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SUMÁRIO
Apresentação ............................................................................................ 3
Inquérito Policial ....................................................................................... 4
Prisão em Flagrante ................................................................................... 41
Prisão Temporária ..................................................................................... 64
Prisão Preventiva ....................................................................................... 71
Medidas Cautelares Diversas da Prisão ......................................................... 90
Fiança ...................................................................................................... 98
APRESENTAÇÃO
Prezados alunos,
Eu sou o professor Carlos Alfama.
Atualmente, exerço o cargo de Delegado de Polícia no estado de São Paulo. 
Também sou professor da Zero Um Concursos (curso on-line para concursos policiais).
Preparei para vocês esta apostila com questões comentadas de Direito 
Processual Penal para ajudá-los no concurso da Polícia Civil do estado do Rio de 
Janeiro (PCERJ).
Espero sinceramente que este material seja útil na sua preparação.
Aproveite e conheça nosso curso on-line completo para a Polícia Civil do 
Estado do Rio de Janeiro (PCERJ). É só clicar no link abaixo:
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Se preferir, pode usar também o QR Code, que irá te direcionar 
para nosso curso completo para a PCSP (videoaulas e apostilas em 
PDF de todos os tópicos do edital).
Aproveite e siga a Zero Um Concursos no instagram 
(@zeroumconcursos). Todos os dias temos muito conteúdo gratuito 
para os concurseiros da área policial.
Grande abraço a todos.
Prof. Carlos Alfama (@profcarlosalfama)
Atualmente, o professor Carlos Alfama é 
Delegado de Polícia na PCSP. Autor do livro 
“Direito Processual Penal para Concursos”. Foi 
aprovado em 1º lugar no último concurso para 
Policial do Senado Federal (em 2012). Em 2019, foi 
aprovado, dentro do número de vagas, em todas 
as fases dos concursos para Delegado de Polícia 
da PCSP e para Delegado de Polícia da PCGO. É 
professor de Direito Penal e Direito Processual 
Penal na Zero Um Concursos.
https://portal.zeroumconcursos.com.br/cr200329(26)-pcrj-curso-on-line-para-inspetor-da-policia-civil-do-rio-de-janeiro
QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO PROCESSUAL PENAL
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ZERO UM CONCURSOS – Prof. Carlos Alfama
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INQUÉRITO POLICIAL 
1. Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José 
passou a portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação 
legal. O comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação 
policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à 
delegacia, onde foi instaurado inquérito policial. Tendo como referência essa situação 
hipotética, julgue o item seguinte. O inquérito instaurado contra José é procedimento 
de natureza administrativa, cuja finalidade é obter informações a respeito da autoria 
e da materialidade do delito.
2. O inquérito policial, procedimento persecutório de caráter administrativo instaurado 
pela autoridade policial, tem como destinatário imediato o Ministério Público, titular 
único e exclusivo da ação penal.
3. Toda e qualquer infração penal é investigada através do inquérito policial.
4. No CPP, não há distinção entre prova e elemento informativo da investigação.
5. O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo, 
entretanto, nada obsta que o juiz absolva o réu por decisão fundamentada 
exclusivamente em elementos informativos colhidos na investigação.
6. A recente jurisprudência do STJ, em homenagem ao princípio constitucional do 
devido processo legal, firmou-se no sentido de que eventuais irregularidades 
ocorridas na fase investigatória, mesmo diante da natureza inquisitiva do 
inquérito policial, contaminam a ação penal dele oriunda.
7. O inquérito policial somente poderá ser avocado ou redistribuído, mediante 
decisão fundamentada de superior hierárquico, por motivo de interesse público ou 
por inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que 
prejudique a eficácia da investigação.
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8. O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria 
e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados 
os direitos e as garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa 
sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses 
de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais 
de que se acham investidos, em nosso País, os advogados, sem prejuízo da 
possibilidade – sempre presente no Estado Democrático de Direito – do permanente 
controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados, praticados pelos 
membros daquela instituição. 
9. O inquérito policial, na atual sistemática processual, é exclusivamente escrito, 
nos termos dos artigos 9º e 405, § 1º, ambos do Código de Processo Penal.
10. Tanto o acompanhamento do inquérito policial por advogado quanto seus 
requerimentos ao delegado caracterizam a observância do direito ao contraditório 
e à ampla defesa, obrigatórios na fase inquisitorial e durante a ação penal.
11. A autoridade policial poderá arquivar o inquérito policial se verificar que o fato 
criminoso não ocorreu.
12. Uma das características do inquérito policial é o sigilo, razão pela qual não 
poderá o defensor do indiciado ter acesso aos autos, ainda que em relação àquilo 
já documentado.
13. O inquérito policial é dispensável à propositura de ação penal, mas denúncia 
desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da autoria é denúncia sem justa 
causa.
14. O desenvolvimento da investigação no IP deverá seguir, necessariamente, 
todas as diligências previstas de forma taxativa no Código de Processo Penal, sob 
pena de ofender o princípio do devido processo legal. Além disso, há uma sequência 
preestabelecida de atos investigativos que devem ser realizados pela autoridade 
policial.
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15. A requisição do MP para instauração do IP tem a natureza de ordem, razão pela 
qual não pode ser descumprida pela autoridade policial, ainda que, no entender 
desta, seja descabida a investigação.
16. Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao 
anonimato, é vedada a instauração de inquérito policial com base unicamente em 
denúncia anônima, salvo quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito.
17. Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial poderá ser instaurado a 
requerimento da vítima ou do MP.
18. O conhecimento pela autoridade policial da infração penal por meio de 
requerimento da vítima denomina-se notitia criminis de cognição imediata.
19. Cabe ao promotor ou ao juiz, mediante requisição, determinar o indiciamento 
de alguém pela autoridade policial.
20. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido 
preso em flagrante, ou estiverpreso preventivamente, contado o prazo, nesta 
hipótese, a partir do dia em que o juízo houver expedido a ordem de prisão, ou no 
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
21. Se o órgão do MP, em vez de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento 
do inquérito policial, o juiz determinará a remessa de oficio ao tribunal de justiça 
para que seja designado outro órgão de MP para oferecê-la.
22. O Tribunal está obrigado a acolher a manifestação de arquivamento de 
investigação criminal formulada pelo Procurador-geral de Justiça, na hipótese de 
competência originária.
23. Mesmo depois de ordenado pela autoridade judiciária, em caso de arquivamento 
do inquérito por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá, se de 
outras provas tiver notícia, proceder a novas pesquisas.
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24. Na visão do pretório excelso, a decisão que determina o arquivamento do 
inquérito policial, a pedido do Ministério Público, quando o fato nele apurado for 
considerado atípico, produz, mais que preclusão, coisa julgada material, impedindo 
ulterior instauração de processo que tenha por objeto o mesmo episódio, mesmo 
com a existência de novas provas.
25. Há previsão de recurso de ofício em caso de arquivamento do inquérito policial 
que verse sobre crime contra a economia popular ou contra a saúde pública 
regrado pela Lei n. 1.521/51.
26. A jurisprudência dos tribunais superiores admite o arquivamento implícito, 
quando o promotor de justiça deixa de denunciar réu indiciado em inquérito policial.
