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Tutoria Embriologia Sist. Nervoso

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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA NERVOSO (CENTRAL E PERIFÉRICO)
Embriologia - Sistema Nervoso
Disco embrionário (ectoderma, mesoderma, endoderma)
Tubo neural origina todo sistema nervoso.
Placa neural
Sulco neural forma a goteira neural - estrutura intermedia entre a formação do tubo neural e sulco neural (não aparece na maioria dos livros)
Formação das cristas neurais (formarão outras estruturas do sistema neural)
Cristas Neurais são duas, uma de cada lado.
Luz do tubo neural passara mais a frente o liquido cefaloraquidiano
Placa Neural - Sulco Neural - Tulbo Neural
Ectoderma da origem a placa neural, surge depois o sulco neural, após isso aparece a goteira neural juntamente com o começo das cristas neurais, forma-se então o tubo neural (neuroporo rostral e neuroporo caudal) com cristas neurais já formadas
o tubo neural não se fecha uniformemente, começa na região intermedia, e vai para a região rostral e caudal.
Tubo neural - sistema nervoso central
Cristas neurais - sistema nervoso periferico (ganglio sensitivo da raiz dorsal, ganglio motor visceral, neurilema, melanocitos, odontoblastos, anficitos) Células e estruturas do sistema nervoso
Anatomia do tulbo neural
Neuroporo rostral
Neuroporo caudal
Paredes: sulco limitante, lâmina alar (duas), lamina basal (duas), lamina do assoalho, lamina do teto
Laminas alares formam os neuronios sensitivos
Laminas basais formam os neuronios motores
Lamina do teto forma o ependima
Lamina do assoalho forma o sulco mediano
dilatações do tubo neural
encefalo primitivo (arquencefalo
medula primitiva
formações que ocorrem a partir do arquecenfalo
arquecenfalo se diferencia em prosencefalo, mesencefalo e rombencefalo
procencefalo diferencia em telencefalo e diencefalo
rombencefalo diferencia em metencefalo e mielencefalo
Flexuras cefalica e cervical ocorrem durante todo esse processo
Flexura pontina surge
Telencefalo origina vesicula telencefalicas laterais
Metencefalo origina ponte e cerebelo
Mielencefalo origina o bulbo
CAVIDADES DO TUBO NEURAL
liquido cefaloraquidiano circula pelas cavidades do tubo neural
Medula é o canal central
Robencefalo é o quarto ventriculo
Mesencefalo é o arqueduto cerebral
Diencefalo é o terceiro ventriculo
Telencefalo é o ventriculos laterais
barreira hematoencefalica
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO
Divisão morfologica
O desenvolvimento do sistema nervoso é relativamente tardio, bem antes de sua formação, o embrião primitivo gera 3 folhetos embrionários:
· O endoderma → tubo intestinal, pulmões, pâncreas e fígado;
· O mesoderma → músculos, tecido conectivos e sistema vascular;
· O ectoderma → pele e sistema nervoso.
A gastrulação é o processo pelo qual o disco embrionário bilaminar se transforma em trilaminar. A gastrulação é o início da morfogênese e ocorre durante a 3ª semana. Durante a gastrulação se formam a linha primitiva, as camadas germinativas e a notocorda. A notocorda define o eixo primitivo do embrião, serve de base para a formação dos ossos da coluna vertebral e da cabeça, indica o local dos futuros corpos vertebrais.
A linha primitiva estabelece o plano básico do corpo nos vertebrados: eixo central (linha média), simetria bilateral, superfícies ventrais e dorsais e extremidades cefálica e caudal. O nó primitivo (de Hensen) define a direção cefálica. Durante a gastrulação células do ectoderma migram pelo nó e fosseta primitiva formando o endoderma e o mesoderma intraembrionário.
A neurulação são processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais e fechamentos destas pregas para formar o tubo neural. A notocorda em desenvolvimento induz a formação da placa neural.
Dia 18 → invaginação da placa neural formando um sulco neural mediano, com as pregas neurais de ambos lados (proeminentes na região cefálica – primeiros sinais de desenvolvimento do encéfalo).
Fim da terceira semana → aproximação das pregas, que começam a fundir-se.
A formação do tubo neural começa no início da 4º semana (dias 22 a 23) e termina no final da 4º semana, quando ocorre o fechamento do neuróporo caudal (posterior).
O tubo neural se fecha primeiramente na região medial do embrião. As extremidades abertas são os neuróporos rostral e caudal.
O neuróporo rostral se fecha no dia 25 e o caudal no dia 27.
O fechamento dos neuróporos coincide com o estabelecimento da circulação vascular no tubo neural.
Desenvolvimento da medula espinhal
As paredes do tubo neural se espessam reduzindo gradualmente até restar o canal central da medula espinhal. O espessamento diferencial da medula espinhal, produz o sulco limitante. Este sulco separa a parte dorsal, a placa(lâmina) alar, da parte ventral, a placa (lâmina) basal. 
Os corpos celulares das placas alares formam os cornos dorsais (cinzentos), núcleos aferentes, sensitivos. Os corpos celulares das placas basais formam as colunas cinzentas, ventrais, e laterais, cornos ventrais e laterais. Os axônios do corno ventral formam as raízes ventrais do corno espinhal, eferentes, motoras.
Os corpos celulares das placas alares formam os cornos dorsais (cinzentos) → núcleos aferentes (sensitivas).
Os corpos celulares das placas basais formam as os cornos ventrais e laterais → fibras eferentes (motoras).
Estruturas importantes:
· Substância Cinzenta: Corno dorsal, Zona intermediária, Corno ventral
· Substância Branca: Colunas dorsais, Colunas laterais, Colunas ventrais
Origem das células neurais
Neuroepitélio do tubo neural:
Zona ventricular: origina todas as células nervosas (ficam células neuroepiteliais indiferenciadas)
Zona intermediária: entre a zona ventricular e marginal (células neuroepiteliais diferenciadas em neuroblastos)
Zona marginal: composta da parte externa das células neuroepiteliais (axônios)
Desenvolvimento dos gânglios espinais
Os neurônios unipolares dos gânglios espinhais derivam das células da crista neural. Inicialmente são bipolares, depois seus prolongamentos se unem, formando um T. O processo periférico dos gânglios espinhais vai para as terminações sensitivas das estruturas somáticas ou viscerais. O processo central penetra na medula espinhal e constitui as raízes dorsais dos nervos espinhais.
Desenvolvimento das meninges
Ocorre entre os dias 20 e 35. O mesênquima que envolve o tubo neural se condensa, formando uma membrana primitiva, meninge, que forma a dura máter, pia e aracnoide máter. Células do mesênquima se misturam com as da crista para formar as leptomeninges. O líquido céfalorraquidiano (líquor) começa a se formar a partir da 5ª semana.
Mielinização das fibras nervosas
Na medula, as bainhas de mielina começam a formar-se durante o final do período fetal e continuam a formar-se durante o primeiro ano pós-natal. As bainhas de mielina que envolvem as fibras nervosas situadas na medula, são sintetizadas por oligodendrócitos. Nas fibras nervosas periféricas (originárias da crista neural) são formadas pelas células de Schwann. Com 20 semanas, as fibras periféricas tornam-se esbranquiçadas, pelo depósito de mielina. As raízes motoras mielinizam-se antes das sensitivas.
Oligodendrócitos
Oligodendócitos se originam do neuroepitélio. Mielinizam axônio no SNC.
Células de Schwann
Mesma função dos Oligodendrócitos, porém formam a mielina no SNP. Derivado da crista neural. Cada célula de Schwann forma mielina em torno de um segmento de um único axônio.
