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SP1 - METABOLISMO

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Objetivo 1: Caracterizar as necessidades e as fontes nutricionais 
disponíveis. 
 Define-se necessidade nutricional como sendo a quantidade de nutrientes e de 
energia disponíveis nos alimentos, capaz de satisfazer suas necessidades 
fisiológicas normais e prevenir os sintomas de deficiências. Segundo Cuppari 
(2006), a Food and Agriculture Organization (FAO) desde 1950 estabelece as 
necessidades de proteínas e de energia. Em 1997 a Food Nutrition 
Board/Institut of Medicine iniciou a elaboração das Dietary Reference Intakes 
(DRI‘s), que são as recomendações individuais a serem usadas durante o 
planejamento do acompanhamento nutricional. 
 
 A necessidade de nutrientes de um indivíduo varia de acordo com seu estado 
nutricional atual e passado, idade, sexo, peso, estatura, atividade física, 
composição corporal e condição fisiológica. Para pessoas estáveis e 
saudáveis, as recomendações nutricionais seguem as Dietary Reference 
Intakes (DRIs) (D). Estas tabelas foram estabelecidas para serem utilizadas no 
planejamento e na avaliação de dietas de indivíduos saudáveis ou de um 
grupo, segundo o estágio de vida e sexo, e para a prevenção de doenças (D). 
 
 A avaliação do estado nutricional é uma das práticas clínicas fundamentais 
para tomar-se a decisão quanto ao diagnóstico nutricional de um indivíduo e à 
conduta dietética a ser-lhe prescrita. A adequação da ingestão de nutrientes é 
um dos componentes da avaliação nutricional e é feita a partir de valores de 
referência que se constituem em estimativas das necessidades fisiológicas 
desses nutrientes e metas de ingestão dos mesmos. Coloca-se hoje à 
disposição dos profissionais um novo conjunto de valores de referência que 
constituem um avanço importante no modo de interpretar a adequação 
dietética: as Dietary Reference Intakes. 
 
 A alimentação, principalmente no 1º ano de vida, é fator determinante na saúde 
da criança. Por isso, é importante conhecimento correto e atualizado acerca do 
assunto. As fases iniciais do desenvolvimento humano são influenciadas por 
fatores nutricionais e metabólicos levando a efeitos de longo prazo na 
programação metabólica da saúde na vida adulta. O Ministério da 
Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde adota 10 passos para 
alimentação saudável: 
1. Dar somente leite materno até os seis meses de idade, sem oferecer água, 
chás ou quaisquer outros alimentos. 
2. A partir de seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, 
mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. 
3. Após os seis meses, oferecer alimentação complementar (cereais, 
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), três vezes ao dia, se a 
criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada. 
4. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. 
5. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e 
outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. 
 O leite materno é constituído de IgA secretora, lisozima, 6-caseína, 
oligossacarídeos, fatores de crescimento epidérmico, de transformação e 
neural, enzimas como acetilhidrolase, glutationa peroxidase, nucleotídeos, 
vitaminas A, C e E, glutamina e lipídios. Além disso, seu conteúdo é modificado 
ao longo do dia e de acordo com a idade da criança. 
 
 Em relação à necessidade de energia, ainda não existem dados concretos 
disponíveis que indiquem a necessidade individual de aminoácidos nos 
adolescentes, mas sabe-se que essa necessidade aumenta com a elevação da 
velocidade de crescimento e relaciona-se também com a atividade física. Em 
relação às vitaminas hidrossolúveis, como riboflavina, niacina e tiamina, sabe-
se que têm papel importante no metabolismo energético. As necessidades de 
riboflavina crescem com o aumento da ingestão de açúcar refinado, o que é 
comum na rotina alimentar dos adolescentes. Os adolescentes tabagistas e em 
uso de anticoncepcional têm necessidade de aumentar a ingestão de alimentos 
ricos em vitamina C, devido ao elevado risco de deficiência desta nesse grupo. 
Adolescentes que realizam dietas radicais ou vegetarianas exclusivas 
apresentam risco mais alto de deficiência de vitamina B12. Durante o período 
de crescimento e replicação celular, ocorre aumento das necessidades de 
ácido fólico. Deste modo, recomenda-se o consumo de 400 µg/dia dessa 
vitamina na adolescência. Em relação às vitaminas lipossolúveis, durante o 
período de crescimento acelerado da adolescência, a necessidade de vitamina 
A encontra-se aumentada. Durante o período de mais velocidade de 
crescimento, a necessidade de vitamina D deve ser de até 10 µg/ dia, pois essa 
vitamina está envolvida no processo de mineralização óssea, metabolismo do 
cálcio e fósforo. Em relação ao cálcio, sabe-se que, durante a adolescência, a 
necessidade desse mineral é elevadíssima, pois 99% do cálcio se encontram 
na massa óssea e 50% dessa massa óssea são formados nessa fase da vida 
graças à intensa absorção de cálcio. Quanto mais alto o percentil de estatura 
do adolescente, maior a necessidade de cálcio no organismo. Infelizmente, 
nota-se que na adolescência a dieta encontra-se pobre em cálcio, além disto, a 
ingestão de alguns nutrientes (proteínas e fósforo) e fatores antinutricionais 
(oxalato, fitato e cafeína) interfere prejudicando a absorção de cálcio. 
 
 Os adultos jovens, na faixa dos 17 aos 30 anos, têm necessidades nutricionais 
que não podem ser ignoradas. Seu corpo, que ainda está atingindo a plenitude 
de seu crescimento e desenvolvimento, e suas atividades físicas e intelectuais 
determinam uma grande necessidade de alimentos CONSTRUTORES (2 a 3 
copos diários de leite ou substitutos, que fornecem proteínas e cálcio; 2 a 3 
porções diárias de alimentos do grupo que reúne as carnes em geral, os ovos, 
o feijão, a ervilha, o grão-de-bico, a lentilha, a soja, grupo que fornece 
proteínas e ferro, além de outros minerais e vitaminas indispensáveis para a 
saúde); alimentos REGULADORES (3 a 5 porções diárias de verduras e 
legumes e 2 ou mais frutas, fontes de vitaminas, minerais e fibras) e também 
de alimentos ENERGÉTICOS (cereais e derivados, preferencialmente integrais; 
feculentos como batata, mandioca, cará; massas não gordurosas; óleos 
vegetais em quantidade não excessiva), em quantidades variáveis, 
dependendo do peso, altura e compleição física, bem como da atividade diária 
individual. 
 
 As necessidades nutricionais dos idosos são influenciadas por numerosos 
fatores como: estado geral de saúde; alterações na capacidade de mastigar e 
digerir os alimentos e de absorver e aproveitar os nutrientes; modificações no 
sistema endócrino e alterações no estado emocional e na saúde mental 
(OLIVEIRA, 2006). 
 
 É importante reconhecer a complexidade dos fatores que influenciam os 
indivíduos na sua seleção de alimentos. Escolhas alimentares inadequadas são 
perigosas para os idosos, pois os colocam diante de maior risco de má 
alimentação. Além disso, dietas desequilibradas com consumo exagerado de 
alimentos ricos em gorduras determinam uma aceleração do envelhecimento e 
propiciam doenças crônicas degenerativas. Portanto, os cuidados com a 
alimentação incluem zelar pela não deterioração do estado nutricional do 
indivíduo, avaliando diante das diversas orientações nutricionais aquela que 
melhor atenda as necessidades do indivíduo segundo as Leis da alimentação 
(OLIVEIRA, 2006). 
 
 Cálcio e Vitamina D. Há evidências de que idosos precisam de quantidades 
maiores de Cálcio e Vitamina D para manter a saúde dos ossos. A Vitamina D 
é uma molécula lipossolúvel (solúvel em gordura e não em água) necessária 
para que o organismo absorva corretamente o carbonato e o fosfato de cálcio 
presentes na dieta. A Vitamina D é produzida em nosso organismo quando 
tomamos banho de sol. Mas também existem suplementos vendidos em 
farmácias.Fibras. Uma das consequências conhecidas do envelhecimento é a 
redução da motilidade intestinal. Assim, as pessoas mais velhas estão mais 
propensas a constipação. As fibras são nutrientes capazes de ajudar na 
regularização do funcionamento do intestino. Além disso, há estudos que 
relacionam uma dieta rica em fibras (ingeridas através de frutas e outros 
vegetais) à redução de risco de doenças cardíacas, controle de peso e redução 
de risco de Diabetes Mellitus tipo 2. 
 
 Uma das principais funções dos alimentos é fornecer energia ao organismo. 
Sem esse substrato, não existe vida, já que o cérebro necessita de glicose para 
realizar suas funções. E os principais alimentos fornecedores de energia 
(glicose) são os carboidratos. Os alimentos ricos em carboidratos fazem parte 
do grupo dos alimentos energéticos, são eles: açúcar, arroz, macarrão, pães, 
farinhas, batata, mandioquinha, cara, mandioca e, é claro, todos os demais 
produtos que utilizam em sua formulação um desses ingredientes. Frutas e 
verduras também apresentam em sua constituição carboidratos, mas fazem 
parte do grupo dos reguladores por serem excelentes fonte de vitaminas e 
minerais. Os feijões o leite e derivados, apesar de serem considerados 
alimentos protéicos e pertencerem ao grupo dos construtores, também 
apresentam em sua composição nutricional o carboidrato. Nos últimos anos, 
um novo modismo começa em relação ao consumo de carboidratos. 
Apareceram dietas com restrição severa desse nutriente, abrindo espaço para 
a produção de alimentos com redução desse ingrediente. Aliás, várias dietas 
da "moda" colocam os carboidratos como verdadeiros bandidos. De uma forma 
geral, crianças, homens e mulheres estão em busca do peso ideal, os padrões 
estéticos impostos pela grande mídia associam felicidade e beleza a ser magro 
ou muito magro! Realmente o excesso de peso e a obesidade são fatores de 
risco para doenças como diabetes, hipertensão, cânceres e até doenças 
cardiovasculares, mas para ter o peso dentro da faixa de normalidade não é 
preciso passar fome. É sim necessário comer de forma equilibrada, 
considerando que uma alimentação promotora de saúde deve conter alimentos 
dos grupos dos energéticos, construtores e reguladores. 
 
