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Objetivo 1: Caracterizar as necessidades e as fontes nutricionais disponíveis. Define-se necessidade nutricional como sendo a quantidade de nutrientes e de energia disponíveis nos alimentos, capaz de satisfazer suas necessidades fisiológicas normais e prevenir os sintomas de deficiências. Segundo Cuppari (2006), a Food and Agriculture Organization (FAO) desde 1950 estabelece as necessidades de proteínas e de energia. Em 1997 a Food Nutrition Board/Institut of Medicine iniciou a elaboração das Dietary Reference Intakes (DRI‘s), que são as recomendações individuais a serem usadas durante o planejamento do acompanhamento nutricional. A necessidade de nutrientes de um indivíduo varia de acordo com seu estado nutricional atual e passado, idade, sexo, peso, estatura, atividade física, composição corporal e condição fisiológica. Para pessoas estáveis e saudáveis, as recomendações nutricionais seguem as Dietary Reference Intakes (DRIs) (D). Estas tabelas foram estabelecidas para serem utilizadas no planejamento e na avaliação de dietas de indivíduos saudáveis ou de um grupo, segundo o estágio de vida e sexo, e para a prevenção de doenças (D). A avaliação do estado nutricional é uma das práticas clínicas fundamentais para tomar-se a decisão quanto ao diagnóstico nutricional de um indivíduo e à conduta dietética a ser-lhe prescrita. A adequação da ingestão de nutrientes é um dos componentes da avaliação nutricional e é feita a partir de valores de referência que se constituem em estimativas das necessidades fisiológicas desses nutrientes e metas de ingestão dos mesmos. Coloca-se hoje à disposição dos profissionais um novo conjunto de valores de referência que constituem um avanço importante no modo de interpretar a adequação dietética: as Dietary Reference Intakes. A alimentação, principalmente no 1º ano de vida, é fator determinante na saúde da criança. Por isso, é importante conhecimento correto e atualizado acerca do assunto. As fases iniciais do desenvolvimento humano são influenciadas por fatores nutricionais e metabólicos levando a efeitos de longo prazo na programação metabólica da saúde na vida adulta. O Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde adota 10 passos para alimentação saudável: 1. Dar somente leite materno até os seis meses de idade, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos. 2. A partir de seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. 3. Após os seis meses, oferecer alimentação complementar (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada. 4. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. 5. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. O leite materno é constituído de IgA secretora, lisozima, 6-caseína, oligossacarídeos, fatores de crescimento epidérmico, de transformação e neural, enzimas como acetilhidrolase, glutationa peroxidase, nucleotídeos, vitaminas A, C e E, glutamina e lipídios. Além disso, seu conteúdo é modificado ao longo do dia e de acordo com a idade da criança. Em relação à necessidade de energia, ainda não existem dados concretos disponíveis que indiquem a necessidade individual de aminoácidos nos adolescentes, mas sabe-se que essa necessidade aumenta com a elevação da velocidade de crescimento e relaciona-se também com a atividade física. Em relação às vitaminas hidrossolúveis, como riboflavina, niacina e tiamina, sabe- se que têm papel importante no metabolismo energético. As necessidades de riboflavina crescem com o aumento da ingestão de açúcar refinado, o que é comum na rotina alimentar dos adolescentes. Os adolescentes tabagistas e em uso de anticoncepcional têm necessidade de aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina C, devido ao elevado risco de deficiência desta nesse grupo. Adolescentes que realizam dietas radicais ou vegetarianas exclusivas apresentam risco mais alto de deficiência de vitamina B12. Durante o período de crescimento e replicação celular, ocorre aumento das necessidades de ácido fólico. Deste modo, recomenda-se o consumo de 400 µg/dia dessa vitamina na adolescência. Em relação às vitaminas lipossolúveis, durante o período de crescimento acelerado da adolescência, a necessidade de vitamina A encontra-se aumentada. Durante o período de mais velocidade de crescimento, a necessidade de vitamina D deve ser de até 10 µg/ dia, pois essa vitamina está envolvida no processo de mineralização óssea, metabolismo do cálcio e fósforo. Em relação ao cálcio, sabe-se que, durante a adolescência, a necessidade desse mineral é elevadíssima, pois 99% do cálcio se encontram na massa óssea e 50% dessa massa óssea são formados nessa fase da vida graças à intensa absorção de cálcio. Quanto mais alto o percentil de estatura do adolescente, maior a necessidade de cálcio no organismo. Infelizmente, nota-se que na adolescência a dieta encontra-se pobre em cálcio, além disto, a ingestão de alguns nutrientes (proteínas e fósforo) e fatores antinutricionais (oxalato, fitato e cafeína) interfere prejudicando a absorção de cálcio. Os adultos jovens, na faixa dos 17 aos 30 anos, têm necessidades nutricionais que não podem ser ignoradas. Seu corpo, que ainda está atingindo a plenitude de seu crescimento e desenvolvimento, e suas atividades físicas e intelectuais determinam uma grande necessidade de alimentos CONSTRUTORES (2 a 3 copos diários de leite ou substitutos, que fornecem proteínas e cálcio; 2 a 3 porções diárias de alimentos do grupo que reúne as carnes em geral, os ovos, o feijão, a ervilha, o grão-de-bico, a lentilha, a soja, grupo que fornece proteínas e ferro, além de outros minerais e vitaminas indispensáveis para a saúde); alimentos REGULADORES (3 a 5 porções diárias de verduras e legumes e 2 ou mais frutas, fontes de vitaminas, minerais e fibras) e também de alimentos ENERGÉTICOS (cereais e derivados, preferencialmente integrais; feculentos como batata, mandioca, cará; massas não gordurosas; óleos vegetais em quantidade não excessiva), em quantidades variáveis, dependendo do peso, altura e compleição física, bem como da atividade diária individual. As necessidades nutricionais dos idosos são influenciadas por numerosos fatores como: estado geral de saúde; alterações na capacidade de mastigar e digerir os alimentos e de absorver e aproveitar os nutrientes; modificações no sistema endócrino e alterações no estado emocional e na saúde mental (OLIVEIRA, 2006). É importante reconhecer a complexidade dos fatores que influenciam os indivíduos na sua seleção de alimentos. Escolhas alimentares inadequadas são perigosas para os idosos, pois os colocam diante de maior risco de má alimentação. Além disso, dietas desequilibradas com consumo exagerado de alimentos ricos em gorduras determinam uma aceleração do envelhecimento e propiciam doenças crônicas degenerativas. Portanto, os cuidados com a alimentação incluem zelar pela não deterioração do estado nutricional do indivíduo, avaliando diante das diversas orientações nutricionais aquela que melhor atenda as necessidades do indivíduo segundo as Leis da alimentação (OLIVEIRA, 2006). Cálcio e Vitamina D. Há evidências de que idosos precisam de quantidades maiores de Cálcio e Vitamina D para manter a saúde dos ossos. A Vitamina D é uma molécula lipossolúvel (solúvel em gordura e não em água) necessária para que o organismo absorva corretamente o carbonato e o fosfato de cálcio presentes na dieta. A Vitamina D é produzida em nosso organismo quando tomamos banho de sol. Mas também existem suplementos vendidos em farmácias.Fibras. Uma das consequências conhecidas do envelhecimento é a redução da motilidade intestinal. Assim, as pessoas mais velhas estão mais propensas a constipação. As fibras são nutrientes capazes de ajudar na regularização do funcionamento do intestino. Além disso, há estudos que relacionam uma dieta rica em fibras (ingeridas através de frutas e outros vegetais) à redução de risco de doenças cardíacas, controle de peso e redução de risco de Diabetes Mellitus tipo 2. Uma das principais funções dos alimentos é fornecer energia ao organismo. Sem esse substrato, não existe vida, já que o cérebro necessita de glicose para realizar suas funções. E os principais alimentos fornecedores de energia (glicose) são os carboidratos. Os alimentos ricos em carboidratos fazem parte do grupo dos alimentos energéticos, são eles: açúcar, arroz, macarrão, pães, farinhas, batata, mandioquinha, cara, mandioca e, é claro, todos os demais produtos que utilizam em sua formulação um desses ingredientes. Frutas e verduras também apresentam em sua constituição carboidratos, mas fazem parte do grupo dos reguladores por serem excelentes fonte de vitaminas e minerais. Os feijões o leite e derivados, apesar de serem considerados alimentos protéicos e pertencerem ao grupo dos construtores, também apresentam em sua composição nutricional o carboidrato. Nos últimos anos, um novo modismo começa em relação ao consumo de carboidratos. Apareceram dietas com restrição severa desse nutriente, abrindo espaço para a produção de alimentos com redução desse ingrediente. Aliás, várias dietas da "moda" colocam os carboidratos como verdadeiros bandidos. De uma forma geral, crianças, homens e mulheres estão em busca do peso ideal, os padrões estéticos impostos pela grande mídia associam felicidade e beleza a ser magro ou muito magro! Realmente o excesso de peso e a obesidade são fatores de risco para doenças como diabetes, hipertensão, cânceres e até doenças cardiovasculares, mas para ter o peso