Buscar

MAT DID EAD

Prévia do material em texto

PRODUÇAO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA A EaD OU CURADORIA DE 
MATERIAL DIDÁTICO DIGITAL? 
Por Rocha, Enilton Ferreira, set.2017. 
 
 
Com o avanço tecnológico e a 
recente publicação do Decreto 9057/2017 e da 
Portaria 11/2017, novas configurações são 
atribuídas à EaD para dar-lhe um nova 
ressignificação tanto pedagógico-andragógica 
quanto do ponto de vista de aproximação com 
as novas realidades dos atores envolvidos na 
aprendizagem mediada e a distância. 
Surgem, com essa nova realidade no ensino e 
aprendizagem brasileiros, novas potencialidades para as etapas do design educacional no 
Decreto 9057/2017 - Art. 1º Para os fins deste 
Decreto, considera-se educação a distância a 
modalidade educacional na qual a mediação 
didático-pedagógica nos processos de ensino e 
aprendizagem ocorra com a utilização de meios e 
tecnologias de informação e comunicação, 
com pessoal qualificado, com políticas de 
acesso, com acompanhamento e avaliação 
compatíveis, entre outros, e desenvolva 
atividades educativas por estudantes e 
profissionais da educação que estejam em lugares 
e tempos diversos. 
Curiosidades: passando o mouse sobre os hiperlinks (em AZUL), você terá acesso aos 
conteúdos de contexto na conexão pedagógica para esse tema. Para acessá-los, clique sobre 
eles. Caso tenha dificuldades, passando o mouse, ao abrir opções, clique depois com o botão 
direito em “abrir hiperlink” 
Exemplo: Decreto 9057/2017 
 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2017/decreto-9057-25-maio-2017-784941-publicacaooriginal-152832-pe.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2017/decreto-9057-25-maio-2017-784941-publicacaooriginal-152832-pe.html
que tange ao planejamento, produção, acesso e compartilhamento de MATERIAL 
DIDÁTICO para a EaD. 
O conceito de material didático se reveste de incorporações que 
o possibilita criar novas formas de interação, colaboração e cooperação, 
no processo de aprendizagem mediada, a partir de recomendações feitas 
por pensadores como Siemens (2006), Arétio (2002) e Moran(2016) os 
quais as chamam de “conexões pedagógicas” misturando os aspectos da 
multidisciplinaridade, 
 
 
 
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, para o aprender e ensinar em tempos da 
sociedade digital. 
Nessa perspectiva tecnológico-pedagógica, os termos “curadoria de conteúdo e 
curadoria de material didático” derivado de “Cura Digital” vem sendo largamente 
utilizado, no segmento educacional, para definir o processo sistemático de garimpar, 
selecionar, organizar, aprovar, contextualizar, compartilhar e gerenciar conteúdo, 
material didático, modelos de aprendizagem, metodologias e técnicas da aprendizagem 
ativo=significativa, tecnologias, parcerias, inovações etc. 
 
Pedagogia das conexões 
ou Conectivismo – 
Siemens (2006) 
http://www.artigos.com/artigos-academicos/14772-conexoes-pedagogicas
https://www.elsevier.com/books/digital-curation-in-the-digital-humanities/sabharwal/978-0-08-100143-1
https://lealmaria.wordpress.com/2009/07/31/conectivismo-uma-nova-teoria-da-aprendizagem/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo Conceitual I - Processo pedagógico de curadoria de material didático 
digital 
Por: WR3 EaD Consultoria (2014) 
 