 A importância da rotulagem nutricional dos alimentos para a promoção da 
alimentação saudável é destacada em grande parte dos estudos e pesquisas 
que envolvem a área da nutrição e sua relação com estratégias para a redução 
do risco de doenças crônicas. O uso das informações nutricionais obrigatórias 
nos rótulos dos alimentos e bebidas embaladas está regulamentado no Brasil 
desde 2001. A rotulagem nutricional se aplica a todos os alimentos e bebidas 
produzidos, comercializados e embalados na ausência do cliente e prontos 
para oferta ao consumidor. (ANVISA) – Fonte nutricional: tabela, de 
informações relacionadas às quantidades de vitaminas, gorduras, proteínas 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
ALIMENTOS PRÓS CONTRAS 
Soja 
Melhora o colesterol 
Previne câncer 
Melhora sintomas 
de menopausa 
Não há, a não ser 
pelo gosto que 
alguns não 
aprovam. 
 
Leite 
Ótima fonte de 
cálcio e proteínas 
Intolerância à 
lactose 
alergias 
Pão integral 
Rico em fibras, 
auxilia no 
funcionamento 
intestinal 
Boa fonte de 
energia 
(carboidrato) 
Intolerância ao 
glúten (Doença 
Celíaca) 
Peixe 
Boa fonte de 
proteínas e ômega 3 
que faz bem ao 
coração 
Ácido úrico elevado 
alergias 
Tomate 
Rico em licopeno 
que é antioxidante e 
ajuda a prevenir 
câncer de próstata 
Acidez gástrica 
Grãos integrais 
Ótimas fontes de 
proteína e minerais, 
além de fibras 
Fermentação 
intestinal 
* Vitaminas (principalmente do complexo B) 
Objetivo 2: Conceituar macro e micronutrientes. 
 
 Macronutrientes: Em sua maioria, os macronutrientes são nutrientes que 
ajudam a fornecer energia e o organismo precisa deles em grande quantidade. 
Água, carboidratos, gorduras e proteínas são classificados como 
macronutrientes. Os carboidratos evitam que as proteínas dos tecidos sejam 
utilizadas para o fornecimento de energia. Os da categoria simples estão 
presentes no açúcar e no mel; já entre os complexos estão pão, arroz, milho e 
massa. As gorduras protegem os órgãos contra lesões, ajuda a manter a 
temperatura do corpo, a absorver algumas vitaminas e a dar sensação de 
saciedade. Já as proteínas são necessárias para o crescimento, construção e 
reparação dos tecidos e estão presentes também na constituição das células. 
Elas também estão na composição dos anticorpos do sistema imunológico. 
 
 É necessária a ingestão desses nutrientes em maiores quantidades, pois eles 
atuam fornecendo, principalmente, energia para o funcionamento do corpo. 
 
 Carboidratos/glicídios/açúcares: É a principal fonte de energia do corpo. 
Principais alimentos/grupos com elevado teor de carboidratos: Cereais 
(integrais ou refinados), leguminosas, frutas, legumes, bolos, doces, 
refrigerantes, salgadinhos/salgados, pães, biscoitos, sucos, açúcar, etc. 
1. Alguns exemplos de carboidratos: Lactose, glicose, frutose, sacarose, amido, 
fibras etc. 
 Proteínas/protídios: Função principal é estrutural (construção/reparo). 
Principais alimentos/grupos com elevado teor de proteínas: Leguminosas, 
laticíneos, carnes e ovos. 
 
1. Subunidades das proteínas são os aminoácidos: 
 
1.2 Essenciais: Metionina, Lisina, Valina, Fenilalanina, Leucina, Isoleucina, 
Triptofano, Treonina. 
 
1.3 Não essenciais: Alanina, Ácido aspártico, Ácido glutâmico, Cisteína, 
Glicina, Glutamina, Prolina, Hidroxiprolina, Serina e Tirosina, entre outros. 
 
 Lipídeos: Principais funções: constituição de membranas e hormonal. Principais 
alimentos/grupos com elevado teor de lipídios: Laticíneos, carnes, ovos, 
oleaginosas, sementes, abacate, côco, chocolate, alimentos industrializados, 
óleos/gorduras. 
 
1. Tipos de lipídios nos alimentos: Gordura saturada, insaturada, trans, ômegas 
3*,6* e 9 
 Micronutrientes: Os micronutrientes são os minerais e as vitaminas. O 
organismo precisa dos micronutrientes em quantidade menor se comparado 
aos macronutrientes. Sua principal função é facilitar as reações químicas que 
ocorrem no corpo. As vitaminas, por exemplo, são essenciais para o 
funcionamento do metabolismo e regulação da função celular. No grupo das 
vitaminas, a vitamina B está presente nos vegetais de folhas verdes. A vitamina 
C é encontrada nas frutas cítricas. Já as vitaminas A, D, E e K estão no leite, 
produtos lácteos, óleos vegetais e vegetais de folhas verdes. Já na categoria 
dos minerais está cálcio, potássio, ferro, sódio, magnésio, cobre, zinco, cobalto, 
cromo e flúor. 
 
 A ingestão desses é em menores quantidades. No entanto, eles também são 
fundamentais para o bom funcionamento do organismo. São eles: Minerais e 
Vitaminas. 
 
 O déficit pode provocar doenças ou disfunções e, o excesso, intoxicações. 
 
Objetivo 3: Caracterizar a pirâmide alimentar e sua organização 
 
 Uma boa qualidade de vida depende de uma alimentação adequada. As 
necessidades nutricionais variam para cada pessoa. É preciso conhecer os 
alimentos e seus grupos para adequar a sua alimentação. Utiliza-se como guia 
a "Pirâmide Alimentar que é um instrumento, sob a forma gráfica, de orientação 
da população para uma alimentação mais saudável". Ela constitui um guia para 
uma alimentação balanceada. Nela o indivíduo pode escolher os alimentos a 
serem consumidos, que vão lhe oferecer todos os nutrientes necessários, e ao 
mesmo tempo, a quantidade certa de calorias para manter um peso adequado. 
A pirâmide possui 4 níveis com 8 grandes grupos de alimentos. Os alimentos 
dispostos na base da pirâmide devem ter uma participação maior no total de 
calorias da sua alimentação, ou seja, devem ser consumidos em maior 
quantidade. Ao contrário dos alimentos dispostos no topo da pirâmide, que 
devem contribuir com a menor partedas calorias de toda a sua alimentação. 
Cada grupo de alimentos é fonte de nutrientes específicos e essenciais a uma 
boa manutenção do organismo. 
 
 Carboidratos: A base da pirâmide é formada pelos alimentos responsáveis por 
nos fornecer energia (Ex: pães, massas etc.). Estes alimentos são os que 
chegam mais rápido ao sangue. 
 
 Legumes e verduras: Acima da base da pirâmide encontram-se os legumes e 
as verduras como: Cenoura, chuchu, beterraba. Esses alimentos são fontes de 
fibras, vitaminas e minerais que controlam o funcionamento e o crescimento do 
corpo. É interessante consumi-los preferencialmente crus e no início da 
refeição. Assim, eles reduzem a vontade de comer e melhoram o hábito 
intestinal. Estes nutrientes, vitaminas e minerais são encontrados em diversos 
alimentos. Dessa forma, é importante variar os alimentos deste grupo. 
 
 Ao lado dos legumes e verduras, estão as frutas, que também nos fornecem 
fibras, vitaminas e minerais. Como as verduras e os legumes, cada fruta é rica 
em uma vitamina. Portanto, consumir frutas diferentes em quantidades 
controladas pode garantir um equilíbrio de vitaminas e minerais. OBS.: O 
consumo de grandes quantidades de frutas aumenta rapidamente o nível de 
açúcar no sangue. 
 
 Carnes, ovos e leguminosas: Acima delas, na pirâmide, estão as carnes, os 
ovos e as leguminosas. Esses alimentos são fontes de proteínas, sendo 
essenciais para a construção e reparação dos tecidos. As carnes vermelhas 
(bifes, carne moída), aves (frango, peru), peixes (sardinha, pescada) e os ovos 
são fontes animais das proteínas, importantes também porque são ricas em 
vitaminas do complexo B e minerais. A atenção ao preparo é bastante 
importante, pois as gorduras desses alimentos em excesso aumentam os 
níveis da mesma no sangue. Então, tirar a pele do frango, gorduras aparentes 
das carnes e evitar prepará-las fritas são maneiras de reduzir seus níveis. 
 
 Fontes de proteínas vegetais: Os feijões, ervilha, grão de bico, lentilha e soja 
são fontes de proteínas vegetais. Não se esqueça de colocar um representante 
desse grupo no seu prato. Eles são ricos em fibras e ajudam a deixar lenta a 
absorção dos carboidratos pelo sangue. E acima dos legumes e verduras, na 
pirâmide, estão os leites, queijos, iogurtes e todos os seus derivados, que 
também são fontes de proteínas, cálcio e vitaminas A e D. Ao consumir leite e 
derivados, procure evitar os ricos em gordura como queijos amarelos, leite e 
iogurte integral. Pouco mais da metade (60%) da proteína consumida converte-
se em glicose e sua absorção é bem mais lenta, quando comparada aos 
carboidratos. 
 
 Gorduras e açucares: Acima deles, estão os alimentos que serão consumidos 
esporadicamente: as gorduras (manteiga, margarina, maionese, azeite, óleos, 
etc.) e os açúcares. 
 
