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AGRAVO INTERNO

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AGRAVO INTERNO – ART. 1021, CPC
	Art. 1021: contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
I. Procedimento 
	Disciplinado pelo art. 1021, o processamento será regulado pelo regimento interno do tribunal (art. 932).
	Ao interpor o recurso, o recorrente deverá impugnar os fundamentos da decisão agravada (sem ser de forma genérica) o agravo é encaminhado ao relator que intimará o agravado para se manifestar no prazo de 15 dias após a manifestação, o relator pode retratar-se, não havendo retratação, o recurso é julgado pelo órgão colegiado o julgamento pelo colegiado, dependerá de prévia inclusão do recurso em pauta, com intimação das partes na pessoa de seus advogados, com a antecedência mínima de 5 úteis.
 Recurso contra decisão do relator não pode ser julgado no mérito, pelo seu próprio prolator. 
Quando for unânime a decisão do órgão colegiado em declarar o agravo interno manifestamente inadmissível ou improcedente, o agravante pagará ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 
Fixada a multa, a interposição pela parte de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor estipulado pelo órgão colegiado. Estão dispensados de pagamento prévio a Fazenda Pública e o beneficiário de gratuidade de justiça, cujo pagamento será feito somente ao final. 
II. Efeito suspensivo no agravo interno 
	Salvo a apelação, os recursos não tenham efeito suspensivo, permitindo a imediata execução do decisório impugnado (art. 995, caput). Se o recurso julgado pelo relator já tinha efeito suspensivo, o agravo apenas prolongará esse efeito na sua pendência. Se não tinha esse efeito, não será o agravo interno que o conferirá.
III. Sustentação oral
	Em regra, não se admite sustentação oral dos advogados e do membro do Ministério Público, nos casos de sua intervenção. Quando, porém, o recurso for interposto contra decisão singular do relator que extinga a ação rescisória, o mandado de segurança ou de reclamação, cabe sustentação oral (art. 937, § 3º).
IV. Fungibilidade
	Caso o órgão julgador entenda que os Embargos de Declaração opostos pela parte não são o meio impugnativo adequado, poderá conhece-los como agravo interno. Nesse caso, deverá determinar previamente a intimação do recorrente para que, no prazo de 5 dias, complemente as razões recursais, a fim de adequá-las ao art. 1021, § 1º, ou seja, para que impugne especificamente os argumentos da decisão recorrida. 
Obs.: matéria do caderno
Art. 932 – Decisão monocrática
	 	Relator: cuida do recurso, toma providências. O relator, pode julgar o recurso por decisão monocrática, pode inadmitir o recurso (ex.: quando não tem preparo – juízo de admissibilidade), ou pode decidir que o recurso está prejudicado (ex.: recurso que perde o objeto).
	1. O relator pode julgar o mérito do recurso quando houver o improvimento (quando a parte perdeu o recurso) do recurso por: 
	a. Recurso contrário a súmula do STJ, STF ou do próprio TJ do Relator.
	b. Julgamento contrário ao Resp. Repetitivo, Rext. de Repercussão Geral, Rext. Repetitivo. 
	c. Julgamento contrário ao IRDR (incidente de redução de demandas repetitivas) ou do IAC (incidente de assunção de competência) 
Obs.: recurso improvido é diferente de improcedente (infundado).
	
	2. Se não tem precedente, o recurso deve ser decidido em colegiado. 
 A – Relator – decisão monocrática 
	B + C = colegiado de no mínimo 3 pessoas. O colegiado é o 
B	C	do próprio relator. 
Agravo interno Prazo de 15 dias para contrarrazões Acórdão.
	Se o acórdão do agravo interno for unânime no sentido em que o agravo é manifestamente improvido ou inadmitido, multa-se o agravante de um a cinco por cento do valor da causa atualizada parte contrária. 
	Obs.: se após a decisão do agravo interno eu continuar entendo que estou certo, posso apelar para o STF. 
	Obs. 2: se não tem precedente, por que decidir monocraticamente? Serenidade. 
	3. O relator poderá julgar monocraticamente se o recurso está de acordo com o precedente: 
RECURSO a. súmula do STJ, STF, ou do próprio tribunal.
 x 	 X b. julgamento de Resp. Repetitivo, Rext. de
DECISÃO RECORRIDA Repercussão Geral, Rext. Repetitivo. 
EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ART. 1022, CPC
	É o recurso destinado a pedir ao juiz ou ao tribunal prolator da decisão que afaste a obscuridade, supra omissão, elimine contração existente ou corrija erro material. Qualquer decisão judicial comporta embargos declaratórios, porque, é incompatível que fiquem sem remédio os incisos tratados no art. 1022. 
	São cabíveis embargos até mesmo da decisão que tenha solucionado anteriores embargos declaratórios, desde que não se trate de repetir simplesmente o que fora arguido no primeiro recurso. É preciso que se aponte defeito no julgamento dos próprios embargos. Se a decisão embargada não contiver os vícios elencados no art. 1022, a parte haverá de interpor outro recurso.
I. Pressupostos 
	Os pressupostos são os incisos do art. 1022. Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-la-á, decidindo a questão que, por lapso, escapou a decisão embargada. No caso de obscuridade ou contradição, o decisório será expungido, eliminando-se o defeito nele detectado. Tratando-se de erro material, o juiz irá corrigi-lo. 
	Em qualquer caso, a substância do órgão será mantida, visto que os embargos de declaração não visam à reforma do acórdão ou da sentença. No entanto, é inevitável alguma alteração no conteúdo do julgado, principalmente quando se tiver de eliminar omissão ou contradição.
· Obscuridade no julgamento 
	A obscuridade é a falta de clareza, a confusão das ideias, a dificuldade no entendimento de algo. Decisão obscura é aquela consubstanciada em texto de difícil compreensão e ininteligível na sua totalidade. É caracterizada pela impossibilidade de apreensão total de seu conteúdo, em razão de um defeito na fórmula empregada pelo juiz para a veiculação de seu raciocínio no deslinde das questões que lhe são submetidas.
· Contradição
	A decisão judicial é um ato lógico, de maneira que entre as conclusões e suas premissas não pode haver contradição alguma. Os argumentos e os resultados do decisório devem ser harmônicos e congruentes. A consequência da contradição é a ineficácia do julgamento e sua inaptidão para pacificar o litígio, em total prejuízo do “acesso à ordem jurídica justa”. A ineficácia da sentença assim vencida decorre do fato de a “indecisão” (o litigio) ter sido acertado com a “indecisão”. A contradição é sempre um gravíssimo vício da decisão judicial, mesmo quando restrita à fundamentação. 
· Omissão
	Configura-se a omissão quando o ato decisório deixa de apreciar matéria sobre a qual teria de manifestar-se. Temos o direito de obter da Justiça comentário sobre todos os pontos levantados. É nulo, por ofensa ao art. 1022, o acórdão que silencia sobre questão formulada nos embargos.
	Nenhuma questão relevante para a justa composição do litígio pode deixar de ser apreciada e ponderada pelo juiz. A resposta do órgão judicial não é arbitrária, nem mesmo discricionária. Tem de ser “suficiente e adequada” diante das pretensões contrapropostas, devendo a motivação do decisório abarcar as questões de fato e de direito integrantes do litígio. Ainda que alguns argumentos tenham sido trabalhados pelo juiz, a analise incompleta diante das questões propostas pelas partes significa que a fundamentação não terá sido adequada, o que implica insuficiência de motivação e autoriza a oposição de embargos de declaração.
	O NCPC determinou ser cabível os embargos para suprir omissão de ponto ou questão sobre a qual o juiz devia pronuncia de ofício (art. 1022, II), dando a possibilidade de arguir em embargos matéria não debatida ainda nos autos, mas que, por ser de ordempública, podia ser conhecida pelo magistrado de ofício. Nessa hipótese, os embargos assumem feitio infringente, para permitir a cassação do julgamento impugnado, podendo também, determinar, se for o caso, nova apreciação do recurso principal.
Hipóteses de omissão: art. 1022, p. único. 
Considera-se omissa a decisão que:	
I. Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II. Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º
· Erro material
	Aquele manifesto, visível e facilmente verificável. O erro material consiste na “dissonância flagrante entre a vontade do juntador e sua exteriorização; num defeito mínimo de expressão, que não interfere no julgamento da causa e na ideia nele vinculada (ex.: 2+2 = 5). Ocorre essa modalidade de erro quando a declaração, de fato, não corresponde à vontade real do declarante. 
II. Procedimento
· Proposição dos embargos
	Devem ser propostos no prazo de 5 dias, tanto no caso de decisão de 1º grau, como de 2º grau. Prazo em dobro se houver litisconsortes, com diferentes advogados. A petição do embargante será endereçada ao juiz ou ao relator, com precisa indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão (art. 1023, caput), que justifique a pretendida declaração. Não há preparo.
· Julgamento
	1º grau: em regra, sem audiência da parte contrária, o juiz decidirá o recurso em 5 dias. 
	2º grau: o julgamento acontecerá no mesmo órgão que proferiu o acórdão embargado O relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo seu voto. Se não houver julgamento nessa sessão, o recurso será incluído em pauta automaticamente. 
	O relator do acórdão impugnado continuará sendo o relator para o julgamento dos embargos. Não lhe cabe julgar monocraticamente embargos opostos a decisão do colegiado. Se o recurso for oposto contra decisão singular do relator ou outra unipessoal proferida em tribunal, o prolator da decisão embargada, decidi-lo-á monocraticamente (art. 1024, § 2º), nesses casos, não há cabimento de serem os embargos julgados pelo órgão especial. O recurso será sempre decidido pelo mesmo órgão singular que proferiu a decisão.
