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Anatomia da Pele

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DERMATOLOGIA
Funções da pele
· Proteção contra desidratação e atrito
· Regulação da temperatura (vasos, glândulas, tecido adiposo)
· Recepção de sensações
· Excreção e Absorção
· Proteção raios UV (melanina)
· Síntese de Vitamina D3
Estrutura da pele
· Epiderme
· Derme 
· Hipoderme 
1. EPIDERME
Tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, com variações estruturais e funcionais significativas dependendo da localização anatômica. 
Constituição
É constituída por:
· Sistema ceratinocítico, composto por células epiteliais denominadas queratinócitos 
· Sistema melânico, formado pelos melanócitos
· Células de Langerhans, células apresentadoras de antígeno (APC) com função imunológica, fagocita corpos e os leva para os linfócitos 
· Células de Merkel, integradas ao sistema nervoso, mecano-receptores
· Células Dendríticas Indeterminadas, com função mal definida
A epiderme apresenta cinco camadas: basal, espinhosa, granulosa, lúcida (nas palmas e plantas) e córnea.
a) Camada basal 
A camada basal é formada por células prismáticas ou cuboides, basófilas, que repousam sobre a membrana basal que separa a epiderme da derme. A membrana basal é constituída por uma fina membrana de mucopolissacarídeos neutros. Nessa região, é possível observar a zona da membrana basal ou junção dermoepidérmica, que forma um arranjo irregular no qual a derme tem projeções que se encaixam em reentrâncias da epiderme, formando assim as papilas dérmicas e as cristas epidérmicas respectivamente. A camada basal é essencialmente germinativa, originando as demais camadas e tendo grande atividade mitótica, tendo renovação de 15 a 30 dias. 
Na camada basal, existe uma única fileira de queratinócitos justapostos, a maioria com capacidade de multiplicação, que apresentam morfologia colunar, citoplasma basófilo e núcleo grande e oval. Conforme os queratinócitos se maturam, migram para camada mais superficial, na camada espinhosa.
 Além dos queratinócitos, também são encontrados, nessa camada, os melanócitos. Os melanócitos possuem o citoplasma globoso, de onde partem prolongamentos que penetram às reentrâncias das células das camadas basal e espinhosa e transferem os grânulos de melanina para as células dessas camadas. Ocasionais células de Langerhans e células de Merkel também podem ser encontradas entremeadas aos queratinócitos basais. 
As células de Merkel são conectadas aos queratinócitos por desmossomos (“espinhos”), mas os melanócitos e as células de Langerhans não possuem esses contatos especializados.
b) Camada Espinhosa 
A camada espinhosa (ou de Malpighi) é formada por células cuboides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central, citoplasma com curtas expansões que contém filamentos de queratina denominados tonofilamentos. Essas expansões aproximam e se mantêm unidas com as das células adjacentes por meio de desmossomos, o que confere um aspecto espinhoso e dá coesão entre as células e evita atrito.
Essa arquitetura é resultado de importantes modificações morfológicas e histoquímicas que os queratinócitos sofrem ao deixaram a camada basal rumo à superfície. Nesse estrato, essas células são numerosas e dispostas em várias fileiras. Ao progredirem na sua migração, os queratinócitos se achatam e tornam-se cada vez mais acidófilos.
c) Camada Granulosa
Possui apenas 3 a 5 fileiras de células poligonais achatadas, com núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos chamados de grânulos de querato-hialina, que não são envolvidos por membrana. Também são encontrados grânulos lamelares, que contêm discos lamelares formados por bicamadas lipídicas envoltos por membranas.
A partir de sua fusão com a membrana plasmática, os grânulos lamelares expulsam seu conteúdo para o espaço intercelular da camada granulosa, onde seu material lipídico se deposita, contribuindo para a formação de uma barreira contra a penetração de substâncias e tornando a pele impermeável à água, impedindoa desidratação do organismo.