 Todos os grupos de alimentos são importantes para suprir as necessidades de 
nutrientes dos indivíduos e manter sua saúde, por isso, todos devem ser 
consumidos em suas quantidades adequadas, que variam de acordo com as 
necessidades de cada indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tipos de Pirâmide Alimentar: 
 
Apesar de ter um conceito único, existem diversos tipos adaptados de acordo 
com os hábitos alimentares de alguns países, respeitando culturas e a 
disponibilidade de alimentos daquela região. 
1. Modelo proposto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos 
1992 Planejado para incentivar a escolha nutricional. 
2. Nova proposta de Pirâmide Americana: A base é a atividade física, 
estimulando e mostrando a importância da prática de exercícios para a saúde e 
controle de peso. Acima aparecem os carboidratos, mas somente os integrais 
ou in natura e os óleos vegetais. No grupo das carnes foram incluídas somente 
as brancas, a carne vermelha foi para o topo da pirâmide, juntamente com os 
doces, gorduras e os demais carboidratos refinados, devendo ser consumido 
com moderação. Além dessas modificações, é recomendado o uso de 
suplementos de vitaminas e meia taça de vinho tinto. 
3. Pirâmide adaptada à população brasileira: O primeiro gráfico foi criado em 
1999. Estava baseado nos padrões alimentares norte americano e, por isso, 
inclui alimentos tipicamente brasileiros, como por exemplo, o caju, a graviola, a 
castanha do Pará. Em 2013, o Brasil passou a ter um novo modelo com 
diversas reformulações relacionado com a quantidade, tipo e distribuição dos 
alimentos, visto que a obesidade tem sido um problema recorrente e 
preocupante para os estudiosos. Propõe a diminuição de calorias de 2500 para 
2000 calorias diárias e diminuição do tempo entre as refeições para a cada 3 
horas. Ademais, inclui atividade física de 30 minutos diários. 
4. Pirâmide vegetariana: Para ser utilizada em dietas vegetarianas, foi criada 
pela Associação Dietética Americana (ADA) e inclui substituições para as 
proteínas de fonte animal. 
5. Pirâmide da Dieta Mediterrânea: Os óleos vegetais estão juntos com os 
carboidratos (Pães, massas, cereais e arroz). Frutas, hortaliças e vinho são 
considerados alimentos essenciais na prevenção da arteriosclerose e do 
infarto. As carnes vermelhas não devem ser consumidas mais de uma vez por 
mês. 
6. Pirâmide Funcional: Baseada em alimentos funcionais. A base consiste em 
exercícios diários e controle de peso. A proposta sugere a suplementação de 
cálcio, tendo como justificativa que não há recomendação para o consumo de 
laticínios, por sua composição ser rica em gorduras saturadas e o cálcio 
presente não apresentar boa disponibilidade. 
7. Pirâmide de Harvard: Especialistas da Escola de Saúde Pública da 
Universidade de Harvard fizeram dois estudos por dez anos, chegando à 
conclusão de que a Pirâmide alimentar não diminui o risco de doenças crônicas 
e obesidade. 
 
 Tabela nutricional infantil: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Departamento de Nutrologia – Sociedade Brasileira de Pediatria 
 Benefícios: 
 
1. As informações contidas na pirâmide alimentar facilitam o entendimento dos 
nutrientes oferecidos, já que os alimentos são divididos em grupos, podendo 
reduzir o risco de obesidade e de carências nutricionais. 
 
2. Facilita na escolha dos alimentos para ingestão diária, que permite uma 
alimentação saudável e, portanto, um físico melhor preparado e apto a realizar 
atividades físicas sem grandes esforços. 
 
3. Auxilia no consumo equilibrado de alimentos e promove menor ingestão de 
gorduras saturadas e colesterol, incentivando o maior consumo de frutas, 
legumes e verduras. Desta forma, o risco de doenças como diabetes e 
colesterol é menor. 
 
 A atividade física aliada a uma alimentação saudável é de grande importância 
para melhoria da qualidade de vida e manutenção da saúde. 
 
 A distribuição correta dos grupos de alimentos da pirâmide alimentar deve ser 
individualizada, de acordo com as necessidades nutricionais de cada pessoa. 
Por isso, antes de tomar qualquer atitude, o indicado é consultar um 
nutricionista, pois não seguir as orientações corretas pode comprometer a 
ingestão de nutrientes essenciais para o corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 4: Definir e classificar carboidratos. 
 
Os carboidratos – também conhecidos como glicídios ou hidratos de carbono – 
têm como principal função a de servir como combustível energético para o 
corpo. Os carboidratos são uma das três principais classes de alimentos e uma 
fonte de energia. Os carboidratos são principalmente açúcares e amidos que o 
corpo decompõe em glicose (um açúcar simples que o corpo pode usar para 
alimentar suas células). 
 
 O que são: 
 
Carboidratos, ou sacarídeos, são açúcares e amidos, que fornecem energia 
para seres humanos e animais, e celulose que compõe muitas estruturas 
vegetais. ―Carboidratos‖, como agora são comumente referidos, tornaram-se 
uma bênção e uma maldição, pois o processo deprodução moderna de 
alimentos mudou a maneira como são consumidos. Existem dois tipos de 
carboidratos: simples ou monossacarídeos e complexos, ou polissacarídeos. 
 
 Tipos de carboidratos: 
 
Encontrados em frutas e laticínios, os carboidratos simples são mais facilmente 
digeridos pelo organismo. O corpo decompõe carboidratos simples para serem 
usados como energia, que é consumida muito rapidamente. Eles também são 
frequentemente encontrados em alimentos refinados e processados, como 
açúcar branco, massas e pão branco. Outro tipo de carboidrato, chamado 
carboidrato complexo, leva mais tempo para o corpo digerir e são mais 
comumente encontrados em vegetais (celulose), pães e massas integrais, 
arroz integral e legumes. Alimentos com grãos não refinados, como arroz 
integral, retêm carboidratos complexos, ao contrário de grãos refinados, como 
arroz branco. Isso ocorre porque o processo de refino remove algumas das 
fibras e nutrientes do grão. Comer uma porção de cereais integrais, como 
aveia, irá preenchê-lo e fornecer-lhe energia mais duradoura do que uma tigela 
de cereal açucarado, devido à maneira como o corpo processa e usa os 
carboidratos. 
 
 A unidade básica dos carboidratos é a molécula de açúcar e podem ser 
divididos em três tipos: 
 
1. Monossacarídeos: Açúcares tipo glicose (encontrado no sangue), frutose 
(encontrado nas frutas e no mel) e galactose (encontrado nas glândulas 
mamárias); 
2. Dissacarídeos ou Oligossacarídeos: Açúcares duplos: sacarose 
(dissacarídeo dietético mais comum, também encontrado na beterraba, na 
cana-de-açúcar, no sorgo, no xarope de bordo e no mel), lactose (açúcar do 
leite), maltose (encontrado em cervejas, cereais e sementes em processo de 
germinação); 
3. Polissacarídeos: Contêm três ou mais açúcares simples: polissacarídeos 
vegetais ou apenas amido (encontrado em sementes, milho e nos vários grãos 
com que são feitos o pão, os cereais, as massas…) 
 
 Os grupos: 
 
1. Os carboidratos podem ser divididos em dois grupos: carboidratos simples e 
complexos: 
 
1.1 Carboidratos Simples: São mais facilmente quebrados no processo 
digestivo e assim, fornecem energia imediata. São encontrados em frutas e 
sucos, mas dificultam a perda de peso, pois, como são digeridos rapidamente 
pelo organismo, eles faz com que os níveis de açúcar no sangue aumentem 
rapidamente, ocorrendo assim, a liberação da insulina que consegue colocar os 
carboidratos para dentro das células de gordura e músculos. Essa liberação de 
insulina previne que o corpo utilize a gordura armazenada por causa do 
excesso de açúcar presente no sangue, dificultando a perda de gordura. 
 
1.2 Carboidratos Complexos: São mais lentamente digeridos, evitando assim, 
as grandes elevações e queda dos níveis glicêmicos. São eles: arroz, aveia, 
feijão, massas, batata, milho, pão etc. 
 
 Como os carboidratos são processados: 
 
O fígado digere carboidratos, quebrando-os em açúcares simples, ou glicose, o 
que estimula a produção de insulina no pâncreas. A insulina funciona para 
levar o açúcar às células do corpo para ser usado como energia. Os dois tipos 
diferentes de carboidratos afetam a produção de insulina de maneira diferente 
– ao digerir carboidratos simples, os níveis de insulina aumentam mais 
rapidamente e os carboidratos são consumidos mais rapidamente como 
energia. Isso explica por que muitos que recorrem a uma barra de chocolate 
para obter um suprimento rápido de energia acham que seus níveis de energia 
caem quando o ―nível alto de açúcar‖ chega ao fim. Os carboidratos complexos 
demoram mais tempo para digerir, resultando em energia mais duradoura e 
menos reação à insulina no organismo. Se o corpo produzir muita glicose, ele 
será armazenado no fígado e nas células musculares como glicogênio, para 
ser usado quando o corpo precisar de uma explosão extra de energia. 
Qualquer glicogênio restante que não seja armazenado no fígado e nas células 
musculares é armazenado como gordura. O corpo utiliza a reserva imediata de 
glicogênio para breves explosões de exercícios. Por longos períodos de 
exercício, como corrida de longa distância e exercícios mais intensos, o corpo 
recorrerá à sua reserva de gordura para extrair energia extra. 
 Comer carboidratos: 
 
É necessária certa quantidade de carboidratos para funcionar adequadamente, 
e a ingestão insuficiente pode causar fadiga, cãibras musculares e má função 
mental. 
Embora os carboidratos sejam uma parte importante de nossa dieta, o corpo 
pode produzir energia somente a partir de gorduras e proteínas; Embora isso 
possa acontecer por curtos períodos de tempo, evitar todos os carboidratos 
afetará adversamente o corpo. Muitas dietas com pouco carboidrato foram 
consideradas saudáveis, mas se levadas ao extremo, podem ser muito 
perigosas para o bem-estar geral de uma pessoa. 
 
 A recomendação do Instituto de Medicina sugere que 40-65% da ―energia 
dietética‖ de um adulto deve vir de carboidratos, enquanto a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) recomenda 55-75%. 
 
 A OMS também recomenda que não mais de 10% do consumo de carboidratos 
provenha de carboidratos simples. 
 
 Carboidratos – Alimentos 
 
Os hidratos de carbono são encontrados em uma grande variedade de 
alimentos saudáveis e não saudável, como: pão, feijão, leite, pipoca, batatas, 
biscoitos, macarrão, refrigerantes, milho e torta de cereja. 
Eles também vêm em uma variedade de formas. As formas mais comuns e 
abundantes são açúcares, fibras, e amidos. 
Alimentos ricos em hidratos de carbono é uma parte importante de uma dieta 
saudável. Os hidratos de carbono fornecem o corpo com a glicose, que é 
convertido em energia utilizada para suportar as funções corporais e a 
atividade física. Os carboidratos na forma de açúcar ou amido representam a 
maior parte da ingestão calórica do homem, da maioria dos animais e de 
muitos microrganismos. O amido e o glicogênio servem como depósitos 
temporários de glicose. Polímeros insolúveis de carboidratos atuam como 
elementos estruturais e de sustentação no tecido conjuntivo e no revestimento 
celular dos animais. 
Os carboidratos são poliidroxialdeídos ou ploodroxicetonas ou, então, 
substâncias que, por hidrólise, liberam estes compostos. 
 
