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Processo Penal - Provas em Espécie

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Processo Penal 
Teoria Geral da Prova 
e 
Provas em Espécie. 
 
 
 
Instagram: 
@dicasdireitomps 
 
 
 
@dicasdireitomps Página 2 
 
1. Conceito: 
 
É todo elemento pelo qual se procura demonstrar a veracidade 
de uma alegação ou de um fato, buscando, com isso, influenciar o 
convencimento do julgador. 
 
Objetivo (finalidade) da prova: Objeto DA prova: Objeto DE prova: 
Visa a convencer / influenciar 
o juiz a respeito de 
determinado fato ou 
argumento. 
São os fatos, 
principais ou 
secundários, que, 
por serem capazes 
de gerar dúvida no 
magistrado, 
precisam ser 
provados. 
Diz a respeito ao que é 
e ao que não é 
necessário ser 
provado. 
 
Fatos notórios Fatos axiomáticos Presunções absolutas Fatos inúteis 
Não precisa ser 
demonstrado ao 
juiz que, por 
exemplo, no dia 
07 de setembro 
comemora a 
Independência do 
Brasil. 
São os 
considerados 
evidentes. 
Exemplo: não 
será preciso fazer 
exame interno no 
cadáver quando a 
morte tiver 
decorrido de 
decaptação. 
Evidente a morte 
da pessoa. 
Não precisa ser 
demonstrado ao juiz 
que, por exemplo, o 
menor de 18 anos é 
inimputável, pois se 
trata de presunção 
legal absoluta. 
Não tendo 
qualquer 
relevância 
para o 
processo, os 
fatos inúteis 
também não 
serão objeto 
de prova. 
 
Fatos incontroversos: são aqueles que não foram atingidos pelas 
partes. 
 
2. Sistema de apreciação das provas: 
 
Sistema da prova legal (tarifada): 
Aqui, a lei estipula o valor de cada prova, estabelecendo 
inclusive hierarquias, engessando o julgador. Nesse sistema, era 
comum a confissão do réu ser considerada a “rainha das provas”. 
 
Sistema da convicção íntima: 
O julgador decide com base na sua intima convicção, sendo 
desnecessária a fundamentação. Somente vigora, em caso de 
Tribunal do Júri, onde contém os sete jurados e decidem a “sorte” 
 
@dicasdireitomps Página 3 
 
do acusado por meio das cédulas, sem a necessidade de emitir 
qualquer tipo de fundamentação. 
 
Sistema do livre convencimento motivado: 
O juiz é livre para julgar, porém deve fazê-lo de forma 
fundamentada (artigo 93, IX, CF). Essa é a regra que vigora entre 
nós, no nosso ordenamento jurídico. A fundamentação das 
decisões judiciais é de suma importância, pois permite uma controle 
de racionalidade da decisão do juiz pelas partes e pela própria 
sociedade. 
 
Por força do principio do contraditório, a apreciação das provas 
pelo magistrado deve, em regra, recair sobre os elementos 
produzidos em contraditório judicial, ou seja, ao longo da instrução 
criminal. 
 
3. Princípios da Prova: 
 
Princípio da autorresponsabilidade das partes: 
É a respeito à conduta probatória das partes, que será 
determinante para o seu êxito ou fracasso ao final do processo. As 
partes devem suportar os efeitos da sua atividade ou da inatividade 
probatória. 
 
Princípio da aquisição ou da comunhão da prova: 
Remete ao debate do processo, à obrigatoriedade da produção 
da prova sob a proteção do contraditório. 
 
Princípio da oralidade: 
Uma vez que produzida a prova, pertence ao processo e não à 
parte que a produziu. 
 
Princípio da publicidade: 
Os atos, em regra, devem ser públicos. 
 
4. Ônus da prova: 
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, 
sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a 
produção antecipada de provas consideradas urgentes e 
relevantes, observando a necessidade, adequação e 
proporcionalidade da medida; 
 
@dicasdireitomps Página 4 
 
II – determinar, no curso da instrução, ou antes, de proferir 
sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida 
sobre ponto relevante. 
 