Origem das células neurais
Diferenciação do encéfalo
• 1º passo: Desenvolvimento das 3 vesículas encefálicas primárias
• Surgimento das vesículas secundárias:
ópticas e telencefálicas
• Telencéfalo continua a se desenvolver
Dilatação
Bulbos Olfatórios
Células dividem-se e diferenciam-se
Substância branca desenvolve-se
Desenvolvimento do sistema nervoso
periférico
• É formado pelos nervos cranianos, espinais e viscerais e
gânglios cranianos, espinais e autonômicos
• Se desenvolve a partir de várias fontes, pricipalmente da
crista neural
• O corpo celular dessas células está localizado fora do SNC
• Os neurônios unipolares dos gânglios espinhais derivam
das células da crista neural. Inicialmentesão bipolares,
depois seus prolongamentos se unem, formando um
único processo com componente periférico e central
• O processo periférico acaba em um terminal sensitivo.
• O processo central penetra a medula espinhal ou
encéfalo.
• As células sensitivas do gânglio do NC VIII permanecente
bipolares
Flexuras encefálicas
• 5ª semana
• O encéfalo cresce rapidamente, ela ocorre devido ao crescimento
desigual das diferentes áreas do encéfalo
• Flexura mesencefálica, flexura pontina , flexura cervical
• 5ª semana
• O encéfalo cresce rapidamente, ela ocorre devido ao crescimento
desigual das diferentes áreas do encéfalo
• Flexura mesencefálica, flexura pontina , flexura cervical
• 5ª semana
• O encéfalo cresce rapidamente, ela ocorre devido ao crescimento
desigual das diferentes áreas do encéfalo
• Flexura mesencefálica, flexura pontina , flexura cervical
• 5ª semana
• O encéfalo cresce rapidamente, ela ocorre devido ao crescimento
desigual das diferentes áreas do encéfalo
• Flexura mesencefálica, flexura pontina , flexura cervical
DIVISÕES DO SISTEMA NEVOSO
 Sistema Nervoso Central (SNC):
DERIVADO DO TUBO NEURAL
consiste em encéfalo e medula espinhal
 Sistema Nervoso Periférico (SNP):
DERIVADO DA CRISTA NEURAL
* neurônios fora do SNC e nervos cranianos e
espinhais, que unem o encéfalo e a medula espinhal
às estruturas periféricas;
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
ENCÉFALO – estruturas contidas na caixa craniana
(cérebro – estruturas dos hemisférios cerebrais)
MEDULA ESPINHAL – protegida pelas vértebras da coluna espinhal
NEUROGENESE
formação do tubo neural
Inicio da 3ª semana de vida o embrião entra na fase
de GASTRULAÇÃO (inicio da morfogenese), no final
da gastrulação terá o formato de um disco plano, com
os 3 folhetos embrionários:
• O tubo neural da origem ao sistema nervoso central, se diferencia no
encéfalo e medula espinhal
• A formação do tubo neural começa em torno do 22º ao 23º dia, pela
notocorda.
• O tubo neural se fecha primeiramente na região medial do embrião.
• As extremidades ainda abertas são denominadas neuroporos.
NEUROGENESE
formação do TUBO NEURAL e crista neural
• Células da crista neural são de origem ectodérmica e se estendem por todo
o comprimento do tubo neural.
• Migram lateralmente e dão origem as células dos gânglios sensitivos dos
nervos espinhais e outros tipos de células.
• O NEUROPORO rostral (abertura anterior) fechará por volta do 25º dia; e
a abertura caudal, o NEUROPORO caudal, vai se fechar dois dias mais
tarde.
• Antes do fechamento do NEUROPOROS, a cavidade do tubo neural é
preenchida por líquido amniótico.
• Com o fechamento dos NEUROPOROS, a cavidade passa então a ser
preenchida por líquido ependimário.
• O termo líquido CEREBROESPINHAL só é usado quando surgem os
plexos coróides.
Vesículas encefálicas
Fechamento do
NEUROPORO
ROSTRAL formam
as 3 vesículas
primárias
encefálicas que
darão origem ao
ENCÉFALO.
HISTOGÊNESE DAS CÉLULAS DO SNC
Paredes laterais do tubo neural se espessam, reduzindo gradualmente o
tamanho do canal neural.
ESTRUTURAS IMPORTANTES:
• Substância branca
• Substância cinzenta
• Corno dorsal - áreas sensitivas
• Corno ventral - áreas sensitivas
FORMAÇÃO DA MEDULA ESPINHALParedes laterais do tubo neural se espessam  reduz tamanho do
canal neural
1. Parede do tubo neural  espesso neuroepitelio
2. Células neuroepiteliais da zona ventricular diferenciam-se em
NEUROBLASTOS e formam uma zona intermediária
3. ZONA MARGINAL – constituída por axônios
4. PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DAS CÉLULAS
NEUROEPITELIAIS  paredes espessas e placa do teto e assoalho
finos
Adição continua de NEUROBLASTOS na ZONA INTERMEDIÁRIA:
ESPESSAMENTO VENTRAL – placas alares  áreas sensitivas
ESPESSAMENTO DORSAL – placas basais  áreas motoras
SULCO LONGITUDINAL  se forma longitudinalmente entre as placas alar e
basal, marcando o limite entre as duas.
Teto e assoalho da placa, NÃO CONTEM NEUROBLASTOS.
Serve como via para as fibras nervosas cruzarem de um lado para o outro
FORMAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL
Mudanças na posição
MEDULA ESPINHAL
células da crista neural
ESTRUTURAS IMPORTANTES:
• GANGLIOS
• FIBRAS NERVOSAS
GANLIOS SÃO DERIVADOS DE CÉLULAS DA CRISTA NEURAL.
Medula espinhal CELULAS DA CRISTA NEURAL
RAIZ SENSITIVA DORSAL DO NERVO ESPINHAL
• Os neuroblastos dos gânglios sensitivos formam 2 prolongamentos que
crescem centralmente e penetram na porção dorsal do tubo neural.
• Na medula espinhal, eles terminam no corno dorsal ou ascendem através da
camada marginal para um dos centros encefálicos superiores.
FORMAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL
Axônios motores crescem em direção ao exterior a partir de neurônios situados
na placa basal. 
FORMAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL
mielinização
No final do período fetal inicia a mielinização dos axônios.
Pico máximo de mielinização é entre 1 a 2 anos pós natal.
No SNC oligodendrocitos  derivados do tubo neural.
No SNP cél. de Schwann derivadas da crista neural.
FORMAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL
Mudanças na posição
TERCEIRO MÊS EMBRIONÁRIO  medula em todo comprimento do
embrião.
FORMAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL
Mudanças na posição
Nervos espinhais passam através do
forame intravertebral no seu nível de
origem.
• A coluna vertebral cresce mais rápido
que a medula espinhal.
• A extremidade caudal da medula
ocupa gradativamente níveis mais
altos.
FORMAÇÃO DO ENCEFALO
neuroporo anterior fechamento após 25 dias
neuroporo posterior fechamento após 28 dias
3 vesículas primarias
prosencefalo
mesencfalo
rombencefalo
5 vesiculas secundarias
FORMAÇÃO DO ENCÉFALO
flexuras
QUARTA SEMANA
Rápido crescimento do embrião que dobra-se ventralmente
 FLEXURA DO ENCÉFALO MÉDIO
 FLEXURA CERVICAL 
Crescimento desigual do embrião entre as duas flexuras (encefálica e
cervical) forma FLEXURA PONTINA.
FLEXURA PONTINA
Istmo romboencefálico: plano de separação
entre encéfalo posterior e o encéfalo médio durante o
desenvolvimento embrionário
Estas flexuras produzem uma variação na posição da substância branca e cinzenta nos diferentes níveis do encéfalo. O sulco limitante se estende cranialmente até a junção do encéfalo médio com o encéfalo anterior
FORMAÇÃO DO ENCÉFALO
Rombencefalo – encéfalo posterior
Estruturas derivadas do ROMBENCELO, darão origem ao TRONCO ENCEFÁLICO
PORÇÃO MAIS CAUDAL do encéfalo, limite com a medula espinhal.