Essa camada é caracterizada por grande atividade metabólica, a qual tem o objetivo de
sintetizar elementos necessários ao processo final de cornificação, que resulta no surgimento da camada córnea.
d) Camada Lúcida
A camada lúcida, mais evidente na pele espessa, é formada por uma delgada camada de células achatadas, eosinófilas e translúcidas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas lisossomais. O citoplasma apresenta numerosos filamentos de queratina, compactados e envolvidos por material eletro-denso.
e) Camada Córnea
tem espessura muito variável, sendo constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma dessas células apresenta-se repleto de queratina. Ainda são encontrados, nessa camada, os tonofilamentos, que se aglutinam junto com uma matriz formada pelos grânulos de querato-hialina. Nessa etapa de diferenciação, os queratinócitos estão transformados em placas sem vida e descamam continuamente.
2. DERME
A derme é uma camada de tecido conjuntivo composta por um sistema integrado de estruturas fibrosas, filamentosas e amorfas, na qual são acomodados vasos, nervos e anexos epidérmicos. Nela encontra-se, ainda, células próprias, fibroblastos, histiócitos, mastócitos, células mesenquimais indiferenciadas e células de origem sanguínea, como leucócitos, plasmócitos e dendrócitos dérmicos.
Sua superfície externa é irregular, sendo observadas saliências denominadas papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme (cristas epidérmicas).
A derme é constituída por três camadas de limites pouco distintos. A camada mais superficial e chamada de derme papilar e a camada mais profunda é denominada derme reticular. E a derme perianexial ou adventicial é localizada em torno dos anexos e vasos constituidas de feixes finos de colágeno. 
A derme papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nessa camada, há fibrilas especiais de colágeno (80% do tipo I), que se inserem por um lado da membrana basal e pelo outro penetram profundamente a derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme.
A derme reticular, por sua vez, é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. É composta por feixes colágenos mais espessos dispostos paralelamente a epiderme em sua maior parte.
a) Colágeno
O colágeno é secretado para o espaço extracelular como pró-colágeno, que sofre a ação de (proteases), levando à formação de fibras, que se organizam para constituir feixes.
Os diversos tipos de colágeno têm em comum o fato de serem compostos por cadeias polipeptídicas (cadeias alfa), com uma sequência fixa de glicina a cada 3ª posição, intercaladas por dois outros aminoácidos, que, muito frequentemente, são a prolina e a hidroxiprolina; essa composição faz com que as três cadeias se entrelacem de modo helicoidal, semelhança de uma corda, aumentando a resistência da molécula à tração.
O colágeno tipo I corresponde por 80% do colágeno dérmico do adulto.
b) Fibras Elásticas
Na pele, essas fibras formam uma rede que se estende da junção dermoepidérmica ao tecidoda hipoderme, estando presentes também na parede dos vasos e em torno do folículo piloso
O sistema elástico é composto por três tipos de fibra: as finas fibras oxitalânicas, as fibras eulanínicas e as fibras elásticas maduras. 
As fibras oxitalânicas são encontradas na derme papilar, dispostas verticalmente a partir da junção dermoepidérmica, e estão conectadas a uma rede horizontal de fibras eulanínicas na interface entre derme papilar e reticular; essas fibras relacionam-se com a rede de fibras elásticas maduras, também disposta horizontalmente, que atravessa toda a derme reticular.
As fibras elásticas maduras são constituídas de microfibrilas com 10 a 12 nm de diâmetro que se dispõem perifericamente e de uma substância proteica amorfa central que é o principal componente, denominada elastina.
As fibras oxitalânicas são formadas por microfibrilas. As microfibrilas são constituídas por fibrilinas e têm como função aderir asfibras elásticas às estruturas adjacentes.
c) Substâncias Fundamental
A substância fundamental ou mucopolissacarídio é constituída por proteoglicano.