dentro da faixa de normalidade não é preciso passar fome. É sim necessário comer de forma equilibrada, considerando que uma alimentação promotora de saúde deve conter alimentos dos grupos dos energéticos, construtores e reguladores. A importância da rotulagem nutricional dos alimentos para a promoção da alimentação saudável é destacada em grande parte dos estudos e pesquisas que envolvem a área da nutrição e sua relação com estratégias para a redução do risco de doenças crônicas. O uso das informações nutricionais obrigatórias nos rótulos dos alimentos e bebidas embaladas está regulamentado no Brasil desde 2001. A rotulagem nutricional se aplica a todos os alimentos e bebidas produzidos, comercializados e embalados na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor. (ANVISA) – Fonte nutricional: tabela, de informações relacionadas às quantidades de vitaminas, gorduras, proteínas etc. ALIMENTOS PRÓS CONTRAS Soja Melhora o colesterol Previne câncer Melhora sintomas de menopausa Não há, a não ser pelo gosto que alguns não aprovam. Leite Ótima fonte de cálcio e proteínas Intolerância à lactose alergias Pão integral Rico em fibras, auxilia no funcionamento intestinal Boa fonte de energia (carboidrato) Intolerância ao glúten (Doença Celíaca) Peixe Boa fonte de proteínas e ômega 3 que faz bem ao coração Ácido úrico elevado alergias Tomate Rico em licopeno que é antioxidante e ajuda a prevenir câncer de próstata Acidez gástrica Grãos integrais Ótimas fontes de proteína e minerais, além de fibras Fermentação intestinal * Vitaminas (principalmente do complexo B) Objetivo 2: Conceituar macro e micronutrientes. Macronutrientes: Em sua maioria, os macronutrientes são nutrientes que ajudam a fornecer energia e o organismo precisa deles em grande quantidade. Água, carboidratos, gorduras e proteínas são classificados como macronutrientes. Os carboidratos evitam que as proteínas dos tecidos sejam utilizadas para o fornecimento de energia. Os da categoria simples estão presentes no açúcar e no mel; já entre os complexos estão pão, arroz, milho e massa. As gorduras protegem os órgãos contra lesões, ajuda a manter a temperatura do corpo, a absorver algumas vitaminas e a dar sensação de saciedade. Já as proteínas são necessárias para o crescimento, construção e reparação dos tecidos e estão presentes também na constituição das células. Elas também estão na composição dos anticorpos do sistema imunológico. É necessária a ingestão desses nutrientes em maiores quantidades, pois eles atuam fornecendo, principalmente, energia para o funcionamento do corpo. Carboidratos/glicídios/açúcares: É a principal fonte de energia do corpo. Principais alimentos/grupos com elevado teor de carboidratos: Cereais (integrais ou refinados), leguminosas, frutas, legumes, bolos, doces, refrigerantes, salgadinhos/salgados, pães, biscoitos, sucos, açúcar, etc. 1. Alguns exemplos de carboidratos: Lactose, glicose, frutose, sacarose, amido, fibras etc. Proteínas/protídios: Função principal é estrutural (construção/reparo). Principais alimentos/grupos com elevado teor de proteínas: Leguminosas, laticíneos, carnes e ovos. 1. Subunidades das proteínas são os aminoácidos: 1.2 Essenciais: Metionina, Lisina, Valina, Fenilalanina, Leucina, Isoleucina, Triptofano, Treonina. 1.3 Não essenciais: Alanina, Ácido aspártico, Ácido glutâmico, Cisteína, Glicina, Glutamina, Prolina, Hidroxiprolina, Serina e Tirosina, entre outros. Lipídeos: Principais funções: constituição de membranas e hormonal. Principais alimentos/grupos com elevado teor de lipídios: Laticíneos, carnes, ovos, oleaginosas, sementes, abacate, côco, chocolate, alimentos industrializados, óleos/gorduras. 1. Tipos de lipídios nos alimentos: Gordura saturada, insaturada, trans, ômegas 3*,6* e 9 Micronutrientes: Os micronutrientes são os minerais e as vitaminas. O organismo precisa dos micronutrientes em quantidade menor se comparado aos macronutrientes. Sua principal função é facilitar as reações químicas que ocorrem no corpo. As vitaminas, por exemplo, são essenciais para o funcionamento do metabolismo e regulação da função celular. No grupo das vitaminas, a vitamina B está presente nos vegetais de folhas verdes. A vitamina C é encontrada nas frutas cítricas. Já as vitaminas A, D, E e K estão no leite, produtos lácteos, óleos vegetais e vegetais de folhas verdes. Já na categoria dos minerais está cálcio, potássio, ferro, sódio, magnésio, cobre, zinco, cobalto, cromo e flúor. A ingestão desses é em menores quantidades. No entanto, eles também são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. São eles: Minerais e Vitaminas. O déficit pode provocar doenças ou disfunções e, o excesso, intoxicações. Objetivo 3: Caracterizar a pirâmide alimentar e sua organização Uma boa qualidade de vida depende de uma alimentação adequada. As necessidades nutricionais variam para cada pessoa. É preciso conhecer os alimentos e seus grupos para adequar a sua alimentação. Utiliza-se como guia a "Pirâmide Alimentar que é um instrumento, sob a forma gráfica, de orientação da população para uma alimentação mais saudável". Ela constitui um guia para uma alimentação balanceada. Nela o indivíduo pode escolher os alimentos a serem consumidos, que vão lhe oferecer todos os nutrientes necessários, e ao mesmo tempo, a quantidade certa de calorias para manter um peso adequado. A pirâmide possui 4 níveis com 8 grandes grupos de alimentos. Os alimentos dispostos na base da pirâmide devem ter uma participação maior no total de calorias da sua alimentação, ou seja, devem ser consumidos em maior quantidade. Ao contrário dos alimentos dispostos no topo da pirâmide, que devem contribuir com a menor partedas calorias de toda a sua alimentação. Cada grupo de alimentos é fonte de nutrientes específicos e essenciais a uma boa manutenção do organismo. Carboidratos: A base da pirâmide é formada pelos alimentos responsáveis por nos fornecer energia (Ex: pães, massas etc.). Estes alimentos são os que chegam mais rápido ao sangue. Legumes e verduras: Acima da base da pirâmide encontram-se os legumes e as verduras como: Cenoura, chuchu, beterraba. Esses alimentos são fontes de fibras, vitaminas e minerais que controlam o funcionamento e o crescimento do corpo. É interessante consumi-los preferencialmente crus e no início da refeição. Assim, eles reduzem a vontade de comer e melhoram o hábito intestinal. Estes nutrientes, vitaminas e minerais são encontrados em diversos alimentos. Dessa forma, é importante variar os alimentos deste grupo. Ao lado dos legumes e verduras, estão as frutas, que também nos fornecem fibras, vitaminas e minerais. Como as verduras e os legumes, cada fruta é rica em uma vitamina. Portanto, consumir frutas diferentes em quantidades controladas pode garantir um equilíbrio de vitaminas e minerais. OBS.: O consumo de grandes quantidades de frutas aumenta rapidamente o nível de açúcar no sangue. Carnes, ovos e leguminosas: Acima delas, na pirâmide, estão as carnes, os ovos e as leguminosas. Esses alimentos são fontes de proteínas, sendo essenciais para a construção e reparação dos tecidos. As carnes vermelhas (bifes, carne moída), aves (frango, peru), peixes (sardinha, pescada) e os ovos são fontes animais das proteínas, importantes também porque são ricas em vitaminas do complexo B e minerais. A atenção ao preparo é bastante importante, pois as gorduras desses alimentos em excesso aumentam os níveis da mesma no sangue. Então, tirar a pele do frango, gorduras aparentes das carnes e evitar prepará-las fritas são maneiras de reduzir seus níveis. Fontes de proteínas vegetais: Os feijões, ervilha, grão de bico, lentilha e soja são fontes de proteínas vegetais. Não se esqueça de colocar um representante desse grupo no seu prato. Eles são ricos em fibras e ajudam a deixar lenta a absorção dos carboidratos pelo sangue. E acima dos legumes e verduras, na pirâmide, estão os leites, queijos, iogurtes e todos os seus derivados, que também são fontes de proteínas, cálcio e vitaminas A e D. Ao consumir leite e derivados, procure evitar os ricos em gordura como queijos amarelos, leite e iogurte integral. Pouco mais da metade (60%) da proteína consumida converte- se em glicose e sua absorção é bem mais lenta, quando comparada aos carboidratos. Gorduras e açucares: Acima deles, estão os alimentos que serão consumidos esporadicamente: as gorduras (manteiga, margarina, maionese, azeite, óleos, etc.) e os açúcares. Todos os grupos de alimentos são importantes para suprir as necessidades de nutrientes dos indivíduos e manter sua saúde, por isso, todos devem ser consumidos em suas quantidades adequadas, que variam de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Tipos de Pirâmide Alimentar: Apesar de ter um conceito único, existem diversos tipos adaptados de acordo com os hábitos alimentares de alguns países, respeitando culturas e a disponibilidade de alimentos daquela região. 1. Modelo proposto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos 1992 Planejado para incentivar a escolha nutricional. 2. Nova proposta de Pirâmide Americana: A base é a atividade física, estimulando e mostrando a importância da prática de exercícios para a saúde e controle de peso. Acima aparecem os carboidratos, mas somente os integrais ou in natura e os óleos vegetais. No grupo das carnes foram incluídas somente as brancas, a carne vermelha foi para o topo da pirâmide, juntamente com os doces, gorduras e os demais carboidratos refinados, devendo ser consumido com moderação. Além dessas modificações, é recomendado o uso de suplementos de vitaminas e meia taça de vinho tinto. 