Graças à internet e suas nuvens digitais, os professores, autores e curadores de 
conteúdo possuem uma gama de possibilidades de combinar uma infinidade de recursos 
disponíveis na produção de material didático. 
• FONTES DE 
INFORMAÇÃO E 
INTERFACES DIGITAIS
• BIBLIOTECAS 
VIRTUAIS/DIGITAIS
• OBJETIVOS E METAS DE 
APRENDIZAGEM
• GARIMPAR, SELECIONAR, 
ORGANIZAR, APROVAR, 
CONTEXTUALIZAR, 
COMPARTILHAR E 
GERENCIAR 
CURADORIA DE 
MATERIAL 
DIDÁTICO 
DIGITAL
CONEXÕES 
PEDAGÓGICAS 
DE FORMAÇÃO 
SIGNIFICATIVA
REPOSITÓRIOS 
EDUCACIONAIS 
ABERTOS E 
INTERNET
ACERVOS 
CATALOGADOS
Conteúdo, material didático, modelos de 
aprendizagem, metodologias e técnicas da 
aprendizagem ativo=significativa, tecnologias, 
parcerias, inovações etc. 
 
 
A 
responsabilidade pela 
curadoria, nessa 
perspectiva, é do 
professor, exercendo um 
papel importante tanto 
do ponto de vista da sua 
ação docente, quanto da 
sua intervenção nos 
processos de seleção, 
organização, aprovação 
e compartilhamento de 
conteúdos e materiais 
didáticos recomendados 
para o objetivo da 
aprendizagem e suas 
metas, previstos no 
projeto pedagógico do 
curso ou da disciplinas. 
 
Convém 
destacar o legado da 
curadoria digital aos professores transformando-os em coautores de material didático, 
bem como em consumidores críticos de recursos informacionais digitais, elementos 
fundamentais para o exercício da docência na sociedade digital vigente. Nesse contexto, 
o professor passa de leitor para avaliador de suas necessidades, de suas realidades e seus 
contextos educacionais, estabelecendo um processo consciente, capaz de problematizar a 
aprendizagem, um professor crítico de suas próprias crenças, capaz de influenciar de 
modo positivo o itinerário formativo de seus estudantes. 
 
Do ponto de vista do estudante, é importante destacar a necessidade de o 
professor estabelecer com ele uma relação de colaboração e interação nos processos de 
busca, acesso e apropriação de conteúdos didáticos, de modo a integrá-lo não apenas 
“A curadoria é uma prática comum no campo das artes, e vem se 
especializando ao longo da História. Possui métodos próprios que 
incluem a pesquisa e a seleção aprofundada de obras relacionadas a 
um campo temático – um assunto ou um período histórico – a um 
artista, grupo de artistas ou escola. A intenção do curador geralmente 
é fornecer elementos ou informações sobre um conjunto de obras de 
arte a fim de aguçar os sentidos e o interesse do visitante de uma 
exposição ou instalação e, ao mesmo tempo, provocar uma leitura 
que extrapola a experiência imediata entre a obra e o visitante. De 
certa forma, a curadoria cumpre um papel de mediação entre as 
obras ou objetos de arte e o observador/leitor/visitante. Nesse 
sentido, é possível afirmarmos, em certa medida, que a curadoria 
exerce função pedagógica a favor da apreensão ou aprendizagem 
sobre uma obra de arte, coleção ou exposição. No entanto, essa ação 
de mediar, segundo Martins (2006), não deve ser entendida como 
estar entre a obra e alguém que não sabe, mas sim como alguém que 
há de passar pela experiência de saber. A fim de esclarecer melhor 
essa ideia da mediação no campo das artes, a autora retoma o 
conceito de artista-propositor criado por Lygia Clark e Hélio Oiticica, 
que “pretende descolar o professor do olhar executor, vendo-o como 
aquele que propõe a experiência com problematizações e escolhas, 
gerando “estados de invenção” (MARTINS, 2006; p. 16).” 
Extrato do artigo: 
Professor-propositor: a curadoria como estratégia para a docência 
on-line. 
 Daniel de Queiroz Lopes 
 Luis Henrique Sommer 
 Saraí Schmidt 
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/142559/000993876.pdf?sequence=1
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/142559/000993876.pdf?sequence=1
como leitor do material produzido, mas como um agente ativo de sua aprendizagem. 
Capaz de apreender conteúdos, de provocar e promover mudanças em conceitos e teorias 
estudados durante o seu caminhar acadêmico. 
 