O nome carboidrato deve sua origem ao fato da maioria das substâncias desta 
classe apresentar fórmulas empíricas com proporção de 1: 2: 1 entre os 
átomos de carbono, hidrogênio e o oxigênio, o que sugere a ideia de carbono 
―hidratado‖ ou ―hidratos‖ de carbono. Por exemplo, a fórmula empírica da D-
glicose é C6H12O6. 
Embora muitos carboidratos comuns apresentem a fórmula empírica (CH2O)n, 
outros não mostram esta proporção entre os átomos e, ainda outros, também 
contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. 
 
 Existem três grandes classes de carboidratos: monossacarídeos, 
oligossacarídeos e polissacarídeos (a palavra sacarídeo deriva de uma palavra 
grega que significa açúcar): 
 
1. Os monossacarídeos, ou açúcares simples, consistem de uma única unidade 
de poliidroxialdeídos ou cetona. Na natureza, o monossacarídeo mais 
abundante é o açúcar com 6 átomos de carbono D-glicose. 
 
• São sólidos cristalinos e incolores plenamente solúveis em água. Graças à 
polaridade das OH 
• Mas insolúveis em solventes apolares. 
• Quando a carbonila está na extremidade, o monossacarídeo é uma aldose. 
• Quando está em qualquer outra posição é uma Cetose. 
• As maiorias dos carboidratos se estabilizam na forma fechada. A formação 
dessas estruturas em anel é o resultado de uma reação geral entre álcoois e 
aldeídos ou cetonas para formar derivados chamados de hemiacetais ou 
hemicetais. 
• As estruturas cíclicas dos açúcares são representadas mais corretamente 
pelas fórmulas em perspectiva de Haworth do que pelas projeções de Fisher 
comumente utilizadas para as estruturas de açúcares lineares. 
• Os lados alfa e beta implicam na digestão doorganismo 
• Os monossacarídeos mais simples são as duas trioses de três carbonos: 
gliceraldeídos (aldotrioses) e di-hidroxiacetonas. 
• Hexoses, que incluem a Aldo-hexose D-glicose e a ceto-hexose D-frutose, são 
os monossacarídeos mais comuns na natureza. 
• Todos os monossacarídeos, com exceção da di-hidroxiacetona, contêm um ou 
mais átomos de carbono assimétricos (quirais). 
 
2. Os oligossacarídeos (do grego oligos, poucos) consistem de pequenas 
cadeias de unidades monossacarídicas unidas entre si por ligações covalentes. 
Os dissacarídeos são os mais abundantes dos oligossacarídeos; eles são 
formados por duas unidades de monossacarídeos unidos covalentemente. A 
sacarose ou açúcar da cana é o representante típico; consiste de dois açúcares 
de 6 átomos de carbono cada um, D-glicose e D-frutose, unidos 
covalentemente. A maioria dos oligossacarídeos com três ou mais unidades 
não ocorre livre, mas como cadeias laterais de polipeptídeos nas glicoproteínas 
e proteoglicanas. 
 
• Formação da maltose. Um dissacarídeo é formado a partir de dois 
monossacarídeos (aqui, duas moléculas de D-glicose) quando um OH (álcool) 
de uma molécula (à direita) se condensa com o hemiacetal intramolecular da 
outra (à esquerda), com a eliminação de H2O e a formação de uma ligação 
glicosídica. 
• Ligações glicosídicas são prontamente hidrolisadas por ácido, mas 
resistem à clivagem por base. 
• Lactose = glicose + galactose – Alta capacidade de lactose – a enzima 
que digere a lactose é a lactase. 
• Maltose = glicose + glicose – enzima que digere é a maltase 
• Sacarose = glicose + frutose -- sintetizado por plantas, mas não por 
animais; A sacarose é o principal produto intermediário da fotossíntese; em 
muitas plantas, ela é a principal maneira de transportar o açúcar das folhas 
para as outras partes do corpo da planta. 
 
3. Os polissacarídeos consistem de longas cadeias com centenas ou milhares 
de unidades monossacarídicas. Alguns polissacarídeos, como a celulose, 
possuem cadeias lineares enquanto outros, como o glicogênio, têm cadeias 
ramificadas. 
 
• Os homopolissacarídeos contêm somente uma única espécie 
monomérica; os heteropolissacarídeos contêm dois ou mais tipos diferentes 
• A maioria dos carboidratos encontrados na natureza ocorre como 
polissacarídeos 
• Alguns homopolissacarídeos, como o amido e o glicogênio, servem 
como formas de armazenamento para monossacarídeos utilizados como 
combustíveis. 
• O amido contém dois tipos de polímero de glicose, amilose e 
amilopectina. A amilose consiste em cadeias longas, não ramificadas, de 
resíduos de D-glicose conectada por ligações (a1S4) (como na maltose). A 
massa molecular dessas cadeias varia entre alguns milhares até mais de um 
milhão. 
• Pode ser digerido tanto na boca quanto no intestino. Pães, milho, 
batatas. 
• Uma das enzimas presentes em nossa saliva é a amilase salivar, 
também conhecida como ptialina, que inicia a digestão do amido e do 
glicogênio, quebrando-os em maltose. A ptialina age no pH neutro da boca, 
mas é inibida ao chegar no estômago, por causa da acidez do suco gástrico. 
• O glicogênio é o principal polissacarídeo de armazenamento das células 
animais (O glicogênio é um polímero de subunidades de glicose) o glicogênio, 
porém, é mais ramificado (em média a cada 8 a 12 resíduos) e mais compacto 
do que o amido. O glicogênio é especialmente abundante no fígado, onde pode 
constituir até 7% do peso líquido; ele também está presente no músculo 
esquelético. 
• O glicogênio é encontrado em grandes grânulos nos hepatócitos; esses 
grânulos também apresentam as enzimas responsáveis pela síntese e 
degradação do glicogênio. 
• Outros homopolissacarídeos, como a celulose e a quitina, atuam como 
elementos estruturais em paredes celulares de plantas e em exoesqueletos de 
animais. 
• O glicosaminoglicano ácido hialurônico (hialuronana) contém resíduos 
alternados de ácido D-glicurônico e N-ace hialurônico também é um 
componente da matriz extracelular de cartilagens e tendões, onde auxilia na 
resistência à tensão e elasticidade. A hialuronidase secretada por bactérias 
patogênicas hidrolisa as ligações glicosídicas do ácido hialurônico. 
• Em muitas espécies animais, uma enzima similar presente no 
espermatozoide hidrolisa o revestimento de glicosaminoglicano que envolve o 
óvulo, permitindo a penetração do espermatozoide. 
• Podem ser homo linear, ramificado, hetero linear, hetero ramificado. 
 
3.1 Outros polissacarídeos: 
 
 Hialuronato: fluidos sinoviais nas articulações, humor vítreo. 
 
 Condroitina-4-sulfato: cartilagens, tendões, ligamentos. 
 
 Queratina sulfato: ossos, cabelos, unhas. 
 
 Pectina: camada de proteção entre as células vegetais (casca de maçã). 
 
 Todos os monossacarídeos e dissacarídeos têm nomes terminados com o 
sufixo – ose. 
 
 Definição resumida: 
 
1. Derivados polihidroxilados de aldeídos ou cetonas 
2. Tem que ter pelo menos 2 hidroxilas 
3. Tem que ter no mínimo 3 carbonos 
4. Possui a fórmula mínima Cn(H2O)n --- Parece ser carbono com 5. Água, 
carbono hidratado, carboidrato. Mas não tem nada a ver. 
5. É a principal biomolécula do planeta. 
 
 Emil Fischer – Estudou gliceraldeído, hidroxila no carbono quiral no lado 
esquerdo, desvia a luz polarizada para o lado esquerdo – Letra ―L‖ antes – 
Quando a hidroxila está no lado direito, tem o ―D‖ 
 
 Para representar estruturas tridimensionais de açúcares no papel, em geral são 
utilizadas as fórmulas de projeção de Fischer. 
 
 Termos que podem ser relacionados ao carboidrato: 
 
1. Sacarídeos: açúcar do grego 
2. Glicídio: doce 
3. Hidratos de carbono 
4. Açúcares 
5. Glúcidas 
6. Oses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 11: Caracterizar o índice de massa corporal (IMC) na avaliação da 
saúde humana. 
 
 O IMC (Índice de Massa Corporal) é uma ferramenta usada para detectar 
casos de obesidade ou desnutrição, principalmente em estudos que envolvem 
grandes populações. De acordo com o endocrinologista Mario Kedhi Carra, 
membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome 
Metabólica (ABESO), essa é uma medida universal de classificação de 
obesidade, validada pela Organização Mundial da Saúde. 
 
 É possível encontrar o resultado do índice fazendo uma conta que envolve a 
relação do peso de uma pessoa em quilos com a sua altura ao quadrado. Para 
a avaliação de um paciente individualmente, no entanto, ele pode ser falho por 
não levar em conta a composição desse peso corporal, que pode ser composto 
por gordura, músculos, água e estruturas ósseas. 
 
 
* Segundo o Ministério da Saúde – Parâmetros de Avaliação do peso em adultos (20 a 
59 anos). 
 
 Resultados do IMC: o que significa? 
 