3. Pirâmide adaptada à população brasileira: O primeiro gráfico foi criado em 1999. Estava baseado nos padrões alimentares norte americano e, por isso, inclui alimentos tipicamente brasileiros, como por exemplo, o caju, a graviola, a castanha do Pará. Em 2013, o Brasil passou a ter um novo modelo com diversas reformulações relacionado com a quantidade, tipo e distribuição dos alimentos, visto que a obesidade tem sido um problema recorrente e preocupante para os estudiosos. Propõe a diminuição de calorias de 2500 para 2000 calorias diárias e diminuição do tempo entre as refeições para a cada 3 horas. Ademais, inclui atividade física de 30 minutos diários. 4. Pirâmide vegetariana: Para ser utilizada em dietas vegetarianas, foi criada pela Associação Dietética Americana (ADA) e inclui substituições para as proteínas de fonte animal. 5. Pirâmide da Dieta Mediterrânea: Os óleos vegetais estão juntos com os carboidratos (Pães, massas, cereais e arroz). Frutas, hortaliças e vinho são considerados alimentos essenciais na prevenção da arteriosclerose e do infarto. As carnes vermelhas não devem ser consumidas mais de uma vez por mês. 6. Pirâmide Funcional: Baseada em alimentos funcionais. A base consiste em exercícios diários e controle de peso. A proposta sugere a suplementação de cálcio, tendo como justificativa que não há recomendação para o consumo de laticínios, por sua composição ser rica em gorduras saturadas e o cálcio presente não apresentar boa disponibilidade. 7. Pirâmide de Harvard: Especialistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard fizeram dois estudos por dez anos, chegando à conclusão de que a Pirâmide alimentar não diminui o risco de doenças crônicas e obesidade. Tabela nutricional infantil: *Departamento de Nutrologia – Sociedade Brasileira de Pediatria Benefícios: 1. As informações contidas na pirâmide alimentar facilitam o entendimento dos nutrientes oferecidos, já que os alimentos são divididos em grupos, podendo reduzir o risco de obesidade e de carências nutricionais. 2. Facilita na escolha dos alimentos para ingestão diária, que permite uma alimentação saudável e, portanto, um físico melhor preparado e apto a realizar atividades físicas sem grandes esforços. 3. Auxilia no consumo equilibrado de alimentos e promove menor ingestão de gorduras saturadas e colesterol, incentivando o maior consumo de frutas, legumes e verduras. Desta forma, o risco de doenças como diabetes e colesterol é menor. A atividade física aliada a uma alimentação saudável é de grande importância para melhoria da qualidade de vida e manutenção da saúde. A distribuição correta dos grupos de alimentos da pirâmide alimentar deve ser individualizada, de acordo com as necessidades nutricionais de cada pessoa. Por isso, antes de tomar qualquer atitude, o indicado é consultar um nutricionista, pois não seguir as orientações corretas pode comprometer a ingestão de nutrientes essenciais para o corpo. Objetivo 4: Definir e classificar carboidratos. Os carboidratos – também conhecidos como glicídios ou hidratos de carbono – têm como principal função a de servir como combustível energético para o corpo. Os carboidratos são uma das três principais classes de alimentos e uma fonte de energia. Os carboidratos são principalmente açúcares e amidos que o corpo decompõe em glicose (um açúcar simples que o corpo pode usar para alimentar suas células). O que são: Carboidratos, ou sacarídeos, são açúcares e amidos, que fornecem energia para seres humanos e animais, e celulose que compõe muitas estruturas vegetais. ―Carboidratos‖, como agora são comumente referidos, tornaram-se uma bênção e uma maldição, pois o processo deprodução moderna de alimentos mudou a maneira como são consumidos. Existem dois tipos de carboidratos: simples ou monossacarídeos e complexos, ou polissacarídeos. Tipos de carboidratos: Encontrados em frutas e laticínios, os carboidratos simples são mais facilmente digeridos pelo organismo. O corpo decompõe carboidratos simples para serem usados como energia, que é consumida muito rapidamente. Eles também são frequentemente encontrados em alimentos refinados e processados, como açúcar branco, massas e pão branco. Outro tipo de carboidrato, chamado carboidrato complexo, leva mais tempo para o corpo digerir e são mais comumente encontrados em vegetais (celulose), pães e massas integrais, arroz integral e legumes. Alimentos com grãos não refinados, como arroz integral, retêm carboidratos complexos, ao contrário de grãos refinados, como arroz branco. Isso ocorre porque o processo de refino remove algumas das fibras e nutrientes do grão. Comer uma porção de cereais integrais, como aveia, irá preenchê-lo e fornecer-lhe energia mais duradoura do que uma tigela de cereal açucarado, devido à maneira como o corpo processa e usa os carboidratos. A unidade básica dos carboidratos é a molécula de açúcar e podem ser divididos em três tipos: 1. Monossacarídeos: Açúcares tipo glicose (encontrado no sangue), frutose (encontrado nas frutas e no mel) e galactose (encontrado nas glândulas mamárias); 2. Dissacarídeos ou Oligossacarídeos: Açúcares duplos: sacarose (dissacarídeo dietético mais comum, também encontrado na beterraba, na cana-de-açúcar, no sorgo, no xarope de bordo e no mel), lactose (açúcar do leite), maltose (encontrado em cervejas, cereais e sementes em processo de germinação); 3. Polissacarídeos: Contêm três ou mais açúcares simples: polissacarídeos vegetais ou apenas amido (encontrado em sementes, milho e nos vários grãos com que são feitos o pão, os cereais, as massas…) Os grupos: 1. Os carboidratos podem ser divididos em dois grupos: carboidratos simples e complexos: 1.1 Carboidratos Simples: São mais facilmente quebrados no processo digestivo e assim, fornecem energia imediata. São encontrados em frutas e sucos, mas dificultam a perda de peso, pois, como são digeridos rapidamente pelo organismo, eles faz com que os níveis de açúcar no sangue aumentem rapidamente, ocorrendo assim, a liberação da insulina que consegue colocar os carboidratos para dentro das células de gordura e músculos. Essa liberação de insulina previne que o corpo utilize a gordura armazenada por causa do excesso de açúcar presente no sangue, dificultando a perda de gordura. 1.2 Carboidratos Complexos: São mais lentamente digeridos, evitando assim, as grandes elevações e queda dos níveis glicêmicos. São eles: arroz, aveia, feijão, massas, batata, milho, pão etc. Como os carboidratos são processados: O fígado digere carboidratos, quebrando-os em açúcares simples, ou glicose, o que estimula a produção de insulina no pâncreas. A insulina funciona para levar o açúcar às células do corpo para ser usado como energia. Os dois tipos diferentes de carboidratos afetam a produção de insulina de maneira diferente – ao digerir carboidratos simples, os níveis de insulina aumentam mais rapidamente e os carboidratos são consumidos mais rapidamente como energia. Isso explica por que muitos que recorrem a uma barra de chocolate para obter um suprimento rápido de energia acham que seus níveis de energia caem quando o ―nível alto de açúcar‖ chega ao fim. Os carboidratos complexos demoram mais tempo para digerir, resultando em energia mais duradoura e menos reação à insulina no organismo. Se o corpo produzir muita glicose, ele será armazenado no fígado e nas células musculares como glicogênio, para ser usado quando o corpo precisar de uma explosão extra de energia. Qualquer glicogênio restante que não seja armazenado no fígado e nas células musculares é armazenado como gordura. O corpo utiliza a reserva imediata de glicogênio para breves explosões de exercícios. Por longos períodos de exercício, como corrida de longa distância e exercícios mais intensos, o corpo recorrerá à sua reserva de gordura para extrair energia extra. Comer carboidratos: É necessária certa quantidade de carboidratos para funcionar adequadamente, e a ingestão insuficiente pode causar fadiga, cãibras musculares e má função mental. Embora os carboidratos sejam uma parte importante de nossa dieta, o corpo pode produzir energia somente a partir de gorduras e proteínas; Embora isso possa acontecer por curtos períodos de tempo, evitar todos os carboidratos afetará adversamente o corpo. Muitas dietas com pouco carboidrato foram consideradas saudáveis, mas se levadas ao extremo, podem ser muito perigosas para o bem-estar geral de uma pessoa. A recomendação do Instituto de Medicina sugere que 40-65% da ―energia dietética‖ de um adulto deve vir de carboidratos, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 55-75%. A OMS também recomenda que não mais de 10% do consumo de carboidratos provenha de carboidratos simples. Carboidratos – Alimentos Os hidratos de carbono são encontrados em uma grande variedade de alimentos saudáveis e não saudável, como: pão, feijão, leite, pipoca, batatas, biscoitos, macarrão, refrigerantes, milho e torta de cereja. Eles também vêm em uma variedade de formas. As formas mais comuns e abundantes são açúcares, fibras, e amidos. Alimentos ricos em hidratos de carbono é uma parte importante de uma dieta saudável. Os hidratos de carbono fornecem o corpo com a glicose, que é convertido em energia utilizada para suportar as funções corporais e a atividade física. Os carboidratos na forma de açúcar ou amido representam a maior parte da ingestão calórica do homem, da maioria dos animais e de muitos microrganismos. O amido e o glicogênio servem como depósitos temporários