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APS - Basquetebol

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Pedagogia do Esporte e Basquetebol: aspectos metodológicos para o desenvolvimento motor e técnico do atleta em formação
APRESENTAÇÃO E RESUMO 
Trabalho desenvolvido em conjunto por quatro autores sendo eles: Larissa Rafaela Galatti, Pedro Serrano, Antonio Monteiro Seoane e Roberto Rodrigo Paes. Com base no que nos foi apresentado no “Resumo” podemos afirmar que o texto nos apresentará um estudo que discute as contribuições dos métodos analítico-sintético e global-funcional e suas respectivas relevâncias para o desenvolvimento técnico e motor dos jovens atletas em formação. Serão levadas em consideração as vantagens e desvantagens dos seus princípios e suas características abertas e imprevisíveis. 
INTRODUÇÃO
Basquetebol. Modalidade esportiva coletiva com origem no final do século XIX e que se tornou oficialmente olímpica em Roma no ano de 1936, o Basquetebol é praticado e assistido em diversos países ao redor do mundo e dentre esses praticantes, devemos dar ênfase aos jovens atletas em formação, que serão os objetos principais deste estudo. 
Ao longo dos anos o ensino e desenvolvimento de das habilidades motoras e técnicas relativas ao Basquetebol tem sido baseado na metodologia analítica-sintética, sem inter-relacionar esses aspectos com os elementos táticos, que são imprescindíveis e diante deste cenário, vêm a tona a necessidade de novas práticas, tendo por base os conceitos de uma metodologia global-funcional, que é considerada mais adequada para as habilidades de natureza aberta, onde há problemáticas inseridas no fator jogo. 
Diante deste contexto, este estudo busca discutir e argumentar o processo de desenvolvimento motor no Basquetebol, a fim de contribuir em processos de formação esportiva e pedagógica do esporte. 
METODOLOGIA 
Trata-se da revisão de um tema sob novo enfoque ou abordagem, permitindo assim chegar a conclusões inovadoras, com base em pesquisas nos artigos dos autores desta obra e que levam em consideração conceitos da Educação Física Clássica, para propor uma renovação nos métodos de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento desportivo do Basquetebol. 
ESPORTE E ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR 
Levando em consideração que o desenvolvimento motor é um processo contínuo, ou seja, por toda a vida e que integra aspectos cognitivos, sociais e afetivos em suas dimensões, alguns autores descrevem quatro etapas sequenciais do desenvolvimento motor de indivíduos que ao serem aplicados ao contexto esportivo nos mostram a importância de cada uma dessas etapas. Estas etapas podem ser descritas por estimulação, aprendizagem, prática e especialização motora. 
Não é o objetivo deste estudo fazer uma descrição minuciosa das quatro etapas, mas sim procurar levantar os pontos comuns e de maior relevância que estão presentes nas quatro etapas. Dentre elas podemos citar a implementação de condições favoráveis para melhoria do repertório motor e habilidades coordenativas. Ênfase no desenvolvimento multilateral da iniciação esportiva, mostrando ao indivíduo exercícios que auxiliem no aprendizado de movimentos fundamentais para a escolha de um futuro esporte, ou seja, dar ao mesmo condições e opções para que a escolha parta por livre e espontânea vontade e não por falta de possibilidades. Isso quer dizer que mesmo em aulas específicas de Basquetebol, é essencial que o profissional propicie ao aluno diversas oportunidades de vivência motora. Estas são características presentes na primeira fase.
Desse modo, nós profissionais da área de Educação Física, devemos procurar promover uma alfabetização motora, com objetivo de ampliar repertório motor que está diretamente ligada à próxima fase do desenvolvimento motor do indivíduo. 
Por sua vez, na segunda fase, a da aprendizagem motora, as habilidades motoras básicas devem entrar em um processo de transição que levará o indivíduo para experiências mais elaboradas e que farão com que o desenvolvimento do jovem seja de forma mais moderada e progressivamente a intensidade vai sendo introduzida de forma que haja espaço para aparição gradativa de outros aspectos importantes, como por exemplo encorajamento e diferenças individualizada. Nesta fase, são introduzidos atividades e aspectos de modalidades mais específicas, assim como a introdução do indivíduo em competições, não apenas com objetivos para formação do atleta, mas sim do ser humano. 
A terceira fase, a da prática motora já é mais específica e está associada à especialização esportiva, entre os 16 e 18 anos e que é caracterizada pelo aperfeiçoamento de capacidades motoras da modalidade escolhida pelo indivíduo. Esta terceira fase é considerada mais singular, uma vez que preza pela especificidade de aperfeiçoamento das habilidades em relação à modalidade esportiva praticada, sendo este um período de refinamento das habilidades motoras, com o objetivo de ter o refinamento da habilidade motora completamente estabelecido, sendo oportuno aos técnicos oferecer oportunidades e experiências de exploração de habilidades do jogo em conjunto com estratégias e experimentações táticas. 