27. Segundo a doutrina, arquivamento indireto do inquérito policial é o fenômeno 
de ordem processual que decorre de quando o titular da ação penal deixa de 
incluir na denúncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem expressa 
manifestação desse procedimento, e o juiz recebe a denúncia sem remeter a questão 
ao chefe institucional do Ministério Público.
28. Considere que a autoridade policial tenha instaurado inquérito para apurar a 
prática de crime cuja punibilidade fora extinta pela decadência. Nessa situação, 
ao tomar conhecimento da investigação, o acusado poderá se valer do habeas 
corpus para impedir a continuação da investigação e obter o trancamento do 
inquérito policial.
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GABARITO
1. C
2. E
3. E
4. E
5. C
6. E
7. C
8. C
9. E
10. E
11. E
12. E
13. C
14. E
15. C
16. C
17. E
18. E
19. E
20. E
21. E
22. C
23. C
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25. C
26. E
27. E
28. C
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QUESTÕES COMENTADAS
1. Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José 
passou a portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação 
legal. O comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação 
policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à 
delegacia, onde foi instaurado inquérito policial. Tendo como referência essa situação 
hipotética, julgue o item seguinte. O inquérito instaurado contra José é procedimento 
de natureza administrativa, cuja finalidade é obter informações a respeito da autoria 
e da materialidade do delito.
Gabarito: certo.
O inquérito policial é um procedimento destinado a apurar a materialidade1 e a 
autoria2 de uma infração penal por meio da realização de um conjunto de diligências 
investigativas3, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo.
1 Apurar a materialidade significa apurar se o fato investigado configura 
crime e, caso configure, qual foi o crime praticado.
2 Apurar a autoria significa apurar quem praticou o crime e em quais 
circunstâncias.
3 Diligências investigativas são as ações de investigação realizadas pela 
autoridade policial para apuração da conduta investigada.
 Exemplo: oitiva das testemunhas, perícias, etc.
Quanto à natureza do inquérito policial, é importante lembrar que se trata de 
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO! Logo:
• não é processo. E não é processo porque não se estabelece; no inquérito 
policial, a relação processual (partes e juiz imparcial). Além disso, no inquérito 
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policial ainda não há o exercício da pretensão acusatória, em outras palavras, 
ninguém é acusado da prática de delitos no curso do inquérito policial, tanto é 
que o resultado das investigações não é a aplicação de uma sanção penal, mas 
sim um relatório das ações de investigação realizadas.
• Não é judicial, pois não é conduzido por um juiz, mas por uma autoridade 
policial.
2. O inquérito policial, procedimento persecutório de caráter administrativo instaurado 
pela autoridade policial, tem como destinatário imediato o Ministério Público, titular 
único e exclusivo da ação penal.
Gabarito: errado.
Na sua prova, você não pode esquecer quem são os destinatários do inquérito policial.
• Destinatários imediatos: são os titulares da ação penal: 
• o Ministério Público, titular exclusivo da ação penal pública (CF/88, art. 
129, I); e 
• o ofendido, titular da ação penal privada (CPP, art. 30).
• Destinatário mediato: o Poder Judiciário, que se utilizará dos elementos de 
informação constantes do inquérito policial para auxiliar na formação de seu 
convencimento sobre o mérito e para decidir sobre a decretação de medidas 
cautelares.
3. Toda e qualquer infração penal é investigada através do inquérito policial.
Gabarito: errado.
As infrações de menor potencial ofensivo são investigadas por meio do termo 
circunstanciado.
O termo circunstanciado, previsto na Lei nº 9.099/1995, é o método investigativo 
destinado a apurar as infrações de menor potencial ofensivo (IMPO).
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Infrações de menor potencial ofensivo são:
• as contravenções penais; e 
• os crimes cuja pena máxima não seja superior a 02 anos, cumulados ou não com 
multa.
As infrações de menor potencial ofensivo são investigadas por meio do termo 
circunstanciado, por ser um procedimento que garante maior celeridade 
e simplicidade nas investigações. Em verdade, o termo circunstanciado é 
extremamente simples, muito semelhante a um boletim de ocorrência, em que 
se registram as informações sobre o delito prestadas pelos envolvidos (vítima, 
testemunhas e investigado).
O STJ entendeque, nas infrações de menor potencial ofensivo, a autoridade policial 
pode substituir o termo circunstanciado pelo inquérito policial quando a complexidade 
ou as circunstâncias do caso assim recomendem (STJ, HC nº 26.988/SP).
RELEMBRANDO
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4. No CPP, não há distinção entre prova e elemento informativo da investigação.
Gabarito: errado.
No Direito Processual Penal, há uma distinção conceitual entre a terminologia 
“prova” e a terminologia “elemento informativo”.
Essa diferença entre prova e elementos de informação é expressa no art. 155 do 
Código de Processo Penal:
CPP, art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da 
prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar 
sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos 
na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e 
antecipadas.
Da análise do dispositivo e da doutrina, podemos sintetizar a diferença existente no 
seguinte quadro:
PROVAS ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO
Em regra, são informações 
sobre a materialidade e a 
autoria produzidas na fase 
judicial.
São informações sobre a 
materialidade e a autoria 
produzidas na fase de 
investigação preliminar.
Assim, no inquérito policial, em regra, não há colheita de provas, mas sim de 
elementos de informação. 
Exceções são as provas cautelares, as provas não repetíveis e as provas antecipadas, 
que são informações sobre o crime produzidas na fase investigatória, mas que 
possuem natureza jurídica de “prova”. 
As provas cautelares, as provas não repetíveis e as provas antecipadas serão estudadas 
no material referente às PROVAS NO PROCESSSO PENAL. Nesse momento inicial, 
apenas nos cabe entender as diferenças entre provas e elementos informativos. 
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Em relação a essa distinção (entre provas e elementos informativos), outras diferenças 
que podem ser apontadas são as seguintes:
PROVAS ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO
Na produção das provas, é 
assegurado o contraditório e a 
ampla defesa.
Não é assegurado o contraditório 
e ampla defesa na produção de 
elemento informativos.
A produção da prova se sujeita 
ao princípio da identidade 
física do juiz (art. 399, §2º, 
CPP). As provas devem, via 
de regra, ser produzidas na 
presença do juiz que vai proferir 
a sentença.
Os elementos informativos não são 
produzidos na presença do juiz, 
mas sim na presença da autoridade 
policial.
Finalidade da produção das 
provas: formar a convicção do 
juiz da causa acerca do fato em 
julgamento.
Finalidades da produção dos 
elementos informativos: 
• auxiliar na formação da opinio 
delicti (opinião do MP acerca do 
fato investigado);
• fundamentar a decretação de 
medidas cautelares.
Por ser um procedimento destinado a colher elementos informativos sobre o crime, 
o inquérito policial é classificado como PROCEDIMENTO INFORMATIVO.
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5. O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo, 
entretanto, nada obsta que o juiz absolva o réu por decisão fundamentada 
exclusivamente em elementos informativos colhidos na investigação.
Gabarito: certo.
Analisar qual é o valor probatório do inquérito policial é identificar a possibilidade de 
o juiz fundamentar sua decisão com base nos elementos nele colhidos. 
Nesse sentido, podemos dizer que o inquérito policial tem um VALOR PROBATÓRIO 
RELATIVO.
Isso porque, isoladamente, os elementos informativos produzidos nos IP não 
podem servir de fundamento para uma condenação. Ou seja, o juiz não pode 
condenar alguém exclusivamente com base em elementos informativos.