de glicose. Polímeros insolúveis de carboidratos atuam como elementos estruturais e de sustentação no tecido conjuntivo e no revestimento celular dos animais. Os carboidratos são poliidroxialdeídos ou ploodroxicetonas ou, então, substâncias que, por hidrólise, liberam estes compostos. O nome carboidrato deve sua origem ao fato da maioria das substâncias desta classe apresentar fórmulas empíricas com proporção de 1: 2: 1 entre os átomos de carbono, hidrogênio e o oxigênio, o que sugere a ideia de carbono ―hidratado‖ ou ―hidratos‖ de carbono. Por exemplo, a fórmula empírica da D- glicose é C6H12O6. Embora muitos carboidratos comuns apresentem a fórmula empírica (CH2O)n, outros não mostram esta proporção entre os átomos e, ainda outros, também contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. Existem três grandes classes de carboidratos: monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos (a palavra sacarídeo deriva de uma palavra grega que significa açúcar): 1. Os monossacarídeos, ou açúcares simples, consistem de uma única unidade de poliidroxialdeídos ou cetona. Na natureza, o monossacarídeo mais abundante é o açúcar com 6 átomos de carbono D-glicose. • São sólidos cristalinos e incolores plenamente solúveis em água. Graças à polaridade das OH • Mas insolúveis em solventes apolares. • Quando a carbonila está na extremidade, o monossacarídeo é uma aldose. • Quando está em qualquer outra posição é uma Cetose. • As maiorias dos carboidratos se estabilizam na forma fechada. A formação dessas estruturas em anel é o resultado de uma reação geral entre álcoois e aldeídos ou cetonas para formar derivados chamados de hemiacetais ou hemicetais. • As estruturas cíclicas dos açúcares são representadas mais corretamente pelas fórmulas em perspectiva de Haworth do que pelas projeções de Fisher comumente utilizadas para as estruturas de açúcares lineares. • Os lados alfa e beta implicam na digestão doorganismo • Os monossacarídeos mais simples são as duas trioses de três carbonos: gliceraldeídos (aldotrioses) e di-hidroxiacetonas. • Hexoses, que incluem a Aldo-hexose D-glicose e a ceto-hexose D-frutose, são os monossacarídeos mais comuns na natureza. • Todos os monossacarídeos, com exceção da di-hidroxiacetona, contêm um ou mais átomos de carbono assimétricos (quirais). 2. Os oligossacarídeos (do grego oligos, poucos) consistem de pequenas cadeias de unidades monossacarídicas unidas entre si por ligações covalentes. Os dissacarídeos são os mais abundantes dos oligossacarídeos; eles são formados por duas unidades de monossacarídeos unidos covalentemente. A sacarose ou açúcar da cana é o representante típico; consiste de dois açúcares de 6 átomos de carbono cada um, D-glicose e D-frutose, unidos covalentemente. A maioria dos oligossacarídeos com três ou mais unidades não ocorre livre, mas como cadeias laterais de polipeptídeos nas glicoproteínas e proteoglicanas. • Formação da maltose. Um dissacarídeo é formado a partir de dois monossacarídeos (aqui, duas moléculas de D-glicose) quando um OH (álcool) de uma molécula (à direita) se condensa com o hemiacetal intramolecular da outra (à esquerda), com a eliminação de H2O e a formação de uma ligação glicosídica. • Ligações glicosídicas são prontamente hidrolisadas por ácido, mas resistem à clivagem por base. • Lactose = glicose + galactose – Alta capacidade de lactose – a enzima que digere a lactose é a lactase. • Maltose = glicose + glicose – enzima que digere é a maltase • Sacarose = glicose + frutose -- sintetizado por plantas, mas não por animais; A sacarose é o principal produto intermediário da fotossíntese; em muitas plantas, ela é a principal maneira de transportar o açúcar das folhas para as outras partes do corpo da planta. 3. Os polissacarídeos consistem de longas cadeias com centenas ou milhares de unidades monossacarídicas. Alguns polissacarídeos, como a celulose, possuem cadeias lineares enquanto outros, como o glicogênio, têm cadeias ramificadas. • Os homopolissacarídeos contêm somente uma única espécie monomérica; os heteropolissacarídeos contêm dois ou mais tipos diferentes • A maioria dos carboidratos encontrados na natureza ocorre como polissacarídeos • Alguns homopolissacarídeos, como o amido e o glicogênio, servem como formas de armazenamento para monossacarídeos utilizados como combustíveis. • O amido contém dois tipos de polímero de glicose, amilose e amilopectina. A amilose consiste em cadeias longas, não ramificadas, de resíduos de D-glicose conectada por ligações (a1S4) (como na maltose). A massa molecular dessas cadeias varia entre alguns milhares até mais de um milhão. • Pode ser digerido tanto na boca quanto no intestino. Pães, milho, batatas. • Uma das enzimas presentes em nossa saliva é a amilase salivar, também conhecida como ptialina, que inicia a digestão do amido e do glicogênio, quebrando-os em maltose. A ptialina age no pH neutro da boca, mas é inibida ao chegar no estômago, por causa da acidez do suco gástrico. • O glicogênio é o principal polissacarídeo de armazenamento das células animais (O glicogênio é um polímero de subunidades de glicose) o glicogênio, porém, é mais ramificado (em média a cada 8 a 12 resíduos) e mais compacto do que o amido. O glicogênio é especialmente abundante no fígado, onde pode constituir até 7% do peso líquido; ele também está presente no músculo esquelético. • O glicogênio é encontrado em grandes grânulos nos hepatócitos; esses grânulos também apresentam as enzimas responsáveis pela síntese e degradação do glicogênio. • Outros homopolissacarídeos, como a celulose e a quitina, atuam como elementos estruturais em paredes celulares de plantas e em exoesqueletos de animais. • O glicosaminoglicano ácido hialurônico (hialuronana) contém resíduos alternados de ácido D-glicurônico e N-ace hialurônico também é um componente da matriz extracelular de cartilagens e tendões, onde auxilia na resistência à tensão e elasticidade. A hialuronidase secretada por bactérias patogênicas hidrolisa as ligações glicosídicas do ácido hialurônico. • Em muitas espécies animais, uma enzima similar presente no espermatozoide hidrolisa o revestimento de glicosaminoglicano que envolve o óvulo, permitindo a penetração do espermatozoide. • Podem ser homo linear, ramificado, hetero linear, hetero ramificado. 3.1 Outros polissacarídeos: Hialuronato: fluidos sinoviais nas articulações, humor vítreo. Condroitina-4-sulfato: cartilagens, tendões, ligamentos. Queratina sulfato: ossos, cabelos, unhas. Pectina: camada de proteção entre as células vegetais (casca de maçã). Todos os monossacarídeos e dissacarídeos têm nomes terminados com o sufixo – ose. Definição resumida: 1. Derivados polihidroxilados de aldeídos ou cetonas 2. Tem que ter pelo menos 2 hidroxilas 3. Tem que ter no mínimo 3 carbonos 4. Possui a fórmula mínima Cn(H2O)n --- Parece ser carbono com 5. Água, carbono hidratado, carboidrato. Mas não tem nada a ver. 5. É a principal biomolécula do planeta. Emil Fischer – Estudou gliceraldeído, hidroxila no carbono quiral no lado esquerdo, desvia a luz polarizada para o lado esquerdo – Letra ―L‖ antes – Quando a hidroxila está no lado direito, tem o ―D‖ Para representar estruturas tridimensionais de açúcares no papel, em geral são utilizadas as fórmulas de projeção de Fischer. Termos que podem ser relacionados ao carboidrato: 1. Sacarídeos: açúcar do grego 2. Glicídio: doce 3. Hidratos de carbono 4. Açúcares 5. Glúcidas 6. Oses Objetivo 11: Caracterizar o índice de massa corporal (IMC) na avaliação da saúde humana. O IMC (Índice de Massa Corporal) é uma ferramenta usada para detectar casos de obesidade ou desnutrição, principalmente em estudos que envolvem grandes populações. De acordo com o endocrinologista Mario Kedhi Carra, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), essa é uma medida universal de classificação de obesidade, validada pela Organização Mundial da Saúde. É possível encontrar o resultado do índice fazendo uma conta que envolve a relação do peso de uma pessoa em quilos com a sua altura ao quadrado. Para a avaliação de um paciente individualmente, no entanto, ele pode ser falho por não levar em conta a composição desse peso corporal, que pode ser composto por gordura, músculos, água e estruturas ósseas. * Segundo o Ministério da Saúde – Parâmetros de Avaliação do peso em adultos (20 a 59 anos). Resultados do IMC: o que significa? 1. Abaixo do peso: Estar abaixo do peso é uma condição em que a pessoa pesa menos do que é considerado adequado para aquela altura, idade e sexo. Uma pessoa nestas condições pode estar com alguma doença que a está emagrecendo ou sua nutrição não está bom o suficiente. Normalmente estas pessoas podem ter deficiências de nutrientes como vitaminas, sais minerais, proteínas, gorduras ou sob o risco de estar com anorexia. Ao perder muito peso em um curto período de tempo, é preciso investigar a causa do emagrecimento. A melhor maneira é procurando um médico para a realização de exames. No caso dos transtornos alimentares, como bulimia e anorexia nervosa, ainda é indicado o acompanhamento terapêutico. O estresse e a ansiedade também podem afetar a perda de peso, sendo indicadores de que o corpo precisa de tratamento. Estar abaixo do peso pode causar: Unhas e cabelos secos e quebradiços, pele seca, incapacidade de se concentrar, esquecimento, exaustão, irritabilidade etc. Para ter um ganho de peso saudável, não se devem comer somente muitos alimentos calóricos e sim priorizar alguns alimentos com boa quantidade calórica, mas ricos em nutrientesbenéficos e com pouca quantidade de gordura saturada (de origem animal) e gordura trans (de industrializados). 