Aquele que alega algo tem o ônus de provas o que alegou. 
Esse tema está ligado ao principio do estado de inocência1. É que o 
referido princípio faz recair sobre a acusação o ônus de provar a 
culpa lato sensu do acusado. 
 
a. Meios de prova e a vedação à prova ilícita: 
 
Meio de prova é tudo aquilo que possa servir, direta ou 
indiretamente, à comprovação da verdade que se procura no 
processo: testemunha, documento, perícia e etc. (TOURINHO 
FILHO). 
Existe uma classificação que considera as provas vedadas, 
proibidas ou inadmissíveis são aquelas cuja produção viole a lei ou 
os princípios inerentes ao direito material ou processual. 
E ainda são estabelecidos como suas espécies: (i) prova ilícita, 
que é aquela obtida em violação a normas constitucionais ou legais, 
no momento da sua obtenção e (ii) prova ilegítima, é a violadora de 
normas e princípios de direito processual. 
 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas 
do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as 
obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
 
b. Das teorias: 
 
Teoria da fonte independente: 
É aquela que por si só, seguindo os tramites típico e de praxe, 
próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de 
conduzir ao fato objeto da prova, conforme está no artigo 157, § 2º, 
CPP. 
Considera-se fonte independente aquela que não possui 
ligação causal e cronológica com a prova ilícita já produzida, então 
dessa maneira, estará livre de qualquer vício e será aproveitada no 
processo. A independência reside, pois, na ausência do nexo 
causal entre as duas provas por regra, dos momentos distintos em 
que foram colhidas. 
 
1 “O princípio da presunção da inocência é um princípio jurídico de ordem constitucional, aplicado ao 
direito penal, que estabelece o estado de inocência como regra em relação ao acusado da prática de 
infração penal”. 
 
@dicasdireitomps Página 5 
 
 
Teoria da descoberta inevitável: 
Aproveita-se a prova derivada da ilícita se esta seria obtida de 
qualquer maneira, por meio de diligencias validas na investigação, 
afastando-se o vício. 
 
Provas em Espécie: 
 
1. Prova Pericial e o Exame de Corpo de Delito: 
 
A prova pericial é uma das mais importantes da prova que 
pode ser produzida no âmbito de um processo penal, pois a prova 
pericial está conectada a conhecimentos científicos, que permitem, 
de forma técnica, evidenciar a existência de certos fatos, o que não 
poderia ser possível de outra forma. 
 
1.1. Exame de Corpo de Delito: 
 
É uma das espécies de prova pericial, sendo uma das mais 
importantes e abordadas em prova. 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será 
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do 
exame de corpo de delito quando se tratar de crime que 
envolva: 
I - violência doméstica e familiar contra mulher; 
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa 
com deficiência 
É uma prova obrigatória nos casos de infração que deixa 
vestígios. Entretanto, é também importante observar que a 
confissão do acusado não irá suprir a falta de exame de corpo de 
delito, quando este se ficar necessário. 
 
Dos Peritos: 
Quando se trata de peritos oficiais, os servidores públicos 
devidamente nomeados e empossados, basta apenas um único 
perito para que o laudo apresentado seja considerado válido. 
A necessidade de duas pessoas se dá, em qualquer exame 
pericial que ocorre apenas na falta de perito oficial. 
 
 
@dicasdireitomps 
 
 
 
Por fim, existem duas modalidades de corpo delito, o exame 
direto ou indireto. Em 
em forma direta, ou seja, deve ser realizado diretamente sobre o 
corpo de delito. Porém, excepcionalmente, quando n
realizar o exame direto, ser
corpo de delito de modo indireto, que podem ser pautados 
de outras provas (testemunhal, documental).
 