· Contraditório
	Em regra, não há contraditório após a interposição do recurso, pois os embargos não se destinam a um novo julgamento da causa, mas ao aperfeiçoamento do decisório já proferido. Em casos em que o suprimento de lacuna ou a eliminação do erro ou contradição possa implicar modificação da decisão embargada, deverá o juiz intimar o embargado para, querendo, manifesta-se em 5 dias (art. 1023, § 2º).
III. Prequestionamento 
	Dispõe o art. 1025, “consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade”.
IV. Efeito interruptivo
	Dispõe o art. 1026, “os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso”. O efeito da interrupção vale tanto para o embargante quanto para a parte contrária, e até para terceiros prejudicados. Após o ajuizamento dos declaratórios, recomeça-se a contagem por inteiro do prazo para a interposição do outro recurso cabível na espécie contra a decisão embargada. A reabertura do prazo deve beneficiar a todos que tenham legitimação para recorrer. Interrompe-se o prazo do recurso principal na data do ajuizamento dos embargos e permanece sem fluir até a intimação do aresto que os decidir. 
V. Recurso interposto antes dos embargos de declaração
	Não pode o recurso interposto antes dos embargos ser tratado como intempestivo e sujeito à obrigatória reiteração após resolução dos declaratórios. Mesmo que haja modificação da decisão originaria, deve-se abrir, obrigatoriamente, prazo de 15 dias para que o recorrente possa alterar suas razões, compatibilizando-as com o teor do último julgado (art. 1024, § 4º). Por outro lado, o NCPC expressa também que, independentemente de ratificação, o primitivo recurso será normalmente conhecido e julgado “se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior”.
VI. Efeito suspensivo
	Segundo o art. 1026, caput, os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo. A oposição de embargos não impede a interposição do recurso principal, todavia, o conhecimento e o processamento deste último se darão apenas depois de julgados os embargos. É nulo o julgamento do recurso principal antes de decididos os embargos de declaração. 
· Possibilidade de concessão do efeito suspensivo
	O art. 1026, § 1º autoriza a suspensão da eficácia da decisão em duas hipóteses: a. quando demostrada a probabilidade de provimento dos embargos; b. quando relevante a fundamentação dos embargos, houver risco de dano gravo ou difícil reparação, que naturalmente não possa aguardar o julgamento do recurso.
VII. Efeito integrativo
	O julgamento dos embargos não goza de autonomia em face da decisão embargada. O seu papel é de complementá-la ou aperfeiçoá-la, tornando-se parte integrante dela. Fala-se, no efeito integrativo ostentando por esta particular modalidade recursal. Segundo o STF, “a decisão proferida em grau de embargos declaratórios (tenha ou não efeito modificativo) é meramente integrativa do acórdão embargado, não possuindo natureza autônoma, sem liame com este”.
VIII. Embargos manifestamente protelatórios
· Sanções aplicáveis aos embargos protelatórios
	Quando o embargante utilizar o recurso como medida manifestamente protelatória, o juiz ou tribunal, reconhecendo a ilicitude da conduta, irá condená-lo ao pagamento de multa, que não poderá exceder de dois por cento sobre o valor atualizado da causa (art. 1026, § 2º). No caso de reiteração de embargos protelatórios, a multa será elevada em até dez por cento do valor atualizado da causa, e, além disso, para interpor qualquer outro recurso, o embargante ficará sujeito ao depósito do valor da multa (art. 1026, § 3º). Só estão liberados do deposito prévio a Fazenda Pública e o beneficiário de gratuidade de justiça, que recolherá a multa ao final.
· Embargos de prequestionamento para recurso especial e extraordinário
	Não devem ser qualificados como protelatórios, segundo a jurisprudência, os embargos manifestados com o propósito de atender à exigência de prequestionamento para resp. ou rext. 
· Aplicação da penalidade dos embargos protelatórios
	Não serão admitidos novos embargos de declaração se dois anteriores tiveram sido considerados protelatórios (art. 1026, § 4ª), ou seja, novos embargos abusivamente manejados não terão força de impedir o trânsito em julgado da decisão indevidamente decorrida. 
Obs.: matéria do caderno
Cabimento dos embargos declaratórios
A. Esclarecer obscuridade (quando o juiz profere uma decisão obscura)
B. Eliminar contradição (quando o juiz profere decisão com contradição)
C. Corrigir erro material (distração do juiz; ex.: em uma sentença que condena a pagar 6 mil 	dividido por 2 pessoas, o juiz coloca que um deve pagar 6 mil sozinho)
D. Suprir omissão (quando o juiz deixa de julgar algum pedido). Julgador que age de acordo 	com o art. 489, § 1º - omissão, ou quando deixa de seguir precedentes:
1. Juiz que “cópia e cola” uma jurisprudência sem justificativa.
2. Juiz que emprega conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o porquê.
3. Juiz que invoca motivos que se pode usar em qualquer caso.
4. Quando a decisão não enfrentar o art. 489, § 4º
5. Quando o juiz invocar a súmula e não aplicar o porquê.
6. Se deixar de seguir súmula, precedente, etc. – quando indicado pela parte.
Os embargos declaratórios não visam a reforma, visam sanar a decisão principal.
	Art. 1026: Os embargos declaratórios não tem efeito suspensivo, mas interrompem o prazo do recurso principal. Ex.: publicação da sentença entro com embargos declaratórios interrompe-se o prazo da apelação, que só volta a correr quandoeu for intimado da decisão dos embargos. 
	A interposição do recurso não impossibilita a execução da decisão embargada. Pode executar a decisão embargada. Ex.: tutela provisória (alimento) parte contrária entra com agravo de instrumento acórdão = R$ 6.000,00/2 e condena o pai ao pagamento de R$ 6.000,00 (erro material) cabe embargos e pode pedir efeito suspensivo, alegando a probabilidade ou provimento do recurso ou o risco de grave lesão de difícil reparação.
	Obs.: dentro da peça do recurso, pede-se o efeito suspensivo: razoabilidade ao pedir o efeito suspensivo. Se eu peticionar por liminar para pedir efeito suspensivo, e ele for indeferido, cabe agravo interno. No agravo interno se deve intimar a parte para contrarrazões em 15 dias. Ou seja, acaba atrasando, pois, o mesmo colegiado que julgará o agravo interno é o que julgará os embargos declaratórios.
§ 2º quando os embargos declaratórios forem considerados manifestamente protelatórios (ganhar prazo) será condenado a multa de até 2% sobre o valor da causa.
§ 3º na reiteração de embargos manifestamente protelatórios – multa até 10%.
§ 4º não serão admitidos novos embargos declaratórios, se os dois anteriores tiverem sido considerados protelatórios.
Obs.: se a pessoa tem AJG pagará a multa depois que transitar em julgado.
	Art. 1026: embargos declaratórios prequestionamento.
		 O prequestionamento é requisito específico de admissibilidade do Recurso Especial e do Recurso Extraordinário. Se não tiver prequestionamento Resp. ou Rext. será inadmitido.O prequestionamento consiste em questionar previamente a violação ao direito para futura interposição de Resp. ou Rext. 
	Consiste em questionar no tribunal se houve a violação do direito. Pré-questionar no recurso a decisão violada. 
	Ex.: 5 anos tomou uma vacina que deformou o braço
	 12 anos entrou com uma ação juiz decide que prescreve.
		Art. 198, CC: não corre prescrição contra o incapaz. 
		 §3º: na apelação prequestionamento (abre-se um tópico)
Apelação tribunal ao responder a apelação poderá:
	a. Responder ao meu prequestionamento: normalmente o tribunal não respondente sendo omisso ou dizendo que está tudo respondido (forma inadequada) 
	b. Se o tribunal não responder cabe embargos declaratórios pré-questionadores se eu entrar com embargos e o tribunal novamente não responder, considera-se como se ele tivesse respondido.
Obs.: Exige-se que na apelação tenha um tópico, porém, pode acontecer:
	 Que a violação surja no momento da publicação do acórdão do recurso de apelação do agravo interno.
	Ex.: 1º Grau juiz não violou 
	 2º Grau violou no acórdão 
 Se a violação surgiu na sentença – faço acórdão – só faço embargos se o tribunal não responder.
 Se a violação surgiu no acórdão – faço somente embargos.
	Obs.: deve-se, na apelação, exemplificar com o artigo o prequestionamento. 
RECURSO ORDINÁRIO
Em matéria cível, a Carta Magna prevê, para o STF, dois tipos de competência recursal: 
a. recurso ordinário, nos casos do art. 102, II, “a”, CF
b. recurso extraordinário, nos casos do art. 102, III, CF
	Para o STJ, a Cara Magna prevê, os seguintes recursos:
	I- Recurso ordinário, em duas hipóteses: a. nos casos de mandado de segurança, denegados em julgamento de única instancia pelo TJ ou TRF (art. 105, II, “b”) e; b. nas causas, julgadas em primeiro grau pela Justiça Federal, em que foram partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País (art. 105, II, “c”)
	II- Recurso especial, nas causas decididas em única ou última instancia, pelo TRF ou TJ, nas hipóteses do art. 105, III, CF. 