2. Peso normal: Estar dentro da faixa de peso normal é significa ter um peso considerado adequado para sua altura, idade e sexo, de acordo com as faixas do IMC - momento de fazer a manutenção do peso Para manter o peso é importante manter uma dieta balanceada (não basta alimentos corretos, mas também quantidades corretas) para seu organismo. Deve ser avaliado peso, idade, composição corporal, presença de doenças e/ou comorbidades. 3. Sobrepeso: É uma condição em que a pessoa pesa mais do que é considerado adequado para aquela altura, idade e sexo. O sedentarismo e os maus hábitos alimentares levam ao aumento dessa parcela de indivíduos com sobrepeso a cada ano. Essa faixa, se analisada junto com outras medidas e índices, pode demonstrar um risco maior de doenças como diabetes tipo 2, dislipidemia (com colesterol HDL baixo e triglicérides altos), ácido úrico aumentado, hipertensão, entre outras. O tratamento para o sobrepeso depende de sua causa. Contudo, manter hábitos alimentares saudáveis e praticar atividades físicas é um bom aliado contra o excesso de peso. Em casos mais graves, a cirurgia bariátrica pode ser uma alternativa. Dependendo da causa do excesso de peso, pode ser necessária a consulta com o psicólogo ou psiquiatra. Os remédios para emagrecer, quando bem indicados e sempre com acompanhamento médico, podem ser úteis dependendo do caso. 4. Obesidade (graus 1, 2 e 3): Somente o cálculo do IMC não é suficiente para diagnosticar obesidade. Na verdade, para além do IMC, são necessárias as seguintes medidas antropométricas: peso, estatura, espessura da dobra cutânea (bíceps, tríceps, subescapular e suprailíaca). Depois, é encontrado o percentual de gordura, que se for maior do que 25% a 30%, já é considerado um nível de obesidade. O índice de massa corporal tem que estar maior que 30 kg/m². Obesidade grau 1: O tratamento é realizado através de dieta apropriada com avaliação médica em conjunto com a prática de exercícios, desde que o paciente seja avaliado e liberado pelo médico. Além disso, é preciso que o paciente realize as atividades com o acompanhamento de um profissional de educação física. Em alguns casos avaliados pelo médico, pode-se fazer o uso de remédios para emagrecer para ajudar no controle do peso. A cirurgia bariátrica também pode ser destinada ao tratamento da obesidade grau 1 que é acompanhada de outras doenças cuja obesidade é um agravante ou doenças associadas ao excesso de gordura corporal. Mas neste grau de obesidade, os outros meios do controle de peso são priorizados e a bariátrica só passa a ser considerada quando as alternativas primárias são comprovadamente ineficazes. Pacientes que têm IMC abaixo de 35, sem doenças associadas, devem sem dúvidas tentar o tratamento clínico antes, com chances de conseguir resultados razoáveis. Obesidade grau 2: Os riscos associados à obesidade de grau II são mais acentuados. Entre eles, estão a esteatose hepática, doenças articulares, hipertensão, diabetes mellitus, síndrome metabólica, cânceres, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, lembrando que estes dois últimos são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. O tratamento desse quadro é dado através de mudanças no estilo de vida, associado ao tratamento multiprofissional com nutricionista, psicólogo e médico. No caso da obesidade grau II, o uso de medicações para a perda de peso também é um método que pode ser proposto diante de avaliação e acompanhamento médico. Já a cirurgia bariátrica costuma ser indicada para obesidade grau II quando não há resultados no tratamento convencional nos últimos dois anos e quando está associada a outras comorbidades, ou seja, outras doenças que podem vir associadas ao excesso de peso, que levam a redução da expectativa e da qualidade de vida. Obesidade grau 3: Entre as patologias associadas à obesidade grau 3, estão os distúrbios hormonais, cardiopatias, morte súbita, dermatites, osteoporose, hipertensão, hepatopatias e insuficiência venosa. Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade de grau III é a principal causa de morte evitável do mundo. A associação de reeducação alimentar e atividade física têm melhores resultados a curto e médio prazo, porém, muitas vezes, em pacientes com obesidade grau III, a atividade física acaba sendo bastante restrita, dependendo do grau de excesso de peso e das artropatias associadas. Nesses casos, esses pacientes podem optar por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. Existem quatro técnicas diferentes de cirurgia bariátrica para obesidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Biliopancreática (Gastrectomia longitudinal e preservação pilórica). A escolha da cirurgia dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas. O IMC não está sempre certo. Infelizmente, a medida de IMC nem sempre representa a realidade. Por exemplo, o músculo é muito mais pesado que a gordura. Logo, um halterofilista terá um IMC muito alto, mas isso não se reflete em obesidade, já que a maior parte de sua massa corporal é formada por musculatura. É importante levar em conta que a massa corporal é formada por água, gordura, músculos e ossos, e tudo isso precisa ser bem avaliado para medir a saúde de alguém corretamente. Por isso, é de extrema importância consultar um especialista para que ele possa fazer a análise do IMC junto com outros índices e medidas usados para entender a composição corporal. Existem alguns outros índices e medidas que podem ser usados, como: 1. Medidas antropométricas: Nelas, você usa uma fita métrica e um adipômetro (instrumento que se parece com uma pinça) para medir a circunferência e quantidade de gordura nos braços, pernas e tronco, em alguns pontos estratégicos. Com isso, é possível avaliar onde a pessoa acumula mais peso. 2. Bioimpedância: Esse exame, feito por um aparelho que dispara uma descarga elétrica fraca pelo corpo, consegue estimar o percentual de água, massa muscular e massa gorda do organismo. 3. Circunferência abdominal: Essa medida ajuda a avaliar a quantidade de gordura visceral do paciente, que é a mais perigosa. Muitas pessoas, por exemplo, podem estar perto do IMC normal, mas, por apresentarem este tipo de acúmulo de gordura, têm um risco aumentado de doenças metabólicas, como diabetes, hipertensão, colesterol ruim alto, etc. Aqui na América do Sul, as medidas ideias são abaixo de 80 centímetros no caso de mulheres e abaixo de 90 cm nos homens. 4. Relação cintura-quadril: Esta medida também ajuda a olhar onde está o acúmulo de gordura de cada pessoas. Existem organismos que acumulam mais gordura na barriga (corpo em forma de maçã) e outros que têm mais tecido adiposo nos quadris (corpo em forma de pêra). O primeiro tipo tem um risco maior de acúmulo de gordura visceral e de apresentar doenças metabólicas. Atividade física: Em todos os casos, a atividade física é extremamente recomendada, ajudando a ter mais bem-estar, mais energia e talvez viver mais tempo e com mais qualidade. Em especial para pessoas com sobrepeso e ou obesidade, o exercício se faz ainda mais necessário, pois fortalece as articulações e músculos, favorecendo a prática de outras atividades, como as aeróbias, acelerando o metabolismo e provocando a diminuição da gordura corporal. IMC infantil: As faixas de IMC para as crianças mudam de acordo com a idade e o sexo, e para orientar os médicos existem tabelas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para fazer esse cálculo. Mas os pais também podem se orientar por essas tabelas. Para o adolescente: Vários fatores podem influenciar o IMC, entre eles a atividade física. A redução da atividade física por um longo período pode levar a um ganho de peso corpóreo3 e, por consequência, ao aumento do IMC. Por outro lado, o aumento da atividade física vigorosa pode reduzir a chance dos adolescentes apresentarem valores de IMC acima dos valores adequados para a saúde. Outro fator que pode influenciar o IMC é a alimentação, pois enquanto o aumento da ingestão de energia, acima das necessidades orgânicas, por um período prolongado pode levar ao ganho do peso corpóreo3, a ingestão energética abaixo das necessidades orgânicas provoca uma perda de peso progressiva7, levando à redução do IMC. A maturação sexual que ocorre durante a adolescência pode provocar aumentos significativos nas massas óssea, muscular e gorda8, tornando a maturação sexual um fator importante para o aumento do IMC. Identificar os fatores determinantes do IMC, em adolescentes, é imprescindível para elaboração de estratégias que tenham como propósito prevenir e tratar distúrbios nutricionais ainda na juventude. Tabela do IMC infantil (Nascimento – 5 anos): Tabela do IMC infantil (5 anos – 19 anos, percentil): Escore-Z e percentil são formas de expressar, de modo padronizado, a posição relativa de uma observação no interior de uma distribuição. O escore-Z é um estimador que quantifica a distância de um valor observado em relação à mediana de uma população. No caso da avaliação do estado nutricional, após se calcular a diferença entre o valor observado e a mediana de referência, esse resultado é dividido pelo desvio-padrão relativos à idade e sexo do indivíduo. A percentil também expressa a posição relativa ocupada por determinada observação no interior de uma distribuição. É proveniente da divisão de uma série de observações em uma população de referência em cem partes iguais, estando os dados