Todavia, em conjunto com provas produzidas em contraditório judicial, os 
elementos produzidos no IP podem, sim, influenciar na formação da convicção 
do julgador (STF, HC 83.348).
Em relação à sentença absolutória (decisão judicial que absolve o réu), é certo que 
o juiz pode concedê-la somente com base nos elementos do IP.
6. A recente jurisprudência do STJ, em homenagem ao princípio constitucional 
do devido processo legal, firmou-se no sentido de que, em regra, eventuais 
irregularidades ocorridas na fase investigatória, mesmo diante da natureza 
inquisitiva do inquérito policial, contaminam a ação penal dele oriunda.
Gabarito: errado.
É recorrente em questões de concursos a questão sobre o efeito de eventuais 
irregularidades ou vícios que porventura ocorram no transcorrer do inquérito policial.
 CUIDADO!
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Em decorrência do caráter meramente informativo do inquérito policial, o 
posicionamento pacificado dos tribunais superiores é no sentido de que, em regra, os 
eventuais vícios ocorridos no inquérito policial não são hábeis a contaminar 
a ação penal.
EXCEÇÕES! Haverá a extensão da nulidade à eventual ação 
penal nos seguintes casos:
• se houver violações de garantias constitucionais e legais 
expressas e o órgão ministerial, na formação da opinio 
delicti, não consiguir afastar os elementos informativos 
maculados para persecução penal em juízo. Exemplo: 
situação em que todos os elementos informativos 
do inquérito policial derivaram de uma interceptação 
telefônica ilícita;
• se o advogado nomeado do investigado for impedido de 
assisti-lo em seu interrogatório policial. Esse vício ensejará 
nulidade absoluta do ato de interrogatório e dos atos dele 
derivados, nos termos da Lei nº 13.245/2016.
7. O inquérito policial somente poderá ser avocado ou redistribuído, mediante 
decisão fundamentada de superior hierárquico, por motivo de interesse público ou 
por inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que 
prejudique a eficácia da investigação.
Gabarito: certo.
LEI Nº 12.830/13. Art. 2º, §4º. O inquérito policial ou outro 
procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado 
ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho 
fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses 
de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da 
corporação que prejudique a eficácia da investigação.
A avocação ou redistribuição de investigação criminal conduzida por delegado 
de polícia por superior hierárquico somente pode ser feita mediante despacho 
motivado em duas situações:
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• motivo de interesse público;
• inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da 
corporação que prejudique a eficácia da investigação.
8. O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria 
e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados 
os direitos e as garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa 
sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses 
de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais 
de que se acham investidos, em nosso País, os advogados, sem prejuízo da 
possibilidade – sempre presente no Estado Democrático de Direito – do permanente 
controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados, praticados pelos 
membros daquela instituição. 
Gabarito: certo.
No dia 14 de maio de 2015, o Plenário do STF, no julgamento do RE 593727 (recurso 
esse que teve reconhecida a repercussão geral), confirmou seu entendimento de que 
o Ministério Público tem atribuição para promover, por autoridade própria e por prazo 
razoável, investigações de natureza penal.
REQUISITOS:
• Devem ser respeitados os direitos e garantias fundamentais dos investigados;
• A atuação do MP fica sob permanente controle jurisdicional;
• Devem ser respeitadas as hipóteses constitucionais de reserva de jurisdição;
• Devem ser respeitadas as prerrogativas garantidas aos advogados.
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• EXCEPCIONALIDADE! A investigação criminal não é atividade ordinária do 
Ministério Público, somente podendo ser exercida em casos excepcionais, como 
nos casos de procrastinação da investigação pelos órgãos policiais, crimes de 
abuso de autoridade, crimes contra a Administração Pública e crimes praticados 
por policiais.
Vale lembrar ainda a Súmula nº 234, STJ: “A participação de membro do MP na 
fase investigatória não acarreta o seu impedimento ou suspeição para oferecimento 
da denúncia”.
O principal fundamento da investigação pelo Ministério Público é a TEORIA DOS 
PODERES IMPLÍCITOS. 
Segundo essa teoria, a expressa outorga ao Ministério Público da competência para 
promover a ação penal pública pressupõe que se reconheça, ainda que por implicitude, 
a titularidade de meios destinados colheita de informações sobre a infração penal, 
conferindo-se, com isso, efetividade aos fins constitucionalmente reconhecidos órgão.
Apesar de o MP poder investigar crime, jamais pode presidir inquéritos policias. 
A investigação pelo MP é feita por meio de procedimento próprio, qual seja o PIC – 
Procedimento Investigatório Criminal.
9. O inquérito policial, na atual sistemática processual, é exclusivamente escrito, 
nos termos dos artigos 9º e 405, § 1º, ambos do Código de Processo Penal.
Gabarito: errado.
De nada serviria um inquérito policial oral, visto que sua finalidade é subsidiar uma 
ação penal. 
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Nesse sentido, o art. 9º do CPP determina que 
todas as peças do Inquérito policial serão, num só processado, 
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela 
autoridade.
Do dispositivo se extrai a informação de que todas as diligências investigativas 
devem ser registradas por escrito, para que seja possível levar as informações 
apuradas aos responsáveis pela persecução penal.
Apesar do que determina o art. 9º do CPP, é possível a utilização de recursos 
audiovisuais para a gravação de diligências investigativas realizadas no curso do 
inquérito policial.
Aliás, não é somente possível, como é recomendável que a autoridade policial o faça 
quando for possível, por força de determinação expressa do CPP:
Art. 405, §1º, CPP. Sempre que possível, o registro dos depoimentos 
do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos 
meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital 
ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior 
fidelidade das informações (alterado pela Lei nº 11.719/2008).
Apesar de o supracitado dispositivo legal estar previsto no Título do Código de Processo 
Penal que trata dos processos judiciais em espécies, ele se aplica também à fase de 
investigação preliminar, tanto é que utilizou os termos “investigado e indiciado”.
Assim, verifica-se que o inquérito policial não é um procedimento exclusivamente 
escrito, pois é possível o registro de suas diligências também de outra forma além 
da forma escrita.
10. Tanto o acompanhamento do inquérito policial por advogado quanto seus 
requerimentos ao delegado caracterizam a observância do direito ao contraditório 
e à ampla defesa, obrigatórios na fase inquisitorial e durante a ação penal.
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Gabarito: errado.
Prevalece o entendimento de que não há necessidade de observância do contraditório 
e da ampla defesa no inquérito policial. 
Ademais, em razão da inquisitoriedade do IP, não é obrigatória a atuação de advogado 
na defesa do investigado.
O único inquérito em que é assegurado o contraditório é o instaurado pela polícia 
federal, a pedido do Ministro da Justiça, visando à expulsão de estrangeiro (Decreto 
nº 86.715/1981).
ATUAÇÃO DO ADVOGADO NA FASE INQUISITIVA (LEI Nº 13.245/2016) 
A Lei n º 13.245/216 alterou o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados 
do Brasil (Lei nº 8.906/1994) e inclui nele vários direitos aos advogados na fase 
inquisitiva:
• Direito de examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir 
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de 
qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, 
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital (art. 7º, 
XIV da Lei nº 8.906/1994).
• Direito de assistir a seus clientes durante investigação, sob pena de nulidade 
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de 
todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados 
(art. 7º, XXI da Lei nº 8.906/1994).
