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Psicologia e Processos Grupos Profª: Érica Vieira Aula 1 A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS GRUPOS NA PSICOLOGIA O ser humano desde o nascimento é introduzido em grupos, essa convivência grupal será fundamental para o desenvolvimento da subjetividade. Historicamente o vocábulo “groppo” surgiu no séculos XVII referia-se ao ato de retratar artisticamente um conjunto de pessoas, apenas no século XVIII passou a significar uma reunião de pessoas. Tanto a psicologia como a sociologia em se dedicado ao estudo dos grupos, pensando este como uma intermediação entre o individuo e a massa social. Livro psi social p 171, 172 Perspectiva histórica do estudo dos grupos Gustave Le Bon Publicou em 1895 “Psicologia das Massas” A multidão é apresentada como uma espécie de ser unitário provido de características psicológicas próprias, de modo que os indivíduos que a compõem perdem suas características pessoais, sua autonomia, e passam a agir como uma espécie de “psiquismo coletivo”, muitas vezes, com comportamentos que o sujeito, quando fora da multidão, jamais teria. Perspectiva histórica do estudo dos grupos No grupo ocorre a perda da individualidade e a formação de um novo todo, que não é a soma das partes. Três fatores seriam os responsáveis por isso: o sentimento de poder; o contágio mental ; a sugestibilidade. Perspectiva histórica do estudo dos grupos FREUD Freud também preocupou-se em estudar a questão dos grupos a partir das ideis de Le Bon. Em “A Psicologia das Massas e a análise do Eu” (1921) propõe que as massa não podem ser pensadas como tendo uma forma única, e aponta diferente tipos: as efêmeras as duradouras; as homogêneas (formadas por indivíduos semelhantes) as não homogêneas; as primitivas as artificiais (que possuem um alto grau de organização) Perspectiva histórica do estudo dos grupos Todos os comportamentos individuais dentro de uma multidão poderiam ser compreendidos a partir do psiquismo dos indivíduos, na medida em que os processos mentais se articulam desde cedo com a dimensão social da existência. As vinculações entre os indivíduos seguem dois eixos: Vertical - no qual os indivíduos se ligariam aos líderes, que encarnariam a figura primordial do chefe da tribo; Horizontal - no qual haveria uma ligação dos membros uns com os outros, de modo que os indivíduos imersos em uma multidão se sentiriam mais desenvoltos para assumir riscos. Perspectiva histórica do estudo dos grupos Apesar dos estudos iniciais sobre as massas, o estudo dos grupos menores que desenvolverá a pesquisa de grupos. Em 1930 Kurt Lewin ( alemão refugiado do nazismo) chegou ao EUA e na universidade de Massachusetts iniciou o estudo dos pequenos grupos . (todos os participantes estão frente a frente e têm a possibilidade de estabelecer relacionamentos interpessoais sem a mediação de terceiros) Tanto a Indústria quanto as forças armadas investiram em tais estudos por interesse em melhorar o desempenho dos indivíduo nesses contextos. O que é um grupo? KURT LEWIN Um grupo é um todo dinâmico e em constante mudança. Qualquer mudança que ocorra em um dos participantes vai interferir no estado do grupo como um todo. A essência de um grupo não reside na similitude ou dissimilitude de seus membros, mas em sua interdependência. Um grupo com coesão, transcende as pessoas que o compõem O grupo é uma configuração social intermediária que articula a realidade da esfera do indivíduo com as dinâmicas macrossociais Desempenha um papel de mediação entre o todo social e a particularidade do indivíduo. O grupo não existe, nem pode existir, como uma instância em si, isolada do seu meio específico. Ele é uma produção do seu contexto sócio histórico. Contexto que o constitui e que o atravessa de ponta a ponta. O que é grupo? Grupo Agrupamento Por agrupamento entendemos um conjunto de pessoas que convivem partilhando de um mesmo espaço e guardam entre si uma certa valência de inter-relacionamento e uma potencialidade de virem a se constituir como grupo” ( Ziemerman, 1997, p.83) O que é grupo? O que é grupo? “Um grupo é um conjunto restrito de pessoas que, ligadas por constantes de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação interna, se propõem de forma implícita ou explicita à realização de uma tarefa que constitui sua finalidade”. Pichón Riviére O que é grupo? “Uma estrutura de vínculos e relações entre pessoas que canaliza em cada circunstância suas necessidades individuais e/ou interesses coletivos” (Martín Badaró) DINÂMICAS DE GRUPO Em alguns casos a institucionalização obriga a conviver com pessoas que não escolhemos, assim: A afiliação a um grupo independente da nossa vontade no que diz respeito à escolha de seus integrantes chamamos de solidariedade mecânica. EX: Turma da faculdade A forma de convívio na qual nos filiamos a um grupo porque escolhemos nossos pares chama-se solidariedade orgânica. Ex: turma do futebol, panelinha da sala de aula. DINÂMICAS DE GRUPO A expressão “grupo” aparentemente soa como algo estático, fixo, pronto. Em seu lugar muitos prefere a expressão “processos grupais” visto que evoca um sentido mais dinâmico, constituído historicamente. Quando um grupo se estabelece, uma série de fenômenos passa a atuar sobre as pessoas individualmente e, consequentemente, sobre o grupo. São os chamados processos grupais. São eles: DINÂMICAS DE GRUPO COESÃO – significa o resultado da aderência do indivíduo ao grupo, a fidelidade aos seus objetivos e a unidade nas suas ações. 2) PADRÕES GRUPAIS – são as expectativas de comportamentos partilhados por parte dos membros do grupo. Esses padrões ou normas de comportamento são estabelecidos com a especificação de atitudes ou comportamentos desejáveis por parte dos membros. DINÂMICAS DE GRUPO 3) MOTIVAÇÕES INDIVIDUAIS e OBJETIVOS DO GRUPO – são os elementos que estão relacionados com a escolha que cada indivíduo faz quando decide participar de um grupo e são importantes para garantir a adesão. 4) LIDERANÇA – A habilidade do líder para motivar e influenciar o grupo produz efeitos na atmosfera deste. O grupo pode desenvolver-se em um clima democrático, autoritário ou relaxado, dependendo da vocação do grupo e de lideranças que viabilizem essa vocação. DINÂMICAS DE GRUPO 5) PROPRIEDADES ESTRUTURAIS DO GRUPO – padrões de comunicação, desemprenho de papéis, relações de poder DINÂMICAS DE GRUPO Outros aspectos relacionados ao grupo: Coesão Grupal configura-se numa espécie de certeza de fidelidade dos membros Grupos com baixo grau de coesão tendem a se dissolver As diferenças serão admitidas desde que não interfiram na ideia central do grupo. Alguém que se disponha a entrar num grupo está se dispondo individualmente, a mudar seu modo de ser. Os objetivos do grupo irão sempre prevalecer aos motivos individuais. Referências Bock, A. Psicologias. Ed. Saraiva Ziemerman. Fundamentos Básicos das Grupoterapias. ---- Vídeo Vídeos Controle das massas- disponível em https://www.dailymotion.com/video/x1zypw2 > Relato Experimento 1 e 2 https://www.youtube.com/watch?v=SSLW2Ar_jJY https://www.youtube.com/watch?v=_ZSSyI3my38
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