FORMAÇÃO DO ENCÉFALO
Prosencéfalo – encéfalo anterior
RESUMO
Mesmo antes do início da neurulação, o primórdio das três vesículas encefálicas primárias – prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo – são visíveis como dilatações da placa neural. Durante a 5a semana, o prosencéfalo se subdivide no telencéfalo e no diencéfalo e o rombencéfalo se subdivide no metencéfalo e no mielencéfalo. Assim, contando com o mesencéfalo, existem cinco vesículas encefálicas secundárias. Durante esse período, o rombencéfalo se divide em pequenos segmentos repetidos denominados rombômeros. A extensão do tubo neural caudal aos rombômeros constitui a medula espinal.
A porção primordial do cérebro no tubo neural sofre flexão em três pontos. Em dois deles – a flexura mesencefálica (cranial) e a flexura cervical – as dobras são voltadas para a região ventral. Na flexura pontina, a dobra se volta para a porção dorsal.
A citodiferenciação do tubo neural começa no rombencéfalo ao final da 4ª semana. Durante esse processo, o
neuroepitélio do tubo neural prolifera para produzir os neurônios, a glia e as células ependimárias do sistema nervoso
central. Os neurônios jovens nascem na zona ventricular que circunda o lúmen central e migram perifericamente para
estabelecer a zona do manto, o precursor da substância cinzenta onde está a maioria dos neurônios maduros. Os
axônios que partem dos neurônios da camada do manto formam a zona marginal (a futura substância branca)
periférica à zona do manto. Nas áreas do cérebro que desenvolvem um córtex, incluindo o cerebelo e os hemisférios
cerebrais, o padrão de geração e migração dos neurônios é mais complexo.
A zona do manto da medula espinal e do tronco encefálico está organizada em um par de placas basais (ventral)e
um par de placas dorsais (alares). Lateralmente, as duas placas estão em contato com uma ranhura denominada sulco
limitante; dorsal e ventralmente, elas são conectadas por estruturas não neuronais denominadas, respectivamente, a
placa do teto e a placa do assoalho. Os neurônios de associação se formam nas placas dorsais, e uma ou duas colunas
de células (dependendo do nível) se formam nas placas ventrais: a coluna motora somática e a coluna motora visceral.
Os núcleos do 3o ao 12o nervos cranianos estão localizados no tronco encefálico (mesencéfalo, metencéfalo e
mielencéfalo). Alguns desses nervos cranianos são motores, alguns são sensoriais e outros são mistos, surgindo de
mais de um núcleo. Os núcleos dos nervos motores cranianos se desenvolvem das placas basais do tronco encefálico e
os núcleos sensoriais de associação se desenvolvem das placas alares do tronco encefálico. Os núcleos dos nervos
cranianos do tronco encefálico estão organizados em sete colunas longitudinais, que correspondem estritamente aos
tipos de função que eles dão suporte. Da ventromedial para a dorsolateral, as três colunas basais contém
motoneurônios eferentes somáticos, eferentes branquiais (ou viscerais especiais) e eferentes viscerais (gerais) e as
quatro colunas alares contém neurônios de associação aferentes viscerais gerais, aferentes viscerais especiais
(auxiliam no sentido especial do paladar), aferentes somáticos gerais e aferentes somáticos especiais (auxiliam os
sentidos especiais da audição e equilíbrio).
O mielencéfalo dá origem ao bulbo, a porção do cérebro mais similar em organização à medula espinal. O
metencéfalo dá origem à ponte, uma expansão bulbosa que consiste principalmente dos massivos tratos da substância
branca que servem o cerebelo e ao cerebelo. Um processo especializado de neurogênese no cerebelo dá origem à
substância cinzenta do córtex cerebelar e aos núcleos profundos do cerebelo. O cerebelo controla a postura, o
equilíbrio e a execução precisa dos movimentos por coordenar as informações sensoriais que chegam com as funções
motoras.
O mesencéfalo contém os núcleos de dois nervos cranianos e várias outras estruturas. Em particular, as placas alares
dão origem aos colículos superior e inferior, os quais são visíveis como protuberâncias arredondadas na superfície
dorsal do mesencéfalo. O colículo superior controla os reflexos oculares; o colículo inferior atua como um
retransmissor na via auditiva.
O prosencéfalo não tem placa basal. A placa alar do diencéfalo é dividida em uma porção dorsal e uma porção
ventral por um sulco profundo denominado sulco hipotalâmico. A intumescência hipotalâmica ventral a esse sulco se
diferencia nos núcleos coletivamente conhecidos como hipotálamo, cuja função mais proeminente é controlar as
atividades viscerais, como a frequência cardíaca e a secreção hipofisária. Dorsal ao sulco hipotalâmico, a grande
intumescência talâmica dá origem ao tálamo, de longe a maior estrutura do diencéfalo, que serve como um centro de
retransmissão, processando a informação proveniente das estruturas subcorticais antes de transmiti‑lá ao córtex
cerebral. Finalmente, uma intumescência dorsal, o epitálamo, dá origem a algumas estruturas menores como a
glândula pineal.
Uma expansão ventral da linha média diencefálica, denominada infundíbulo, se diferencia para formar a hipófise
posterior. Um divertículo correspondente ao assoalho do estomodeu, denominado bolsa de Rathke, cresce para
encontrar o infundíbulo e se tornar a hipófise anterior. Expansões do diencéfalo cranial também formam os olhos,
conforme abordado no Capítulo 19.
ooooooooooooooo
Um dos maiores desafios que o embrião enfrenta é como gerar um número muito grande de diferentes tipos de
neurônios e ao mesmo tempo garantir que cada um deles se forme em suas corretas posições no tubo neural.
Diferenciados e definidos pela especificidade das suas conexões com outros neurônios, os tipos de neurônios do
SNC estão em número de muitas centenas, ou mesmo milhares, e o embrião tem de posicionar as células certas nos
lugares certos para que o sistema forme os circuitos de modo apropriado e funcione corretamente. O padrão
altamente elaborado de especificação celular, além da subsequente formação de conexões precisas entre células
distantes durante o desenvolvimento, coloca o SNC muito além de outros sistemas de órgãos; como esses processos
são controlados é, portanto, uma questão importante para os pesquisadores.
A informação posicional modela a placa e o tubo neurais
Ao se abordar a questão da padronização celular, é útil pensar em termos de um sistema cartesiano de
informações posicionais, em que as células precursoras indiferenciadas podem perceber a sua posição em
gradientes ortogonais de morfógenos atuando ao longo dos eixos craniocaudal (CrCd) e mediolateral (ML) da
placa neural. As células podem adquirir uma “referência de posicionamento” única medindo a concentração
ambiente do morfógeno em cada um dos eixos que se cruzam e, então, interpretar o seu valor posicional, por
selecionar um destino apropriado de uma variedade disponibilizada pelo seu genoma. Este conceito é
indubitavelmente simplista, mas não é completamente irreal.
Os eventos que levam à padronização podem ser sumarizados como se segue: primeiro, a polarização de todo o
eixo CrCd do primórdio do SNC; e, depois, o estabelecimento das fontes de fatores morfogenéticos discretos em
posições particulares ao longo do eixo que atuam como centros sinalizadores locais, informando as células da
vizinhança sobre suas posições e destinos (Fig. 9‑2A,B). Eventos similares ocorrem no eixo ML da placa neural
(posteriormente, o eixo dorsiventral [DV] do tubo neural), exceto porque, por ser consideravelmente mais curto do
que o eixo CrCd, as fontes de morfógenos nos polos dorsal e ventral são suficientes para modelar o eixo inteiro
(Fig. 9‑2C).