ordenados do menor para o maior, em que cada ponto de divisão corresponde a um percentil. Nos dois casos a padronização do valor observado se dá em relação ao centro da distribuição dos valores originais, que passará a ser expressa como zero – no caso do escore-Z – ou como 50, no caso do percentil. Escore-Z e percentil são estimadores intercambiáveis e uma vez obtido um se pode calcular o outro. Para avaliação do estado nutricional, assume-se que os valores antropométricos de uma população de referência seguem uma distribuição normal, em que a média e a mediana são iguais. Neste contexto, cada valor de escore-z apresenta um valor de percentil correspondente. Por exemplo, o escore-z 0 corresponde ao percentil 50, isto é, em uma população saudável, espera-se encontrar 50% dos indivíduos acima e 50% dos indivíduos abaixo desse valor. Modelo escore-Z: IMC para idosos: Quando a idade chega, a composição corporal muda: Os músculos diminuem e o tecido adiposo aumenta. Por isso, o cálculo do IMC é igual, mas os resultados são diferentes em pessoas com mais de 60 anos. Isso ocorre porque a magreza excessiva na terceira idade pode estar relacionada ao aumento de chances de queda, fragilidade excessiva ou mesmo pode ser consequência de alguma doença de base. No caso dos idosos, além do IMC, é importante avaliar o perímetro ou circunferência da panturrilha, assim como se faz com a cintura quando medimos a circunferência da cintura. O perímetro da panturrilha é mais sensível para a avaliação da massa muscular, cuja redução implica a diminuição da força muscular. Nos idosos, o perímetro superior a 31 cm indica um quadro de normalidade, enquanto uma medida igual ou inferior a esse valor é indicativa de desnutrição. Baixo peso ≤ 22 Peso adequado > 22 e < 27 Sobrepeso ≥ 27 Objetivo 12: Relacionar o desequilíbrio entre ingestão e gasto energético como fator responsável pelo ganho ou perda de massa. O desequilíbrio energético é causado pela ingestão calórica diferente do gasto diário, podendo gerar em sua forma mais grave estados de desnutrição, ou opostamente ao primeiro a obesidade. O excesso de peso e a obesidade estão entre os maiores problemas de saúde pública no mundo. Estima-se, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que em 2025 tenhamos cerca de 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso e mais de 700 milhões obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo pode chegar a 75 milhões, caso nada seja feito. A população brasileira sofre uma transição nutricional na infância, com redução da desnutrição e crescimento do excesso de peso e obesidade. Além disso, mais da metade da população adulta brasileira apresenta excesso de peso. Buscamos constantemente os vilões para o controle deste peso e a redução de percentual de gordura. Está relacionado com o estilo de vida, o desequilíbrio entre ingestão alimentar (má qualidade na escolha e combinação dos alimentos) e gasto energético - prática regular de exercício físico. Observa-se redução no consumo de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais, e aumento na ingestão de produtos industrializados, processados e ultraprocessados. A população brasileira possui grande variedade de alimentos e grande consumo de carboidratos ao longo do dia. Nas últimas décadas, preparações mais elaboradas e industrializadas, que antes eram consumidas apenas em dias especiais ou no fim semana, passaram a ser ingeridas durante a semana. Acrescentamos muita gordura (margarina, óleos, manteiga, creme de leite, queijos) através da adição de molhos, cremes e frituras. Além disso, nós aumentamos a quantidade de carboidratos no prato (arroz, batata, pães e farinhas) em todas as refeições. A associação "bombástica" de carboidratos e gorduras promove pratos de alta densidade energética. O excesso de carboidratos na dieta leva a estímulos constantes à insulina. Após uma refeição rica em carboidratos os níveis de glicose sanguínea se elevam e o corpo tenta reduzir estas concentrações produzindo insulina pelo pâncreas. A insulina acelera o transporte de glicose para os tecidos (cérebro, tecido adiposo, músculo, trato gastrointestinal, rins) reduzindo os níveis glicêmicos. Estudos demonstram que a alimentação rica em carboidratos e os estímulos elevados e constantes à insulina estão relacionados ao aumento da fome, redução da saciedade, aumento dos triglicerídeos, redução do HDL colesterol, esteatose hepática (gordura no fígado), doenças cardiovasculares, resistência à insulina, diabetes e adiposidade. Não existe a melhor dieta (low carb, cetogênica, contagem de calorias ou paleolítica). Cabe ao profissional de nutrição após entrevista com seu paciente, de acordo com os objetivos e durante as consultas, avaliar e reavaliar as melhores estratégias nutricionais. Excluir grupos alimentares pode trazer prejuízos à saúde e desempenho esportivo. As dietas com redução na proporção de carboidratos são benéficas para redução do peso e do percentual de gordura. Entretanto, determinar a quantidade de carboidrato que cada indivíduo deve ingerir dependerá dos objetivos e fase do tratamento, modalidade esportiva, tipo, volume, intensidade de treinamento, história clínica e estilo de vida do paciente. Apesar de existirem diferenças individuais significativas relacionadas aos mecanismos de consumo e gasto de energia, o equilíbrio energético vem sendo o determinante principal quanto a modificações associadas ao controle de peso corporal, o que torna as dietas e a prática de atividades físicas importantes mecanismos de controle. Assim, o tema equilíbrio energético assume grande importância no cenário da nutrição, exercício físico e dacomposição corporal. Equilíbrio energético: É a relação entre o que se consome de energia, traduzido pela quantidade de calorias dos alimentos que compõem a dieta, e o gasto de energia que está associado ao equivalente energético do trabalho biológico realizado. A energia dos alimentos ingeridos ou a energia gasta pelo trabalho biológico pode ser medida em quilocalorias kcal. A maior unidade de calor, ou a quilocaloria é igual a 1000 calorias. A quantidade de ―calorias‖ que não for queimada, produzindo trabalho biológico, é armazenada na forma de gordura. Então, é importante que se mantenha um nível de atividade física correspondente ao consumo energético, ou vice-versa, para que haja uma manutenção do peso corporal. Do ponto de vista energético a quantidade de calorias é constante seja qual for a fonte do alimento. É incorreto afirmar que 500 kcal de sorvete de chocolate, coberto com chantili e nozes, engorda mais do que 500 kcal de melancia ou 500 kcal de sanduíche de salmão e cebolas. Não existem formulas milagrosas para o emagrecimento ou para o ganho de peso corporal. Embora exista uma influência genética forte na constituição da composição corporal, o peso corporal recomendável acaba resultando da combinação de uma dieta saudável e de um estilo de vida fisicamente ativo. Equação do equilíbrio energético: A primeira lei da termodinâmica, a chamada lei de conservação de energia, indica que a energia não se cria, nem se destrói, porém pode trocar de forma. No caso do organismo humano, a energia necessária para atender à demanda solicitada pelo trabalho biológico é sintetizada dos alimentos que são consumidos. A relação consumo-gasto de energia apresenta três possíveis situações: 1. Equilíbrio energético POSITIVO: quando o consumo excede o gasto energético; Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2800 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de apenas 2500 kcal, o que equivale a um saldo positivo de 300 kcal/dia, que resultam em proporcional aumento no peso corporal. 2. Equilíbrio energético NEGATIVO: quando o gasto excede o consumo energético; Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2500 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de 3000 kcal, o que equivale a um saldo negativo de 500 kcal/dia, que resultam em proporcional diminuição no peso corporal. 3. Equilíbrio ISOENERGÉTICO: quando o gasto e o consumo de energia estão iguais; Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalentes a 2800 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de 2800 kcal, o que equivale a uma relação energética equilibrada. Logo, não deverá haver modificações no peso corporal. Desequilibrar a equação de equilíbrio energético é o passo mais importante para perder peso. O consumo de energia deve ser reduzido abaixo do gasto de energia, ou o gasto de energia deve ser elevado acima do consumo. Nessas duas situações ocorrerá perda de peso corporal. Gasto energético: Os dois principais componentes do gasto energético estão associados ao atendimento das necessidades orgânicas em estado de repouso e as solicitações energéticas em situação de trabalho muscular voluntário. Além desses, o efeito térmico dos alimentos e, eventualmente, a chamada termogênese facultativa também contribui com menor porção para a demanda energética total. Ingestão em excesso = Ganho de gordura. Acumular gordura é a maneira que o corpo tem de lidar com as calorias extras consumidas acima do nível necessário. Termogênese facultativa: Compreende a troca de energia induzida por processos adaptativos de origem metabólica diante de alterações extremas nas condições ambientais, sobretudo a temperatura e o estresse emocional. Outra forma de termogênese facultativa tem lugar quando se alteram radicalmente os níveis de ingestão calórica. Reduções significativas no suprimento energético por períodos prolongados