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Caso Concreto 04 - Prática do Trabalho

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 250ª vara do trabalho da Comarca de São Paulo/SP
Marina Ribeiro, brasileira, casada, desempregada, filha de Laura Santos, portadora da identidade 855, CPF 909, residente e domiciliada na Rua Coronel Saturnino, casa 28 – São Paulo-SP – CEP 4444, vem “mui” respeitosamente por intermédio de seu advogado, devidamente constituído, que a esta subscreve (procuração em anexo fls. Xx), e-mail (endereço eletrônico para contato) xxxxxxxx propor à este juízo prevento conforme art. 286, II do código de processo civil:
                 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM LIMINAR
Em face de sociedade empresária Malharia Fina Ltda CNPJ N° xxx xxx xx, localizada na capital paulista – SP, bairro XX, rua XX, N° XX, tel: XXX, Pelos motivos de fato e de direito que Passo a expor;
DA GRATUIDADE Á JUSTIÇA:
A reclamante Marina tem três filhos, com idades de 12, 10 e 8 anos, conforme certidões de nascimento que apresentou. Fls. XX (anexo), encontra-se nos dias atuais desempregada, e mesmo quando trabalhava para a empresa demandada, recebia como salário apenas o mínimo exigido por lei. Tornando-se ao alvedrio da justiça e seus princípios e preceitos constitucionais, Digna ao recebimento e ao devido amparo processual e judicial gratuito pátrio, na mais sensata das análises fáticas. Pela incapacidade de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, com fundamento legal no artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação introduzida pela Lei 7.510/86.
1-DO CONTRATO E DOS FATOS:
            Marina Ribeiro, trabalhou para sociedade empresária supracitada e já qualificada nos autos, como auxiliar de produção, de 20/09/2014 a 30/12/2016, quando foi dispensada sem justa causa, recebendo as verbas da ruptura contratual.
            Marina é presidente do seu sindicato de classe, ao qual está filiada desde a admissão, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2015 para um mandato de 2 anos, bem como cientificada a empregadora do fato por e-mail, exibido ao advogado.
A reclamante Marina tem três filhos, com idades de 12, 10 e 8 anos, conforme certidões de nascimento que apresentou. Fls. XX (anexo), encontra-se nos dias atuais desempregada, e mesmo quando trabalhava para a empresa demandada, recebia como salário apenas o mínimo exigido por lei. Tornando-se ao alvedrio da justiça e seus princípios e preceitos constitucionais, Digna ao recebimento e ao devido amparo processual e judicial gratuito pátrio, na mais sensata das análises fáticas. Pela incapacidade de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, com fundamento legal no artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação introduzida pela Lei 7.510/86.
 Trabalhava de 2ª a 6ª feira das 13.30h às 22.30h, com intervalo de 1 hora, e aos sábados, das 8.00h às 12.00h, sem intervalo. Após o horário informado, gastava 20 minutos para tirar o uniforme, comer o lanche oferecido pela empresa e escovar os dentes. Marina recebeu a participação proporcional nos lucros de 2014 e integral em 2015 e 2016. 
  Ela, no ano de 2015, comprovadamente, doou sangue em duas ocasiões, faltou ao emprego em ambas e foi descontada a título de falta. Já em 2016, ela foi descontada em três dias, quando se ausentou para viajar para o Nordeste e comparecer ao enterro de um primo, que falecera em acidente de trânsito. 
O superior imediato de Marina, era chefe do setor de produção. Duas vezes na semana, no mínimo, dizia que ela tinha um belo sorriso. Por educação, Marina agradecia o elogio. Em 2016, em razão de doença, o superior (Hugo) ficou afastado do serviço por 90 dias e ela o substituiu até o seu retorno.
Nos seus contracheques, em todos os meses desde a admissão, havia o lançamento de crédito de um salário mínimo e de duas cotas de salário-família, além de descontos de INSS, do vale-transporte, da contribuição assistencial e da confederativa.
2-DO PEDIDO LIMINAR
            Haja vista que a reclamante Marina se encontra em pleno gozo de mandato, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2015 para um mandato de 2 anos, como dirigente sindical do sindicato de sua categoria, não poderia ter sido demitida neste período pelo que preconiza o artigo Art. 8º, inciso VIII, da CF/88.
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Art. 543, § 3º, da CLT:
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. 
Fica evidente a necessidade de retorno imediato de Marina a sua função laboral na empresa demandada, o mais rápido possível com o “periculum in mora”, e a evidencia fática da presunção de veracidade deste direito de acordo com o “fumus boni iuris”, em plena conformidade com o artigo 300 do CPC e do Art. 659, inciso X, da CLT.
3-DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:
3.1-SALÁRIO “IN NATURA”