• Direito de apresentar razões e quesitos (art. 7º, XXI, ‘a’ da Lei nº 8.906/1994).
Apesar de haver doutrina entendendo que, com essa alteração, passou a ser 
assegurado o contraditório e a ampla defesa no inquérito policial, não é essa a 
posição que prevalece.
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O entendimento que deve ser levado para provas de concurso é no sentido de que 
o inquérito policial continua sendo inquisitivo, ou seja, que continua não sendo 
assegurado o contraditório e a ampla defesa no inquérito policial.
Não obstante, o fato de não serassegurado o contraditório e a ampla defesa não afasta 
o plexo de direitos a que faz jus o investigado e seu advogado na fase inquisitória 
(direito ao silêncio, direito de acesso aos autos, etc).
Reforça esse entendimento o fato de que o advogado já tinha outros direitos 
assegurados em sua atuação na fase inquisitiva, dentre eles:
• direito de ingressar livremente as salas e dependências de audiências, secretarias, 
cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de 
delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente 
da presença de seus titulares;
• direito de permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados 
no item anterior, independentemente de licença;
• direito de reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal 
ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou 
regimento;
11. A autoridade policial poderá arquivar o inquérito policial se verificar que o fato 
criminoso não ocorreu.
Gabarito: errado.
A indisponibilidade do inquérito policial é figura repetida nas questões de concurso 
público sobre o tema! Importantíssimo saber que o inquérito é um PROCEDIMENTO 
INDISPONÍVEL! 
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Isso significa que, não obstante a discricionariedade na realização de diligências, 
depois de instaurado, a autoridade policial não pode mandar arquivar os 
autos do Inquérito policial (art. 17 do CPP), nem mesmo requerer o arquivamento 
ao juiz, já que o titular da ação penal é o Ministério Público.
A única conclusão possível do inquérito policial é o relatório previsto no art. 10, § 1°, 
do CPP: 
A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e 
enviará autos ao juiz competente.
12. Uma das características do inquérito policial é o sigilo, razão pela qual não 
poderá o defensor do indiciado ter acesso aos autos, ainda que em relação àquilo 
já documentado.
Gabarito: errado.
De fato, o inquérito policial é um procedimento sigiloso.
Isso porque o Código de Processo Penal dispõe:
Art. 20, CPP. A autoridade assegurará no Inquérito policial o sigilo 
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Esse dispositivo constitui uma limitação ao direito de obter informações de órgãos 
públicos, assegurado no art. 5°, XXXIII, da CF/88, e tem como finalidade garantir a 
eficácia do inquérito policial e garantir a intimidade do investigado.
Pode-se dizer ainda que o sigilo do inquérito policial consubstancia uma exceção à 
regra que vige no Direito Processual Penal no que diz respeito à publicidade dos 
atos processuais (CF/88, art. 5º, LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos 
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem).
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Não obstante o sigilo do inquérito policial, é possível, em hipóteses excepcionais, 
que seja dada publicidade a alguma diligência desse procedimento, desde que haja 
interesse público e que a divulgação não resulte em prejuízo para as investigações.
 
Exemplo: divulgação de retrato falado para localização de 
investigado.
No entanto, o sigilo do inquérito policial não se aplica a três pessoas:
• ao Ministério Público; 
• ao Juiz da causa; e 
• ao advogado do investigado (representando o interesse do próprio 
investigado).
Em relação ao advogado do defensor, era tão comum que lhes fossem negados o 
acesso aos autos do inquérito policial que o Supremo Tribunal Federal editou uma 
Súmula Vinculante:
Súmula Vinculante n° 14: É direito do defensor, no interesse do representado, 
ter amplo acesso aos elementos de prova que, já documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa.
A pergunta mais comum sobre o acesso do advogado é a seguinte: 
CONSIDERANDO QUE O SIGILO NÃO PODE 
SER OPOSTO AO DEFENSOR, COMO A AUTORIDADE POLICIAL 
FARÁ PARA GARANTIR A EFICÁCIA DE DILIGÊNCIAS
 QUE DEPENDEM DO SIGILO PARA SEU ÊXITO?
 SÚMULA
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No caso de uma decretação judicial de interceptação das comunicações telefônicas, 
por exemplo, o conhecimento pelo advogado dessa decisão certamente impediria 
o sucesso das investigações, já que o investigado jamais revelaria em uma conversa 
telefônica qualquer informação sobre o esquema criminoso em que está envolvido 
sabendo que suas ligações estão sendo captadas.
Nesse sentido, pensando em munir a autoridade policial de meios legítimos para evitar 
o conhecimento pelo indiciado e seu defensor de procedimentos ainda em trâmite, 
percebam que a súmula apenas garantiu acesso do defensor às informações 
já introduzidas nos autos do inquérito, não abrangendo, portanto, as diligências 
investigativas ainda em curso (STF: HC 82.354).
No caso da interceptação telefônica, por exemplo, o advogado apenas tem acesso 
a essa diligência após o fim do procedimento, com a juntada da transcrição das 
conversas captadas na interceptação telefônica aos autos.
13. O inquérito policial é dispensável à propositura de ação penal, mas denúncia 
desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da autoria é denúncia sem justa 
causa.
Gabarito: certo.
A dispensabilidade do inquérito policial é uma das questões mais cobradas em 
concursos públicos sobre o tema. Por isso é importantíssimo saber:
O inquérito policial é um procedimento DISPENSÁVEL! Isso significa que o titular da 
ação penal pode propô-la independentemente da instauração de inquérito 
policial, desde que conte com elementos de informação suficientes para um 
lastro probatório mínimo.
 CUIDADO!
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• FUNDAMENTO LEGAL: Art. 39. § 5º O órgão do Ministério Público dispensará 
o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem 
a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 
quinze dias.
A ação penal proposta sem um mínimo de elementos de informação que apontem 
para a fidedignidade da acusação proposta em juízo constitui ação penal sem justa 
causa.
14. O desenvolvimento da investigação no IP deverá seguir, necessariamente, 
todas as diligências previstas de forma taxativa no Código de Processo Penal, sob 
pena de ofender o princípio do devido processo legal. Além disso, há uma sequência 
preestabelecida de atos investigativos que devem ser realizados pela autoridade 
policial.
Gabarito: errado.
O inquérito policial é um procedimento administrativo pautado pela 
DISCRICIONARIEDADE! Isso significa que, em regra, a autoridadepolicial pode 
proceder às diligências investigativas que julgar convenientes no momento que 
achar mais oportuno para a investigação da infração penal, obedecendo sempre os 
requisitos legais de cada caso.
A autoridade policial pode, por exemplo, optar por fazer a reprodução simulada dos 
fatos (reconstituição do crime) ou deixar de fazer, por considerar irrelevante para a 
apuração da infração penal.
Em razão da discricionariedade do IP, o delegado não é obrigado a seguir uma 
sequencia preestabelecida de atos no seu desenvolvimento. Assim, diferente 
do que ocorre no procedimento judicial, o interrogatório do investigado não 
necessariamente será a última diligência do procedimento. 
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Ainda como decorrência da discricionariedade do inquérito policial, o CPP assim 
dispõe:
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão 
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da 
autoridade.
Segundo o dispositivo, o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado podem 
requerer a realização de ações de investigação à autoridade que conduz o inquérito 
policial, mas cabe a essa última avaliar se a diligência requerida pode ou não auxiliar 
no esclarecimento do fato investigado. 