1. Abaixo do peso: Estar abaixo do peso é uma condição em que a pessoa 
pesa menos do que é considerado adequado para aquela altura, idade e sexo. 
Uma pessoa nestas condições pode estar com alguma doença que a está 
emagrecendo ou sua nutrição não está bom o suficiente. Normalmente estas 
pessoas podem ter deficiências de nutrientes como vitaminas, sais minerais, 
proteínas, gorduras ou sob o risco de estar com anorexia. Ao perder muito 
peso em um curto período de tempo, é preciso investigar a causa do 
emagrecimento. A melhor maneira é procurando um médico para a realização 
de exames. No caso dos transtornos alimentares, como bulimia e anorexia 
nervosa, ainda é indicado o acompanhamento terapêutico. O estresse e a 
ansiedade também podem afetar a perda de peso, sendo indicadores de que o 
corpo precisa de tratamento. Estar abaixo do peso pode causar: Unhas e 
cabelos secos e quebradiços, pele seca, incapacidade de se concentrar, 
esquecimento, exaustão, irritabilidade etc. Para ter um ganho de peso 
saudável, não se devem comer somente muitos alimentos calóricos e sim 
priorizar alguns alimentos com boa quantidade calórica, mas ricos em 
nutrientesbenéficos e com pouca quantidade de gordura saturada (de origem 
animal) e gordura trans (de industrializados). 
 
2. Peso normal: Estar dentro da faixa de peso normal é significa ter um peso 
considerado adequado para sua altura, idade e sexo, de acordo com as faixas 
do IMC - momento de fazer a manutenção do peso Para manter o peso é 
importante manter uma dieta balanceada (não basta alimentos corretos, mas 
também quantidades corretas) para seu organismo. Deve ser avaliado peso, 
idade, composição corporal, presença de doenças e/ou comorbidades. 
 
3. Sobrepeso: É uma condição em que a pessoa pesa mais do que é 
considerado adequado para aquela altura, idade e sexo. O sedentarismo e os 
maus hábitos alimentares levam ao aumento dessa parcela de indivíduos com 
sobrepeso a cada ano. Essa faixa, se analisada junto com outras medidas e 
índices, pode demonstrar um risco maior de doenças como diabetes tipo 2, 
dislipidemia (com colesterol HDL baixo e triglicérides altos), ácido úrico 
aumentado, hipertensão, entre outras. O tratamento para o sobrepeso depende 
de sua causa. Contudo, manter hábitos alimentares saudáveis e praticar 
atividades físicas é um bom aliado contra o excesso de peso. Em casos mais 
graves, a cirurgia bariátrica pode ser uma alternativa. Dependendo da causa do 
excesso de peso, pode ser necessária a consulta com o psicólogo ou 
psiquiatra. Os remédios para emagrecer, quando bem indicados e sempre com 
acompanhamento médico, podem ser úteis dependendo do caso. 
 
4. Obesidade (graus 1, 2 e 3): Somente o cálculo do IMC não é suficiente para 
diagnosticar obesidade. Na verdade, para além do IMC, são necessárias as 
seguintes medidas antropométricas: peso, estatura, espessura da dobra 
cutânea (bíceps, tríceps, subescapular e suprailíaca). Depois, é encontrado o 
percentual de gordura, que se for maior do que 25% a 30%, já é considerado 
um nível de obesidade. O índice de massa corporal tem que estar maior que 30 
kg/m². 
Obesidade grau 1: O tratamento é realizado através de dieta apropriada com 
avaliação médica em conjunto com a prática de exercícios, desde que o 
paciente seja avaliado e liberado pelo médico. Além disso, é preciso que o 
paciente realize as atividades com o acompanhamento de um profissional de 
educação física. Em alguns casos avaliados pelo médico, pode-se fazer o uso 
de remédios para emagrecer para ajudar no controle do peso. A cirurgia 
bariátrica também pode ser destinada ao tratamento da obesidade grau 1 que é 
acompanhada de outras doenças cuja obesidade é um agravante ou doenças 
associadas ao excesso de gordura corporal. Mas neste grau de obesidade, os 
outros meios do controle de peso são priorizados e a bariátrica só passa a ser 
considerada quando as alternativas primárias são comprovadamente 
ineficazes. Pacientes que têm IMC abaixo de 35, sem doenças associadas, 
devem sem dúvidas tentar o tratamento clínico antes, com chances de 
conseguir resultados razoáveis. 
 
Obesidade grau 2: Os riscos associados à obesidade de grau II são mais 
acentuados. Entre eles, estão a esteatose hepática, doenças articulares, 
hipertensão, diabetes mellitus, síndrome metabólica, cânceres, infarto agudo 
do miocárdio e acidente vascular cerebral, lembrando que estes dois últimos 
são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. O tratamento desse 
quadro é dado através de mudanças no estilo de vida, associado ao tratamento 
multiprofissional com nutricionista, psicólogo e médico. No caso da obesidade 
grau II, o uso de medicações para a perda de peso também é um método que 
pode ser proposto diante de avaliação e acompanhamento médico. Já a 
cirurgia bariátrica costuma ser indicada para obesidade grau II quando não há 
resultados no tratamento convencional nos últimos dois anos e quando está 
associada a outras comorbidades, ou seja, outras doenças que podem vir 
associadas ao excesso de peso, que levam a redução da expectativa e da 
qualidade de vida. 
 
Obesidade grau 3: Entre as patologias associadas à obesidade grau 3, estão 
os distúrbios hormonais, cardiopatias, morte súbita, dermatites, osteoporose, 
hipertensão, hepatopatias e insuficiência venosa. Porém, segundo a 
Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade de grau III é a principal 
causa de morte evitável do mundo. A associação de reeducação alimentar e 
atividade física têm melhores resultados a curto e médio prazo, porém, muitas 
vezes, em pacientes com obesidade grau III, a atividade física acaba sendo 
bastante restrita, dependendo do grau de excesso de peso e das artropatias 
associadas. Nesses casos, esses pacientes podem optar por fazer a cirurgia de 
redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. Existem 
quatro técnicas diferentes de cirurgia bariátrica para obesidade reconhecida 
pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável, 
Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Biliopancreática 
(Gastrectomia longitudinal e preservação pilórica). A escolha da cirurgia 
dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças 
relacionadas. 
 
 O IMC não está sempre certo. Infelizmente, a medida de IMC nem sempre 
representa a realidade. Por exemplo, o músculo é muito mais pesado que a 
gordura. Logo, um halterofilista terá um IMC muito alto, mas isso não se reflete 
em obesidade, já que a maior parte de sua massa corporal é formada por 
musculatura. 
 
 É importante levar em conta que a massa corporal é formada por água, 
gordura, músculos e ossos, e tudo isso precisa ser bem avaliado para medir a 
saúde de alguém corretamente. Por isso, é de extrema importância consultar 
um especialista para que ele possa fazer a análise do IMC junto com outros 
índices e medidas usados para entender a composição corporal. 
 
 Existem alguns outros índices e medidas que podem ser usados, como: 
 
1. Medidas antropométricas: Nelas, você usa uma fita métrica e um adipômetro 
(instrumento que se parece com uma pinça) para medir a circunferência e 
quantidade de gordura nos braços, pernas e tronco, em alguns pontos 
estratégicos. Com isso, é possível avaliar onde a pessoa acumula mais peso. 
 
2. Bioimpedância: Esse exame, feito por um aparelho que dispara uma 
descarga elétrica fraca pelo corpo, consegue estimar o percentual de água, 
massa muscular e massa gorda do organismo. 
 
3. Circunferência abdominal: Essa medida ajuda a avaliar a quantidade de 
gordura visceral do paciente, que é a mais perigosa. Muitas pessoas, por 
exemplo, podem estar perto do IMC normal, mas, por apresentarem este tipo 
de acúmulo de gordura, têm um risco aumentado de doenças metabólicas, 
como diabetes, hipertensão, colesterol ruim alto, etc. Aqui na América do Sul, 
as medidas ideias são abaixo de 80 centímetros no caso de mulheres e abaixo 
de 90 cm nos homens. 
 
4. Relação cintura-quadril: Esta medida também ajuda a olhar onde está o 
acúmulo de gordura de cada pessoas. Existem organismos que acumulam 
mais gordura na barriga (corpo em forma de maçã) e outros que têm mais 
tecido adiposo nos quadris (corpo em forma de pêra). O primeiro tipo tem um 
risco maior de acúmulo de gordura visceral e de apresentar doenças 
metabólicas. 
 
 Atividade física: Em todos os casos, a atividade física é extremamente 
recomendada, ajudando a ter mais bem-estar, mais energia e talvez viver mais 
tempo e com mais qualidade. Em especial para pessoas com sobrepeso e ou 
obesidade, o exercício se faz ainda mais necessário, pois fortalece as 
articulações e músculos, favorecendo a prática de outras atividades, como as 
aeróbias, acelerando o metabolismo e provocando a diminuição da gordura 
corporal. 
 
 IMC infantil: As faixas de IMC para as crianças mudam de acordo com a idade 
e o sexo, e para orientar os médicos existem tabelas da Organização Mundial 
da Saúde (OMS) para fazer esse cálculo. Mas os pais também podem se 
orientar por essas tabelas. 
Para o adolescente: Vários fatores podem influenciar o IMC, entre eles a 
atividade física. A redução da atividade física por um longo período pode levar 
a um ganho de peso corpóreo3 e, por consequência, ao aumento do IMC. Por 
outro lado, o aumento da atividade física vigorosa pode reduzir a chance dos 
adolescentes apresentarem valores de IMC acima dos valores adequados para 
a saúde. Outro fator que pode influenciar o IMC é a alimentação, pois enquanto 
o aumento da ingestão de energia, acima das necessidades orgânicas, por um 
período prolongado pode levar ao ganho do peso corpóreo3, a ingestão 
energética abaixo das necessidades orgânicas provoca uma perda de peso 
progressiva7, levando à redução do IMC. A maturação sexual que ocorre 
durante a adolescência pode provocar aumentos significativos nas massas 
óssea, muscular e gorda8, tornando a maturação sexual um fator importante 
para o aumento do IMC. Identificar os fatores determinantes do IMC, em 
adolescentes, é imprescindível para elaboração de estratégias que tenham 
como propósito prevenir e tratar distúrbios nutricionais ainda na juventude. 
 
 
 Tabela do IMC infantil (Nascimento – 5 anos): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tabela do IMC infantil (5 anos – 19 anos, percentil): 
 
 
 
 Escore-Z e percentil são formas de expressar, de modo padronizado, a 
posição relativa de uma observação no interior de uma distribuição. 
 