induzem a progressiva diminuição do índice metabólico de repouso, numa proporção maior do que pode ser atribuído à redução da massa isenta de gordura. A termogênese facultativa representa menos de 10% do gasto energético total. Efeito térmico dos alimentos: A energia associada ao custo de digestão, absorção, transporte e armazenamento dos nutrientes contidos nos alimentos ingeridos é conhecida como efeito térmico dos alimentos. Em valores médios, estima-se que o efeito térmico dos alimentos represente por volta de 10% do gasto energético total, porém pode apresentar variações de acordo com a quantidade e a proporção dos macronutrientes dos alimentos consumidos. Estudos demonstram que o efeito termogênico das proteínas, carboidratos e das gorduras é por volta de 25%, 10% e 3 % das calorias originais provenientes de cada nutriente, respectivamente. Contudo, evidências experimentais têm apontado que a maior quantidade de energia solicitada na digestão de uma superalimentação ou na ingestão de maiores proporções de proteínas ou de carboidratos não contribui para variações significativas na termogênese induzida pela dieta. Metabolismo de repouso: O gasto energético associado ao metabolismo de repouso refere-se à energia necessária para a manutenção da temperatura do corpo em estado de repouso e dos sistemas integrados associados às funções orgânicas básicas e essenciais. Seus valores se aproximam da demanda energética mínima necessária à manutenção da vida ou do metabolismo basal. A necessidade energética para a manutenção do metabolismo de repouso é proporcional ao tamanho e às variações associadas à composição corporal. Indivíduos mais altos e mais pesados tendem a apresentar metabolismo de repouso mais elevado que indivíduos de menor estatura e peso corporal. Os músculos e outros tecidos magros apresentam trabalho metabólico mais elevado que a gordura. Logo, o gasto energético proveniente do metabolismo de repouso dos indivíduos magros é mais elevado que a dos indivíduos com maiores quantidades de gordura, mas com o mesmo peso corporal. Independente dos aspectos morfológicos, sexo e idade são outros dois fatores determinantes do metabolismo de repouso. Mulheres apresentam um gasto energético por volta de 5% a 10% menor que homens, por causa da diferença metabólica específica de ambos os sexos. Em pessoas adultas, com o passar dos anos, em razão da quantidade de células metabolicamente ativas diminuírem, verifica-se que, em ambos os sexos, o metabolismo de repouso se reduz entre 2% e 5% a cada década de vida. Metabolismo voluntário: A demanda energética equivalente ao metabolismo voluntário refere-se a todo gasto energético relacionado às atividades físicas. Seus valores são os que mais contribuem para a variação do gasto energético total. Enquanto um indivíduo com hábitos sedentários pode apresentar um gasto de aproximadamente 2400 kcal/dia, uma pessoa ativa fisicamente pode apresentar um gasto de 20% a 40% maior, por volta de 3000-35000 kcal/dia. Na realização de esforços físicos intensos, pode-se alcançar elevações no gasto energético de 10 a 15 vezes maiores que em situação de repouso. Similar ao que ocorre com a demanda energética relacionada ao metabolismo de repouso, a quantidade de calorias envolvida com o metabolismo voluntário é diretamente proporcional ao peso corporal. Portanto, as atividades esportivas e de condicionamento físico são fortes aliadas na modulação do gasto energético. Estimativas do gasto energético: A literatura tem descrito uma série de métodos direcionados a determinação da energia gasta pelo corpo durante o trabalho biológico. Alguns são precisos, porém disponíveis apenas em grandes centros de pesquisa, outros nãoalcançam a mesma precisão, contudo apresentam mais facilidade na aplicação. QUAL A DIFERENÇA ENTRE GASTO ENERGÉTICO BASAL (GEB) E GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET)? GEB: é a quantidade de energia utilizada pelo organismo para manter as funções vitais, como funcionamento dos órgãos. Corresponde a 60 a 75% do GET. GET: é a soma do gasto energético basal mais a soma das atividades realizadas ao longo do dia. COMO CALCULAR O GASTO ENERGÉTICO TOTAL? Existem várias formas de obter o gasto energético basal e total do indivíduo. Métodos mais eficazes é calorimetria direta e indireta. Ambos são realizados em lugares e com equipamentos específicos. Possuem resultado mais preciso, porém a calorimetria direta é de alto custo e o paciente deve realizar o exame durante 24 horas, a calorimetria indireta tem um custo menor e é mais utilizada. Objetivo 15: Definir e caracterizar os estados de desnutrição. Desnutrição é a falta de nutrientes no corpo. Esses nutrientes podem ser específicos, como ferro ou zinco, ou inespecíficos, como a falta de calorias. Esta doença é responsável por ⅓ das mortes infantis de cada ano. Entre as mais comuns faltas de nutrientes estão a glicose, proteínas, ferro, iodo e deficiência de vitamina A. Algumas dessas são comuns durante a gravidez. A desnutrição pode causar diversos problemas de crescimento, neurológicos, psicológicos e, até mesmo, levar à morte. É especialmente comum em países subdesenvolvidos, mas qualquer um em qualquer lugar pode ficar desnutrido. Mesmo pessoas que parecem ―gordinhas‖ podem sofrer com a falta de nutrientes em seu corpo. A desnutrição é responsável por 55% das mortes de crianças no mundo inteiro. Está associada a várias outras doenças e ainda hoje é considerada a doença que mais mata crianças abaixo de cinco anos. No mundo todo e também no Brasil, o tipo prevalente de desnutrição corresponde à baixa estatura, que vem ganhando relevo como indicador não só de desnutrição, mas também de pobreza, pois hoje se sabe que o fator ambiental é muito mais significativo do que o fator genético na determinação da estatura final do indivíduo. As causas da baixa estatura são várias: nutrição materna insuficiente, desnutrição intrauterina, falta de aleitamento materno até seis meses, introdução tardia de alimentos complementares, alimentos complementares em quantidade e qualidade inadequadas, absorção de nutrientes prejudicada por infecções e parasitoses intestinais. Tipos: A desnutrição pode ser dividida em leve, moderada ou grave e possui três tipos diferentes, com a divisão sendo baseada no tipo de nutriente que falta no corpo. São eles: 1. Marasmo: Também conhecida como desnutrição seca, este tipo de desnutrição é caracterizada pela falta de fontes de energia. Sem glicose, o corpo não funciona corretamente. Se existe falta de carboidratos e lipídios — que são usados para a produção de glicose — na dieta e não há reserva de gordura, o corpo entra na desnutrição seca, sentindo graves faltas de energia, mesmo que outros tipos de alimentos sejam ingeridos. Quando o marasmo alcança seus extremos, diz-se que o paciente está em inanição. 2. Kwashiorkor: Conhecida como desnutrição molhada, esta doença acontece quando existe a falta de proteínas e vitaminas no corpo. O nome surgiu de um idioma de Gana, e significa ―Doença do filho mais velho‖, pois quando outro bebê nascia, a primeira criança era desmamada e alimentada principalmente com carboidratos. Assim, existia energia, porém faltavam nutrientes e vitaminas. 3. Marasmo-Kwashiorkor: Chamada também de desnutrição mista, este tipo de desnutrição é uma versão em que tanto proteínas e vitaminas quanto fontes de energia como carboidratos e lipídios estão em falta no organismo, deixando-o completamente sem nutrientes. É muito comum em situações de fome extrema, já que nenhum nutriente pode ser recebido pelo corpo se não há comida. 4. Desnutrição primária: É causada por dieta inadequada, sendo uma desnutrição cuja única causa é a falta de nutrientes na alimentação. 5. Desnutrição secundária: A versão secundária é causada por alguma coisa externa à alimentação, como parasitas e doenças que deixam o corpo com dificuldade de absorção dos nutrientes. A gravidade da desnutrição também pode ser classificada segundo critérios de Gomez, em 1º, 2º e 3º graus, conforme a perda de peso apresentada pela criança: 1. Desnutrição de 1º grau ou leve: O percentil fica situado entre 10 e 25% abaixo do peso médio considerado normal para a idade. 2. Desnutrição de 2º grau ou moderada: O déficit situa-se entre 25 e 40 %. 