Caso a autoridade policial entenda que se trata de diligência meramente protelatória, 
poderá indeferir o requerimento.
15. A requisição do MP para instauração do IP tem a natureza de ordem, razão pela 
qual não pode ser descumprida pela autoridade policial, ainda que, no entender 
desta, seja descabida a investigação.
Gabarito: certo.
É função institucional do MP requisitar diligências investigativas (art. 129, VIII). 
Assim, diante da requisição do órgão ministerial, a autoridade policial é obrigada 
a realizar a diligência, salvo quando manifestamente ilegal.
Não há hierarquia entre Delegado de Polícia e membro do MP. A obrigatoriedade 
de atendimento à requisição se dá por força da previsão constitucional de que essa 
atividade (requisitar diligências e a instauração do inquérito policial) é atribuição do 
Ministério Público.
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16. Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao 
anonimato, é vedada a instauração de inquérito policial com base unicamente em 
denúncia anônima, salvo quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito.
Gabarito: certo.
A questão que repetidamente cai em provas de concursos sobre esse tema é o 
efeito da notícia anônima, também denominada de DELATIO CRIMINIS 
INQUALIFICADA. O tema já foi pacificado na jurisprudência.
Diante da vedação ao anonimato na Constituição Federal e diante da impossibilidade 
de responsabilização do falso delator na notícia anônima, entende-se que não é 
possível a instauração do Inquérito policial com base, exclusivamente, em 
uma delatio criminis inqualificada! 
Todavia, isso não significa que a notícia anônima não seja admitida no ordenamento 
jurídico brasileiro. 
A notícia anônima é, sim, admitida em nosso ordenamento jurídico. Diante 
de uma notícia anônima (delatio criminis inqualificada), a autoridade policial deve 
verificar a procedência das informações por meio de diligências cabíveis, e, caso 
seja constatada a veracidade da notícia, é perfeitamente possível a instauração do 
inquérito policial!
EXCEÇÃO: será possível a instauração de inquérito policial 
unicamente com base em notícia anônima quando ela 
for recebida por meio de um documento apócrifo que 
constituir o próprio corpo de delito (STF, Inq 1957/
PR). 
Exemplo: declaração particular ideologicamente falsa sem 
assinatura do declarante.
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17. Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial poderá ser instaurado a 
requerimento da vítima ou do MP.
Gabarito: errado.
Nos crimes de ação penal privada, a autoridade policial não pode instaurar o inquérito 
mediante requerimento do MP. Também não pode instaurá-lo de ofício ao tomar 
conhecimento da prática de infração penal.
Isso porque, conforme preceitua o art. 5°, § 5o, do CPP, “nos crimes de ação privada, 
a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento 
de quem tenha qualidade para intentá-la”.
18. O conhecimento pela autoridade policial da infração penal por meio de 
requerimento da vítima denomina-se notitia criminis de cognição imediata.
Gabarito: errado.
Notitia Criminis é a notícia do crime. Trata-se do conhecimento, espontâneo ou 
provocado, pela autoridade, da prática de um delito.
As espécies de Notitia Criminis são as seguintes:
Notitia Criminis de cognição imediata (espontânea ou direta) 
Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso por meio 
de suas atividades rotineiras.
Notitia Criminis de cognição mediata (provocada ou indireta)
Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento da prática da infração penal 
por meio de um documento escrito. 
Exemplo: requisição do MP.
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Notitia Criminis de cognição coercitiva
Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento da infração penal por meio 
da apresentação de pessoa presa em flagrante.
IMPORTANTE REVISAR: conforme já estudamos, quando há uma delatio criminis 
inqualificada, só se instaurará o inquérito se verificada, por meio de diligências 
policiais preliminares, a veracidade das informações. Em razão disso, a delatio 
criminis inqualificada é considerada pela maior parte da doutrina como 
Notitia Criminis de Cognição Imediata!
19. Cabe ao promotor ou ao juiz, mediante requisição, determinar o indiciamento 
de alguém pela autoridade policial.
Gabarito: errado.
Indiciamento é um ato privativo da autoridade policial que consiste em atribuir a 
autoria da infração penal a determinada pessoa!
Sendo ato privativo do Delegado de Polícia, não é possível ao Ministério Público ou ao 
juiz requisitarem o indiciamento à autoridade policial (Informativo nº 552, STJ).
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OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA REVISÃO:
• ATO VINCULADO: prevalece o entendimento de que o indiciamento é ato 
vinculado, ou seja, a autoridade policial, ao se convencer da autoria do crime 
por determinada pessoa, deve indiciá-la.
• REQUISITOSDO INDICIAMENTO (Lei nº 12.830/213, art. 2º, § 6º): 
• Deve ser um ato formal;
• Deve ser fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato;
• Deve indicar a materialidade, autoria e as circunstâncias da infração 
penal.
• MOMENTO: o indiciamento pode ser feito durante toda a investigação (desde a 
peça inaugural até o relatório final da autoridade policial).
Importante! O indiciamento formal após o recebimento da denúncia gera 
constrangimento ilegal (STJ, 6ª Turma, HC 182.455 SP).
• ESPÉCIES: a doutrina classifica o indiciamento em duas espécies:
• indiciamento direto: ocorre quando o indiciamento é feito na presença do 
investigado; é a regra.
• indiciamento indireto: ocorre quando o indiciamento não é feito na presença 
do investigado. Pode ser feito quando o investigado não é encontrado ou quando 
é intimado e não comparece.
20. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido 
preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta 
hipótese, a partir do dia em que o juízo houver expedido a ordem de prisão, ou no 
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
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Gabarito: errado.
O Código de Processo Penal determina que o inquérito policial deve terminar no 
prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver 
preso preventivamente, contado o prazo, nessa hipótese, a partir do dia em 
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver 
solto, mediante fiança ou sem ela.
O erro da questão está na parte que fala “contado o prazo, nesSa hipótese, a partir 
do dia em que o juízo houver expedido a ordem de prisão”. 
Na verdade, em caso de indiciado preso, o prazo é contado da data em que executar 
a ordem de prisão.
É Importante observar, para revisão, que pode ser prorrogado o prazo do inquérito 
policial no caso de investigado solto!
Sintetizando as informações mais importantes sobre o prazo do IP:
PRAZOS DO INQUÉRITO POLICIAL NO CPP
INDICIADO PRESO (PRISÃO 
EMFLAGRANTE OU PREVENTIVA) INDICIADO SOLTO
10 dias 30 dias
Contados da data em que se executar 
a ordem de prisão.
Contados da data do ato inaugural do 
inquérito policial.
Não há previsão legal para prorrogação 
do inquérito policial. 
O mero descumprimento do prazo não 
enseja revogação da prisão, no entanto 
o excesso desarrazoado do prazo 
pode sim ensejar revogação da prisão 
preventiva (STJ, 6ª T., HC 44.604/RN). 
O I.P. pode ser prorrogado pelo 
prazo assinalado pelo juiz nos 
casos em que a complexidade 
da investigação ou o número de 
investigados exigirem.
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Esses são os prazos gerais, que se aplicam caso não haja previsão diversa em lei 
específica. 