2. Interrogatório:
 
É o ato em que o acusado 
versão dos fatos perante a autoridade, exercendo a sua autodefesa, 
é nesse momento que vigora plenamente o direito ao silêncio. 
Será possível realizar o i
ocorrido o trânsito em julgado e poderá ser efeito de oficio ou a 
pedido fundamentado de qualquer das partes.Procedimento: 
Primeiro é necessário que tenha a presença de um defensor, 
seja constituído, dativo ou público, do acusado no ato do 
interrogatório é indispensável, gerando nulidade a sua ausência. 
Perito 
Oficial
Um perito oficial
Não é necessário 
prestar compromisso
 
fim, existem duas modalidades de corpo delito, o exame 
m regra, o exame de corpo de delito deve se dar 
em forma direta, ou seja, deve ser realizado diretamente sobre o 
ém, excepcionalmente, quando não for poss
direto, será possível a realização do exame de 
corpo de delito de modo indireto, que podem ser pautados 
de outras provas (testemunhal, documental). 
Interrogatório: 
É o ato em que o acusado poderá se quiser, apresentar sua 
versão dos fatos perante a autoridade, exercendo a sua autodefesa, 
é nesse momento que vigora plenamente o direito ao silêncio. 
Será possível realizar o interrogatório ainda que não tiver 
ocorrido o trânsito em julgado e poderá ser efeito de oficio ou a 
pedido fundamentado de qualquer das partes. 
Primeiro é necessário que tenha a presença de um defensor, 
seja constituído, dativo ou público, do acusado no ato do 
interrogatório é indispensável, gerando nulidade a sua ausência. 
Perito 
Oficial
Um perito oficial
Não é necessário 
prestar compromisso
Perito não 
oficial
Necessidade de 
dois peritos
É necessário prestar 
compromisso
 Página 6 
 
fim, existem duas modalidades de corpo delito, o exame 
regra, o exame de corpo de delito deve se dar 
em forma direta, ou seja, deve ser realizado diretamente sobre o 
ão for possível 
ão do exame de 
corpo de delito de modo indireto, que podem ser pautados através 
se quiser, apresentar sua 
versão dos fatos perante a autoridade, exercendo a sua autodefesa, 
é nesse momento que vigora plenamente o direito ao silêncio. 
nterrogatório ainda que não tiver 
ocorrido o trânsito em julgado e poderá ser efeito de oficio ou a 
Primeiro é necessário que tenha a presença de um defensor, 
seja constituído, dativo ou público, do acusado no ato do 
interrogatório é indispensável, gerando nulidade a sua ausência. 
Perito não 
oficial
Necessidade de 
dois peritos
É necessário prestar 
compromisso
 
@dicasdireitomps Página 7 
 
É extremamente necessário assegurar ao réu o direito de 
entrevista prévia com seu defensor. 
Ainda, o acusado deve ser alertado do seu direito 
constitucional de permanecer calado, sendo que antes de começar 
o interrogatório, deve o juiz advertir o acusado a respeito desse 
direito. 
 
O interrogatório do réu que se encontra em liberdade será 
realizado em juízo, ou seja, o réu deverá comparecer perante a 
autoridade judicial para ser interrogado. 
O interrogatório do réu que está preso está previsto no artigo 
185, do CPP: 
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala 
própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, 
desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do 
membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a 
presença do defensor e a publicidade do ato. 
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, 
de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o 
interrogatório do réu preso por sistema de 
videoconferência ou outro recurso tecnológico de 
transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que 
a medida seja necessária para atender a uma das 
seguintes finalidades: 
§ 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em 
juízo nas hipóteses em que o interrogatório não se realizar 
na forma prevista nos §§ 1o e 2o deste artigo. 
 
Quando o acusado estiver preso, o interrogatório, em regra, 
devera ser realizado no próprio estabelecimento prisional em que 
estiver o acusado, em sala própria, desde que estejam garantidas a 
segurança do magistrado, Ministério Público e dos auxiliares,bem 
como a presença do defensor e a publicidade do ato, conforme está 
previsto no § 1º do artigo 185, CPP. 
Não sendo possível a realização no próprio estabelecimento 
prisional, o interrogatório será então realizado por videoconferência, 
encontra-se previsto no § 2º. 
E por fim não sendo possível o interrogatório por meio de 
videoconferência, o preso então conduzido ao fórum, com a devida 
escolta. 
Dos requisitos para a realização do interrogatório por meio de 
videoconferência: (i) impossibilidade de o interrogatório ser 
realizado no presídio; (ii) necessidade de decisão fundamentada do 
 
@dicasdireitomps Página 8 
 
juiz, de oficio ou a requerimento das partes e (iii) necessidade de 
atender a uma das seguintes finalidades: prevenir risco à segurança 
pública, viabilizar a participação do réu no referido ato processual, 
impedir a influencia do réu no ânimo da testemunha ou da vítima e 
responder gravíssima questão de ordem pública. 
O interrogatório está divido em duas partes (artigos 186 e 187 
do CPP): (i) interrogatório de qualificação do réu, perguntas sobre a 
pessoa do acusado e (ii) interrogatório de mérito, perguntas sobre 
os fatos imputados ao acusado. 
 