3. Desnutrição de 3º grau ou grave: A perda de peso é igual ou superior a 40%, ou desnutridos que já apresentem edema, independente do peso. Desnutrição e obesidade: Apesar de parecer que a desnutrição e o excesso de peso são opostos, isso não é verdade. É possível haver desnutrição e obesidade ao mesmo tempo. Nesse caso, o marasmo não é possível, mas o kwashiorkor é. Hábitos alimentares que envolvem altas quantidades calóricas mas sem nutrientes adequados podem levar a essa condição. Se uma pessoa bebe muito refrigerante, come apenas frituras, massas, pães, tudo isso em grande quantidade e sem nenhum exercício, o peso aumenta pois a quantidade calórica ingerida é enorme. Junto disso, a pessoa, não comendo alimentos necessários como frutas e verduras, alimentos saudáveis e nutritivos, terá falta nutricional. Será obesa, mas desnutrida. Alimentação é um assunto sério e deve ser observada para melhorar e manter a saúde. A nutrição deve ser observada em qualquer faixa de peso. Segundo o Ministério da Saúde, a desnutrição continua a ser uma das causas de morbidade e mortalidade mais comuns entre crianças de todo mundo. No Brasil, embora a prevalência da desnutrição na infância tenha caído nas últimas décadas, o percentual de óbitos por desnutrição grave em nível hospitalar, se mantém em torno de 20%, muito acima dos valores recomendados pela OMS (Inferiores a 5%). (BRASIL, 2005). Objetivo 9: Descrever o processo de glicogenólise hepática e muscular. Glicogenólise: É a quebra de glicogênio pelo fígado (para os demais tecidos do corpo) ou pelo tecido muscular (para uso próprio exclusivo) para a liberação de glicose e utilização desta para obter energia. Quando os níveis sanguíneos de glicose diminuem, o glucagon é o hormônio liberado. Obs. 1: O glicogênio armazenado pelo fígado pode ser utilizado como forma de energia para os diversos tecidos do corpo devido a este órgão possuir a enzima glicose-6-fosfatase, que retira a glicose-6-fosfato da célula, podendo ser utilizada, então, como fonte de energia. Diferentemente dos músculos, que não possuem essa enzima. A única maneira que o músculo pode servir como tecido de reserva energética é por meio da via glicolítica anaeróbica, dando origem ao lactato, que entra na gliconeogênese no próprio fígado. Para que haja a glicogenólise, o hormônio glucagon deve ser secretado na corrente sanguínea. Esse hormônio, ao ser captado por seus respectivos receptores nas células, ele ativa a proteína G estimulante, que por sua vez ativa a enzima adenilato (adenilil) ciclase no interior da membrana. Essa enzima transforma ATP em AMP Cíclico, que por sua vez ativa a proteína quinase dependente de AMPC (PKA, que só é ativada quando a concentração de AMPC está alta). Essa PKA em atividade inibe a glicogênese, por ativar a fosforilação de algumas enzimas: A PKA fosforila (inativa) a glicogênio sintetase, a enzima produtora de glicogênio (glicogênese). A PKA fosforila (ativa) a fosforilase- quinase, enzima que tem como função fosforilar (ativar) a enzima glicogênio fosforilase, que promove, de fato, a glicogenólise. A PKAfosforila também a proteína inibidor-1 (ativa), a qual inibe a atividade da enzima fosfatase-protéica, que faria a desfosforilação da fosforilase quinase e, consequentemente, da fosforilase (enzima supracitada, responsável pela glicogenólise). Isso diminui a desfosforilação das enzimas responsáveis pela degradação do glicogênio. Então, com o aumento da PKA e a ativação da fosforilase, é possível que ocorra a glicogenólise. O glicogênio é uma molécula ramificada. A fosforilase libera os resíduos de glicose que estão nas extremidades não redutoras simultaneamente, para que haja uma grande demanda de glicose, justamente na ligação α-(1;4). A fosforilase libera a glicose na forma de glicose-1-fosfato, sendo transformada em glicose-6-fosfato (não é permeável à membrana plasmática) através da enzima fosfoglicomutase. A glicose-6-fosfatase (do fígado) converte a glicose- 6-P em glicose (permeável à membrana), que será transferida ao sangue para ser usada pelos demais tecidos do corpo como fonte de energia. Obs. 2: Acontece que o glicogênio é uma molécula ramificada, e a fosforilase só atua até o 3º resíduo de glicose de uma ramificação. Como isso, entra em ação a enzima α1-4-glicano transferase, que transfere esse trio de glicoses para outra extremidade da molécula de glicogênio para, só então, serem hidrolisadas novamente pela fosforilase. A glicose restante da ramificação é hidrolisada pela enzima α1-6-glicosidase. Obs. 3: A fosforilase muscular difere da fosforilase hepática pois aquela pode ser ativada independentemente de AMPC, ativando-se pela liberação 2+de Ca no citoplasma das fibras musculares no momento da contração. A glicogenólise continua acontecendo até que o indivíduo se alimente e restitua seus níveis normais de glicose no sangue. O glicogênio pode ser classificado de duas formas, dependendo de onde se armazena. O glicogênio hepático é aquele presente no fígado e o glicogênio muscular nos músculos. A glicogenólise hepática é a degradação do glicogênio hepático produzindo glicose, geralmente para manter a glicemia. Atua como reservatório de glicose para a corrente sanguínea com a distribuição para outros tecidos. Acumula após as refeições e, quando necessário, é degradado lentamente para manter a concentração de glicose no sangue mais ou menos constante. As reservas de glicogênio hepático no homem apresentam importante papel como fonte de glicose no período entre as refeições e, em maior extensão, durante o jejum noturno. Já a glicogenólise muscular é a degradação do glicogênio para produzir energia para a própria fibra muscular em contração intensa. É formado durante o repouso após as refeições. Os níveis de glicogênio muscular apresentam menor variabilidade do que os teores hepáticos em resposta a ingestão de carboidratos. Obs. 4: O tecido adiposo também necessita glicose para a síntese de triacilglicerol (glicose Via glicolítica diidroxiacetona-P glicerol-3-P glicerol). Diferentes tipos de atividades físicas podem gerar um tipo específico de glicogenólise. Quando são realizadas atividades físicas anaeróbicas como exercícios musculares intensos de curta duração, a glicose é produzida através da glicogenólise muscular. Já quando se realiza atividades físicas aeróbicas que envolvem maior recrutamento dos pulmões e do coração a glicose produzida se origina da glicogenólise hepática Importância da síntese e da degradação do glicogênio: A glicogênese e glicogenólise regulam o nível de glicose no sangue e fornecem uma reserva de glicose para a atividade muscular. Ambas ocorrem por vias diferentes de reações, com diferentes enzimas. A regulação da síntese e do metabolismo do glicogênio é efetuada por efetores alostéricos e por fosforilação. O Quando a insulina está elevada, aumenta-se a glicogênese, como forma de armazenamento de glicose para futuras necessidades. o Quando o glucagon está elevado, aumenta-se a glicogenólise, devido o aumento da concentração do AMPC (que é o efetor alostérico). Obs. 5: Efetor alostérico é uma enzima que possui um sítio ativo, um sítio de ligação do substrato e um sítio alostérico (difere dos outros sítios de ligação). Funciona estimulando (efetor alostérico +) ou inativando (efetor alostérico -) outras enzimas. Ex: O AMPc é um efetor alostérico positivo da fosforilase e efetor alostérico negativo para a glicogênio sintase. Degradação do glicogênio no fígado pela epinefrina: A epinefrina é um hormônio hiperglicemiante (como o glucagon) para situações de perigo ou fuga, em que o SNC necessita urgentemente de glicose como fonte de energia. Ela se liga a receptores α ou β-adrenérgicos: Quando ela se liga a receptores β- adrenérgicos, realiza a mesma ação do glucagon: ativando a adenilil ciclase, aumentando as concentrações de AMPC, estimulando os processos de glicogenólise. Quando ela se liga a receptores α-adrenérgicos, ela estimula a fosfolipase C, enzima que forma inositol-1,4,5-trifosfato (IP3) e diacilglicerol a partir de 2+ fosfatidil-inositol-4,5-difosfato (PIP2). O IP3 libera Ca no citoplasma de células musculares, estimulando a glicogenólise. O diacilglicerol inibe a ação da glicogênese. Controle neural da degradação de glicogênio no músculo esquelético: A fosforilase muscular, como foi dito previamente, é diferente da fosforilase hepática. Ela possui 4 subunidades: α e β (onde ocorrerá a fosforilação), γ (gama, sítio ativo) e δ (delta, a calmodulina, que será estimulado pelo cálcio). Durante o impulso nervoso, há despolarização da membrana plasmática e liberação de cálcio pelo retículo endoplasmático liso. Quando ocorre a liberação de cálcio na fibra muscular, ativa-se o sítio ativo da fosforilase muscular, iniciando a glicogenólise. Obs. 6: Quando o glucagon não está em ação, a insulina, para manter a homeostase, estimula a síntese de glicogênio no músculo e no fígado. A insulina estimula a síntese de glicogênio no músculo e no fígado. Esse hormônio, ao se ligar com seus receptores, ativa a enzima fosfodiesterase que converte AMPC em AMP, diminuindo os níveis de AMPC, causando a inativação da PKA e da fosfatase quinase e a fosforilase, inibindo a glicogenólise. Isso ocorre logo após a alimentação, em que os níveis de glicose se elevam e a insulina é liberada para que ocorra a glicogênese por ação do glicogênio sintetase. Objetivo 10: Descrever o processo de síntese e armazenamento de carboidratos. (glicogênese e gliconeogênese). Reações da glicogênese: A síntese do glicogênio ocorre após as refeições, quando os teores de glicose sanguínea estão elevados. Até recentemente, presumia-se que a glicose sanguínea era a única precursora direta nesse processo. Entretanto, em condições fisiológicas, grande parte do glicogênio é produzida por um mecanismo envolvendo a sequência: glicose da dieta → molécula C3 → glicogênio hepático. O lactato e a alanina são as principais moléculas-C3 nesse processo. O lactato é formado nos eritrócitos por glicólise e é captado pelo fígado e convertido em glicose− 6− fosfato na gliconeogênese. A síntese do glicogênio se dá a partir da glicose-6-fosfato derivada da glicose livre pela ação da glicocinase (no fígado) ou da hexocinase (no músculo). Reações da gliconeogênese: Alguns tecidos do corpo utilizam apenas glicose como fonte de energia, não sendo capazes de metabolizar aminoácidos ou lipídios. É o caso do cérebro, sistema nervoso, eritrócitos, testículos, medula renal e tecidos embrionários. Para que esses tecidos não fiquem sem energia e parem de funcionar é necessário manter um nível de concentração de glicose na corrente sanguínea. Em geral nosso estoque de glicogênio armazenado no fígado e músculos supre essas necessidades,
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