RECURSO ORDINÁRIO PARA O STF
· Cabimento
	Das ações de mandado de segurança, habeas data, habeas corpus e mandado de injunção, quando julgadas em única instância pelos Tribunais Superiores (STJ, STM, TST e TSE), cabe recurso extraordinário para o STF, se atendidos os requisitos do art. 102, III, da CF. Se, porém, forem denegadas, haverá possibilidade de recurso ordinário. (art. 102, II, CF e lei 12.016/09 – art. 18).
	Só as decisões coletivas dos tribunais, é que desafiam o recurso ordinário. Não interessa a natureza da questão jurídica enfrentada no acórdão, se constitucional ou se infraconstitucional. Se trata de decisão enquadrada no art. 102, II da CF, o caso é de recurso ordinário e não extraordinário.
· Requisitos de admissibilidade
	Para o recurso ordinário, os requisitos de admissibilidade são os comuns exigidos a qualquer recurso, assim, ao autor, cabe demonstrar seu interesse de recorrer e sua legitimidade.
· Interposição
	O recurso ordinário deve ser interposto perante o tribunal de origem ao receber o recurso, o presidente ou vice-presidente intimará o recorrido para que, em 15 dias, apresente contrarrazões (art. 1028, § 2º) o contraditório será realizado no órgão ad quem após o prazo de contrarrazões, os autos serão remetidos ao STF, “independentemente de juízo de admissibilidade” (art. 1028, § 3º). 
· Julgamento do mérito
	O NCPC autoriza, que o STF decida, desde logo, o mérito do recurso (art. 1013, § 3º), ainda quando a extinção do processo tenha ocorrido sem resolução de mérito, sempre que a ação estiver em condição de imediato julgamento (art. 1027, § 2º)
· Concessão de efeito suspensivo
	Não possui efeito suspensivo. O recorrente poderá pedir a suspensão dos efeitos da decisão impugnada com base no art. 1027, § 2º c/c o art. 1029, § 5º:
	a. O pedido se dirigirá ao STF (na pessoa de seu presidente), no perídio compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição (art. 1029, § 5º, I), ou b. Ao relator, no STF, se o recurso já houver sido distribuído (art. 1029, § 5º, II).
	Quando o pedido de efeito suspensivo é dirigido ao STF, procede-se com o sorteio de um relator para o incidente, o qual ficará prevento para o posterior processamento do recurso extraordinário (art. 1029, § 5º, I).
· Fungibilidade
	Segundo o STF, ocorre erro grosseiro na interposição de recurso ordinário quando cabível o extraordinário, o que impossibilita a aplicação do princípio da fungibilidade recursal, por inexistente dúvida objetiva a respeito de qual o recurso adequado. 
RECURSO ORDINÁRIO PARA O STJ
· Cabimento
	Somente as decisões coletivas dos tribunais, e não as singulares dos relatores e presidentes, desafiam recurso ordinário, assim, a decisão do agravo interposto perante o colegiado contra decisão monocrática do relator poderá ser objeto de recurso ordinário (art. 1027, II, “a” e “b”).
· Requisitos de admissibilidade
	Os recursos ordinários interpostos nos processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País, processam-se segundo o rito comum de apelação e de agravo de instrumento, inclusive no que diz respeito aos requisitos de admissibilidade (art. 1028, caput).
· Interposição
	O recurso ordinário contra decisão proferida, em instancia única, por tribunal de segundo grau, em mandado de segurança, deve ser interposto perante o tribunal de origem ao receber o recurso, o presidente ou vice-presidente intimará o recorrido para que, em 15 dias, apresente suas contrarrazões (art. 1028, § 2º) o contraditório será realizado no órgão ad quem após o prazo de contrarrazões, os autos serão remetidos ao STJ, “independentemente de juízo de admissibilidade” (art. 1028, § 3º). 
· Julgamento do mérito
	Ao relator, além do juízo sobre o cabimento do recurso ordinário, cabe julgá-lo pelo mérito, nos casos do art. 932, IV e V do NCPC e do art. 34, RISTJ. Dessa decisão monocrática, caberá agravo interno (art. 1021, caput).
	Não tendo sido inadmitido nem resolvido o mérito preliminarmente, o relator, ouvido o Ministério Público, pedirá dia para o julgamento do colegiado. Uma vez que o recurso ordinário, em essência, se assemelha à apelação, fica o STJ, no julgamento colegiado, autorizado a decidir, desde logo, o mérito da causa (art. 1013, § 3º), ainda quando a decisão recorrida tenha decretadoa extinção do processo sem resolução do mérito, sempre que a ação estiver madura, ou seja, em condições de imediato julgamento (art. 1027, § 2º).
· Concessão de efeito suspensivo
	Não possui efeito suspensivo. O recorrente poderá pedir a suspensão dos efeitos da decisão impugnada, endereçando-se: a. diretamente ao STJ, no perídio compreendido entre a interposição do recurso e sua distribuição ou, b. ao relator, no STF, se o recurso já houver sido distribuído (art. 1027, § 2º).
Obs.: matéria do caderno
1. Recurso ordinário constitucional (apelação constitucional) – Art. 1027, CPC matéria
						 art. 102, II, CF – STF	de fato e 
					 art. 105, II, CF - STJ	de direito 
2. Recurso Especial – Art. 105, III, CF	 só tratam de
3. Recurso Extraordinário – Art. 102, III, CP 	 matéria de direito 
 1 não precisa de prequestionamento. 2 e 3 precisam de prequestionamento.
 No resp. e rext. o STF e o STJ fazem controle de constitucionalidade e se preocupam em uniformizar a lei.
	O ROC (recurso ordinário constitucional) tem um pequeno cabimento: a. STF – 2 casos; b. STJ – 2 casos. Obs.: se não for nesses quatro casos, não cabe mais em nenhum caso. o cabimento deve ser olhado na CF.
1º CASO – STF (quando começa no 2º grau) – art. 109, IV, CF
	Mandado de segurança (direito líquido e certo), mandado de injunção, habeas corpus (direito de ir e vir) e habeas data (direito a informação) são de competência ordinária do STJ, TST, TSE, STM Decisão denegatória (improcedente) 	a competência muda, conforme	 condição essencial 		 quem for o impetrante 
	 eu tenho que ter pedido para entrar com ROC.	
	 improcedente para ambas as partes. Se o autor perde, cabe ROC ao STF. Se o réu perde, cabe Rext. ou Resp. 
	Obs.: se eu entrar com mandado de segurança em 1º grau, não cabe se é improcedente ou não. Só me preocupo com isso se ele começa em 2º grau.
2º CASO – STF – art. 109, IV, CF
	Cabe ROC da sentença, qualquer que seja o resultado, da ação de crime político (crime com motivação política).
	 Crime político é julgado pelo juiz federal de 1º grau.
	 Ao invés de apelar no TRF, faço ROC ao STF.
1º CASO – STJ (quando começa no 2º grau) 
	Cabe ROC quando o mandando de segurança e habeas corpus for de competência ordinária do TJ/TRF em decisões denegatórias (improcedentes).
			 Autor pode fazer ROC para o STF
			 Réu só pode fazer Resp. ou Rext.
 
2º CASO – STJ – art. 109, II, CF
	Da sentença, qualquer que seja o resultado, da sentença que tenha de um lado estado estrangeiro/órgão estrangeiro e do outro município ou pessoas residente ou domiciliada no Brasil, independente de quem for autor ou réu. 
Como fazer ROC
Interposto no juízo “a quo” (onde está) intima o recorrido para contrarrazões em 15 dias não faz juízo/exame de admissão.
	remete ao juízo “ad quem” (STF ou STJ) onde será feito o juízo de admissão e de mérito (mesmos requisitos).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARA O STF
	O cabimento do recurso está previsto no art. 102, III, “a”, “b”, “c” e “d” da CF, que admite nas causas julgadas por outros órgãos judiciais, em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a. contrariar dispositivo da Constituição Federal;
b. declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c. julgar válida a lei ou ato do governo local contestado em face da Constituição;
d. julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
I. Pressupostos do recurso extraordinário
	 A existência de prequestionamento. Quanto à questão constitucional, não pode ela ser suscitada originalmente no próprio recurso extraordinário. O apelo extremo só será admissível se o tema nele versado tiver sido objeto de debate e apreciação na instancia originária. Se a decisão impugnada tiver sido omissa a seu respeito ou se a pretensa ofensa à Constituição tiver origem em posicionamento do órgão julgador adotado pela vez primeira no próprio julgado recorrido, deverá a parte, antes de interpor o recurso extraordinário, provocar o pronunciamento sobre a questão constitucional por meio de embargos de declaração. 		
	Justifica-se a exigência de prequestionamento da questão constitucional porque a Constituição instituiu o recurso extraordinário para apreciação de “causas decididas em única ou última instancia” (art. 102, III). Cabe ao recorrente demonstrar, necessariamente, que a questão ventilada no extraordinário foi objeto de apreciação e julgamento na instancia ordinária. Esse é o requisito de admissibilidade do STF (súmulas nº 282 e 356). 
	
II. Repercussão geral das questões constitucionais debatidas no recurso extraordinário 
	Caberá à parte fazer, em seu recurso, a demonstração da “repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso”. À luz disso, o STF poderá, por voto de dois terços de seus membros, recusar o recurso. Ou seja, o tribunal está autorizado a não conhecer do recurso extraordinário se entender que não restou demonstrada a repercussão geral das questões sobre que versa o apelo.