 
3. Confissão: 
 
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, 
mas poderá constituir elemento para a formação do 
convencimento do juiz. 
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem 
prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame 
das provas em conjunto. 
 
A confissão não é a “rainha das provas” no Processo Penal 
brasileiro e possui valor relativo. Para que possa levar à 
condenação do réu, é necessário estar em concordância com as 
demais provas produzidas no processo. 
No entanto, a confissão não tem força para substituir a 
obrigatoriedade do exame de corpo de delito nos crimes que 
deixam vestígios. 
O silencio do réu no processo penal não importa em confissão 
presumida ou ficta. O silêncio, ainda é um direito garantido e 
constitucional que o réu têm e dessa maneira não pode trazer 
nenhuma conseqüência jurídica negativa para o acusado. 
As características da confissão são: (i) divisibilidade; (ii) 
retratabilidade; (iii) pessoalidade e (iv) liberdade e espontaneidade. 
E possuem a seguinte classificação: (i) explicita; (ii) implícita; 
(iii) simples; (iv) complexa; (v) qualificada; (vi) judicial e (vii) 
extrajudicial. 
 
4. Ofendido: 
 
Possui previsão no artigo 201 do Código de Processo Penal. 
Sempre que possível, a vítima deverá ser chamada para ser 
ouvida no processo como forma de auxiliar a formação do 
 
@dicasdireitomps Página 9 
 
convencimento do magistrado a respeito do caso concreto. O 
depoimento do ofendido tem valor de prova relativo. 
Possui dois requisitos: (i) a obrigatoriedade de comparecimento 
e (ii) comunicações necessárias ao ofendido. 
 
5. Prova testemunhal: 
 
Testemunha é a pessoa desinteressada que depõe no 
processo acerca daquilo que sabe sobre o fato. São características 
do depoimento da testemunha: (i) oralidade; (ii) objetividade; (iii) 
individualidade; (iv) incomunicabilidade; (v) prestação de 
compromisso. 
Existem pessoas que estão dispensadas de depor e as 
pessoas impedidas de depor. 
Pessoas que estão dispensadas de depor: previsto no artigo 
206 do CPP. São elas ascendentes ou descendentes, o afim em 
linha reta, cônjuge, o companheiro, o irmão e o pai, a mãe, ou o 
filho adotivo do acusado. Tais pessoas só irão depor quando não for 
possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e 
de suas circunstâncias. 
Pessoas que são impedidas de depor: previsto no artigo 207 do 
CPP. São elas, certas pessoas, em razão da função, ministério, 
oficio ou profissão que desempenha, têm o dever de guardar 
segredo. 
 
Numero máximo de testemunhas por procedimento: 
 Ordinário e 1ª fase do júri: 8; 
 Plenário (2ª fase) do júri: 5; 
 Sumário: 5; 
 Sumaríssimo: 3; 
 Drogas: 5. 
 
Condução Coercitiva: 
Se a testemunha for regularmente intimidade e deixar de 
comparecer sem motivado justificado, o juiz poderá requisitar à 
autoridade policial a sua apresentação ou determinar que seja 
conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxilioda 
força pública. E ainda o juiz, poderá aplicar à testemunha faltosa a 
multa prevista no artigo 453 do Código de Processo Penal, sem 
prejuízo do processo penal por crime de desobediência e condená-
la ao pagamento das custas da diligência. 
 