A quarta e última etapa, denomina por Fase de Especialização, se refere ao momento em que o atleta busca a perfeição e personalização dos movimentos, com objetivo de máximo desempenho motor e resultados que considere satisfatório em processos competitivos. Sendo assim, o treinamento deve conter atividades que adaptem especificidades da modalidade e permitir ao atleta que ele resolva situações problemas inseridos no contexto dos jogos através da tomada de decisão, procurando esta ser a mais consciente e correta possível, com base nos treinamentos. 
DESENVOLVIMENTO MOTOR E BASQUETEBOL: PERSPECTIVAS PARA APRENDIZAGEM
Neste tópico do relatório, cabe a nó através da leitura levarmos em consideração os aspectos teóricos dos processos e etapas de aprendizagem, cuja compreensão auxilia o técnico esportivo na apresentação de novos problemas motores e cognitivos e de tarefas. 
No estágio cognitivo ou inicial de aprendizagem, é comum apresentarem erros na performance que geram sobrecargas nos mecanismos de atenção dos alunos, sendo ele capaz de associar os erros porém ainda não é capaz de solucioná-los, exigindo assim maior esforço cognitivo e maior atenção no processo de aprendizagem do movimento por parte do iniciante. 
Após certo período de prática, no estágio associativo, o aluno consegue realizar os movimentos com facilidades, até mesmo dominando boa parte deles, a quantidade de erros diminui e sua capacidade de detecção aumenta devido à sua maior taxa de concentração na hora de execução daquilo que lhes é proposto. Em consequência disso, o desempenho é facilitado. 
No estágio autônomo, o atleta consegue realizar a atividade de forma “sem-pensar” ou automática, sem a necessidade de dedicação de atenção na realização dos movimentos propostos. Nesta fase o indivíduo é capaz de detectar seus erros e ele mesmo corrigi-los, sendo assim capaz de direcionar os aspectos da atenção e performance ao ambiente estratégico-tático do jogo. 
Há autores que defendem que no final destes três estágios o jogador é capaz de manter a posse de bola e ao mesmo tempo fazer movimentos de drible e deslocamento, no caso do Basquetebol. Porém há aqueles autores que sintetizam as características de aprendizagem dos atletas e as dividem em faixas etárias.
Diante dos fatos apresentados, podemos afirmar que o processo de formação motora do jogador de Basquetebol é um desafio para o técnico esportivo, cercado de múltiplos conhecimentos e habilidades necessárias para lidas com as diferentes fases deste processo. 
DESENVOLVIMENTO MOTOR NO BASQUETEBOL: ASPECTOS METODOLÓGICOS
Segundo os autores do texto em questão, consideramos seis os fundamentos presentes na modalidade do Basquetebol, sendo eles: controle de corpo, manipulação de bola, passe, drible, arremesso e rebote.
Os fundamentos são habilidades motoras inerentes à modalidade e que devem ser apresentadas, praticadas e especializadas ao longo dos anos de treinamento e prática. 
Na perspectiva tradicional, esses fundamentosforam tratados a partir de exercícios analíticos e trabalhados fora do contexto de jogo. Porém a discussão fico no entorno da questão de que segundo os autores, é importante que os jogadores conheçam tanto as táticas como as técnicas do jogo, com espaço para manifestações individuais, sendo de competência do técnico esportivo possuir diversas estratégias que diversifiquem os processos pedagógicos, tendo como centro principal o atleta em questão.
Sob a ótica da Pedagogia do Esporte, o Basquetebol deve ser abordado não somente como um espaço de aprendizagem motora, mas além, um ambiente de compreensão de jogo e de vivência de valores e modelos de comportamento que podem e devem ser aplicados no convívio em sociedade. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
É fundamental que o processo de formação integral do atleta seja o objetivo principal no foco do ensino da modalidade Basquetebol, sendo que os processos pedagógicos devem compreender aspectos biológicos, cognitivos, psicológicos e fisiológicos e não somente o motor. 
 Considerando as fases de desenvolvimento do atleta, assim como os estágios cognitivos, associativos e de aprendizagem, estratégias metodológicas de ensino devem inter-relacionar princípios analíticos e globais-funcionais, sendo recomendada com base na literatura uma maior ênfase no segundo princípio, o global-funcional. 
Portanto a participação de atletas em diferentes formas de jogo mostra-se fundamental. É através destas participações que gestos técnicos articulados em situações de jogo são desenvolvidas, e além disso a possibilidade de reflexão tática para compreensão das razões de certos movimentos e atitudes se torna possível.

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