	A regulamentação do dispositivo constitucional encontra-se no art. 1035, a apreciação ou não da ocorrência de repercussão geral é exclusiva do STF (art. 1035, § 2º). A competência é do Pleno, por decisão de pelo menos 8 de seus 11 ministros (art. 102, § 3º, CF). Essa decisão é irrecorrível (art. 1035, caput). É inequívoca a possibilidade de oposição de embargos de declaração, se presentes os requisitos legais dessa modalidade recursal, porque incide na espécie, a norma do art. 93, IX da CF, que obriga a fundamentação adequada das decisões judiciais. 
III. Conceituação legal de decisão que oferece repercussão geral
	O STF não conhecerá do recurso “quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral” (art. 1035, caput). 
	Por repercussão geral, a lei entende aquela “que ultrapassem os interesses subjetivos do processo”, por envolver controvérsias que vão além do direito individual ou pessoal das partes. É preciso que as questões repercutam fora do processo e se mostrem “relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico” (art. 1035, § 1º). Para que o extraordinário tenha acesso ao STF, incumbe ao recorrente demonstrar, em preliminar do recurso, a existência de repercussão geral (art. 1035, § 2º). Não pode se dar de oficio tal reconhecimento. A arguição pela parte é pressuposto processual, de maneira que, não cumprido, o recurso será fatalmente não conhecimento. 
	A avaliação da repercussão geral se faz sobre a questão debatida no recurso. Não há a necessidade da coexistência de numerosos processos sobre a mesma questão. Ainda que só um recurso extraordinário exista entre partes singulares, é possível que a matéria nele cogitada envolva tema, cuja solução, ultrapasse o interesse individual delas, repercutindo significativamente no plano social e jurídico. Vale disser: embora inexistente a multiplicidade de recursos, deverá a questão de direito envolver interesses de muitas pessoas, ainda que não configurado o interesse em massa.
	Casos em que a repercussão geral é categoricamente assentada, de acordo com o art. 1035, § 3º, I- qualquer decisão recorrida que tenha contrariado súmula ou jurisprudência dominante do STF e III- decisão de qualquer tribunal que tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, nos termos dos art. 97 da CF. A sumula não precisa ser vinculante, mas apenas retratar jurisprudência assentada, pois, mesmo sem súmula, a repercussão estará configurada em qualquer julgamento que afronte “jurisprudência dominante do STF”. Por jurisprudência dominante, deve-se ter a que resulta de posição pacífica, seja porque não há acórdãos divergentes, seja porque eventuais divergências já tenham se pacificado no seio do STF.
	Por fim, presume-se haver repercussão geral se o recurso extraordinário impugnar acórdão que tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, proferida pelo voto da maioria absoluta dos membros do Pleno ou do órgão especial do tribunalde 2º grau (art. 97, CF).
IV. Procedimento no STF
	Ao Plenário compete declarar a ausência de repercussão geral, por voto de dois terços de seus membros (art. 102, § 3º, CF). Pelo menos oito dos onze ministros do STF devem negar a repercussão para que o recurso extraordinário não seja admitido.
	Negada a repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, ainda que pendentes de apreciação. O presidente ou vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento a todos os recursos sobrestados na origem que versem sobre a matéria (art. 1035, § 8º).
	Pode o relator, durante a análise da repercussão geral, permitir intervenção de terceiros interessados, por meio de procurador habilitado, de acordo com o que dispuser o registro interno do STF (art. 1035, § 4º). Essas manifestações se justificam em face da repercussão que o julgamento pode ter sobre outros recursos, além daquele que está sendo apreciado no momento (art. 1036). 
	Depois de certa vivência com a repercussão geral, o STF tomou deliberações acerca do procedimento de aplicação desse requisito do recurso extraordinário, que podem ser assim sintetizadas:
	a. Simplificação do procedimento: decidiu que o dispositivo de repercussão geral poderá ser aplicado a recursos extraordinários que discutem matérias já pacificadas pelo STF, sem que esses processos tenham de ser distribuídos para um relator.
	b. Preconizou 4 medidas possíveis a observar em relação aos recursos extraordinários:
	I. versando os recursos sobre matérias já julgadas pelo STF, serão elas enviadas para o presidente do tribunal, que, antes da distribuição do processo, levará a questão ao Plenário;
	II. no Plenário, caberá aos ministros aplicar a jurisprudência da Corte; ou 
	III. rediscutir a matéria; ou então
	IV. simplesmente determinar o seguimento normal do recurso, caso se identifique que a questão não foi ainda discutida pelo Plenário.
	c. Reflexos sobre outros recursos: nos casos em que for confirmada a jurisprudência dominante, o STF negará a distribuição ao recurso e a todos os demais que tratem sobre a mesma matéria. Com isso, os tribunais poderão exercer o chamado juízo de retratação, ou seja:
I. aplicação a decisão do STF; ou
II. considerar prejudicados os recursos sobre a matéria, quando o Supremo não reformar a decisão. 
V. Reflexos da decisão acerca da repercussão geral
· Sobre processos em curso em grau inferior de jurisdição 
	Art. 1035, § 5º: “reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional”. A regra tem o duplo objetivo de economia processual, simplificando a resolução dos casos pendentes, e de assegurar a isonomia, proporcionando condição a que todos sejam solucionados segundo a mesma tese.
· Sobre outros recursos extraordinários em curso
	Reconhecida a repercussão geral em um recurso extraordinário, havendo no STF outros que versem sobre questão igual, observar-se-á a sistemática do julgamento dos recursos repetitivos (art. 1036 e ss.). Havendo diversos recursos extraordinários em processamento na origem, que tratam da mesma controvérsia, deverá o tribunal local selecionar dois ou mais recursos que a representem para encaminhá-los ao STF. Os demais ficarão sobrestados na origem até o pronunciamento definitivo do Supremo (art. 1036, § 1º).
	Duas situações distintas podem ocorrer no pronunciamento do STF: a. pode ser negada a repercussão geral; ou b. pode ela ser reconhecida. Na primeira, o extraordinário não será apreciado pelo STF (art. 1035, caput); e, na segunda, será julgado pelo mérito, por aquela Corte Superior (art. 1035, § 9º). Acontecerão, nesse último caso, duas decisões, em acórdãos distintos, uma sobre a admissibilidade do recurso extraordinário e outra sobre sua procedência ou não. 
	Ocorrendo a negativa de repercussão geral, pelo STF, todos os recursos sobrestados na origem “serão considerados automaticamente inadmitidos” (art. 1039, p. único). Não chegarão a subir ao STF. Se o STF julgou o mérito do extraordinário, poderão surgir nos tribunais de origem, duas situações: os acórdãos recorridos retidos poderão estar em conformidade ou desconformidade com a tese firmada pela Suprema Corte. Caberá às instâncias locais, uma das seguintes decisões:
	a. se o julgado recorrido estiver conforme ao que decidiu o STF, o recurso extraordinário suspenso no tribunal de origem, terá seu seguimento negado pelo presidente ou vice-presidente daquele tribunal (art. 1040, I)
	b. se estiver em desacordo, os autos retornarão ao órgão do tribunal local que proferiu o acórdão recorrido, para juízo de reexame daquilo que tiver sido decidido no processo de competência originária, na remessa necessária, ou no recurso anteriormente julgado (art. 1040, II).
	O grande efeito redutor dar-se-á pelos mecanismos de represamento dos recursos iguais nas instâncias de origem, os quais, à luz do julgado paradigma do STF, se extinguirão sem subir à sua apreciação (art. 1039, p. único); e ainda pela extensão do julgado negativo do STF de um recurso a todos os demais em tramitação sobre a mesma questão (art. 1035, § 8º). A página do STF na Internet, a título de orientação aos jurisdicionados, ressalta que a exigência da “repercussão geral”, como requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, tem as seguintes finalidades: “a) firmar o papel do STF como Corte Constitucional e não como instância recursal; b) ensejar que o STF só analise questões relevantes para a ordem constitucional, cuja solução extrapole o interesse subjetivo das partes; c) fazer com que o STF decida uma única vez cada questão constitucional, não se pronunciando em outros processos com idêntica matéria”.
· Desistência do recurso após reconhecimento da repercussão geral
	Segundo o art. 998, o fato de o processo estar inserido na cadeia de recursos repetitivos, por si só, não priva a parte do direito de desistir de seu apelo, direito esse amplamente assegurado pelo caput do dispositivo. Sua deliberação, todavia, não impedirá o STF de prosseguir na apreciação da tese de direito envolvida na arguição de repercussão geral. Na dinâmica dos recursos repetitivos e daqueles que contêm repercussão geral, o julgamento do objeto do extraordinário ultrapassa o interesse do recorrente, como se vê do disposto no § 1º do art. 1035.
	Mesmo que ocorra a desistência do recurso padrão, persistirá o interesse coletivo, relacionado com os demais recursos que se acham sobrestados, no aguardo do pronunciamento do STF (art. 1036, § 1º). 
VI. O procedimento de apreciação da arguição de repercussão geral pelo Plenário do STF
	O NCPC confere ao Regimento Interno do STF regulamentar as atribuições dos Ministros, das Turmas e de outros órgãos daquele Tribunal na análise da repercussão geral, principalmente quando inserida na sistemática dos recursos repetitivos (art. 1035, § 5º, e 1036, caput).