Durante a gastrulação, quando a região do ectoderma dorsal se diferencia para se tornar a placa neural (Cap. 3),
o eixo CrCd é polarizado por um gradiente de moléculas de Wnt que se difundem a partir do polo caudal da placa
neural e são neutralizadas pelos inibidores de Wnt no polo cranial. Na ausência de sinalização de Wnt, o destino
neural padrão do polo cranial se cumpre. Níveis maiores de Wnt efetivamente conferem destinos sucessivamente
mais caudais. Gradientes de sinalização de retinoide, também altos na extremidade caudal do embrião, operam em
adição ao Wnt para polarizar o eixo CrCd. A subdivisão regional inicialmente rudimentar do eixo CrCd se
manifesta pela expressão de genes de controle de transcrição em domínios distintos que ditam a direção do seu
desenvolvimento subsequente. Por exemplo, o Otx2 é expresso unicamente na placa neural cranial (prosencéfalo ou
encéfalo anterior e mesencéfalo ou encéfalo medial), ao passo que os genes Hox são expressos nos subdomínios
localizados na placa neural caudal (rombencéfalo e medula). Outro gene de controle de transcrição, o Gbx2, é
expresso entre o Otx2 e os domínios de expressão de Hox.
As proteínas Gbx2 e Oxt2 reprimem mutuamente a expressão uma da outra, tanto que seus domínios estão
confinados em uma linha bem definida – que irá se tornar a fronteira entre o mesencéfalo e o rombencéfalo (Fig. 9‑
2A). Nesta interface entre os domínios de expressão gênica (uma área conhecida como istmo), um grupo de células
se diferenciam para secretar o fator de crescimento de fibroblasto 8 (Fgf8), o que sinaliza a formação do teto óptico
no domínio de expressão Otx2 e do cerebelo no domínio Gbx2. O Fgf8 é liberado também de um centro de
sinalização no polo cranial do eixo (denominado crista neural anterior [CNA]), induzindo a expressão local de
fatores de transcrição tais como o Bf1 (também conhecido como FoxG1) que estabelecem o telencéfalo como uma
região distinta do prosencéfalo (Fig. 9‑2A). Similarmente, um centro de sinalização adicional que se desenvolve no
meio do diencéfalo (na zona limitante intratalâmica [ZLI]), que libera outro morfógeno, sonic hedghog (Shh), que
sinaliza para a formaçãodo pré‑tálamo cranialmente e o tálamo caudalmente (Fig. 9‑2A).
À medida que a placa neural, inicialmente plana, se dobra para formar o tubo neural, centros de sinalização
distintos se formam nas linhas medias dorsal e ventral, ao longo de quase toda a extensão do eixo CrCd (também
abordado no Cap. 4). As células do polo ventral que constituem a placa do assoalho do tubo neural secretam Shh
(como faz a notocorda subjacente e, mais rostralmente, a placa pré‑cordal), ao passo que as células dorsais, que
constituem a placa do teto do tubo neural, secretam proteínas morfogenéticas do osso (Bmps, do inglês bone
morphogenetic proteins). Em relação ao mesencéfalo, rombencéfalo e medula, a sinalização do Shh da placa do
assoalho induz a formação de uma variedade de tipos celulares de acordo com a concentração de Shh – em altos
níveis, próximos à placa neural, são induzidos motoneurônios, visto que uma diversidade de interneurônios é
induzida em níveis progressivamente mais baixos de Shh, aos quais são expostas as células precursoras em
posições progressivamente mais dorsais na placa basal (Fig. 9‑2C). O gradiente de Bmp da placa do teto neutraliza
o gradiente de Shh e é responsável pela formação de uma variedade de tipos celulares da placa alar (Fig. 9‑2C).
Não se tem conhecimento completo sobre como os sinais do CrCd e do DV interagem para conferir posição em
duas dimensões. Está claro, contudo, que sinais dos polos dorsal e ventral são essencialmente uniformes ao longo
da extensão do eixo CrCd, ainda que eles induzam a formação de diferentes tipos celulares em diferentes posições
do CrCd. Por exemplo, o Shh da placa do assoalho do mesencéfalo induz a formação dos neurônios oculomotores
em uma posição do CrCd e neurônios dopaminérgicos da substância negra em outra posição do CrCd. Uma
explicação é que, neste caso, o sinal ventral uniforme atua como um viés preexistente, ou competência, das células
receptoras que são conferidas durante a estruturação do eixo CrCd.
Tendo alcançado um padrão espacial de diferenciação correto, com subtipos de neurônios individuais ou em
suas posições corretas ou especificados para migrar para as novas posições estabelecidas, o próximo grande evento
no desenvolvimento cerebral é o crescimento dos axônios para formar conexões com outros neurônios – o substrato
das redes neurais em formação. Um exemplo bem estudado é o sistema visual, no qual todos os processos
sequenciais para o estabelecimento dos padrões celulares, o crescimento axonal e a formação das conexões
apropriadas são acessíveis. O desenvolvimento do sistema visual será considerado mais tarde neste capítulo.
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FIGURA 92
O eixo neural embrionário inicial é subdividido e particionado por ação de centros locais
de sinalização tanto no eixo cranialcaudal
(A e B) quanto no dorsalventral
(C). No embrião inicial (A),
fronteiras de sinalização se desenvolvem entre os rombômeros (r1r7)
e na borda mesencéfalorombencéfalo
(istmo). O último expressa a molécula de sinalização Fgf8, que aciona o desenvolvimento
do tecto óptico no mesencéfalo caudal e do cerebelo no r1. Na extremidade cranial da placa neural, uma
linha de células que inicialmente expressam inibidores de Wnt se desenvolve na saliência neural
anterior (SNA); os Fgfs liberados pelas células do SNA estão envolvidos na especificação do telencéfalo
(Tel) em desenvolvimento. Mais adiante no desenvolvimento (B), outro centro de sinalização importante
(a zona limitante intratalâmica, ZLI) se desenvolve no diencéfalo medial e regula o desenvolvimento do
tálamo (Th) e do prétálamo
(Pth). FDM, fronteira mesencéfalo/diencéfalo; Hth, hipotálamo; Ptec, prétecto.
C, Corte transversal através do eixo dorsalventral
(DV) do tubo neural. As células da linha média
ventral (placa do assoalho [PA]) expressam o fator morfogenético sonic hedgehog (Shh), que se difunde
através das regiões ventrais formando um gradiente de concentração. Diferentes fatores de transcrição
são induzidos por diferentes concentrações de Shh, de modo que seus domínios de expressão
subdividem o eixo DV. Alguns desses fatores (mostrados no lado esquerdo da figura) reprimem
mutuamente a expressão um do outro, efetivamente tornando nítidas as interfaces entre seus domínios. Os fatores de transcrição expressos em cada domínio direcionam a expressão de genes que regulam
cascata abaixo a identidade das células progenitoras. No lado direito da figura são mostrados os
progenitores dos motoneurônios (pMN) e de quatro diferentes tipos de interneurônios (p0p3).
As Bmps
são expressas na placa do teto (PT) e induzem interneurônios dorsais.
2
IMPORTÂNCIA DO USO DE ÁCIDO FÓLICO
O ácido fólico é a vitamina B9 do complexo B, abundante nas folhas verdes (daí o nome fólico). Em geral, o crescimento rápido e as multiplicações celulares, aspecto central do desenvolvimento fetal, requerem um suprimento adequado de folato. Na gestação, previne defeitos de fechamento do tubo neural como anencefalia e espinha bífida além de lábio leporino e fenda palatina, malformações cardíacas e do trato genitourinário. A época do estabelecimento dos diversos tipos de malformações fetais é:
· Defeitos do tubo neural: 28 dias;
· Defeitos do septo ventricular cardíaco: 42 dias;
· Lábio leporino: 36 dias;
· Fenda palatina: 47 a 72 dias.