Além dos prazos previstos no CPP, há prazos diferenciados previstos em leis especiais, 
situações em que deixa de valer o prazo geral previsto no CPP e passam a ser 
aplicados os prazos especiais. A conclusão deriva do princípio da especialidade, 
utilizado para resolver o conflito aparente de leis, segundo o qual a norma especial 
afasta a aplicação da norma geral (lex especialis derrogat lex generalis).
Os prazos especiais do inquérito policial são os seguintes:
PRAZOS ESPECIAIS DO INQUÉRITO POLICIAL
INDICIADO PRESO INDICIADO SOLTO
CRIMES FEDERAIS
(Lei nº 
5.010/1996)
15 dias prorrogáveis por 
até mais 15 dias (art. 
66).
30 dias (como a Lei nº 
5.010/1996 não dispõe, 
aplica-se o prazo do CPP, 
cabendo ampliação).
Lei de Drogas 30 dias (duplicável, ouvido o MP).
90 dias (duplicável, ouvido o 
MP).
Código de Processo 
Penal Militar 
(art. 20)
20 dias
40 dias, prorrogável por mais 
20 pela autoridade militar 
superior.
Crimes contra a 
Economia Popular 
(Lei nº 1.521/51)
10 dias, preso ou solto.
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21. Se o órgão do MP, em vez de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento 
do inquérito policial, o juiz determinará a remessa de oficio ao tribunal de justiça 
para que seja designado outro órgão de MP para oferecê-la.
Gabarito: errado.
Conforme vimos, a autoridade policial não pode arquivar o inquérito policial, pois o 
arquivamento do inquérito policial é uma decisão judicial, sempre a pedido 
do titular da ação penal. 
Não há dúvida de que, se o juiz concordar com o pedido de arquivamento, o inquérito 
será arquivado. 
Todavia, se o juiz não concordar com o pedido de arquivamento do inquérito policial, 
feito pelo Ministério Público, deverá remetê-lo ao Procurador-Geral para que este:
• ofereça denúncia;
• designe outro órgão do MP para oferecer a denúncia;
• insista no arquivamento (só então o juiz estará vinculado a arquivar o I.P.).
Isso é exatamente o conteúdo do art. 28 do CPP, que consagra o princípio da 
devolução. PRINCÍPIO DA DEVOLUÇÃO: a remessa da promoção de arquivamento 
ao Procurador-Geral é denominada de “princípio da devolução”. Para simplificar o 
entendimento do procedimento, segue o mapa mental:
PROCEDIMENTO DE ARQUIVMANETO DO IP (ART. 28, CPP)
MP pede 
arquivamento
ARQUIVA!Juiz concorda
Juiz discorda
PGJ
Oferece 
denúncia
Designa outro 
órgão do MP
Insiste no 
arquivamento
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Apesar de não haver previsão legal, a doutrina entende que o Procurador-Geral de 
Justiça pode também requisitar diligências imprescindíveis.
22. O Tribunal está obrigado a acolher a manifestação de arquivamento de 
investigação criminal formulada pelo Procurador-geral de Justiça, na hipótese de 
competência originária.
Gabarito: certo.
O art. 28 do CPP (que determina que o juiz remeta o pedido de arquivamento do IP 
ao PGJ quando discordar das razões invocadas) não se aplica em dois casos:
• no caso de requerimento de arquivamento do IP nas hipóteses de atribuição 
originária do PGR ou do PGJ, é inviável a aplicação do procedimento do art. 
28 do CPP. A decisão de arquivamento nessa hipótese pode ser administrativa, 
pois, se remetida ao Poder Judiciário, este será obrigado a arquivar o inquérito 
policial (STF, Inq. 2054).
• no caso de requerimento de arquivamento do IP nas hipóteses de atribuição 
de membro do MPF que atua perante o STJ, não se aplica o art. 28 do 
CPP, pois a jurisprudência do STJ é no sentido de que os membros do MPF 
atuam por delegação do Procurador-Geral da República na instância especial 
(Informativo nº 558, STJ).
23. Mesmo depois de ordenado pela autoridade judiciária, em caso de arquivamento 
do inquérito por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá, se de 
outras provas tiver notícia, proceder a novas pesquisas.
Gabarito: certo.Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por 
falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas 
pesquisas, se de outras provas tiver notícia (CPP, art. 18).
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24. Na visão do pretório excelso, a decisão que determina o arquivamento do 
inquérito policial, a pedido do Ministério Público, quando o fato nele apurado for 
considerado atípico, produz, mais que preclusão, coisa julgada material, impedindo 
ulterior instauração de processo que tenha por objeto o mesmo episódio, mesmo 
com a existência de novas provas.
Gabarito: certo.
Sobre a coisa julgada na decisão de arquivamento do inquérito policial, é importante 
lembrar do seguinte:
Coisa julgada é a imutabilidade das decisões judiciais. Por questões de 
segurança jurídica, uma vez que uma decisão judicial é proferida, após o 
fim do prazo para recurso (se couber), essa decisão se torna imodificável. 
O arquivamento do inquérito policial, que é uma decisão judicial, pode ter diversos 
fundamentos; a depender desse fundamento, gerará coisa julgada formal e material 
ou apenas coisa julgada formal. 
• A COISA JULGADA FORMAL torna imutável a decisão somente no mesmo 
processo em se insere, sendo possível que nova decisão sobre os mesmos fatos 
se sobrevierem novos fatos. Trata-se de um fenômeno endoprocessual. 
Quando a decisão de arquivamento do inquérito policial gerar apenas coisa julgada 
formal, serão possíveis novas investigações, se surgirem notícias de novas provas.
• A COISA JULGADA MATERIAL é a imutabilidade da decisão dentro e fora do 
processo em que se insere. Pressupõe a coisa julgada formal, ou seja, sempre 
que a decisão gerar coisa julgada material, irá gerar também coisa julgada 
formal.
Quando a decisão de arquivamento do inquérito policial gerar coisa julgada material, 
isso significa que a autoridade não poderá sequer investigar mais o mesmo 
fato delituoso, sob pena de ofensa ao princípio do ne bis in idem! Ocorre quando 
houver decisão sobre o mérito da causa.
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FUNDAMENTO DO 
ARQUIVAMENTO
GERA COISA JULGADA 
MATERIAL? PREVISÃO LEGAL
FALTA DE BASE PARA 
A DENÚNCIA 
Não gera coisa julgada material, 
mas apenas coisa julgada formal
Depois de ordenado 
o arquivamento 
do inquérito pela 
autoridade judiciária, 
por falta de base 
para a denúncia, a 
autoridade policial 
poderá proceder a 
novas pesquisas, se 
de outras provas tiver 
notícia (CPP, art. 18).
AUSÊNCIA DE 
CONDIÇÃO DA AÇÃO 
(arquivamento 
provisório do IP)
Não gera coisa julgada material, 
mas apenas coisa julgada formal.
Não há.
MANIFESTA 
ATIPICIDADE DA 
CONDUTA
GERA COISA JULGADA FORMAL E 
MATERIAL! 
Obs.: gera coisa julgada material 
ainda que tenha sido tomada por juiz 
absolutamente incompetente (STJ, HC 
173.397/RS e STF, HC 83.346/SP).
Não há.
MANIFESTA 
EXCLUDENTE DE 
ILICITUDE
DIVERGÊNCIA NOS TRIBUNAIS 
SUPERIORES
STJ: GERA COISA JULGADA 
FORMAL E MATERIAL (STJ, REsp 
791.471/RJ)!