	Após recebimento da manifestação, os diversos Ministros terão o prazo de vinte dias para endereçarem seus pronunciamentos ao relator, por meio eletrônico (RISTF, art. 324). Decorrido o prazo sem manifestações suficientes para a recusa do recurso, “reputar-se-á existente a repercussão geral” (RISTF, art. 324, § 1º). Quer isto dizer que a rejeição tem sempre de ser expressa e fundamentada. Mas o reconhecimento da repercussão pode ser presumido diante do silêncio dos votantes que se abstêm de pronunciar sobre a arguição feita na preliminar do recurso.
	A súmula da decisão sobre a repercussão geral, de acordo com o § 11 do art. 1035, será publicada no Diário Oficial e valerá como acórdão. A Constituição não exigiu nada além da “manifestação de dois terços” dos membros do STF para recusar os recursos que não evidenciassem tal repercussão. Não se impôs que a solenidade da sessão de julgamento e a lavratura de acórdão fossem requisitos indispensáveis para decidir o incidente. Aliás, a desnecessidade de acórdão foi prevista, expressamente, noart. 1035, § 11.
	Havendo processos ou recursos sobrestados, nos termos do art. 1035, § 5º, é após a resolução do caso padrão, proceder-se-á quanto aos demais segundo as regras gerais dos recursos extraordinários repetitivos (art. 1036 e ss.).
VII. Formas de solução tácita da arguição de repercussão geral
	Cabe ao relator, de início, fazer a distinção entre recurso que enfrenta matéria efetivamente constitucional e aquele que discute direito infraconstitucional, a pretexto de arguir ofensa à norma constitucional. Feita distinção do tema central do extraordinário, passar-se-á à ouvida do plenário por via eletrônica, devendo os ministros se manifestarem, perante o relator, no prazo de vinte dias, pela mesma via (RISTF, art. 324, caput).
	É nesse “plenário eletrônico” que a solução do incidente pode ocorrer por meio do simples silêncio dos ministros na fase em que lhes cabia pronunciar sobre a repercussão. Duas são as hipóteses regimentais:
	a. se a questão foi reconhecida como constitucional pelo relator, e este não receber, no prazo de vinte dias, o voto eletrônico de todos os ministros, de modo a atingir o quorum de dois terços do colegiado, necessário para rejeitar a repercussão geral, esta será tida como automaticamente reconhecida (RISTF, art. 324, § 1º)
	b. se a matéria do extraordinário for considerada como infraconstitucional, o fato de os ministros não se manifestarem no referido prazo de vinte dias será interpretado como não reconhecimento da repercussão geral (RISTF, art. 324, § 2º).
VIII. Procedimentos a serem adotados após o reconhecimento da repercussão geral
· Sobrestamento dos processos que versem sobre a mesma questão
	Reconhecida a repercussão geral, o relator no STF determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional (art. 1035, § 5º).
· Recurso contra decisão de sobrestamento
	Não prevê a lei recurso manejável contra a deliberação do Relator no STF que ordena a suspensão prevista no § 5º do art. 1035. À falta de recurso próprio a ser endereçado ao STF, o caso será de adotar-se o agravo interno, previsto no art. 1021.
	Se tiver ocorrido equívoco na inserção do processo na série dos recursos repetitivos, visto que a parte discute questão que, na verdade, não se iguala àquela em que se trava o debate sobre a repercussão geral, o interessado lançará mão do agravo interno para que o próprio relator ou o órgão colegiado reveja a decisão. Na maioria das vezes, a suspensão será concretizada por deliberação de órgão do tribunal local, contra quem, portanto, se deverá manejar o agravo interno. O recurso somente será cogitável perante o STF quando o relator do extraordinário de repercussão geral individualizar o processo a ser suspenso, nos termos do art. 1035, § 5º.
· Recurso contra decisão de sobrestamento de recurso intempestivo
	A fim de evitar o indevido atraso do trânsito em julgado de recursos extraordinários intempestivos, o NCPC permite que o interessado requeira, ao presidente ou vice-presidente do tribunal de origem, que exclua o processo da decisão de sobrestamento e inadmita o apelo extremo intempestivo (art. 1.035, § 6º). Antes, porém, da decisão, atendendo ao princípio do contraditório, deverá ser ouvido o recorrente, em cinco dias.
	Portanto, o presidente ou vice-presidente do tribunal a quo, quando provocado por requerimento do recorrido, poderá, adotar uma das seguintes soluções: a. acolher o pedido, inadmitindo o recurso extraordinário extemporâneo; ou, b. indeferir o requerimento e, por conseguinte, sobrestar o andamento do recurso até ulterior decisão do STF. Na segunda hipótese, a decisão de indeferimento desafiará agravo em recurso extraordinário (art.1.042), conforme previsão expressa do art. 1035, § 7º.
· Julgamento do recurso extraordinário cuja repercussão geral foi reconhecida
	Para impedir a eternização dos processos paralisados (art. 1035, § 5º), o NCPC prevê o prazo máximo de um ano para que o STF julgue o recurso, cuja repercussão geral tiver sido reconhecida (art. 1.035, § 9º). É certo que referido prazo é impróprio, não trazendo consequências para o STF em caso de descumprimento. Mas, para facilitar o julgamento dentro do referido prazo, prevê a nova legislação que o apelo extremo, enquadrável nessa situação, terá preferência sobre os demais feitos em trâmite perante a Corte Suprema. Essa preferência apenas não existirá em face de processos que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
	Se o julgamento não ocorrer no prazo de um ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessará, em todo o território nacional, a suspensão dos processos que versem sobre a questão. Desta forma, as ações retomarão seu curso normal (art. 1035, § 10).
IX. Função do recurso extraordinário
	O STF, diante dos pressupostos do recurso extraordinário, realiza, por meio desse remédio processual, a função de tutelar a autoridade e a integridade da lei magna federal. Tem, assim, uma finalidade “eminentemente política”. Mas, nada obstante, essa função especial não lhe retira o “caráter de instituto processual destinado à impugnação de decisões judiciárias, a fim de se obter a sua reforma”.
X. Efeitos do recurso extraordinário
	A interposição e o recebimento do recurso extraordinário geram efeitos de natureza apenas devolutiva, limitados à “questão federal” controvertida. Não fica a Suprema Corte investida de cognição quanto à matéria de fato, nem quanto a outras questões de direito não abrangidas pela impugnação do recorrente e pelos limites fixados pela Constituição para o âmbito do recurso.
	Por não apresentar eficácia suspensiva, o recurso extraordinário não impede a execução do acórdão recorrido (art. 995). Nesse caso, a execução será provisória. O juízo competente para a execução, contudo, nunca será o do recurso, mas sempre o da causa (art. 516, I e II), a quem a parte deverá recorrer se lhe interessar promover, por conta e risco, a execução provisória, observado o procedimento constante do art. 522.
· Tutela de urgência no recurso extraordinário para obtenção do efeito suspensivo
	O recurso especial e o extraordinário não gozam de eficácia suspensiva, por isso permitem que a decisão recorrida possa ser de imediato posta em execução. Se do temor desse cumprimento provisório surge o perigo para a eficácia do julgamento final do apelo, configurado estará o primeiro requisito da tutela de urgência, o periculum in mora.
	Para obter a medida cautelar de suspensão da decisão recorrida, cumprirá à parte demonstrar se revelará pela relevância dos fundamentos do recurso, ou seja, a possibilidade aparente de cassação ou reforma do acórdão impugnado. A previsão de cabimento da concessão cautelar de efeito suspensivo aos recursos extraordinário e especial, além de enquadrar-se na teoria geral das tutelas de urgência, encontra apoio específico no art. 1029, § 5º. A parte interessada formulará, por meio de petição avulsa, o requerimento de atribuição de efeito suspensivo aos recursos em tela, quando cabível.
	Art. 1029, § 5º: O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
	I. Ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; 
	II. Ao relator, se já distribuído o recurso;
	III. Ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1037 (recursos repetitivos). 
	No Tribunal Superior, a competência para conhecer do pedido de tutela de urgência é do relator, ao qual foi distribuído o recurso (art. 1029, § 5º, II). Se ainda não houve a distribuição do recurso, será designado relator para a medida cautelar, que ficará prevento para julgá-lo.
	Ocorrida interposiçãosimultânea dos recursos especial e extraordinário, caberá ao STJ o exame do pedido de efeito suspensivo, porque é para ele que os autos serão remetidos (art. 1031). O STF só tomará conhecimento da causa depois de concluído o julgamento do STJ (art. 1031, § 1º).
XI. Processamento do recurso extraordinário
· Interposição
	A parte vencida terá o prazo de quinze dias para interpor o recurso extraordinário (art. 1003, § 5º), perante o presidente ou vice-presidente do tribunal onde se pronunciou o acórdão recorrido (art. 1029). O NCPC adotou a mesma orientação do anterior, ao estabelecer, no parágrafo único do art. 929, que “a critério do tribunal, os serviços de protocolo poderão ser descentralizados, mediante delegação a ofícios de justiça de primeiro grau”.
	Quanto à tempestividade do recurso, o STF impunha ao recorrente o ônus de comprovar, no ato da respectiva interposição na instância de origem, a eventual ocorrência de feriado local que pudesse ter influenciado na determinação do termino do prazo legal. A causa de prorrogação do prazo recursal, por motivo local, pode ser comprovada no ato de interposição do recurso, ou quando a dúvida a seu respeito surgir, durante a tramitação do processo no tribunal ad quem. 	
· Contraditório
	Recebida a petição do recurso, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de quinze dias (art. 1030, caput).