Cumpre-nos destacar que no lançamentos dos contracheques de Marina deveria ser lançado também o credito referente à contabilização e integração do auxílio alimentação junto com as demais verbas para todos os fins e cálculos, que estão elencadas no item dos “FATOS” desta exordial fls: XX, tal medida, torna-se justificável legalmente pela força do artigo 458 caput ou § 3º, da CLT e a Súmula 241 do TST.
3.2-HORA EXTRA, INTER JORNADA E ADICIONAL NOTURNO
Em continuidade cumpre-nos destacar a necessidade de pedir, em detrimento da demandada, de acordo com a veracidade dos fatos narrados, o cálculo de hora extra adicionada de 50% de seu valor, o tempo de 20 minutos despendido por Marina, reclamante, após a jornada normal de trabalho, na troca de uniforme, alimentação e higiene pessoal, pois, tal intervalo vem a se materializar como: tempo à disposição do empregador (patrão) ou empresa, conforme a Súmula 366 do TST, Art. 4º da CLT ou Art. 58, § 1º da CLT.
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
 Deverá ser requerida Hora extra pelo Intervalo intrajornada, pois inobservado o intervalo mínimo entre a jornada de sexta-feira e sábado, conforme Art. 66 da CLT, OJ 355 do TST ou Art. 382 da CLT, pois nesta ocasião, deveria ter sido respeitado ao obreiro, o período de no mínimo 11 horas de descansos entre as jornadas laborais, mais precisamente ao caso, as jornadas de sextas-feiras e sábados.
             Em continuidade, materializa-se na presente demanda, o direito de requerer perante o excelente juízo, o pagamento do adicional noturno sobre a jornada realizada após 22:00h de 2ª a 6ª feira, nesta temática, vejamos o que preconiza o Art. 73, caput e § 2º, da CLT:
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalhoexecutado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
            Como já explanado anteriormente no item 1.0 fls XX, Marina trabalhou de segunda a sexta, até as 22:30.
3.3- SALÁRIO-FAMILIA
Como já exposto anteriormente nesta exordial no item 1.0 fls: XX, Marina tem 03 filhos, todos menores de 14 anos, que de acordo com a regra contida nos dispositivos legais, terá direito à mais uma 01 cota de benefício do salário família, que atualmente a reclamante está recebendo apenas 02 cotas do benefício a ser pago pela demandada (empresa).  
Sendo Marina também, considerada de baixa renda salarial (mínimo legal), e sendo genitora de 03 filhos menores de 14 anos, enquadrando-se desta forma em todos os requisitos essenciais em conformidade com o Art. 7º, XII, da CF/88,
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei.
O art. 66 da Lei 8213/91 (dispositivo previdenciário), Art. 83 do Decreto 3.048/99, Art. 2º da Lei 4266/63 ou Art. 4º do Decreto 53.153/63, para que o valor da cota, diante das parcelas, esteja atualizado de acordo com as atuais normas da previdência social pátria.
3.4-DESCONTO INDEVIDO
            A empresa demandada, também está com a responsabilidade de restituir um dos dias nos quais comprovadamente Marina doou sangue, conforme o Art. 473, inciso IV, da CLT
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: V - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
            Tendo em vista como dito no item 1, que a empresa em 2016 descontou 2 dias de trabalho pela falta (em ambas as ocasiões naquele ano, para doar sangue), porém, deveria ter descontado apenas 01 dia, por este motivo, o outro deverá ser restituído à reclamada, 01 dia indevidamente descontado.
3.5-SUBSTITUIÇÃO DE CARGO
             A reclamante trabalhou substituindo o seu superior hierárquico, chefe do seu setor laboral na empresa por 90 dias, onde por direito insurge para a reclamante o direito de ser requerida nesta exordial, a diferença salarial, conforme artigo 5° e 450° da CLT, observando que, a reclamante se enquadra e faz jus perfeitamente ao que é assegurado nos dispositivos, senão, vejamos: 
CLT, Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior.
           
Neste sentido também há a previsão do sumula nº 159, I do TST:
 I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. 
 
 
4- DOS PEDIDOS:
 
         Diante do exposto, passo a pedir:
a)     Requer a concessão do pedido liminar para imediata reintegração da empregada ao seu emprego, pela demissão indevida diante de sua estabilidade, por ser dirigente do sindicato de sua classe trabalhadora;
b)     A citação do Réu (reclamado) para oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;
c)      A concessão da justiça gratuita, bem como a fixação do pagamento de honorários advocatícios a serem pagas pela demandada;
d)     Requer que julgue totalmente procedente os pedidos durante a vigência do contrato de trabalho de:
-Reconhecimento e lançamento do salário in natura (alimentação) atualizados para todos os fins e cálculos trabalhistas e previdenciários.    
            - Concessão da hora extra da empregada à disposição da empresa, com adicional de 50% do valor da hora; no valor de: (XXXXX R$)
5-DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de provas admitidas em processo e em direito com fundamento no artigo 369 do CPC.
Dar-se a causa o valor de: XXX.XXX.XX R$
Nestes Termos, Pede-se Deferimento.
São Paulo – SP,   Data: xx/xx/xxxx  
Advogado: xxxxxx
OAB Nº : xxxx

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