Sua capacidade de inter-relação a múltiplos componentes do meio extracelular promove a aderência necessária entre diversas estruturas. Desempenhando papel fundamental na organização e na viabilidade dos tecidos.
Os principais glicosarninoglicanos são ácido hialurônico, sulfato de heparana, sulfato de condroitina, sulfato de queratano e sulfato de dermatan (condroitina sulfato B).
I. INERVAÇÃO
A pele é ricamente inervada, contando com milhões de terminações nervosas sensoriais livres que possibilitam a identificação de diferentes estímulos do ambiente, além de fibras simpáticas autônomas responsáveis pela inervação das glândulas sudoríparas, dos músculos lisos dos vasos sanguíneos e do músculo eretor do pelo. 
A distribuição dos nervos segue a dos vasos sanguíneos, com um plexo profundo e outro superficial. Todos os nervos são oriundos da medula espinhal e são mistos, formados por fibras sensoriais que procedem das raízes dorsais e por fibras simpáticas provenientes dos gânglios simpáticos. 
Os nervos sensitivos são mielínicos e terminam em delicadas arborizações na papila dérmica ou em torno dos anexos e, por vezes, faz conexões diretas com a célula de Mérkel. Os nervos autonômicos simpáticos são amielínicos e colinérgicos ao inervarem as glândulas sudoríparas écrinas, mas adrenérgicos e colinérgicos quando inervam o músculo eretor do pelo.
O corpúsculo de Vater-Pacini localiza-se especialmente nas regiões palmo-plantares e são específicos para a sensibilidade à pressão. São estruturas grandes, de até 0,5 mm de diâmetro, de formas variáveis, esféricas ou irregulares, compostos por uma porção cortical, formadas por lâminas concêntricas de tecido fibroso e por um nervo mielínico, que cruza a estrutura pelo polo inferior, terminando em numerosas ramificações no polo
superior.
O corpúsculo de Meissner situa-senas mãos e nos pés, especialmente nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar. São específicos para sensibilidade tátil. São estruturas cônicas de maior eixo perpendicular à superfície epidérmica, constituídos por uma cápsula conjuntiva e por células nervosas.
Os corpúsculos de Krause são terminais nervosos mucocutâneos destinados à percepção da sensibilidade ao frio. Ocorrem nas áreas de transição entre pele e mucosas. Encontram-se, principalmente, na glande, no prepúcio, no clitóris, nos lábios vulvares e, em menor quantidade, no lábio, na língua, nas pálpebras e na pele perianal.
Os corpúsculos de Ruffini são formados por fibras nervosas que se ramificam, permeando o colágeno, e se relacionam à sensibilidade térmica.
Existem também, os Meniscos de Merkel-Ranvier, que são plexos terminais de nervos de posição subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos dedos. Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, estrutura discoide rica em células de Merkel, de localização dermoepidérmica nas proximidades de folículos pilosos.
II. VASCULARIZAÇÃO
Os vasos sanguíneos da derme estão distribuídos em duas redes horizontais ligadas por vasos comunicantes. Os vasos perfurantes dos músculos subjacentes dão origem ao plexo inferior, no limite com a hipoderme. Desse plexo derivam vasos que ascendem até o plexo superior e outros que suprem os anexos. O plexo superior, também chamado de subpapilar, situa-se entre a derme papilar e a reticular e dá origem aos capilares das papilas dérmicas. Em determinadas áreas, tais como sulcos e leito ungueal, orelhas e centro da face, são encontrados corpos vasculomusculares denominados glômus. Essas estruturas, ligadas funcionalmente à regulação térmica, são anastomoses diretas entre arteríola e vênula, que atuam para manutenção da homeostase.
A rede linfática inicia-se nos capilares linfáticos com fundo cego, presentes na derme papilar, que drenam para o plexo subpapilar. Esses confluem para vasos coletores verticais que atravessam a derme reticular e desembocam no plexo linfático profundo, no limite entre a derme e a hipoderme. A rede linfática é responsável pela reabsorção intersticial do fluido extracelular, de células e moléculas maiores. O fluxo da linfa depende de fatores extrínsecos, como pulsação arterial, gravidade e contração da musculatura estriada.