· Juízo de admissibilidade
	Segundo o art. 1030, V, ao presidente ou vice-presidente do tribunal recorrido compete “realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça”. Continua condicionada a subida dos recursos extremos aos tribunais superiores, ao conhecimento do apelo pelo presidente e vice-presidente do tribunal no qual a decisão impugnada foi pronunciada. Trata-se, porém, de um juízo provisório, destinado a sofrer reexame pelo tribunal superior, a quem a lei reserva o poder de dar a última palavra sobre a matéria, sem ficar vinculando ao primitivo juízo de admissibilidade acontecido no tribunal a quo.
· Casos em que não ocorrerá o juízo de admissibilidade no tribunal recorrido, com a subida do feito ao tribunal superior
	Prevê o art. 1030, V, que para realizar-se juízo de admissibilidade do recurso extraordinário ou especial, na instancia de origem, com remessa do feito ao tribunal superior competente, é necessário:
	a. que o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivo; pois, se o apelo tiver como tema questão já figurante em tal sistemática, o seu destino será o sobrestamento para aguardar a solução dos casos paradigma;
	b. que o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; o que pressupõe que o juízo de admissibilidade tenha sido positivo;
	c. que, após a fixação do entendimento do STF ou STJ, em regime de repercussão geral ou de recurso repetitivo, o órgão julgador local prolator do acórdão em sentido diverso, tenha refutado o juízo de retratação.
· Juízo de admissibilidade negado no tribunal recorrido
	Prevê o art. 1030, algumas situações em que o presidente ou vice-presidente do tribunal recorrido deverá negar seguimento ao recurso extraordinário ou especial: 
	a. quando o recurso extraordinário discutir questão constitucional à qual o STF não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou quando o recurso extraordinário for interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF exarado no regime de repercussão geral; 
	b. quando o recurso extraordinário ou o recurso especial for interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF ou do STJ, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos; 
· Recursos manejáveis em face do juízo que inadmite o recurso extraordinário ou especial
	Com base na lei nº 13.256/2016 o juízo de admissibilidade dos recursos extraordinário e especial sujeita-se ao seguinte regime:
	a. o juízo positivo (é aquele com que o presidente ou o vice-presidente acolhe o recurso extremo) é irrecorrível, embora o tribunal superior continue com poder de revê-lo.
	b. quando o juízo for negativo, ou seja, quando o recurso for inadmitido no tribunal de origem, a decisão do presidente ou vice-presidente será sempre recorrível, mas nem sempre pela mesma via impugnativa, pois: I. O recurso será o agravo interno, se fundamento de a inadmissão consistir na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em recurso repetitivo, caso em que a solução será dada pelo colegiado do tribunal local, sem possibilidade de o caso chegar a ser apreciado pelo colegiado dos tribunais superiores (art. 1030, I); II. Se a negativa de seguimento do recurso extraordinário ou especial, se der por regime de repercussão geral, ou de recursos repetitivos, caberá o agravo endereçado diretamente ao tribunal superior destinatário do recurso inadmitido (art. 1042, caput).
XII. O preparo dos recursos para o STF e para o STJ
	Os recursos para o STF, inclusive o extraordinário, sempre se sujeitaram a preparo, que compreende o pagamento de custas e despesas de remessa e retorno. Em resolução, o STF fixa e revê periodicamente as tabelas de custas e despesas recursais, cujo recolhimento se faz antecipadamente, junto ao tribunal de onde se origina o recurso. O recurso especial não se sujeitava a custas, mas apenas às despesas de remessa e retorno.
	Tanto na esfera do STF como na do STJ, excluem-se da obrigatoriedade do preparo os amparados pela assistência judiciária gratuita (art. 82), bem como dos recursos em geral quando interpostos pela Fazenda Pública ou pelo Ministério Público (art. 91).
XIII. Julgamento do recurso e julgamento da causa
	No Brasil, o recurso extraordinário e o especial destinam-se tanto a invalidar julgamento impugnado como, se necessário, a rejulgar a causa. É o que declara a Súmula no 456 do STF: “O Supremo Tribunal Federal, conhecendo do recurso extraordinário, julgará a causa, aplicando o direito à espécie”. 
	No mesmo sentido, dispõe o art. 257 do regimento interno do STJ: “No julgamento do recurso especial, verificar-se-á, preliminarmente, se o recurso é cabível. Decidida a preliminar pela negativa, a Turma não conhecerá do recurso; se pela afirmativa, julgará a causa, aplicando o direito à espécie”.
	Os fatos que são levados em conta são exatamente aqueles fixados pelo tribunal de origem. O novo exame se limita a verificar qual foi a versão fática assentada no julgado originário para sobre ela fazer incidir a tese de direito considerada correta, em lugar da tese incorreta aplicada pelo tribunal inferior. É soberana a decisão local sobre a questão fática, de sorte que, de acordo com o STF, se apresenta inadmissível o reexame de provas e fatos em sede de recurso extraordinário.
	Somente em casos especiais, os recursos extraordinários e especiais levam em conta fatos não avaliados pela instância anterior. É o que, por exemplo, se dá quando a causa compreende vários pedidos e a decisão cassada solucionou apenas aquele que tinha natureza prejudicial em face dos demais. Ocorrendo a cassação, o Tribunal Superior terá de julgar os demais pedidos, aqueles que não chegaram a ser decididos no acórdão originário, e cuja solução, na última instância, dependerá, naturalmente, de avaliação de suporte fático próprio, até então não enfrentado no processo.
XIV. Julgamento incompleto do recurso extraordinário, no juízo de revisão
	Art. 1.034, dispõe que, “admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado”.
· Poderes do relator
	Em todos os feitos do STF e do STJ, a lei reconhece ao relator o poder de decisão singular, enfrentando até mesmo as questões de mérito, em situações de manifesta improcedência do pedido ou do recurso, especialmente quando a pretensão contrariar Súmula jurisprudencial do respectivo Tribunal.
	Os poderes conferidos ao relator noSTJ e no STF, estão expressamente previstos no art. 932, III, IV e V:
	a. não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida (inciso III);
	b. negar provimento ao recurso que for contrário a (inciso IV): súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal; acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
	c. dar provimento ao próprio recurso, se a decisão recorrida for contrária a (inciso V): súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal; acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.
	Da decisão do relator caberá agravo interno para o colegiado, no prazo de quinze dias (art. 1021).
RECURSO ESPECIAL PARA O STJ
	A função do recurso especial, é a manutenção da autoridade e unidade da lei federal, tendo em vista que na Federação existem múltiplos organismos judiciários encarregados de aplicar o direito positivo elaborado pela União. Dito remédio de impugnação processual só terá cabimento dentro de uma função política, qual seja, a de resolver uma questão federal controvertida. Por meio dele não se suscitam nem se resolvem questões de fato nem questões de direito local.
	Nos termos do art. 105, III da CF, somente caberá o recurso especial, quando o acórdão recorrido:
a. contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe vigência;
b. julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c. der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
	Quanto ao controle da tempestividade do recurso especial, cuja interposição é cabível no prazo de quinze dias (art. 1.003, § 5º).
I. Jurisprudência do STJ formada após a Constituição de 1988
	Após longo tempo de funcionamento do STJ, algumas exigências traçadas com muito rigor pela antiga jurisprudência do STF foram, de certa forma, abrandadas pelo novo Tribunal. Assim, por exemplo, o prequestionamento não foi dispensado, mas teve sua configuração admitida em termos muito mais flexíveis. Eis a posição do STJ a respeito do tema:
	a. “É o prequestionamento pressuposto de cabimento do recurso. À sua falta, torna-se inadmissível o recurso especial”.
 	b. “Em tema de prequestionamento, o que deve ser exigido é apenas que a questão haja sido posta na instância ordinária. Se isto ocorreu, tem-se a figura do Prequestionamento implícito, que é o quanto basta”.
	c. “Para efeito de prequestionamento, não basta que a questão federal seja suscitada pela parte, sendo necessário o seu debate pelo tribunal de origem”.
 	d. “Incompleto o julgamento, conquanto interpostos os embargos declaratórios, persistente a omissão, o conhecimento do recurso especial exige a arguição de contrariedade ou negativa de vigência ao art. 1.022, I e II, a fim de que, se procedente, a instância ordinária ultime o exame pedido”. Nesse caso, o provimento do especial provoca a nulidade do aresto impugnado, “para que outro acórdão seja proferido com o esclarecimento das omissões”.
	e. Quando não se trata de omissão, mas de vício ou defeito intrínseco do próprio acórdão recorrido, a jurisprudência do STJ oscila: às vezes dispensa o prequestionamento, outras vezes exige o prévio manejo dos embargos declaratórios. Para o STF tem-se como satisfeito o prequestionamento, com ou sem o pronunciamento do Tribunal de origem quanto ao defeito intrínseco de seu acórdão, porque a parte fez o que lhe competia para configuração do requisito do prequestionamento e não pode ser punida pela desídia que não a sua. Essa é a orientação do NCPC, art. 1025.
	f. O STJ pode apreciar, de ofício, questão de ordem pública como as condições da ação, desde que tenha sido conhecido o especial, caso em que se deverá aplicar o direito à espécie. O tema incluir-se-ia no efeito devolutivo em profundidade, que abrange os pressupostos do julgamento a ser reexaminado.
	g. Entende-se que o prequestionamento deve ser pesquisado no acórdão recorrido, e não em voto individual discordante, ou seja, “a questão federal somente ventilada no voto vencido não atende ao requisito do prequestionamento” (STJ, Súmula no 320).