O ácido fólico é ainda essencial no metabolismo da homocisteína, aminoácido tóxico para o endotélio capilar, mantendo seus níveis normais. A elevação dos níveis de homocisteína pela deficiência de folato é associada a risco cardiovascular.
Durante a gravidez, o folato interfere com o aumento dos eritrócitos, o alargamento do útero e o crescimento da placenta e do feto (Scholl e Johnson, 2000). Em gestantes, além de mal formação fetal são relatados prematuridade e baixo peso ao nascimento. A simples suplementação de ácido fólico três meses antes e nos três primeiros meses da gravidez são suficientes para reduzir em até 95% problemas de malformação fetal.
Mulheres em idade fértil devem consumir 400 mcg de ácido fólico por dia. Desde 1992, o uso de 400 mcg diários de ácido fólico é recomendado nos EUA para reduzir o risco de malformação fetal. Desde 1998, é recomendada a ingestão de 400 mcg/dia de alimentos fortificados ou suplementos além do ácido fólico recebido na dieta (Lopes et al., 2004). Para mulheres que já tiveram uma criança com defeito de fechamento do tubo neural a dose recomendada é de 4000 mcg, começando um mês antes da concepção até o terceiro mês da gestação.
Nos Estados Unidos, desde que o FDA, órgão que controla o uso de alimentos e medicamentos naquele país, determinou a suplementação de folato nos alimentos com grão, a incidência de defeitos do tubo neural diminuiu em 25%.
Defeitos de fechamento do tubo neural, cuja incidência no Brasil é de 1,6/1000 nascidos vivos, ocorrem mais frequentemente em fetos femininos (ligado ao cromossomo X); em mulheres de níveis socioeconômicos mais baixos e em mães muito jovens ou idosas. Entre as causas estão:
· Exposição a produtos químicos e solventes;
· Irradiações;
· Deficiência materna de ácido fólico; e
· Alcoolismo e tabagismo.
Um estudo brasileiro mostrou ainda que a suplementação de folato é importante na prevenção da síndrome de Down (Grillo et al., 2002). A deficiência de ácido fólico interfere na produção do DNA que, ao ser duplicado no processo de divisão celular, não é distribuído de modo igualitário entre as diversas células filhas. Resultando numa criança com síndrome de Down.
Necessidade de conscientização da classe médica e das mulheres sobre a importância do ácido fólico. 
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso integra e regula várias atividades do corpo, algumas vezes em localizações distintas (alvos específicos) e algumas vezes de forma mais global. O sistema nervoso em geral atua rapidamente e também pode modular efeitos dos sistemas endócrino e imunológico. O sistema nervoso compreende duas divisões estruturais:
· Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula espinal;
· Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos somáticos, autônomose enféricos na periferia.
Encéfalo
Córtex cerebral: principal entro de processamento sensitivo e motor;
Diencéfalo: inclui o tálamo (reorganização e processamento) e o hipotálamo (emoções, controle autônomo e produção de hormônios);
Cerebelo: coordena as atividades motoras do músculo liso e processa a posição muscular;
Tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo): conduz a informação motora e sensitiva, bem como medeia importantes funções autônomas.
Subdivisões do córtex cerebral
O 1. Córtex, lobo frontal; processa as modalidades motoras, visual, de fala e da personalidade;
O 2. Córtex, lobo frontal: processa a informação sensitiva;
O 3. Córtex, lobo temporal: processa as modalidades de linguagem, auditiva e de memória;
O 4. Córtex, lobo occipital: processa a visão.
Os nervos periféricos surgem da medula espinal e formam redes de nervos e cada rede é denominada um plexo. Os 31 pares de nervos espinais contribuem para os quatro principais plexos nervosos. Quatro principais plexos nervosos formados pelos nervos espinais:
O 5. Plexo cervical: inerva amplamente os músculos do pescoço;
O 6. Plexo braquial: inerva amplamente os músculos do ombro e do membro superior;
O 7. Plexo lombar: inerva amplamente os músculos do compartimento anterior e medial da coxa;
O 8. Plexo lombossacral: inerva amplamente os músculos da nádega, da pelve, do períneo e do membro inferior.
ESTRUTURA DO NEURÔNIO
As células nervosas são denominadas neurônios, e as suas estruturas refletem as características funcionais de um neurônio individual. As informações chegam aos neurônios predominantemente por meio de processos conhecidos como axônios, os quais terminam nas junções especializadas dos neurônios denominadas sinapses. Essas podem ocorrer nos processos neuronais, os dendritos, ou no corpo celular do neurônio, conhecido como soma ou pericário.
Componentes de um neurônio
O 1. Dendritos
O 2. Axônio
O 3. Soma, pericário ou corpo celular do neurônio
Os neurônios conduzem informações eferentes através de potenciais de ação que surgem no corpo celular, percorrem ao longo de um axônio único até que chegam às sinapses em um alvo seletivo, geralmente outro neurônio ou célula-alvo, por exemplo, as células musculares. Existem vários tipos diferentes de neurônios, e alguns dos tipos mais comuns incluem:
· Unipolar (frequentemente denominado pseudounipolar): um axônio que se divide em dois longos prolongamentos; em geral neurônios sensitivos
· Bipolar: possui um axônio e um dendrito; raros, mas encontrados na retina e no epitélio olfatório
· Multipolar: possui um axônio e dois ou mais dendritos; são os mais comuns
Os tipos diferentes de neurônio, utilizando uma cor para cada um deles:
O 4. Unipolar (pseudounipolar)
O 5. Bipolar
O 6. Multipolar
Embora o sistema nervoso humano contenha mais de 10 bilhões de neurônios (uma estimativa bem exagerada), eles podem ser classificados amplamente em um dos três tipos funcionais:
· Neurônios motores: conduzem impulsos eferentes do sistema nervoso central (SNC) ou de um gânglio (conjunto de neurônios fora do SNC) para as células-alvo (efetoras); os axônios eferentes somáticos atuam no músculo esquelético, e os axônios eferentes viscerais atuam no músculo liso, músculo cardíaco e glândulas;
· Neurônios sensitivos: conduzem impulsos aferentes dos receptores para o SNC; os axônios aferentes somáticos transmitem as sensações de dor, temperatura, tato, pressão e propriocepção (inconsciente), e os axônios aferentes viscerais transmitem dor e outras sensações (p. ex., náuseas) dos órgãos, glândulas e vasos sanguíneos para o SNC;
· Interneurônios: conduzem os impulsos entre os neurônios sensitivos e motores, assim formando uma rede de integração entre as células; os interneurônios, provavelmente, compreendem mais de 90% de todos os neurônios no corpo.
Os neurônios podem variar consideravelmente no tamanho, alcançando de vários micrômetros até mais de 100 μm de diâmetro. Eles têm a possibilidade de apresentar numerosas ramificações dendríticas, dotadas de espículas dendríticas que aumentam a área receptiva de muitos neurônios. O axônio dos neurônios pode ser muito curto, ou ter mais de um metro de comprimento, e o diâmetro do axônio pode variar com os axônios que são maiores que 1 a 2 μm de diâmetro, sendo isolado pela bainha de mielina. No SNC, os axônios são mielinizados por uma célula da neuróglia especial denominada oligodendrócito, enquanto que, no sistema nervoso periférico (SNP), todos os axônios são cercados por um tipo de célula da neuróglia denominada células de Schwann. As células de Schwann também mielinizam muitos dos axônios do SNP cercados por elas.