STF: GERA APENAS COISA 
JULGADA FORMAL (Informativo nº 
538, Informativo nº 796, Pleno do STF 
no HC 87.395/PR).
Não há.
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MANIFESTA 
EXCLUDENTE DE 
CULPABILIDADE, 
SALVO 
INIMPUTABILIDADE
GERA COISA JULGADA FORMAL E 
MATERIAL! 
Não há.
MANIFESTA 
EXCLUDENTE DE 
PUNIBILIDADE
GERA COISA JULGADA FORMAL E 
MATERIAL!
Exceção: se for fundamentada em 
documento falso não gera coisa julgada 
material (STF, HC 84.525). 
Não há.
25. Há previsão de recurso de ofício em caso de arquivamento do inquérito policial 
que verse sobre crime contra a economia popular ou contra a saúde pública 
regrado pela Lei n. 1.521/51.
Gabarito: certo.
A decisão de arquivamento, em regra, é irrecorrível!
Além disso, não é possível ação penal privada subsidiária da pública em face da 
decisão de arquivamento, pois não há inércia do Ministério Público nessa situação. 
Há, no entanto, EXCEÇÕES em que cabe recurso contra a decisão de 
arquivamento do inquérito policial:
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HIPÓTESE 
EXCEPCIONAL RECURSO CABÍVEL PREVISÃO LEGAL
Lei de Crimes Contra a 
Economia Popular Recurso de ofício Lei nº 1.521/1951 
(art. 7º)
Contravenções penais 
do Jogo do Bicho e de 
corrida de cavalo fora 
do hipódromo.
Recurso em Sentido 
Estrito. Lei nº 1.508/1951
Arquivamento de ofício 
pelo juiz. Correição parcial.
Trata-se de erro de 
procedimento para o 
qual não há recurso 
específico previsto em 
lei.
Casos de atribuição 
originária do 
Procurador-Geral de 
Justiça.
Recurso ao Colégio 
de Procuradores de 
Justiça.
Lei nº 8.625/1993 
(art.12).
26. A jurisprudência dos tribunais superiores admite o arquivamento implícito, 
quando o promotor de justiça deixa de denunciar réu indiciado em inquérito policial.
Gabarito: errado.
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O arquivamento implícito ocorre quando, havendo mais de um investigado ou mais 
de um crime sendo apurado no inquérito policial, o Ministério Público deixa de incluir 
um ou outro na denúncia bem como deixa de requerer o arquivamento em relação 
a um ou a outro e o juiz recebe a denúncia sem se manifestar sobre a omissão do 
parquet. 
ESPÉCIES DE ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO:
• ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO OBJETIVO: ocorre quando, havendo mais de 
um crime sendo apurado no inquérito policial, o Ministério Público deixa de 
requerer o arquivamento em relação a um ou a outro e o juiz recebe a denúncia 
sem se manifestar sobre a omissão do parquet.
• ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO SUBJETIVO: o arquivamento implícito ocorre 
quando, havendo mais de um investigado sendo investigado no inquérito 
policial, o Ministério Público deixa de incluir um ou outro na denúncia e o juiz 
recebe a denúncia sem se manifestar sobre a omissão do parquet.
A doutrina e a jurisprudência são pacíficas em não admitir o arquivamento 
implícito, pois todas as decisões do Ministério Público devem ser fundamentadas 
(STF, RHC 95.141/RJ). 
Para que o MP deixe de incluir algum crime apurado ou algum indiciado no IP, deve 
requerer o arquivamento em relação ao crime ou indiciado não incluído na denúncia.
JURISPRUDÊNCIA PARA REVISAR
STJ, HC 21.074: É inadmissível o oferecimento de ação penal privada subsidiária 
da pública no caso de arquivamento implícito. O juizdeve adotar o procedimento do 
art. 28 do CPP.
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27. Segundo a doutrina, arquivamento indireto do inquérito policial é o fenômeno 
de ordem processual que decorre de quando o titular da ação penal deixa de 
incluir na denúncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem expressa 
manifestação desse procedimento, e o juiz recebe a denúncia sem remeter a questão 
ao chefe institucional do Ministério Público.
Gabarito: errado.
O arquivamento indireto do inquérito ocorre quando o juiz não concorda com o pedido 
de declinação de competência formulado pelo MP. Como o juiz não pode obrigar o MP 
a oferecer a denúncia, deve adotar, por analogia, o procedimento do art. 28 do CPP 
para solucionar a controvérsia.
O erro da questão é descrever o arquivamento implícito e dizer que se refere à 
situação do arquivamento indireto.
28. Considere que a autoridade policial tenha instaurado inquérito para apurar a 
prática de crime cuja punibilidade fora extinta pela decadência. Nessa situação, 
ao tomar conhecimento da investigação, o acusado poderá se valer do habeas 
corpus para impedir a continuação da investigação e obter o trancamento do 
inquérito policial.
Gabarito: certo.
O trancamento também é denominado de encerramento anômalo do inquérito 
policial. 
O trancamento é medida a ser determinada pelo Poder Judiciário que acarreta a 
paralisação imediata de uma investigação criminal em andamento.
Trata-se de uma medida de natureza excepcional, somente possível em hipóteses 
excepcionais, como, por exemplo, as seguintes:
• manifesta atipicidade da conduta investigada; 
• presença de causa extintiva da punibilidade;
• instauração de Inquérito Policial em crime de ação penal pública condicionada ou 
de ação penal privada sem a representação ou requerimento, respectivamente.
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O instrumento jurídico utilizado para se obter o trancamento do inquérito policial é 
o habeas corpus, salvo quando não houver risco à liberdade de locomoção (hipótese 
em que o remédio cabível será o mandado de segurança).
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PRISÃO EM FLAGRANTE
1. A prisão em flagrante, medida cautelar, realiza-se no momento em que está 
ocorrendo ou termina de ocorrer o crime.
2. Com relação aos meios de prova e os procedimentos inerentes a sua colheita, 
no âmbito da investigação criminal, julgue o próximo item. A entrada forçada em 
determinado domicílio é lícita, mesmo sem mandado judicial e ainda que durante 
a noite, caso esteja ocorrendo, dentro da casa, situação de flagrante-delito nas 
modalidades próprio, impróprio ou ficto.
3. A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em 
período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a 
posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante-delito.
4. O fato de a autoridade policial encontrar provas que justifiquem o flagrante-
delito convalida a irregular entrada em residência sem autorização judicial e sem 
permissão do morador.
5. O cidadão que presenciar pessoa cometendo uma infração penal tem a obrigação 
de prendê-la em flagrante.
6. Admite-se a prisão em flagrante na modalidade de flagrante presumido de 
alguém perseguido pela autoridade policial logo após o cometimento de um crime e 
encontrado em situação que faça presumir ser ele o autor da infração.
7. Nas infrações permanentes, enquanto não cessar a permanência, entende-se o 
agente em flagrante-delito.
8. É possível a prisão em flagrante nos crimes habituais.
9. Nos crimes formais, o flagrante deve considerar o momento da produção do 
resultado naturalístico.
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10. Configura crime impossível o flagrante denominado esperado, que ocorre quando 
a autoridade policial, detentora de informações sobre futura prática de determinado 
crime, se estrutura para acompanhar a sua execução, efetuando a prisão no momento 
da consumação do delito.