 O escore-Z é um estimador que quantifica a distância de um valor observado 
em relação à mediana de uma população. No caso da avaliação do estado 
nutricional, após se calcular a diferença entre o valor observado e a mediana 
de referência, esse resultado é dividido pelo desvio-padrão relativos à idade e 
sexo do indivíduo. 
 
 A percentil também expressa a posição relativa ocupada por determinada 
observação no interior de uma distribuição. É proveniente da divisão de uma 
série de observações em uma população de referência em cem partes iguais, 
estando os dados ordenados do menor para o maior, em que cada ponto de 
divisão corresponde a um percentil. 
 
 Nos dois casos a padronização do valor observado se dá em relação ao centro 
da distribuição dos valores originais, que passará a ser expressa como zero – 
no caso do escore-Z – ou como 50, no caso do percentil. Escore-Z e percentil 
são estimadores intercambiáveis e uma vez obtido um se pode calcular o outro. 
 
 Para avaliação do estado nutricional, assume-se que os valores 
antropométricos de uma população de referência seguem uma distribuição 
normal, em que a média e a mediana são iguais. Neste contexto, cada valor de 
escore-z apresenta um valor de percentil correspondente. Por exemplo, o 
escore-z 0 corresponde ao percentil 50, isto é, em uma população saudável, 
espera-se encontrar 50% dos indivíduos acima e 50% dos indivíduos abaixo 
desse valor. 
 
 Modelo escore-Z: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IMC para idosos: Quando a idade chega, a composição corporal muda: Os 
músculos diminuem e o tecido adiposo aumenta. Por isso, o cálculo do IMC é 
igual, mas os resultados são diferentes em pessoas com mais de 60 anos. Isso 
ocorre porque a magreza excessiva na terceira idade pode estar relacionada 
ao aumento de chances de queda, fragilidade excessiva ou mesmo pode ser 
consequência de alguma doença de base. No caso dos idosos, além do IMC, é 
importante avaliar o perímetro ou circunferência da panturrilha, assim como se 
faz com a cintura quando medimos a circunferência da cintura. O perímetro da 
panturrilha é mais sensível para a avaliação da massa muscular, cuja redução 
implica a diminuição da força muscular. Nos idosos, o perímetro superior a 31 
cm indica um quadro de normalidade, enquanto uma medida igual ou inferior a 
esse valor é indicativa de desnutrição. 
 
 
Baixo peso 
≤ 22 
Peso 
adequado 
> 22 e < 27 
Sobrepeso 
≥ 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 12: Relacionar o desequilíbrio entre ingestão e gasto energético 
como fator responsável pelo ganho ou perda de massa. 
 
 O desequilíbrio energético é causado pela ingestão calórica diferente do gasto 
diário, podendo gerar em sua forma mais grave estados de desnutrição, ou 
opostamente ao primeiro a obesidade. 
 
 O excesso de peso e a obesidade estão entre os maiores problemas de saúde 
pública no mundo. Estima-se, segundo a Organização Mundial de Saúde 
(OMS), que em 2025 tenhamos cerca de 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso 
e mais de 700 milhões obesos. O número de crianças com sobrepeso e 
obesidade no mundo pode chegar a 75 milhões, caso nada seja feito. 
 
 A população brasileira sofre uma transição nutricional na infância, com redução 
da desnutrição e crescimento do excesso de peso e obesidade. Além disso, 
mais da metade da população adulta brasileira apresenta excesso de peso. 
Buscamos constantemente os vilões para o controle deste peso e a redução de 
percentual de gordura. 
 
 Está relacionado com o estilo de vida, o desequilíbrio entre ingestão alimentar 
(má qualidade na escolha e combinação dos alimentos) e gasto energético - 
prática regular de exercício físico. Observa-se redução no consumo de frutas, 
hortaliças, leguminosas e cereais, e aumento na ingestão de produtos 
industrializados, processados e ultraprocessados. 
 
 A população brasileira possui grande variedade de alimentos e grande 
consumo de carboidratos ao longo do dia. Nas últimas décadas, preparações 
mais elaboradas e industrializadas, que antes eram consumidas apenas em 
dias especiais ou no fim semana, passaram a ser ingeridas durante a semana. 
Acrescentamos muita gordura (margarina, óleos, manteiga, creme de leite, 
queijos) através da adição de molhos, cremes e frituras. Além disso, nós 
aumentamos a quantidade de carboidratos no prato (arroz, batata, pães e 
farinhas) em todas as refeições. 
 
 A associação "bombástica" de carboidratos e gorduras promove pratos de alta 
densidade energética. O excesso de carboidratos na dieta leva a estímulos 
constantes à insulina. Após uma refeição rica em carboidratos os níveis de 
glicose sanguínea se elevam e o corpo tenta reduzir estas concentrações 
produzindo insulina pelo pâncreas. A insulina acelera o transporte de glicose 
para os tecidos (cérebro, tecido adiposo, músculo, trato gastrointestinal, rins) 
reduzindo os níveis glicêmicos. 
 
 Estudos demonstram que a alimentação rica em carboidratos e os estímulos 
elevados e constantes à insulina estão relacionados ao aumento da fome, 
redução da saciedade, aumento dos triglicerídeos, redução do HDL colesterol, 
esteatose hepática (gordura no fígado), doenças cardiovasculares, resistência 
à insulina, diabetes e adiposidade. 
 
 Não existe a melhor dieta (low carb, cetogênica, contagem de calorias ou 
paleolítica). Cabe ao profissional de nutrição após entrevista com seu paciente, 
de acordo com os objetivos e durante as consultas, avaliar e reavaliar as 
melhores estratégias nutricionais. Excluir grupos alimentares pode trazer 
prejuízos à saúde e desempenho esportivo. 
 
 As dietas com redução na proporção de carboidratos são benéficas para 
redução do peso e do percentual de gordura. Entretanto, determinar a 
quantidade de carboidrato que cada indivíduo deve ingerir dependerá dos 
objetivos e fase do tratamento, modalidade esportiva, tipo, volume, intensidade 
de treinamento, história clínica e estilo de vida do paciente. 
 
 Apesar de existirem diferenças individuais significativas relacionadas aos 
mecanismos de consumo e gasto de energia, o equilíbrio energético vem 
sendo o determinante principal quanto a modificações associadas ao controle 
de peso corporal, o que torna as dietas e a prática de atividades físicas 
importantes mecanismos de controle. Assim, o tema equilíbrio energético 
assume grande importância no cenário da nutrição, exercício físico e dacomposição corporal. 
 
 Equilíbrio energético: É a relação entre o que se consome de energia, 
traduzido pela quantidade de calorias dos alimentos que compõem a dieta, e o 
gasto de energia que está associado ao equivalente energético do trabalho 
biológico realizado. A energia dos alimentos ingeridos ou a energia gasta pelo 
trabalho biológico pode ser medida em quilocalorias kcal. A maior unidade de 
calor, ou a quilocaloria é igual a 1000 calorias. A quantidade de ―calorias‖ que 
não for queimada, produzindo trabalho biológico, é armazenada na forma de 
gordura. Então, é importante que se mantenha um nível de atividade física 
correspondente ao consumo energético, ou vice-versa, para que haja uma 
manutenção do peso corporal. Do ponto de vista energético a quantidade de 
calorias é constante seja qual for a fonte do alimento. É incorreto afirmar que 
500 kcal de sorvete de chocolate, coberto com chantili e nozes, engorda mais 
do que 500 kcal de melancia ou 500 kcal de sanduíche de salmão e cebolas. 
Não existem formulas milagrosas para o emagrecimento ou para o ganho de 
peso corporal. Embora exista uma influência genética forte na constituição da 
composição corporal, o peso corporal recomendável acaba resultando da 
combinação de uma dieta saudável e de um estilo de vida fisicamente ativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 Equação do equilíbrio energético: A primeira lei da termodinâmica, a chamada 
lei de conservação de energia, indica que a energia não se cria, nem se 
destrói, porém pode trocar de forma. No caso do organismo humano, a energia 
necessária para atender à demanda solicitada pelo trabalho biológico é 
sintetizada dos alimentos que são consumidos. 
 
 A relação consumo-gasto de energia apresenta três possíveis situações: 
1. Equilíbrio energético POSITIVO: quando o consumo excede o gasto 
energético; Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos 
equivalente a 2800 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que 
produz um gasto energético diário de apenas 2500 kcal, o que equivale a um 
saldo positivo de 300 kcal/dia, que resultam em proporcional aumento no peso 
corporal. 
2. Equilíbrio energético NEGATIVO: quando o gasto excede o consumo 
energético; Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos 
equivalente a 2500 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que 
produz um gasto energético diário de 3000 kcal, o que equivale a um saldo 
negativo de 500 kcal/dia, que resultam em proporcional diminuição no peso 
corporal. 
3. Equilíbrio ISOENERGÉTICO: quando o gasto e o consumo de energia estão 
iguais; Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos 
equivalentes a 2800 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que 
produz um gasto energético diário de 2800 kcal, o que equivale a uma relação 
energética equilibrada. Logo, não deverá haver modificações no peso corporal. 
 
 Desequilibrar a equação de equilíbrio energético é o passo mais importante 
para perder peso. O consumo de energia deve ser reduzido abaixo do gasto de 
energia, ou o gasto de energia deve ser elevado acima do consumo. Nessas 
duas situações ocorrerá perda de peso corporal. 
 
 Gasto energético: Os dois principais componentes do gasto energético estão 
associados ao atendimento das necessidades orgânicas em estado de repouso 
e as solicitações energéticas em situação de trabalho muscular voluntário. 
Além desses, o efeito térmico dos alimentos e, eventualmente, a chamada 
termogênese facultativa também contribui com menor porção para a demanda 
energética total. 
 
Ingestão em excesso = Ganho de gordura. Acumular gordura é a maneira 
que o corpo tem de lidar com as calorias extras consumidas acima do nível 
necessário. 
 
 Termogênese facultativa: Compreende a troca de energia induzida por 
processos adaptativos de origem metabólica diante de alterações extremas nas 
condições ambientais, sobretudo a temperatura e o estresse emocional. Outra 
forma de termogênese facultativa tem lugar quando se alteram radicalmente os 
níveis de ingestão calórica. Reduções significativas no suprimento energético 
por períodos prolongados induzem a progressiva diminuição do índice 
metabólico de repouso, numa proporção maior do que pode ser atribuído à 
redução da massa isenta de gordura. A termogênese facultativa representa 
menos de 10% do gasto energético total. 
 