CÉLULAS DA NEURÓGLIA
As células da glia sustentam os neurônios tanto no SNC (a neuróglia) quanto no SNP. As células da neuróglia excedem em muito o número de neurônios no sistema nervoso e contribuem para a maior parte do crescimento pós-natal observado no SNC. Funcionalmente, as células da neuróglia:
· Fornecem isolamento estrutural dos neurônios e de suas sinapses;
· Sequestram íons no compartimento extracelular;
· Fornecem sustentação nutritiva para os neurônios e seus prolongamentos;
· Auxiliam o crescimento e secretam fatores de crescimento;
· Auxiliam algumas das funções de sinalização dos neurônios;
· Realizam a mielinização dos axônios;
· Fagocitam restos celulares e participam na resposta inflamatória;
· Participam na formação da barreira hematoencefálica.
Diferentes tipos de células da glia
· Astrócitos: o mais numeroso das células da neuróglia; fornecem sustentação física e metabólica para os neurônios do SNC e contribuem para a formação da barreira hematoencefálica;
· Oligodendrócitos: pequenas células da neuróglia responsáveis pela formação e manutenção da mielina no SNC;
· Células da micróglia: mínimas e mais raras das células da neuróglia no SNC (ainda mais numerosa que os neurônios no SNC!). São células fagocíticas e participam nas reações inflamatórias;
· Células ependimárias: revestem os ventrículos encefálicos e o canal central da medula espinal, que contêm o líquido cerebrospinal (LCS);
· Células de Schwann: células da glia do SNP, elas cercam todos os axônios, mielinizam muitos deles e fornecem sustentação trófica, facilitam o novo crescimento dos axônios do SNP e limpam os restos celulares.
Tipos de célula da neuróglia do SNC
O 1. Astrócitos
O 2. Oligodendrócito
O 3. Célula da micróglia
O 4. Células ependimárias
Ponto Clínico
A esclerose múltipla, ou EM, é uma doença que conduz à desmielinização do SNC, no qual a mielina é progressivamente destruída, levando à inflamação e a danos nos axônios. A EM é uma doença autoimune que também pode destruir os oligodendrócitos que sintetizam e mantêm a mielina. Os sintomas frequentes incluem:
· Deficiência visual;
· Perda da sensação cutânea;
· Problemas com o equilíbrio e a coordenação motora;
· Perda do controle urinário e intestinal.
TIPOS DE SINAPSES
A principal forma de comunicação no sistema nervoso é através das sinapses, locais descontínuos em que o axônio ou suas ramificações extensivas de axônios terminais, às vezes alcançando o número de mil, encontram-se com outro neurônio ou célula-alvo. Tipicamente, um neurônio recebe numerosos contatos sinápticos nas suas arborizações de dendritos e nas espículas dendríticas ou no corpo celular. À medida que o axônio se aproxima do seu local-alvo, ele perde a sua bainha de mielina; frequentemente sofre ramificações extensivas e, então, termina no alvo como botões sinápticos. A comunicação é por meio de transmissão eletroquímica, disparando a liberação de neurotransmissor(es) na fenda sináptica. O(s) transmissor(es) se liga(m) aos receptores na membrana pós-sináptica e inicia(m) uma graduada resposta excitatória, ou inibitória, ou efeito imunomodulador, na célula-alvo.
Características da sinapse típica
O 1. Vesículas sinápticas: contêm neurotransmissor e/ou substância neuromoduladora
O 2. Exocitose das vesículas: fusão da membrana da vesícula sináptica com a membrana pré-sináptica, desta forma liberandoo transmissor
O 3. Membrana pós-sináptica: local espessado em que os receptores da membrana pós-sináptica se ligam ao neurotransmissor e iniciam uma resposta apropriada
Variedade de tipos de sinapses morfológicas
· Axodendrítica ou axossomática simples (sinapses mais comuns);
· Espícula dendrítica;
· Crista dendrítica;
· Sinapse simples junto com uma sinapse axoaxônica;
· Axoaxônica e axodendrítica combinadas;
· Varicosidades (botões em passagem);
· Dendrodendrítica;
· Recíproca;
· Em série.
As sinapses são estruturas dinâmicas e exibem significante “plasticidade”. Novas sinapses são formadas continuamente em muitas regiões, e algumas são “podadas” ou eliminadas por qualquer uma de uma variedade de razões, incluindo falta de uso, atrofia ou perda das células-alvo, ou processos degenerativos por causa do envelhecimento normal ou patologia.
CÉREBRO
Como revisado no Capítulo 1, o encéfalo humano consiste nas seguintes partes:
· Cérebro (córtex cerebral);
· Diencéfalo (tálamo, hipotálamo e glândula pineal);
· Mesencéfalo (uma parte do tronco encefálico);
· Ponte (conecta-se ao cerebelo e ao bulbo; é parte do tronco encefálico);
· Bulbo (conecta-se à medula espinal; é parte do tronco encefálico);
· Cerebelo.
O cérebro é dividido em dois grandes hemisférios, sendo caracterizado pelo seu córtex cerebral enrolado, o que aumenta significativamente a área de superfície para os neurônios através do dobramento do tecido em um volume compacto. O córtex cerebral é dividido em quatro lobos visíveis e um lobo que se situa profundamente no córtex externo.
Os cinco lobos do córtex cerebral
O 1. Lobo frontal
O 2. Lobo parietal
O 3. Lobo occipital
O 4. Lobo temporal
O 5. Lobo insular: um quinto lobo profundo situado medialmente no lobo temporal
As regiões do córtex cerebral estão associadas aos atributos funcionais específicos. Muitas dessas áreas se sobrepõem, e algumas podem ser mais ou menos desenvolvidas em indivíduos com talentos específicos ou com deficiências específicas, seja por anomalias congênitas (defeitos de nascimento) ou por patologias como, por exemplo, uma pancada.
Regiões funcionais do hemisfério cerebral
O 6. Córtex motor primário (anterior ao sulco central)
O 7. Córtex somatossensitivo primário (posterior ao sulco central)
O 8. Córtex visual primário
O 9. Córtex auditivo primário
A dobra do tecido cortical anterior ao sulco central é o giro
pré-central do lobo frontal. O córtex motor primário está
localizado nesse giro, e o corpo humano está representado
topografi camente sobre essa área cortical. Isto é, os
neurônios corticais relacionados a certas funções motoras
associadas a uma região do corpo humano, como, por
exemplo o polegar, podem ser identifi cados em uma região
particular do giro pré-central. Para representar essa relação
topográfi ca, um homúnculo (“homem pequeno”) motor é
desenhado sobre o córtex motor, e o tamanho de cada parte
do corpo é representativa da porção do córtex relacionada à
inervação dessa parte do corpo. Observe que o córtex motor é
desproporcionalmente maior para a face e a mão.
O giro pós-central ou o lobo parietal é o córtex sensitivo primário
e representa a área cortical relacionada à função sensitiva.
Semelhante ao córtex motor, um homúnculo sensitivo pode ser
representado sobre essa região cortical.
Conexões Corticais
A superfície enrolada dos hemisférios cerebrais contém os
neurônios corticais, que compreendem a substância cinzenta
e estão localizados acima da substância branca que se
situa profundamente, a qual inclui as conexões de fi bras
que percorrem desde regiões profundas do encéfalo ou as
interconexões que permitem a comunicação entre os dois
hemisférios. Essas vias de fi bras são denominadas substância
branca, porque elas aparecem mais brancas devido à mielina
que isola mais essas conexões de fi bras. Os principais tratos de
substância branca formados por essas conexões incluem:
• Corpo caloso: fi bras comissurais que interconectam os dois
hemisférios
• Tratos de associação: conecta as regiões corticais dentro do
mesmo hemisfério
• Coroa radiada: conexões bilaterais entre o córtex e os núcleos
subcorticais e a medula espinal; se estreita em uma cápsula
interna conforme passa pelo tálamo e os núcleos da base
A principal via de fi bras que interconecta os dois hemisférios
é denominada corpo caloso. Essas fi bras comissurais
promovem importante coordenação da atividade funcional entre
os dois hemisférios separados. As fi bras, interconectando os
lobos frontal e occipital em particular, contornam rostralmente
e caudalmente após elas cruzarem a linha mediana. Na
essência, o corpo caloso forma uma cobertura sobre os núcleos
subcorticais (núcleo no SNC é um termo utilizado para descrever
os conjuntos de neurônios que promovem funções semelhantes).