3. HIPORDERME
Também chamada panículo adiposo, a hipoderme é o estrato mais profundo da pele, tendo espessura variável, constituída de lóbulos de adipócitos delimitados por septos de colágenos, com vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Relaciona-se, em sua porção superior, com a derme profunda, constituindo a junção dermo-hipodérmica – geralmente sede das porções secretoras das glândulas apócrinas ou écrinas e de pelos.
No tecido adiposo existem dois tipos de gordura: a branca e a marrom. A gordura marrom é mais comum em crianças e apresenta maior capacidade de produzir calor. Funcionalmente, a hipoderme, além de constituir um depósito nutritivo de reserva, também tem participação ativa no isolamento térmico e na proteção mecânica do organismo às pressões e aos traumatismos externos e facilita a motilidade da pele em relação às estruturas subjacentes.
III. ANEXOS CUTÂNEOS 
Os anexos cutâneos são estruturas que surgem de modificações da epiderme ainda na via embrionária. São compostos pelo folículo pilossebáceo, por glândulas sudoríparas e por unhas.
FOLÍCULO POLISSEBÁCEO 
O folículo pilossebáceo é formado pelo folículo piloso, glândula sebácea e músculo eretor do pelo. 
a) Folículo Piloso
Forma-se na vida embrionária como uma projeção de queratinócitos modificados (tricócitos) para dentro da derme. Isso ocorre por influência de células mesenquimais que, mais tarde, constituem a papila folicular, a se localizar na sua porção mais inferior.
Histologicamente, é dividido em infundíbulo, que se estende de sua abertura (óstio) à inserção do dueto da glândula sebácea; istmo, da inserção da glândula sebácea à região da inserção do músculo eretor do pelo e da protuberância (área de concentração de células-tronco) e bulbo, ou porção inferior do folículo, que, na sua extremidade mais inferior, tem a matriz, responsável pela produção do pelo e que abraça a papila folicular.
No centro do bulbo, observa-se a papila dérmica. As células que revestem a papila dérmica formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. Na fase de crescimento, as células da raiz multiplicam-se e diferenciam-se em vários tipos celulares. Em pelos grossos, as células centrais da raiz produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que formam a medula do pelo. Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas e dispostas compactamente, que constituem o córtex do pelo. Células mais periféricas formam a cutícula do pelo, constituídas por células fortemente queratinizadas que se dispõe envolvendo o córtex como escamas. 
As células epiteliais mais periféricas de todas originam duas bainhas epiteliais, uma interna e outra externa, que envolvem o eixo do pelo na sua porção inicial. A bainha externa (triquilema) se continua com o epitélio da epiderme, enquanto a interna desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Ainda existe a chamada membrana vítrea, que separa o folículo piloso do tecido conjuntivo que o envolve. O tecido conjuntivo que envolve o folículo forma a bainha conjuntiva do folículo piloso. Nessa, estão inseridos obliquamente os músculos eretores dos pelos, cuja contração puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o eriçado.
A bainha epitelial interna (ou bainha radicular interna) é formada pelas camadas de Henle, de Huxley e pela cutícula. Essas camadas contêm grânulos densos de querato-hialina e filamentos associados ao estado pré-cornificado.
Ao nível do bulbo superior, a camada de Henle começa a se cornificar, do mesmo modo que a camada de Huxley, no meio do folículo inferior. Quando completamente diferenciadas, as células de ambas as camadas possuemum envolvitório cornificado espessado encerrando filamentos de queratina inclusos em uma matriz. 
A linha de Auber é uma linha imaginária que atravessa a região de maior diâmetro do bulbo, abaixo da qual está a área de maior atividade mitótica, que dá origem à haste e à bainha interna do pelo. Os folículos pilossebáceos existem em toda a pele, exceto nas regiões palmoplantares e em algumas regiões da genitália, denominadas por isso de pele glabra.