 Efeito térmico dos alimentos: A energia associada ao custo de digestão, 
absorção, transporte e armazenamento dos nutrientes contidos nos alimentos 
ingeridos é conhecida como efeito térmico dos alimentos. Em valores médios, 
estima-se que o efeito térmico dos alimentos represente por volta de 10% do 
gasto energético total, porém pode apresentar variações de acordo com a 
quantidade e a proporção dos macronutrientes dos alimentos consumidos. 
Estudos demonstram que o efeito termogênico das proteínas, carboidratos e 
das gorduras é por volta de 25%, 10% e 3 % das calorias originais 
provenientes de cada nutriente, respectivamente. Contudo, evidências 
experimentais têm apontado que a maior quantidade de energia solicitada na 
digestão de uma superalimentação ou na ingestão de maiores proporções de 
proteínas ou de carboidratos não contribui para variações significativas na 
termogênese induzida pela dieta. 
 
 Metabolismo de repouso: O gasto energético associado ao metabolismo de 
repouso refere-se à energia necessária para a manutenção da temperatura do 
corpo em estado de repouso e dos sistemas integrados associados às funções 
orgânicas básicas e essenciais. Seus valores se aproximam da demanda 
energética mínima necessária à manutenção da vida ou do metabolismo basal. 
A necessidade energética para a manutenção do metabolismo de repouso é 
proporcional ao tamanho e às variações associadas à composição corporal. 
Indivíduos mais altos e mais pesados tendem a apresentar metabolismo de 
repouso mais elevado que indivíduos de menor estatura e peso corporal. Os 
músculos e outros tecidos magros apresentam trabalho metabólico mais 
elevado que a gordura. Logo, o gasto energético proveniente do metabolismo 
de repouso dos indivíduos magros é mais elevado que a dos indivíduos com 
maiores quantidades de gordura, mas com o mesmo peso corporal. 
Independente dos aspectos morfológicos, sexo e idade são outros dois fatores 
determinantes do metabolismo de repouso. Mulheres apresentam um gasto 
energético por volta de 5% a 10% menor que homens, por causa da diferença 
metabólica específica de ambos os sexos. Em pessoas adultas, com o passar 
dos anos, em razão da quantidade de células metabolicamente ativas 
diminuírem, verifica-se que, em ambos os sexos, o metabolismo de repouso se 
reduz entre 2% e 5% a cada década de vida. 
 
 Metabolismo voluntário: A demanda energética equivalente ao metabolismo 
voluntário refere-se a todo gasto energético relacionado às atividades físicas. 
Seus valores são os que mais contribuem para a variação do gasto energético 
total. Enquanto um indivíduo com hábitos sedentários pode apresentar um 
gasto de aproximadamente 2400 kcal/dia, uma pessoa ativa fisicamente pode 
apresentar um gasto de 20% a 40% maior, por volta de 3000-35000 kcal/dia. 
Na realização de esforços físicos intensos, pode-se alcançar elevações no 
gasto energético de 10 a 15 vezes maiores que em situação de repouso. 
Similar ao que ocorre com a demanda energética relacionada ao metabolismo 
de repouso, a quantidade de calorias envolvida com o metabolismo voluntário é 
diretamente proporcional ao peso corporal. Portanto, as atividades esportivas e 
de condicionamento físico são fortes aliadas na modulação do gasto 
energético. 
 
 Estimativas do gasto energético: A literatura tem descrito uma série de 
métodos direcionados a determinação da energia gasta pelo corpo durante o 
trabalho biológico. Alguns são precisos, porém disponíveis apenas em grandes 
centros de pesquisa, outros nãoalcançam a mesma precisão, contudo 
apresentam mais facilidade na aplicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE GASTO 
ENERGÉTICO BASAL (GEB) E GASTO 
ENERGÉTICO TOTAL (GET)? 
GEB: é a quantidade de energia 
utilizada pelo organismo para manter 
as funções vitais, como funcionamento 
dos órgãos. Corresponde a 60 a 75% 
do GET. 
GET: é a soma do gasto energético 
basal mais a soma das atividades 
realizadas ao longo do dia. 
COMO CALCULAR O GASTO 
ENERGÉTICO TOTAL? 
Existem várias formas de obter o gasto 
energético basal e total do indivíduo. 
Métodos mais eficazes é calorimetria 
direta e indireta. Ambos são realizados 
em lugares e com equipamentos 
específicos. Possuem resultado mais 
preciso, porém a calorimetria direta é 
de alto custo e o paciente deve realizar 
o exame durante 24 horas, a 
calorimetria indireta tem um custo 
menor e é mais utilizada. 
Objetivo 15: Definir e caracterizar os estados de desnutrição. 
 Desnutrição é a falta de nutrientes no corpo. Esses nutrientes podem ser 
específicos, como ferro ou zinco, ou inespecíficos, como a falta de calorias. 
Esta doença é responsável por ⅓ das mortes infantis de cada ano. Entre as 
mais comuns faltas de nutrientes estão a glicose, proteínas, ferro, iodo e 
deficiência de vitamina A. Algumas dessas são comuns durante a gravidez. A 
desnutrição pode causar diversos problemas de crescimento, neurológicos, 
psicológicos e, até mesmo, levar à morte. É especialmente comum em países 
subdesenvolvidos, mas qualquer um em qualquer lugar pode ficar desnutrido. 
Mesmo pessoas que parecem ―gordinhas‖ podem sofrer com a falta de 
nutrientes em seu corpo. 
 
 A desnutrição é responsável por 55% das mortes de crianças no mundo inteiro. 
Está associada a várias outras doenças e ainda hoje é considerada a doença 
que mais mata crianças abaixo de cinco anos. 
 
 No mundo todo e também no Brasil, o tipo prevalente de desnutrição 
corresponde à baixa estatura, que vem ganhando relevo como indicador não só 
de desnutrição, mas também de pobreza, pois hoje se sabe que o fator 
ambiental é muito mais significativo do que o fator genético na determinação da 
estatura final do indivíduo. 
 
 As causas da baixa estatura são várias: nutrição materna insuficiente, 
desnutrição intrauterina, falta de aleitamento materno até seis meses, 
introdução tardia de alimentos complementares, alimentos complementares em 
quantidade e qualidade inadequadas, absorção de nutrientes prejudicada por 
infecções e parasitoses intestinais. 
 
 Tipos: A desnutrição pode ser dividida em leve, moderada ou grave e possui 
três tipos diferentes, com a divisão sendo baseada no tipo de nutriente que 
falta no corpo. São eles: 
1. Marasmo: Também conhecida como desnutrição seca, este tipo de 
desnutrição é caracterizada pela falta de fontes de energia. Sem glicose, o 
corpo não funciona corretamente. Se existe falta de carboidratos e lipídios — 
que são usados para a produção de glicose — na dieta e não há reserva de 
gordura, o corpo entra na desnutrição seca, sentindo graves faltas de energia, 
mesmo que outros tipos de alimentos sejam ingeridos. Quando o marasmo 
alcança seus extremos, diz-se que o paciente está em inanição. 
2. Kwashiorkor: Conhecida como desnutrição molhada, esta doença acontece 
quando existe a falta de proteínas e vitaminas no corpo. O nome surgiu de um 
idioma de Gana, e significa ―Doença do filho mais velho‖, pois quando outro 
bebê nascia, a primeira criança era desmamada e alimentada principalmente 
com carboidratos. Assim, existia energia, porém faltavam nutrientes e 
vitaminas. 
3. Marasmo-Kwashiorkor: Chamada também de desnutrição mista, este tipo de 
desnutrição é uma versão em que tanto proteínas e vitaminas quanto fontes de 
energia como carboidratos e lipídios estão em falta no organismo, deixando-o 
completamente sem nutrientes. É muito comum em situações de fome extrema, 
já que nenhum nutriente pode ser recebido pelo corpo se não há comida. 
4. Desnutrição primária: É causada por dieta inadequada, sendo uma 
desnutrição cuja única causa é a falta de nutrientes na alimentação. 
5. Desnutrição secundária: A versão secundária é causada por alguma coisa 
externa à alimentação, como parasitas e doenças que deixam o corpo com 
dificuldade de absorção dos nutrientes. 
 A gravidade da desnutrição também pode ser classificada segundo critérios de 
Gomez, em 1º, 2º e 3º graus, conforme a perda de peso apresentada pela 
criança: 
1. Desnutrição de 1º grau ou leve: O percentil fica situado entre 10 e 25% 
abaixo do peso médio considerado normal para a idade. 
2. Desnutrição de 2º grau ou moderada: O déficit situa-se entre 25 e 40 %. 
3. Desnutrição de 3º grau ou grave: A perda de peso é igual ou superior a 40%, 
ou desnutridos que já apresentem edema, independente do peso. 
 Desnutrição e obesidade: Apesar de parecer que a desnutrição e o excesso de 
peso são opostos, isso não é verdade. É possível haver desnutrição e 
obesidade ao mesmo tempo. Nesse caso, o marasmo não é possível, mas o 
kwashiorkor é. 
 
 Hábitos alimentares que envolvem altas quantidades calóricas mas sem 
nutrientes adequados podem levar a essa condição. Se uma pessoa bebe 
muito refrigerante, come apenas frituras, massas, pães, tudo isso em grande 
quantidade e sem nenhum exercício, o peso aumenta pois a quantidade 
calórica ingerida é enorme. 
 
 Junto disso, a pessoa, não comendo alimentos necessários como frutas e 
verduras, alimentos saudáveis e nutritivos, terá falta nutricional. Será obesa, 
mas desnutrida. 
 
 Alimentação é um assunto sério e deve ser observada para melhorar e manter 
a saúde. A nutrição deve ser observada em qualquer faixa de peso. 
 
 
 
 
 
 Segundo o Ministério da Saúde, a desnutrição continua a ser uma das causas 
de morbidade e mortalidade mais comuns entre crianças de todo mundo. No 
Brasil, embora a prevalência da desnutrição na infância tenha caído nas 
últimas décadas, o percentual de óbitos por desnutrição grave em nível 
hospitalar, se mantém em torno de 20%, muito acima dos valores 
recomendados pela OMS (Inferiores a 5%). (BRASIL, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 9: Descrever o processo de glicogenólise hepática e muscular. 
 