Além disso, os tratos de associação de fi bras conectam os
aspectos anterior e posterior do córtex cerebral, e podem existir
como tratos muito longos conectando as regiões do lobo frontal
com o lobo occipital ou como tratos curtos.
Finalmente, um trato de fi bras da substância branca em forma
de leque denominada coroa radiada promove um sistema de
projeção que “irradia” inferiormente e caudalmente a partir do
córtex, assim como descende entre o núcleo caudado e o tálamo
medialmente e o putame, os quais se situam lateralmente a
essa projeção (nesse ponto, a irradiação é denominada cápsula
interna). Os axônios nesse trato de projeções ascendem
e descendem a começar das áreas do tronco encefálico inferior
e medula espinal, promovendo conexões para e a partir dessas
regiões para o córtex cerebral.
COLORIR as seguintes vias das fi bras da substância branca,
utilizando uma cor diferente para cada uma delas:
 1. Corpo caloso
 2. Coroa radiada
 3. Cápsula interna
img longi
Anatomia Sagital Mediana e Basilar do Encéfalo
Muitas das estruturas profundas da linha mediana do encéfalo
são visíveis se o encéfalo for visualizado em uma seção sagital
mediana entre os hemisférios cerebrais e através do diencéfalo,
mesencéfalo, ponte, bulbo e região superior da medula
espinal. Da mesma forma, a visualização basilar do encéfalo e
visualizações isoladas do tronco encefálico ajudam a delinear as
regiões individuais que compreendem o encéfalo abaixo do nível
do cerebelo.
Primeiro, observe o proeminente corpo caloso, a conexão
comissural entre os dois hemisférios cerebrais. Suas principais
partem incluem:
• Joelho: porção anterior
• Tronco: grande porção central
• Esplênio: porção posterior
Logo abaixo do corpo caloso estão situadas as estruturas do
diencéfalo, incluindo:
• Tálamo: o “secretário executivo” do córtex, porque ele está
reciprocamente conectado ao córtex e conduz informações
motoras, sensitivas e autônomas do tronco encefálico e da
medula espinal
• Hipotálamo: situado abaixo do tálamo, e suas conexões
com a hipófi se refl etem o seu importante papel na função
neuroendócrina
• Glândula pineal: uma glândula endócrina, que secreta
melatonina e é importante na regulação do ritmo circadiano
(dia-noite)
O mesencéfalo contém tratos de fi bras que ascendem e
descendem através do tálamo; ele também inclui:
• Colículos (colículo, “eminência pequena”): os colículos superior
e inferior são núcleos sensitivos associados aos refl exos
visuais e refl exos auditivos, respectivamente
• Pedúnculos cerebrais (pedúnculo, “pé pequeno”): conduzem
fi bras motoras descendentes para a medula espinal e
conexões para o cerebelo
A ponte literalmente conecta o cerebelo com as outras partes do
encéfalo e da medula espinal. Alguns tratos de fi bras profundas
conectam grandes centros encefálicos com a medula espinal,
enquanto tratos mais superfi ciais retransmitem as informações
entre o córtex e o cerebelo através de três pedúnculos
cerebelares.
O bulbo liga o tronco encefálico com a medula espinal, e todas
as vias de fi bras ascendentes e descendentes passam através
do bulbo e/ou das sinapses nos núcleos sensitivos e motores
dentro dessa região. Importantes centros reguladores cardiopulmonares
também estão localizados no bulbo.
COLORIRos seguintes componentes do diencéfalo,
mesencéfalo, ponte e bulbo, utilizando uma cor diferente para
cada um deles:
 1. Corpo caloso
 2. Glândula pineal
 3. Colículos (superior e inferior)
 4. Corpo mamilar
 5. Tálamo
 6. Pedúnculos cerebelares (superior, médio e inferior)
 7. Bulbo
img sagitall
Núcleos da Base
Os núcleos da base fornecem o controle subconsciente do tônus
da musculatura esquelética e da coordenação dos movimentos
aprendidos. Uma vez que um movimento voluntário é iniciado
corticalmente, o ritmo e o padrão natural que nós adotamos
para conseguir andar ou alcançar um objeto são controlados
subconscientemente pelos núcleos da base. Além disso, eles
inibem os movimentos desnecessários. As interconexões dos
núcleos da base são complexas, envolvem tanto vias excitatórias
quanto inibitórias e utilizam múltiplos transmissores (dopamina,
glutamato, GABA, ACh e 5HT; resumidos no diagrama a seguir).
Os núcleos da base incluem:
• Núcleo caudado: descritivamente, ele possui uma grande
cabeça e uma delgada cauda, que arqueia sobre o diencéfalo
• Putame: o putame e o globo pálido juntos formam o núcleo
lentiforme
• Globo pálido: o putame e o globo pálido juntos formam o núcleo
lentiforme
COLORIR os núcleos associados aos núcleos da base,
utilizando uma cor diferente para cada um deles:
 1. Núcleo caudado (cabeça e cauda)
 2. Putame
 3. Globo pálido
 4. Núcleo lentiforme
Ponto Clínico:
Distúrbios que afetam os núcleos da base envolvem não só defeitos
que resultam em muitos movimentos excessivos como em perda de
movimentos. A doença de Huntington tem como consequência uma perda
hereditária dos núcleos da base e dos neurônios corticais, que leva a um
estado hiperativo de movimentos involuntários. Os movimentos irregulares
dessa doença quase se assemelham a uma dança fora de controle, e o
termo coreia (“dança”) caracteriza de forma apropriada essa condição fatal.
Nos estágios fi nais, a deterioração mental é comum.
Uma doença contrária à coreia de Huntington é a doença de Parkinson.
Resultante da degeneração dos neurônios secretores de dopamina da
substância negra, essa doença progressiva resulta em bradiquinesia
(movimentos lentos), tremor muscular rítmico de repouso, rigidez muscular,
postura recurvada, face mascarada ou sem expressão e andar arrastando
os pés.
img talamo
Sistema Límbico
O sistema límbico é um grupo funcional de estruturas que
forma um anel (“limbo”) ao redor do diencéfalo. O sistema
límbico participa nos comportamentos emocionais (medo,
raiva, prazer e excitação sexual) e na interpretação de
estímulos internos e externos (unindo funções conscientes
com as funções autônomas e aspectos de memória e
restauração). Os componentes estruturais do sistema límbico
(classifi cação daquelas estruturas que fazem parte do sistema
ou simplesmente se comunicam com uma variedade delas)
tipicamente incluem:
• Giro do cíngulo
• Giro para-hipocampal
• Hipocampo (memória)
• Corpo amigdaloide (e suas projeções de axônios denominadas
estria terminal, as quais se projetam para o hipotálamo e para
as estruturas basais do prosencéfalo)
• Núcleo septal: situado rostralmente ao hipocampo; regula as
emoções
• Hipotálamo (funções autônomas e neuroendócrinas)
• Área olfatória (olfato)
O sistema límbico forma conexões extensivas com as regiões
corticais e do tronco encefálico, permitindo extensiva integração
de estímulos, estado emocional e comportamentos conscientes
associados a esses estímulos e às emoções.