O pelo é uma estrutura filiforme, constituído por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos. Existem dois tipos de pelos: o pelo fetal ou lanugo, que é a pilosidade fina e clara, idêntica aos pelos pouco desenvolvidos no adulto denominados vellus e o pelo espesso e pigmentado, que compreende os cabelos, a barba, a pilosidade pubiana e axilar.
Os pelos não crescem continuamente, havendo alternância de fases de crescimento e repouso, que constituem o ciclo do pelo. A fase de crescimento é demoniada anágena, característica de uma intensa atividade mitótica da matriz. Nessa fase, o pelo se apresenta na máxima expressão estrutural. Sua duração é de 2 a 5 anos no couro cabeludo. Logo em seguida se inicia a fase catágena, durante a qual os folículos regridem a um terço de suas dimensões anteriores. Interrompe-se a melanogênese na raiz e a proliferação celular diminui até cessar. A fase catágena dura cerca de 3 a 4 semanas, seguindo-se a fase telógena.
Nessa última, há o desprendimento do pelo, que, no couro cabeludo, tem cerca de 3 meses de duração. A título de exemplo, o tricograma normal do couro cabeludo é caracterizado por cabelos em diferentes fases, dentre os quais 85% estão em fase anágena, 14% estão na fase telógena e 1% na fase catágena. Em outras regiões do corpo o tempo e porcentagem de fios em determinadas fases do ciclo do pelo é variável.
b) Glândula Sebácea
As glândulas sebáceas situam-se na derme e seus ductos, revestidos por epitélio estratificado, em geral, desembocam nos folículos pilosos. Porém, em algumas regiões, como lábio, mamilos, glande e pequenos lábios da vagina, os ductos abrem-se diretamente na superfície da pele. Essas glândulas são acinosas e, na maioria das vezes, vários ácinos desembocam em um ducto curto. Os ácinos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas que repousam sobre uma membrana basal. Essas células proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, que acumulam no citoplasma o produto de secreção, de natureza lipídica. Os núcleos tornam gradualmente condensados e desaparecem. As células mais centrais do ácino morrem e se rompem, formando a secreção sebácea. Até a puberdade a atividade dessas glândulas é muito pequena, quando então são estimuladas pelos hormônios sexuais. 
Devido haver morte celular após o rompimento para a secreção sebácea, as glândulas sebáceas são consideradas um tipo de glândula holócrina. Regiões como fronte e nariz são ricas em glândulas sebáceas maiores, pois o tamanho dessas glândulas é inversamente proporcional às dimensões do pelo presente no folículo correspondente. Assim, as maiores glândulas sebáceas são encontradas em zonas onde o sistema piloso é menos desenvolvido. Eventualmente, as glândulas sebáceas podem desembocar diretamente na superfície da pele ou apresentar-se em localizações atípicas, como a mucosa oral, onde são identificadas como pequenos pontos amarelados denominados grânulos de Fordyce. 
c) Músculo Eretor do Pelo
O músculo eretor do pelo é um músculo liso que emerge da porção superior da derme, logo abaixo da epiderme, e se insere obliquamente no folículo piloso. Sua extremidade distal é composta por várias fibras musculares que se projetam em ramificações ao nível da derme papilar. Acredita-se que na zona de inserção do músculo eretor do pelo, chamada de bulge, haja células-tronco epiteliais responsáveis pela regeneração dos folículos, desempenhando um papel crítico no ciclo de crescimento dos folículos pilosos (ver adiante item Células-tronco e pele). Classicamente, acreditava-se que cada músculo eretor do pelo se relacionasse com um folículo piloso. No entanto, alguns estudos recentes sugerem que, na verdade, a unidade muscular mantém relação com uma unidade folicular inteira, o que gera possíveis evidências quanto à participação do músculo eretor do pelo na secreção do sebo.