Nesse perspectiva pedagógico-andragógica, apresenta-se a seguir um diagrama 
ilustrativo de curadoria de conteúdo e material digital. 
 
 
 
Nesse contexto, algumas indagações são pertinentes: 
 
 
 Estamos preparados para a essa nova realidade docente? 
 Quais seriam as novas competências e habilidades do professor, para 
estabelecer um processo de curadoria digital que favoreça o acesso a 
conteúdos e materiais didáticos e que potencialize uma aprendizagem 
significativa mediada e a distância? 
 
Referências (com opção de tradução online – no google): 
GARCIA, Arétio L. Tecnologías y educación horizonte de un cambio. [internet] Red 
digital nº 1. Revistade tecnologías de la información y comunicación educativas 
(2002). Disponível em 
https://books.google.com.br/books?id=3RGRCAAAQBAJ&pg=PP67&lpg=PP67&#v=
onepage&q&f=false Acesso em 15 ago. 2017. 
 
GARCIA, Arétio L. Una propuesta de evaluación de la calidad de la educación superior a 
distância. Disponível em: http://www2.uned.es/catedraunesco-
ead/articulos/1997/una%20propuesta%20de%20evaluacion%20de%20la%20calidad%20
de%20la%20educacion%20superior%20a%20distancia.pdf Acesso em 15 ago. 2017. 
 
KLIX, Tatiana. O homem que inverteu a sala de aula antes da tecnologia. [internet]. Site 
Porvir. Disponivel em:http://porvir.org/homem-inverteu-sala-de-aula-antes-da-tecnologia/ 
Acesso em: 01 nov. 2017. 
 
LOPES, Daniel de Queiroz. SOMMER, Luis Henrique. SCHMIDT, Saraí. Professor-propositor: a 
curadoria como estratégia para a docência on-line. [internet]. Disponível em: 
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/142559/000993876.pdf?sequence=1 
Acesso em: 15 ago.2017. 
NÓBREGA, Thiago B. Os desafios da curadoria digital. [internet]. Site SEAD. Disponivel 
em: http://www.sead.ufscar.br/os-desafios-da-curadoria-digital/ Acesso em: 30 nov. 2017. 
 
SABHARWAL, Arjun. Digital Curation in the Digital Humanities: Preserving and 
Promoting Archival and Special Collections. Walthan, USA: Chandos Publishing, 2015. 
SANDRA SANZ MARTOS (2012). ¿Por qué lo llaman ‘content curator’ cuando 
quieren decir documentalista? Disponível 
em:http://www.uoc.edu/divulgacio/comein/es/numero10/articles/Article-Sandra-
Sanz.html Acesso em: 13 outubro 2017. 
 
 
 
https://books.google.com.br/books?id=3RGRCAAAQBAJ&pg=PP67&lpg=PP67&#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?id=3RGRCAAAQBAJ&pg=PP67&lpg=PP67&#v=onepage&q&f=false
http://www2.uned.es/catedraunesco-ead/articulos/1997/una%20propuesta%20de%20evaluacion%20de%20la%20calidad%20de%20la%20educacion%20superior%20a%20distancia.pdf
http://www2.uned.es/catedraunesco-ead/articulos/1997/una%20propuesta%20de%20evaluacion%20de%20la%20calidad%20de%20la%20educacion%20superior%20a%20distancia.pdf
http://www2.uned.es/catedraunesco-ead/articulos/1997/una%20propuesta%20de%20evaluacion%20de%20la%20calidad%20de%20la%20educacion%20superior%20a%20distancia.pdf
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/142559/000993876.pdf?sequence=1
http://www.uoc.edu/divulgacio/comein/es/numero10/articles/Article-Sandra-Sanz.html
http://www.uoc.edu/divulgacio/comein/es/numero10/articles/Article-Sandra-Sanz.html

Continue navegando