	Merece, registrar-se a posição do STJ a respeito de algumas questões referentes ao novo recurso especial:
	a. “A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial” (Súmula no 7 do STJ). “Somente o erro de direito quanto ao valor da prova, in abstrato, dá azo ao conhecimento do recurso especial”.
	Por outro lado, o STJ tem feito uma distinção entre juízo de admissibilidade e juízo de mérito, no processamento do recurso especial. Para decidir sobre o cabimento ou não do especial, o juízo deve restringir-se às questões de direito; mas “superado o juízo de admissibilidade, o recurso especial comporta efeito devolutivo amplo, porquanto cumpre ao Tribunal julgar a causa, aplicando o direito à espécie”
	b. “Inexiste espaço, no âmbito do recurso especial, para apreciação de acórdão, no ponto em que interpretou norma estadual”.
	c. “Inadmite-se o recurso especial, quando o aresto recorrido assenta em mais de um fundamento suficiente, autônomo, e o mesmo não abrange todos eles”. Por igual motivo, “é inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário”.
	d. “A simples interpretação de cláusula contratual não enseja recurso especial” (Súmula no 5, do STJ).
	e. O acórdão que dá razoável interpretação à lei federal (Súmula no 400 do STF) não autoriza a interposição de recurso especial.
	f. “O conhecimento do recurso especial, tendo como causa dissídio de jurisprudência, requer demonstração analítica para comprovar a identidade do suporte fático”.
	g. “A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não enseja recurso especial” (Súmula no 13 do STJ).
	h. Ocorre inépcia do recurso especial, “quando apontadas como divergentes decisões do primeiro grau”.
	i. Admite-se o recurso especial por ofensa à lei federal nos casos de arbitramento de reparação de dano moral, sob o argumento de que esse tipo de indenização “não pode escapar ao controle do STJ”.
	j. “Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos juizados especiais” (Súmula no 203 do STJ). A razão desse enunciado prende-se à regra constitucional que somente autoriza o recurso especial contra causas decididas por tribunais de segunda instância (CF, art. 105, III). Como as Turmas Recursais dos Juizados Especiais dos Estados não são Tribunais, suas decisões ficam fora do âmbito de cabimento do recurso especial.
	k. “É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação” (Súmula no 418 do STJ). Essa orientação não poderá prevalecer com a vigência do NCPC, em razão do disposto no art. 1024, § 5º, que dispõe ser desnecessária a ratificação se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior.
II. Obtenção de efeito suspensivo excepcional para o recurso especial	
	O recurso especial tem efeito apenas devolutivo (art. 995). A ele também é dado conferir efeito suspensivo, nos termos do art. 1029, § 5º, sempre que houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e restar demonstrada a probabilidade de provimento do apelo. Caberá ao recorrente requerer a concessão de efeito suspensivo: a. ao STJ, no período entre a interposição do recurso e sua distribuição. Nesse caso, o relator designado para decidir o requerimento ficará prevento para julgar o apelo; b. ao relator, se já distribuído o recurso.
III. Concomitância de recurso extraordinário e recurso especial
	Um só acórdão local pode incorrer tanto nas hipóteses do recurso extraordinário como nas do recurso especial. Quandoisto se der, o prazo de quinze dias será comum para a interposição de ambos os recursos, mas a parte terá de elaborar duas petições distintas (art. 1029, caput). O recorrido também produzirá contrarrazões separadas e o presidente ou vice-presidente do Tribunal enviará os autos ao STJ, independentemente de juízo de admissibilidade (art. 1031).
	Apresentadas ou não as contrarrazões aos dois recursos, os autos subirão em primeiro lugar ao STJ, para julgamento do especial. Depois de decidido este, é que haverá a remessa para o STF, para apreciação do extraordinário, salvo se, com a solução do primeiro, restar prejudicado o segundo (art. 1031, § 1º).
	O relator do STJ pode entender que a matéria do recurso extraordinário é prejudicial ao recurso especial. Permite-se, em tal conjuntura, o sobrestamento do recurso a cargo do STJ, com a remessa dos autos ao STF, invertendo-se, então, a ordem de apreciação dos recursos (art. 1031, § 2º). Entre o que decide o relator do recurso especial e o que pronuncia o relator do extraordinário, a última palavra é dada por este. Não há conflito, o que decidir o relator do recurso extraordinário, em decisão singular, prevalecerá a respeito da ordem de julgamento dos dois recursos concorrentes.
IV. Fungibilidade entre o recurso especial e o recurso extraordinário
	O NCPC consagrou, nos art. 1.032 e 1.033, a fungibilidade no tocante à interposição de recurso especial e extraordinário. O objetivo do legislador foi evitar a jurisprudência defensiva, em que um tribunal afirmava ser a competência para julgar o recurso do outro e, em razão disso, nenhum dos dois julgava.
	Muitas vezes, a questão discutida no acórdão recorrido pode ser analisada sob a ótica constitucional e infraconstitucional. Ex.: quando o recorrente alega não ter sido respeitado o contraditório nas instâncias ordinárias; a matéria, embora constitucional (art. 5º, LV), também encontra disposição na legislação infraconstitucional (art. 7º e 9º). Assim, o recorrente interpõe o recurso especial e o extraordinário, entretanto, nenhum dos tribunais admite o respectivo recurso, por entender que a competência para analisar o tema é da outra corte.
	Para resolver situações como essa é que o NCPC permite que o relator, no STJ, entendendo que o recurso especial versa sobre questão constitucional, conceda prazo de quinze dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral (requisito para o recurso extraordinário) e se manifeste sobre a questão constitucional (art. 1032). Cumprida essa exigência, o relator remeterá o recurso ao STF que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao STJ.
	Por outro lado, determina que o relator, no STF, considerando como reflexa a ofensa à Constituição Federal afirmada no recurso extraordinário, o remeta ao STJ para julgamento como recurso especial (art. 1033).
V. Preferência do julgamento do mérito dos recursos especial e extraordinário
	O NCPC dispõe que, sempre que possível, deve-se optar pelo julgamento de mérito da ação. Para tanto, admite a superação de defeitos meramente formais, sempre que isto não causar prejuízo às partes e viabilizar o julgamento definitivo da lide. O art. 1029, § 3º, autoriza que o STF e o STJ a desconsiderem vício formal de recurso tempestivo ou determinem sua correção, desde que não o repute grave.
Obs.: matéria do caderno
Recurso Especial STJ art. 105, II, CF 
			 violação de tratado ou lei federal
			 divergência jurisprudencial na aplicação do direito federal entre 				 tribunais. Súmula 13, STJ.
Recurso Extraordinário STF art. 102, III, CF
				 decisão única e última
				 Apenas matérias de direito (prévio prequestionamento)
				 não cabe de JEC.
Revisão – STF 2004 – Repercussão Geral (pacificado ou muito relevante)	
	
	 art. 1035, § 3º, CP: decisão recorrida violou matéria participada no STF.
	 relevância que ultrapasse a subjetividade (social ou política, ou jurídica ou econômica)
Se 2/3 do STF não aprovarem o recurso, não há repercussão geral e o recurso não é julgado.
	 se não chegarem a uma conclusão sobre a repercussão geral, vai para o Pleno (2 turnos)
	 8 ministros devem concordar para virar uma repercussão geral
	 não existe recurso pois já é o STF.
	 não precisa violar a CF para virar repercussão geral.
Análise: mandam sobrestar (empilhar tudo até os ministros decidirem) todas as ações e recursos existentes em todo o Brasil naquela matéria. 
Decisão sobre a repercussão geral
 1. não tem: ações sobrestadas seguem seu processo, mas não chegam para o STF os recursos sobrestados serão todos inadmitidos com base no recurso extraordinário pelo menos até que se revise a tese, ou seja, nunca.
2. tem repercussão: o STF julga o mérito da ação e todas as ações serão seguidas com base naquela decisão. Ex.: caso das tatuagens em concurso.
Obs.:
 se a decisão recorrida no TJ ficar igual à do STF, o recurso será admitido/inadmitido.
 se decisão do TJ for diferente à do STF, o TJ pode retratar-se e reformular a decisão ou mandar para que o STF reformule a decisão.
O STF criou um efeito vinculante: judiciário fica mais cômodo, “CTRL+C e CTRL+V”
Recurso Repetitivo – STJ – art. 1036, CPC
Mandam sobrestar todas as ações daquela matéria
Julguem diretamente o mérito
Todos os tribunais inferiores seguem a decisão 
		Depois dissoSTJ criou o Recurso Extra Repetitivo 
			
Tribunal “a quo” 		presidente ou vice 	 1º juízo de admissibilidade
 TJ	
						Se for admitido STF/STJ
						
agravo interno ao	 “a quo”				Negado contrário ao presidente 
				
						Se for inadmito falta requisito	 Recurso de agravo em recurso				(tempestividade, deserção, etc.)
Ext. ou Esp. 
Agravo em Recurso Especial	 Entro com o recurso no tribunal
Agravo em Recurso Extraordinário		 ao chegar ao STJ/STF: decisão monocrática 
					 cabe agravo interno
Recurso Especial e/ou Recurso Extraordinário 1º mandam para o STJ, se necessário sobe ao STF
Analisa o caso resp. tudo certo mas era o “pano de funelo”, deveria ser rext. de ofício eles convertem para rext e mandam para o STF o STF pode mandam o caso de volta ao STJ.
