 997, 998 do Código de Processo Civil, aplicáveis 
subsidiariamente ao processo do trabalho, por força do artigo 769 da CLT, e 
súmula 283 do TST, e amparado nas razões adiante expendidas. 
 
Nesses termos, requer que seja recebido o presente recurso e, após 
cumpridas as formalidades de estilo, que seja este remetido para o Colendo 
Tribunal Regional do Trabalho da ª Região, a fim de que este profira seu 
superior julgamento. 
 
 
 
 
Espera deferimento. 
 
 
Cidade, dia, mês e ano 
 
 
Advogado 
OAB/UF 
 
 
 
 
COLENDO TRIBUNAL REGIONAL 
REGIÃO 
DO TRABALHO DA __ª 
 
 
 
 
 
RECURSO ADESIVO EM RECURSO ORDINÁRIO 
PROCESSO Nº: XXX 
RECORRENTE: MAURO MATIAS 
RECORRIDA: 
 
 
I– DA TEMPESTIVIDADE 
 
Cumpre registrar a tempestividade do instrumento recursal aqui utilizado, 
visto a sentença ter sido publicada na data xx/xx/xxxx, e tendo sido oferecido 
recurso ordinário pela parte reclamante na data de xx/xx/xxxx, findando então 
no dia xx/xx/xxxx o prazo para oferecimento de contrarrazões, em que se 
aproveita o reclamado e interpõe o instrumento acessório do recurso adesivo 
neste presente dia, por então, resta-se demonstrado a regular temporalidade 
do seguinte instrumento, conforme interpretação dos artigos 997 e 998 do 
CPC/15, e súmula 283 do TST. 
II– DAS RAZÕES RECURSAIS 
Em que pese o reconhecido saber jurídico do douto juízo de primeira 
instância prolator da sentença ora vergastada, carece de reforma a decisão 
que julgou parcialmente procedente os pedidos da reclamante, ante os fatos e 
fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
III– DA SINTESE DA DEMANDA 
O Sr. Mauro Matias, microempresário, ora recorrente, é parte em 
reclamação trabalhista ajuizada por sua ex- empregada, ora recorrida, na qual 
requeria-se o pagamento de verbas referentes a horas extras laboradas, bem 
como recebimento de adicional de periculosidade calcula do sobre a 
remuneração da obreira. Acontece que o Sr. Mauro, comparecera 
pessoalmente sem estar assistido de advogado, à primeira audiência, 
oportunidade em que aduzi u simplesmente nada dever a empregada. 
 
 
 
 
Encerrada a instrução, sem produção de outras provas, sob a alegação 
de falta de contestação específica dos fatos, o juiz de primeiro grau julgou 
parcialmente procedente os pedidos formulados pela reclamante, condenando- 
o ao pagamento do adicional de 
remuneração da trabalhadora. 
periculosidade, calculado sobre a 
 
O recorrente, intimado da sentença, mesmo não concordando com o 
entendimento firmado na parte dispositiva da peça, não a impugna. Já a 
empregada, por sua vez, oferecera recurso ordinário, postulando o pagamento 
das horas extraordinárias. Sendo assim, uma das razões por que se dá a 
interposição deste instrumento adesivo, sob os fundamentos fáticos e jurídicos 
que se passa agora a expor. 
IV– DA IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE HORAS 
EXTRAS 
Colenda câmara, não pode prosperar o argumento levantado pela 
reclamante acerca das horas extras supostamente laboradas, visto o fato 
inequívoco de que aqui se trata de empregador microempresário, e em razão 
disso é ônus da parte reclamante trazer ao juízo a comprovação clara das 
horas extraordinárias eventualmente efetuadas. Conforme entendimento que 
se extrai da súmula nº 338 do TST, e ainda pelo fato de que no setor do 
comércio e serviços (como ocorre na espécie), ter-se o entendimento 
consolidado na doutrina e jurisprudência pátria, de que em uma microempresa 
não se pode ter mais de nove funcionários. Nesse sentido: 
 
SÚMULA Nº 338 DO TST 
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA 
(incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 
306 da SBD I-1) - Res.129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) 
empregados o registro da jornada de trabalho na forma do 
art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos 
controles de frequência gera presunção relativa de 
veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida 
por prova em contrário. (Ex -Súmula nº 338 – alterada pela 
Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, 
ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser 
elidida por prova em contrário. (Ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - 
inserida em 20.06.2001) 
III – Os cartões de ponto que demonstram horários de 
entrada e saída uniformes são inválidos como meio de 
prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo as horas 
extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a 
jornada da inicial se dele não se desincumbir. (Ex-OJ nº 
306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003) 
 
 
 
 
Portanto, à luz do exposto, requer-se desde logo a decretação de 
improcedência do pedido de horas extras da reclamante. 
 
V– DA IMPROCEDENCIA DO PAGAMENTO DO 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
O douto juízo de primeira instância, sob a justificativa de que o Sr. 
Matias não contestou especificamente os pedidos formulados pela Reclamante, 
acabou condenando-o ao pagamento de adicional de periculosidade calcula do 
sobre a remuneração da obreira. 
Ocorre que, em que pese a expressiva capacidade judicante do MM. juiz 
de primeira instância, o mesmo laborara em erro pelo menos duas vezes, 
assim até agora vê-se, no caso em tela, vez que não poderia ter procedência o 
pedido da reclamante sem prévia perícia executada por perito efetivamente 
habilitado em juízo, e ainda, o cálculo do adicional aludido teria que ter se dado 
sob o salário base da autora, e não sob a sua remuneração integral, como 
ocorrera, e que como bem sabemos, são valores expressamente discrepantes. 
 