 
@dicasdireitomps Página 10 
 
6. Reconhecimento de pessoas e coisas: 
 
Tem como objetivo identificar o acusado, o ofendido ou 
testemunhas, podendo ser determinado no curso da fase de 
inquérito ou na fase processual. Existindo a possibilidade do 
reconhecedor (quem irá ver o suposto acusado) sentir-se intimidada 
pelo individuo a ser reconhecido, deve a autoridade providenciar 
que este não veja o suposto acusado. Conforme consta o 
procedimento no artigo 226 do Código de Processo Penal. 
No caso do reconhecimento de coisas, o procedimento a ser 
adotado é, mutatis mutandis, o mesmo descrito anteriormente. 
Previsto no artigo 227, CPP. 
 
7. Acareação: 
 
Acarear é pôr face a face pessoas que apresentaram 
depoimentos divergentes nos autos. Pode se dar entre 
testemunhas, acusados, ofendidos, entre acusado e testemunha, 
entre acusado e ofendido ou entre testemunha e ofendido 
Os acareados serão indagados pela autoridade para que 
expliquem os pontos de divergências. É possível também a 
acareação por meio de carta precatória quando as pessoas a serem 
acareadas estiverem em comarcas diferentes. 
E tem previsão nos artigos 229 e 230 do Código de Processo 
Penal. 
 
8. Prova documental: 
 
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de 
documento relativo a ponto relevante da acusação ou da 
defesa, providenciará independentemente de requerimento 
de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se 
possível. 
 
Os documentos são quaisquer escritos, instrumentos ou 
papeis, públicos ou particulares ou tudo aquilo que seja capaz de 
demonstrar determinado fato. 
São requisitos da prova documental: a verdade e a 
autenticidade. 
Sobre a prova documental está previsto nos artigos 231 ao 238 
do Código de Processo Penal. 
 
 
@dicasdireitomps Página 11 
 
9. Indícios: 
 
É considerado indício a circunstancia conhecida e provada, 
que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a 
existência de outra ou outras circunstâncias, conforme prevê o 
artigo 239 do Código de Processo Penal. 
Tanto o indício como a presunção são provas indiretas, ou 
seja, a representação do fato a provar se faz por meio de uma 
construção lógica. É um meio de prova que precisa ser avaliado 
com cautela. 
 
10. Busca e apreensão: 
 
Trata-se de um meio de obtenção da prova, de natureza 
acautelatória e coercitiva, consistente no apossamento de objetos 
ou pessoas. 
Pode ser objeto de busca e apreensão, os objetos sobre os 
quais podem recair a busca e apreensão encontra-se nos §§ 1º e 2º 
do artigo 240, do CPP. 
O momento para proceder ao procedimento de busca e 
apreensão é dada a urgência da medida. 
Pode ser determinada de oficio pela autoridade ou a 
requerimento das partes. 
O mandado de busca deverá (i) indicar, o mais precisamente 
possível, a casa em que será realizada a diligencia e o nome do 
respectivo proprietário ou morador; (ii) mencionar o motivo e os fins 
da diligência; (iii) ser subscrito pelo escrivão e assinado pela 
autoridade que o fizer expedir. 
O emprego de força poderá aplicar em caso de resistência por 
parte do morador, é permitido o uso da força, podendo-se inclusive 
arrombar a porta e usar de força contra os demais obstáculos 
existentes. 
Por fim a lavratura do auto é realizada quando findo a 
diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinado-o 
com duas testemunhas presenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
@dicasdireitomps Página 12 
 
Alguns artigos foram citados no decorre do resumo, porém irei 
deixar aqui alguns que são os mais importantes e cobrados na 
Prova da Ordem: 
 
Artigos: 156 157 158 161 162 167 170 185 186 187 189 
190 198 200 201 206 212 217 218 234 241 244 245 do 
Código de Processo Penal. 
Atenção naqueles artigos que foram alterados com o 
Pacote Anticrime: 157 e 158 – A, B, C, D, E, F. 
 
 
 
 
Bibliografia: 
 
Super-revisão OAB / Wander Garcia... [et al.]; coordenado 
por Ana Paula Garcia, Wander Garcia. – 10. Ed. – Indaiatuba, SP: 
Editora Foco, 2020. 
Material de Apoio do Grancursos.

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