COLORIR as seguintes estruturas associadas ao sistema
límbico, utilizando uma cor diferente para uma delas:
 1. Giro do cíngulo
 2. Hipocampo
 3. Corpo amigdaloide e estria terminal
 4. Núcleo septal
 5. Trato olfatório
Ponto Clínico:
O hipotálamo, como um centro para o funcionamento neuroendócrino e
autônomo e como um centro de processamento para o olfato e as emoções
junto com outras estruturas límbicas, tem um papel chave nas doenças
psicossomáticas. O estresse e as suas emoções associadas podem ativar
reações viscerais autônomas, que são características de doenças psicossomáticas
ou induzidas pela emoção.
img limbico
Sistema nervoso central e periférico
Possui 3 funções básicas:
· Sensitivas: estímulos internos e externos;
· Integradoras: recebe informações, armazena uma parte e toma decisões sobre comportamentos apropriados;
· Motoras: sistema envia uma resposta aos estímulos, contração muscular ou secreção glandular.
O sistema nervoso integra as funções para fazer com que o corpo funcione corretamente. Ele é dividido em sistema nervoso central e periférico.
1. Sistema nervoso central: localiza-se centralmente no corpo e é composto por encéfalo e medula espinal. É responsável por tarefas complexas do sistema. Ele se conecta aos receptores sensitivos, musculares e glândulas através do sistema nervoso periférico. O sistema nervoso central é protegido pelo crânio, pelas vertebras, pelas meninges (dura máter, aracnoide, pia máter) e pelo líquor
a. Encéfalo (cérebro [interpretação, respostas motoras, pensamentos, respostas motoras], cerebelo [coordenação muscular e equilíbrio], tronco encefálico [ligação entre encéfalo e medula espinal, pressão arterial, frequência cardíaca, respiração]
b. Medula espinal (conduz impulso nervoso, ato reflexo)
2. Sistema nervoso periférico: é formado por nervos cranianos (12 pares) ou espinais (31 pares) que são responsáveis por conduzir impulsos nervoso para dentro e para fora do sistema nervoso. Também formado por gânglios (reunião de corpos celulares)
a. Somático (voluntário)
b. Autônomo (involuntário → simpático ou parassimpático)
	
	Simpático
	Parassimpático
	
	Tórax / Lombar
	Tronco / Região Sacral
	Neurotransmissor
	Noradrenalina
	Acetilcolina
	Quando
	Luta / Fuga
	Relaxamento
	Efeito
	Para digestão
Aumenta pressão
Pupila dilata
	Ativa digestão
Diminui pressão
Sono
Neurônios de associação ou interneurônios: são responsáveis por comunicar sensitivos a motores
MALFORMAÇÕES DO FECHAMENTO DO TUDO NEURAL
Os defeitos do tubo neural podem causar
· Lesões nervosas;
· Dificuldades de aprendizagem;
· Paralisia; e
· Morte.
A anencefalia é o defeito mais grave pois o tecido cerebral não se desenvolveu (quase sempre fatal).
Malformação de Chiari: parte do cerebelo se projeto para fora do crânio por uma abertura na parte inferior do mesmo, causando pressão no tronco cerebral ou na medula espinal. Pode se desenvolver hidrocefalia junto.
Espinha bífida: tubo neural não se fecha completamente ficando um canal aberto. Comumente na região lombar. Vertebras não se fecham completamente ao redor da medula espinhal. Pode ser:
· Oculta → A espinha bífida pode ser oculta, seria o caso mais leve, com apenas o osso sendo afetado. Aparentemente a região parece normal, porém pode ser identificada devido a uma tonalidade diferente na pele ou um pequeno chumaço de pelos. Quando causa maiores problemas, estes podem ser fraqueza nas pernas ou disfunção na bexiga;
· Disrafismo espinhal oculto → Forma mais grave de espinha bífida. Anomalias visíveis na região lombar: manchas de nascença, áreas hiperpigmentadas, tufos de pelos, aberturas na pele (sinus dérmico) ou pequenos nódulos (massas). A medula espinhal subjacente pode ser anômala, como apresentar um tumor adiposo (lipoma) ou outros problemas que podem dar origem a danos nos nervos;
· Espinha bífida cística → apresentação mais grave da espinha bífida, os tecidos das meninges e/ou da medula espinhal se projetam através da abertura nas vértebras, causando os defeitos. Estes defeitos podem ser:
· Meningocele: ocorre apenas a projeção das meninges. Medula espinhal está em sua posição normal;
· Meningoencefalocele: tipo mais grave. Ocorre a projeção das meninges e de tecido cerebral. Área afetada pode parecer avermelhada e o bebê provavelmente apresentará graves comprometimentos;
· Meningomielocele: ocorre a projeção das meninges e de tecido medular;
· Encefalocele: ocorre apenas a projeção de tecido cerebral;
· Mielocele: ocorre apenas a projeção de tecido medular.
É muito mais provável que ocorram danos ao tecido cerebralou medular quando o tecido se projeta do que quando ele não se projeta. Além disso, quando o tecido medular ou as meninges ficam expostos, eles podem ser infectados por bactérias, causando meningite.
Muitas crianças com defeitos do tubo neural menos intensos não têm nenhum sintoma. No entanto, a maioria dos sintomas de defeitos do tubo neural resultam da lesão do cérebro ou da medula espinhal. Os danos cerebrais podem causar problemas, inclusive água no cérebro (hidrocefalia), dificuldades de aprendizagem e dificuldades em engolir. Os danos medulares podem causar problemas graves que, em geral, estão relacionados ao intestino, bexiga e pernas. Os problemas incluem:
· Fraqueza e paralisia: Caminhar é difícil ou até mesmo impossível, e os músculos que não são usados se encolhem e ficam enrijecidos;
· Redução da sensibilidade na pele;
· Problemas urinários: Incapacidade de urinar (retenção urinária) ou incontinência urinária e infecções do trato urinário frequentes (problemas graves do trato urinário que, às vezes, podem dar origem à insuficiência renal);
· Problemas intestinais: Perda do controle das evacuações ou constipação;
· Outros problemas, como pé torto, artrogripose (um quadro clínico em que as articulações, geralmente os tornozelos, ficam fixas e não conseguem se dobrar), luxação do quadril ou uma curvatura anômala na coluna vertebral (cifose), podem também estar presentes no nascimento.
O diagnóstico pode ser realizado antes do nascimento, exames de sangue ou amniocentese para medir os níveis de alfa-fetoproteína e uma ultrassonografia pré-natal. Após o nascimento, exame físico e outros exames de imagem (ultrassonografia ou um exame de imagem por ressonância magnética, radiografias). Deve ser verificada a funcionalidade da bexiga após confirmação do diagnóstico de espinha bífida.
Desde que recebam os cuidados adequados, a maioria das crianças passa bem. Contudo, complicações, como perda da função renal e problemas com as derivações necessárias para tratar a hidrocefalia podem ocorrer e, às vezes, elas causam a morte de crianças mais velhas.
Outros dados
· Estudos mostram que a administração de ácido fólico antes da gestão, reduz o risco de ocorrência de DFTN em cerca de 50% a 70% do casos (Oliveira TMP et al., 2019);
· A chance de recorrência é de 5% para 2º filho, 10% para 3º filho e 25% para 4º filho do mesmo casal (Rocco FM; Saito ET; Fernandes AC,2007; Caderno de Atenção Básica- Brasília 2013);
· Prevalência: maior incidência no sexo feminino (1,4: 1) (Ferreira APS; Szwarcwald CL; Damacena GD ,2019);
· Possíveis complicações: neurológicas, cognitivas, nutricionais, ortopédicas, vesico-intestinais (bexiga e intestino neurogênico);
· Incidência global: 1 a 8 a cada 1000 nascidos vivos. Incidência no Brasil: 6,37 a cada 1000 nascidos vivos.

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