GLANDULAS SUDORÍPARAS
As glândulas sudoríparas são muito menos numerosas e encontradas em toda a pele, com exceção de certas regiões, como a glande. Essas glândulas são tubulosas simples enoveladas, cujos ductos se abrem na superfície da pele. Possuem duas porções, uma secretora e uma condutora (ductos). Os ductos não se ramificam e possuem menor diâmetro que a porção secretora, que se encontra na derme. As células secretoras são piramidais e entre elas estão localizadas as células mioepiteliais, que ajudam a expulsar o produto da secreção.
Nas glândulas sudoríparas, existem dois tipos celulares secretores: as células escuras e as células claras. As escuras são adjacentes ao lúmen e as claras situam-se entre as escuras e as mioepiteliais. O ápice das células escuras tem muitos grânulos de secreção que contém glicoproteínas e seu citoplasma é rico em retículo endoplasmático rugoso. As células claras não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo endoplasmático rugoso, no entanto são abundantes em mitocôndrias. As células claras apresentam muitas dobras da membrana plasmática, uma característica das células que participam do transporte transepitelial de fluido e sais. Isso sugere que a função das células claras é produzir a parte aquosa do suor, enquanto as células escuras produzem muco.
O ducto da glândula abre-se na superfície da pele e segue um curso em hélice ao atravessar a epiderme. É constituído de epitélio cúbico estratificado com duas camadas de células que repousam sobre a membrana basal. As células da camada mais externa do revestimento dos ductos, em contato com a membrana basal, apresentam invaginações da membrana plasmática e citoplasma rico em mitocôndrias, que são característicos de células que transportam íons e água.
O suor secretado por essas glândulas é uma solução extremamente diluída,que contém pouca proteína, além de sódio, potássio, cloreto, ureia, amônia e ácido úrico. Os ductos excretores absorvem sódio, que é devolvido ao sangue, evitando a perda excessiva desse íon. O fluido encontrado no lúmen das glândulas sudoríparas é essencialmente um ultrafiltrado do plasma sanguíneo, derivado de abundantes capilares localizados em voltadas porções excretoras. 
Ao alcançara superfície da pele, o suor se evapora, fazendo baixar a temperatura corporal. Os catabólitos encontrados no suor provam que essas glândulas estão envolvidas na excreção de substâncias inúteis para o organismo.
Além das glândulas sudoríparas classicamente descritas, existem glândulas que desembocam em um folículo piloso e que possuem o lúmen de suas partes secretoras dilatado. São chamadas de glândulas sudoríparas apócrinas. Essas se localizam na derme e na hipoderme, liberando secreção ligeiramente viscosa e inodora, mas que adquire odor desagradável e característico, pela ação das bactérias da pele. As glândulas apócrinas se distribuem em axila, área perimamilar e região anogenial e, ainda, modificadamente, no conduto auditivo externo, constituindo as glândulas ceruminosas, nas pálpebras, formando as glândulas de Moll, e na mama, formando as glândulas mamárias.
UNHAS
As unhas são placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos. 
Uma unha possui quatro partes: a posterior ou raiz, localizada sob a dobra da pele; a lâmina, aderente ao leito ungueal na sua porção inferior; as dobras laterais; e a borda livre. 
A raiz ou matriz ungueal é uma área semilunar de células epiteliais proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e visível, parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula. A dobra ungueal posterior apresenta um prolongamento da camada córnea que recobre a porçãoproximal da unha, a cutícula, e, abaixo desta, o eponíquio, que adere a lâmina ungueal. Há rica rede vascular dependente de duas artérias digitais, para a nutrição da matriz ungueal. 
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm, e o seu crescimento é de cerca de 0,1 mm por dia nas unhas dos quirodáctilos, sendo mais lento nas unhas dos pododáctilos.
MAPA MENTAL DA PELE

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