Assim, não poderia o magistrado arbitrar ex officio qualquer grau de 
periculosidade em total arrepio da lei pertinente. Como é expressão dos artigos 
192, 193 e 195, parágrafo 2º, todos da CLT, e súmula nº191 do TST: 
 
Art.192: O exercício de trabalho em condições 
insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos 
pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de 
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário- 
mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus 
máximo, médio e mínimo. 
Art.193: São consideradas atividades ou operações 
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua 
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco 
acentuado em virtude de exposição permanente do 
trabalhadora: 
 
I- Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (incluído 
pela lei nº12. 740/2012) 
 
II- roubos e outras espécies de violência física nas 
atividades profissionais de segurança pessoal ou 
patrimonial. (incluído pela Lei 12.740/2012) 
§1º: O trabalho em condições de periculosidade assegura 
ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) 
sobre o salário sem os acréscimos resultantes de 
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da 
empresa. (incluído pela lei 6.514 de 22/12/1977) 
 
 
 
 
§2º: O empregado poderá optar pelo adicional de 
insalubridade que por ventura lhe seja devido. (incluído 
pela lei 6.514 de 22/12/1977) 
 
§3º: Serão descontados ou compensados do adicional 
outros da mesma natureza eventualmente já concedidos 
ao vigilante por meio de acordo coletivo. (incluídopela lei 
12.740/2012) 
§4º: São também consideradas perigosas atividades de 
trabalhador em motocicleta. (incluído pela lei 
12.997/2014) 
 
Art. 195: A caracterização ou desclassificação da 
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do 
Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a 
cargo de médico do trabalho ou Engenheiro do trabalho, 
registrados no Ministério do Trabalho. 
 
§2º: Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, 
seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo 
associado, o juiz designará perito habilitado na forma 
desse artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao 
órgão competente do Ministério do Trabalho. (Redação 
dada pela lei 6.514 de 22/12/1977) 
 
Súmula Nº 191 TST 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE 
DE CÁLCULO (cancelada a parte final da antiga redação 
e inseridos os itens II e III) – Res 214/2016 – DEJT 
divulgado em 30.01.2016 e 01 e 02.12.2016 
 
I- O adicional de periculosidade incide apena sobre o 
salário básico e não sobre este acrescido de outros 
adicionais. 
II- O adicional de periculosidade do empregado 
eletricitário, contratado sob a égide da Lei 7.369/1985, 
deve ser calculado sobre a totalidade das parcelas de 
natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a 
qual se determina a incidência do referido adicional sobre 
o salário básico. 
III- A alteração da base de cálculo do adicional de 
periculosidade do eletricitário promovido pela Lei nº 
12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado 
a partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o 
cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário 
básico, conforme determina o §1°do artigo 193 da CLT. 
 
 
Pelo exposto, Excelências, requer-se a modificação da sentença afim de 
que assim seja reconhecida a improcedência de fixação de grau de 
 
 
 
 
insalubridade pelo juízo de primeira instância sem perícia prévia, quando o 
mandamento expresso da consolidação das leis do trabalho, exige o laudo 
técnico elaborado por perito oficial previamente habilitado, e ainda, por ter sido 
concedida a referida verba adicional calculada sob o salário base da parte 
autora, sendo também equivocado o julgamento, com base no que se extrai da 
fundamentação supra. 
 
VI– DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, colenda câmara, pelo mais que dos autos consta, 
doutrina, jurisprudência e princípios gerais do direito, espera e requer o 
recorrente o conhecimento e provimento do presente recurso adesivo em 
recurso ordinário para que: 
 
A) Seja declarada a impossibilidade de concessão de horas extras, visto o fato 
inequívoco de que aqui se trata de empregador microempresário, e em razão 
disso é ônus da parte reclamante trazer ao juízo a comprovação clara das 
horas extraordinárias eventualmente efetuadas. Conforme entendimento que 
se extrai da súmula nº 338 do TST, e ainda pelo fato de que no setor do 
comércio e serviços (como ocorre na espécie), ter-se o entendimento 
consolidado na doutrina e jurisprudência pátria, de que em uma 
microempresa não se pode ter mais de nove funcionários; 
B) Seja modificada a sentença afim de que assim dê-se reconhecida a 
improcedência de fixação de grau de insalubridade pelo juízo de primeira 
instância sem perícia prévia, quando o mandamento expresso da consolidação 
das lei do trabalho exige o laudo técnico elaborado por perito oficial 
previamente habilitado, e ainda, por ter sido concedida a referida verba 
adicional calculada sob o salário base da parte autora, em flagrante 
desrespeito aos mandamentos previstos nos artigos 192,193 e 195, parágrafo 
2º, todos da CLT, e na súmula nº 191 do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
 
 
 
Local e Data 
 
 
Advogado 
OAB-UF

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