11. O flagrante diferido que permite à autoridade policial retardar a prisão em 
flagrante com o objetivo de aguardar o momento mais favorável à obtenção de 
provas da infração penal prescinde, em qualquer hipótese, de prévia autorização 
judicial.
12. O indivíduo “A”, que coloca dolosamente sua carteira na mochila de “B”, para logo 
em seguida acionar a polícia, sob a alegação de haver sido furtado por “B”; tendo os 
policiais encontrado a carteira de “A” no interior da mochila de “B”, “B” é preso em 
flagrante pela prática de crime. A hipótese ora narrada é, pela doutrina, denominada 
flagrante urdido.
13. Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga 
ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, 
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, 
civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual 
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do estado.
14. Quando o fato for praticado na presença do Juiz de Direito, ou contra este, no 
exercício de suas funções, ele não poderá presidir o respectivo auto de prisão em 
flagrante, sob pena de ver afetada sua imparcialidade.
15. Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de fogo, 
policiais rodoviários federais foram comunicados de que o autor do delito se evadira 
por rodovia federal em um veículo cuja placa e características foram informadas. 
O veículo foi abordado por policiais rodoviários federais em um ponto de bloqueio 
montado cerca de 200 km do local do delito e que os policiais acreditavam estar na 
rota de fuga do homicida. Dada voz de prisão ao condutor do veículo, foi apreendida 
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arma de fogo que estava em sua posse e que, supostamente, tinha sido utilizada 
no crime. Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item. Durante o 
procedimento de lavratura do auto de prisão em flagrante pela autoridade policial 
competente, o policial rodoviário responsável pela prisão e condução do preso deverá 
ser ouvido logo após a oitiva das testemunhas e o interrogatório do preso.
16. João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito,subtraiu para si uma 
sacola de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição 
de caridade. João foi perseguido e preso em flagrante-delito por policiais que 
presenciaram o ato. Instaurado e concluído o inquérito policial, o Ministério Público 
não ofereceu denúncia nem praticou qualquer ato no prazo legal. Considerando a 
situação hipotética descrita, julgue o item a seguir. O prazo previsto para que a 
autoridade policial comunique a prisão de João ao juiz competente é de cinco dias.
17. Valter, preso em flagrante por suposta prática de furto simples, não pagou a 
fiança arbitrada pela autoridade policial, tendo permanecido preso até a audiência de 
custódia, realizada na manhã do dia seguinte a sua prisão. A partir dessa situação 
hipotética, julgue o seguinte item. Na audiência de custódia, ao entrevistar Valter, 
o juiz deverá abster- se de formular perguntas com a finalidade de produzir provas 
sobre os fatos objeto do auto da prisão em flagrante, mas deverá indagar acerca do 
tratamento recebido nos locais por onde o autuado passou antes da apresentação à 
audiência, questionando sobre a ocorrência de tortura e maus tratos.
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GABARITO
1. C
2. C
3. C
4. E
5. E
6. E
7. C
8. C
9. E
10. E
11. E
12. C
13. C
14. E
15. E
16. E
17. C
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QUESTÕES COMENTADAS
1. A prisão em flagrante, medida cautelar, realiza-se no momento em que está 
ocorrendo ou termina de ocorrer o crime.
Gabarito: Certo.
O termo “flagrante” tem origem etimológica no latim flagrare, que significa queimar. 
Nesse sentido, o momento do flagrante é o momento da infração penal ou aquele 
próximo ao cometimento da infração penal, ou seja, enquanto a conduta criminosa 
do agente ainda “queima”.
Diante disso, a doutrina conceitua a prisão em flagrante como a detenção do agente 
no momento de maior certeza da autoria do crime.
Quanto à natureza jurídica, prevalece que, de fato, trata-se de medida cautelar 
(prisão cautelar).
Isso porque, na prisão em flagrante, estão presentes os pressupostos gerais das 
medidas cautelares na prisão em flagrante: exige-se o “fumus comissi delicti”, 
pois deve haver fundadas razões de situação flagrancial; e exige-se o “periculum 
libertatis”, pois se a prisão não for efetuada há probabilidade de perda de informações 
relevantes para a elucidação do fato. 
Além disso, o próprio Código de Processo Penal define a prisão em flagrante como 
prisão cautelar:
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante-delito ou por ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de 
sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do 
processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.
§ 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a 
que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de 
liberdade.
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2. Com relação aos meios de prova e os procedimentos inerentes a sua colheita, 
no âmbito da investigação criminal, julgue o próximo item. A entrada forçada em 
determinado domicílio é lícita, mesmo sem mandado judicial e ainda que durante 
a noite, caso esteja ocorrendo, dentro da casa, situação de flagrante-delito nas 
modalidades próprio, impróprio ou ficto.
Gabarito: Certo.
A Constituição Federal de 1988 prevê que em caso de flagrante-delito é possível 
a violação do domicílio, não trazendo limitação de horário, nem a necessidade de 
autorização judicial para a medida. Ademais, a Constituição Federal não limita a 
possibilidade de violação de domicílio em caso de flagrante a uma situação flagrancial 
específica, de forma que a entrada em domicílio é autorizada em qualquer hipótese 
de flagrante-delito prevista no art. 302 do CPP (próprio, impróprio ou presumido).
3. A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em 
período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a 
posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante-delito.
Gabarito: Certo.
Como já vimos em questão anterior, a Constituição Federal de 1988 prevê que em 
caso de flagrante-delito é possível a violação do domicílio, não trazendo limitação de 
horário, nem a necessidade de autorização judicial para a medida. O Supremo Tribunal 
Federal, ao analisar o dispositivo constitucional, assentou o seguinte entendimento:
Informativo nº 806 do STF: A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial 
só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, 
devidamente justificadas “a posteriori”, que indiquem que dentro da casa ocorre 
situação de flagrante-delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do 
agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos praticados. 
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É importante que o candidato perceba que, de acordo com o STF, há um requisito 
para que o domicílio de alguém seja violado, sem ordem judicial, inclusive durante a 
noite: devem estar presentes fundadas razões de situação flagrancial. 
Isso significa que não se pode violar o domicílio de alguém com base em uma mera 
suposição de que há flagrante-delito no local. A invasão do domicílio feita com base 
em mera suposição gera nulidade da diligência e, consequentemente, a ilicitude da 
apreensão das provas encontradas no local. Nesse mesmo sentido o STJ:
O ingresso regular de domicílio alheio depende, para sua validade e regularidade, da 
existência de fundadas razões (justa causa) que sinalizem para a possibilidade de 
mitigação do direito fundamental em questão. É dizer, somente quando o contexto 
fático anterior à invasão permitir a conclusão acerca da ocorrência de crime no 
interior da residência é que se mostra possível sacrificar o direito à inviolabilidade 
do domicílio. A mera intuição acerca de eventual traficância praticada pelo 
recorrido, embora pudesse autorizar abordagem policial, em via pública, 
para averiguação, não configura, por si só, justa causa a autorizar o ingresso 
em seu domicílio, sem o consentimento do morador – que deve ser mínima e 
seguramente comprovado – e sem determinação judicial. (REsp 1.574.681/
RS).
Assim, em síntese, pode-se concluir que:
• Havendo fundadas razões de situação flagrancial é possível a violação de 
domicílio, sem mandado judicial, inclusive durante a noite.
• Havendo mera intuição de situação flagrancial não é possível a violação de 
domicílio.
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