 Glicogenólise: É a quebra de glicogênio pelo fígado (para os demais tecidos do 
corpo) ou pelo tecido muscular (para uso próprio exclusivo) para a liberação de 
glicose e utilização desta para obter energia. Quando os níveis sanguíneos de 
glicose diminuem, o glucagon é o hormônio liberado. 
 
 Obs. 1: O glicogênio armazenado pelo fígado pode ser utilizado como forma de 
energia para os diversos tecidos do corpo devido a este órgão possuir a 
enzima glicose-6-fosfatase, que retira a glicose-6-fosfato da célula, podendo 
ser utilizada, então, como fonte de energia. Diferentemente dos músculos, que 
não possuem essa enzima. A única maneira que o músculo pode servir como 
tecido de reserva energética é por meio da via glicolítica anaeróbica, dando 
origem ao lactato, que entra na gliconeogênese no próprio fígado. Para que 
haja a glicogenólise, o hormônio glucagon deve ser secretado na corrente 
sanguínea. Esse hormônio, ao ser captado por seus respectivos receptores nas 
células, ele ativa a proteína G estimulante, que por sua vez ativa a enzima 
adenilato (adenilil) ciclase no interior da membrana. Essa enzima transforma 
ATP em AMP Cíclico, que por sua vez ativa a proteína quinase dependente de 
AMPC (PKA, que só é ativada quando a concentração de AMPC está alta). 
Essa PKA em atividade inibe a glicogênese, por ativar a fosforilação de 
algumas enzimas: A PKA fosforila (inativa) a glicogênio sintetase, a enzima 
produtora de glicogênio (glicogênese). A PKA fosforila (ativa) a fosforilase-
quinase, enzima que tem como função fosforilar (ativar) a enzima glicogênio 
fosforilase, que promove, de fato, a glicogenólise. A PKAfosforila também a 
proteína inibidor-1 (ativa), a qual inibe a atividade da enzima fosfatase-protéica, 
que faria a desfosforilação da fosforilase quinase e, consequentemente, da 
fosforilase (enzima supracitada, responsável pela glicogenólise). Isso diminui a 
desfosforilação das enzimas responsáveis pela degradação do glicogênio. 
Então, com o aumento da PKA e a ativação da fosforilase, é possível que 
ocorra a glicogenólise. 
 
 O glicogênio é uma molécula ramificada. A fosforilase libera os resíduos de 
glicose que estão nas extremidades não redutoras simultaneamente, para que 
haja uma grande demanda de glicose, justamente na ligação α-(1;4). A 
fosforilase libera a glicose na forma de glicose-1-fosfato, sendo transformada 
em glicose-6-fosfato (não é permeável à membrana plasmática) através da 
enzima fosfoglicomutase. A glicose-6-fosfatase (do fígado) converte a glicose-
6-P em glicose (permeável à membrana), que será transferida ao sangue para 
ser usada pelos demais tecidos do corpo como fonte de energia. 
 
 Obs. 2: Acontece que o glicogênio é uma molécula ramificada, e a fosforilase 
só atua até o 3º resíduo de glicose de uma ramificação. Como isso, entra em 
ação a enzima α1-4-glicano transferase, que transfere esse trio de glicoses 
para outra extremidade da molécula de glicogênio para, só então, serem 
hidrolisadas novamente pela fosforilase. A glicose restante da ramificação é 
hidrolisada pela enzima α1-6-glicosidase. 
 
 Obs. 3: A fosforilase muscular difere da fosforilase hepática pois aquela pode 
ser ativada independentemente de AMPC, ativando-se pela liberação 2+de Ca 
no citoplasma das fibras musculares no momento da contração. A glicogenólise 
continua acontecendo até que o indivíduo se alimente e restitua seus níveis 
normais de glicose no sangue. 
 
 O glicogênio pode ser classificado de duas formas, dependendo de onde se 
armazena. O glicogênio hepático é aquele presente no fígado e o glicogênio 
muscular nos músculos. 
 
 A glicogenólise hepática é a degradação do glicogênio hepático produzindo 
glicose, geralmente para manter a glicemia. Atua como reservatório de glicose 
para a corrente sanguínea com a distribuição para outros tecidos. Acumula 
após as refeições e, quando necessário, é degradado lentamente para manter 
a concentração de glicose no sangue mais ou menos constante. As reservas 
de glicogênio hepático no homem apresentam importante papel como fonte de 
glicose no período entre as refeições e, em maior extensão, durante o jejum 
noturno. 
 
 Já a glicogenólise muscular é a degradação do glicogênio para produzir 
energia para a própria fibra muscular em contração intensa. É formado durante 
o repouso após as refeições. Os níveis de glicogênio muscular apresentam 
menor variabilidade do que os teores hepáticos em resposta a ingestão de 
carboidratos. 
 
 Obs. 4: O tecido adiposo também necessita glicose para a síntese de 
triacilglicerol (glicose Via glicolítica diidroxiacetona-P glicerol-3-P glicerol). 
 
 Diferentes tipos de atividades físicas podem gerar um tipo específico de 
glicogenólise. Quando são realizadas atividades físicas anaeróbicas como 
exercícios musculares intensos de curta duração, a glicose é produzida através 
da glicogenólise muscular. Já quando se realiza atividades físicas aeróbicas 
que envolvem maior recrutamento dos pulmões e do coração a glicose 
produzida se origina da glicogenólise hepática 
 
 Importância da síntese e da degradação do glicogênio: A glicogênese e 
glicogenólise regulam o nível de glicose no sangue e fornecem uma reserva de 
glicose para a atividade muscular. Ambas ocorrem por vias diferentes de 
reações, com diferentes enzimas. A regulação da síntese e do metabolismo do 
glicogênio é efetuada por efetores alostéricos e por fosforilação. O Quando a 
insulina está elevada, aumenta-se a glicogênese, como forma de 
armazenamento de glicose para futuras necessidades. o Quando o glucagon 
está elevado, aumenta-se a glicogenólise, devido o aumento da concentração 
do AMPC (que é o efetor alostérico). 
 
 Obs. 5: Efetor alostérico é uma enzima que possui um sítio ativo, um sítio de 
ligação do substrato e um sítio alostérico (difere dos outros sítios de ligação). 
Funciona estimulando (efetor alostérico +) ou inativando (efetor alostérico -) 
outras enzimas. Ex: O AMPc é um efetor alostérico positivo da fosforilase e 
efetor alostérico negativo para a glicogênio sintase. 
 
 Degradação do glicogênio no fígado pela epinefrina: A epinefrina é um 
hormônio hiperglicemiante (como o glucagon) para situações de perigo ou fuga, 
em que o SNC necessita urgentemente de glicose como fonte de energia. Ela 
se liga a receptores α ou β-adrenérgicos: Quando ela se liga a receptores β-
adrenérgicos, realiza a mesma ação do glucagon: ativando a adenilil ciclase, 
aumentando as concentrações de AMPC, estimulando os processos de 
glicogenólise. Quando ela se liga a receptores α-adrenérgicos, ela estimula a 
fosfolipase C, enzima que forma inositol-1,4,5-trifosfato (IP3) e diacilglicerol a 
partir de 2+ fosfatidil-inositol-4,5-difosfato (PIP2). O IP3 libera Ca no citoplasma 
de células musculares, estimulando a glicogenólise. O diacilglicerol inibe a 
ação da glicogênese. 
 
 Controle neural da degradação de glicogênio no músculo esquelético: A 
fosforilase muscular, como foi dito previamente, é diferente da fosforilase 
hepática. Ela possui 4 subunidades: α e β (onde ocorrerá a fosforilação), γ 
(gama, sítio ativo) e δ (delta, a calmodulina, que será estimulado pelo cálcio). 
Durante o impulso nervoso, há despolarização da membrana plasmática e 
liberação de cálcio pelo retículo endoplasmático liso. Quando ocorre a 
liberação de cálcio na fibra muscular, ativa-se o sítio ativo da fosforilase 
muscular, iniciando a glicogenólise. 
 
 Obs. 6: Quando o glucagon não está em ação, a insulina, para manter a 
homeostase, estimula a síntese de glicogênio no músculo e no fígado. A 
insulina estimula a síntese de glicogênio no músculo e no fígado. Esse 
hormônio, ao se ligar com seus receptores, ativa a enzima fosfodiesterase que 
converte AMPC em AMP, diminuindo os níveis de AMPC, causando a 
inativação da PKA e da fosfatase quinase e a fosforilase, inibindo a 
glicogenólise. Isso ocorre logo após a alimentação, em que os níveis de glicose 
se elevam e a insulina é liberada para que ocorra a glicogênese por ação do 
glicogênio sintetase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 10: Descrever o processo de síntese e armazenamento de 
carboidratos. (glicogênese e gliconeogênese). 
 Reações da glicogênese: A síntese do glicogênio ocorre após as refeições, 
quando os teores de glicose sanguínea estão elevados. Até recentemente, 
presumia-se que a glicose sanguínea era a única precursora direta nesse 
processo. Entretanto, em condições fisiológicas, grande parte do glicogênio é 
produzida por um mecanismo envolvendo a sequência: glicose da dieta → 
molécula C3 → glicogênio hepático. O lactato e a alanina são as principais 
moléculas-C3 nesse processo. O lactato é formado nos eritrócitos por glicólise 
e é captado pelo fígado e convertido em glicose− 6− fosfato na 
gliconeogênese. A síntese do glicogênio se dá a partir da glicose-6-fosfato 
derivada da glicose livre pela ação da glicocinase (no fígado) ou da hexocinase 
(no músculo). 
 
 Reações da gliconeogênese: Alguns tecidos do corpo utilizam apenas glicose 
como fonte de energia, não sendo capazes de metabolizar aminoácidos ou 
lipídios. É o caso do cérebro, sistema nervoso, eritrócitos, testículos, medula 
renal e tecidos embrionários. Para que esses tecidos não fiquem sem energia e 
parem de funcionar é necessário manter um nível de concentração de glicose 
na corrente sanguínea. Em geral nosso estoque de glicogênio armazenado no 
fígado e músculos supre essas necessidades,

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