Se o STJ disser que não julgará um caso pois a decisão do STF pode prejudicar a dele: 
	a. STF julga o recurso
	b. STF diz que não há prejudicialidade, manda voltar ao STJ, que julgará o recurso se necessário remetera o recurso extraordinário ao STF.
Obs.: somente a apelação tem efeito suspensivo. Pode pedir efeito suspensivo no Resp. e no Rext., em uma petição avulsa que é interposta ou julgada. 
	se não houve juízo de admissibilidade: “a quo”
	se já houve juízo de admissibilidade: “ad quem”
RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO REPETITIVOS
	Consiste – diante da constatação de uma mesma questão de direito figurar numa série numerosa de recursos –, na possibilidade de selecionar-se um ou alguns deles para seu julgamento servir de padrão ou paradigma. Dessa maneira, julgado o caso padrão, a tese nele assentada prevalecerá para todos os demais de idêntico objeto.
	O regime de tratamento processual dos recursos extraordinário e especial repetitivos integra um sistema mais amplo que no NCPC adotou uma política de valorização da jurisprudência como instrumento comprometido com a segurança jurídica e o tratamento isonômico de todos perante a lei. O mecanismo dos art. 1.036 a 1.041 integra um grande sistema processual voltado a uniformizar e tornar previsível a interpretação e aplicação da lei, com vistas à segurança jurídica, que por sua vez pressupõe previsibilidade e repugna a instabilidade da ordem normativa.
I. Os recursos especial e extraordinário repetitivos
	O NCPC contempla procedimento para os recursos especial e extraordinário repetitivos (art. 1.036 a 1.041), destinados a produzir eficácia pacificadora de múltiplos litígios, mediante estabelecimento de tese aplicável a todos os recursos em que se debata a mesma questão de direito. Assim como ocorre com o incidente de resolução de demandas repetitivas (art. 976 a 987), esse mecanismo, entre outros objetivostenta implantar uniformidade de tratamento judicial a todos os possíveis litigantes colocados em situação igual àquela disputada no caso padrão.
	O incidente de demandas repetitivas se processará separadamente da causa originária. O mecanismo consta no art. 1036, para os recursos especial e extraordinário manifestados em face do fenômeno das causas repetitivas ou seriadas. Têm-se como repetitivas as causas, quando se verificar: a. multiplicidade de recursos, b. com fundamento em idêntica questão de direito, caso em que o processamento do apelo extremo deixa de seguir o procedimento comum dos art. 1.029 a 1.035, para observar o dos art. 1.036 a 1.041. Basta que o Pleno se defina uma vez sobre a tese de direito repetida na série de recursos especiais ou extraordinários pendentes, para que a função constitucional daquelas Cortes Superiores se tenha por cumprida.
	Uma vez assentada a interpretação da lei constitucional ou infraconstitucional no aresto da Seção ou da Corte Especial do STJ ou do Pleno do STF, seus reflexos repercutirão sobre o destino de todos os demais recursos especiais e extraordinários pendentes que versem sobre a mesma questão de direito (art. 1040). Questão está que tanto pode ser de direito material, como processual (art. 928, p. único). 
	O mecanismo de processamento dos recursos especial e extraordinário diante de causas seriadas caracteriza-se pelos seguintes objetivos:
	a. evitar a subida dos recursos especiais e extraordinários repetitivos, represando-os provisoriamente no tribunal de origem;
	b. julgamento de questão repetitiva numa única e definitiva manifestação da Corte Especial do STJ ou do STF;
	c. repercussão do julgado definitivo da Corte Especial sobre o destino de todos os recursos represados, sem necessidade de subirem ao STJ ou STF, sempre que possível.
II. Procedimento traçado nas causas repetitivas para observância do tribunal de origem
· Iniciativa do procedimento
	Caberá ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de origem detectar a presença de recursos especiais e extraordinários seriados. Diante da constatação positiva da ocorrência, deverá aquela autoridade selecionar dois ou mais recursos que serão encaminhados, dentro do procedimento normal, ao Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal, para fins de “afetação” (art. 1036, § 1º).
	A iniciativa poderá ser do próprio Tribunal Superior, quando o relator selecionar, dentre processos que já ali tramitam, dois ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da mesma questão de direito (art. 1036, § 5º).
· Escolha dos recursos representativos
	Como a decisão proferida nos recursos repetitivos afeta todos os processos pendentes que versem sobre idêntica questão, a escolha dos apelos representativos não pode ser feita de modo aleatório ou sem qualquer critério. O § 6º do art. 1036 determina que somente podem ser escolhidos os “recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida”.
· Suspensão e retenção dos recursos que versem sobre causa idêntica
	Todos os demais processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, que se fundamentem na mesma questão de direito, ficarão retidos e suspensos no tribunal a quo, para aguardar o pronunciamento definitivo do STJ ou do STF sobre a tese comum a todos eles (art. 1036, § 1º).
· Decisão em torno da suspensão do processamento dos recursos extraordinário e especial, dentro do regime repetitivo. Recorribilidade
	Subindo os recursos paradigma ao tribunal superior, o relator reaprecia a ocorrência, ou não, do requisito da multiplicidade de casos sobre idêntica questão de direito (art. 1036, caput), e a reconhecendo, profere a decisão de afetação, ou seja, a de que todos eles se sujeitem ao regime de resolução de recursos extraordinário ou especial repetitivos (art. 1037). Nesse caso, a decisão de suspensão de todos os processos similares será ampliada, pelo relator, para todo o território nacional (art. 1037, I).
	Confirmada no tribunal superior a sujeição dos recursos repetitivos ao regime do art. 1036, aos terceiros prejudicados pela suspensão de seus processos é assegurado o direito de requerer o reconhecimento da distinção da questão neles versada perante aquela, objeto da afetação definida pelo relator no STF ou no STJ (art. 1037, § 9º). Esse requerimento tem a finalidade de obter o restabelecimento do curso do processo, liberando-o da suspensão gerada pelo regime dos recursos repetitivos.
	Quando o recurso especial ou extraordinário estiver retido no tribunal a quo, o relator local, reconhecendo a distinção pleiteada, comunicará sua decisão ao presidente ou vice-presidente que houver determinado o sobrestamento, a fim de que o recurso seja destrancado e encaminhado ao tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade (art. 1037, § 12). Da decisão do relator, acolhendo ou rejeitando a distinção, caberá agravo interno para o colegiado local (art. 1.037, § 13, II).
	
AÇÃO RESCISÓRIA – Art. 966
					NÃO É RECURSO!
	Cabe ação rescisória da decisão judicial interlocutória, sentença, decisão monocrática ou acórdão não precisa exaurir todos os recursos! Cabe mesmo que eu não tenha recorrido. 
	A decisão deve ter trânsito em julgado. Ação rescisória serve para desconstituir decisão de processo que já transitou em julgado.
	Regra: a decisão a ser reivindicada tem que ser de mérito (art. 187) ou precisa ser uma decisão sem mérito que não seja possível reajuizar a ação para ajuizar a ação é necessário se enquadrar em algum rol taxativo do art. 966 (sem ser os casos desse artigo, não cabe ação rescisória).
Legitimidade para recorrer: Ministério público, autor, réu, terceiro interessado. 
Obs.: Não cabe ação rescisória de JEC. 
Sempre vai ter competência para 2º grau:
Ex.: 	Decisão do juiz Ação Rescisória Tribunal.
	Ação do Tribunal Ação Rescisória Tribunal, mas muda o órgão.
	Ação do TRF Ação Rescisória TRF, mas muda o órgão.	
E assim em diante. 
 Se uma decisão que transitou em julgado no Pleno do STF, a Ação Rescisória vai para o Pleno do STF, e eles mesmos julgam. 
Prazo para a Rescisória – Art. 975, CPC. 
	Regra: 2 anos a contar do último trânsito em julgado. 
Ex.: ação de divórcio concedida por decisão interlocutória 14.06.2018 trânsito em julgado
 + guarda sentença 14.06.2019 trânsito em julgado	
 + partilha sentença 14.06.2019 acórdão 14.07.2020 trânsito em julgado	
 + alimento sentença 14.06.2019 Resp. acórdão 14.07.2022 trânsito em julgado							
Obs.: na ação rescisória, se o último dia para 
ajuizar a ação cair em final de semana, feriado, 	Último transito em julgado	
recesso: posso ajuizar no próximo dia útil.	 2 ANOS A PARTIR DAQUI
	 Casos especiais:
1º caso: quando a rescisória se fundar em prova nova: prazo de 2 anos (máximo) a contar da descoberta da prova, até 5 anos até o trânsito em julgado.
	Ex.: __________________________________________________________
	14.06.2018	 14.06.2019 14.06.2021 14.06.2023
Dia do trânsito em julgado	 PROVA NOVA Prazo máximo de 5 anos
	
 Prazo de 2 anos após o surgimento da nova prova. 
2º caso: simulação ou colusão entre partes – 2 anos a contar da descoberta.
 Não diz qual é o prazo final da ação, então é de 10 anos segundo o CC.	
Obs.: cabe anulatória quando não couber a ação rescisória. 
Como ajuizar a ação rescisória
 Petição inicial contestação fase probatória acórdão
 Trânsito em julgado para ajuizar a ação rescisória: custas + depósito de 5% do valor da causa para o réu da ação (caso a ação seja improcedente unânime, esse valor fica para o réu).
Art. 969
Ex.: fase de conhecimento	cumprimento de sentença 
 _____________________________________________
	Trânsito em julgado

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