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Apostila Curso de Doenças Autoimunes


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DOENÇAS AUTOIMUNES
Prof. Fernando Ramon Zilinski
Conteúdo do curso 
▪ Parte I:
- Visão geral do sistema imune
- Tolerância imunológica e autoimunidade
▪ Parte II:
- Principais doenças autoimunes
- Pesquisa de anticorpos antinucleares (FAN)
Visão geral do sistema imune 
▪ Resposta Imune: reação aos componentes de 
microrganismos, macromoléculas, e pequenos 
agentes químicos.
▪ Doenças autoimunes: Moléculas próprias que geram 
uma resposta imune.
Imunidade inata 
▪ Primeira linha de defesa contra microrganismos
▪ Principais componentes: 
1. Barreiras físicas e químicas (epitélio e agentes 
antimicrobianos)
2. Células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), 
células dendríticas, e células Natural Killer (NK)
3. Proteínas sanguíneas (sistema complemento e 
mediadores da inflamação)
Imunidade adaptativa 
▪ Desenvolve-se lentamente, adaptando-se à infecção
▪ Estimulada pela exposição a agentes infecciosos
▪ Especificidade e memória
▪ Componentes exclusivos: linfócitos e produtos secretados 
(anticorpos)
▪ Antígenos: Substâncias estranhas apresentadas aos linfócitos e 
anticorpos, que induzem resposta imune específica
Imunidade adaptativa 
Tipos de resposta imune adaptativa
▪ Imunidade humoral
- Principal mecanismo de defesa contra microrganismos 
extracelulares e toxinas
- Mediada por moléculas no sangue e secreções mucosas 
(anticorpos) que são produzidas pelos linfócitos B
- Anticorpos: reconhecem, neutralizam, e auxiliam na 
eliminação dos microrganismos por mecanismos 
efetores (opsonização, mediadores inflamatórios)
Tipos de resposta imune adaptativa 
▪ Imunidade celular
- Principal defesa contra microrganismos intracelulares
- Mediada por linfócitos T
- Linfócitos T: responsável por recrutar leucócitos para 
destruição de microrganismo, auxiliam linfócitos B na 
produção de anticorpos
Tipos de resposta imune adaptativa 
Tipos de resposta imune adaptativa 
▪ Especificidade e diversidade: epítopos, clones de linfócitos
▪ Memória: Resposta secundária, células de memória
▪ Expansão clonal: ↑ células específicas
▪ Especialização: Resposta direcionada
▪ Contração e homeostasia
▪ Não reatividade ao próprio:
▪ - Tolerância
Citocinas
▪ Proteínas secretadas que regulam e coordenam muitas 
atividades das células da imunidade inata e adaptativa
▪ Todas as células secretam e expressam receptores 
específicos de sinalização para várias citocinas
Citocinas
▪ Função
- Crescimento e diferenciação das células do sistema 
imune
- Ativação das funções efetoras dos linfócitos e fagócitos
▪ Quimiocinas: migração celular
Desenvolvimento dos linfócitos 
Etapas de ativação dos linfócitos 
Ativação Linfócitos T
▪ MHC: interagem com os receptor de células (TCR)
▪ Linfócitos T interagem somente com antígenos associados à célula
▪ Ativação: reconhecimento de antígenos (fornece especificidade) e 
coestimuladores (garantem a resposta, segundo sinal)
Ativação Linfócitos T
▪ Linfócitos T CD4:
- Proliferam e se diferenciam em células efetoras
- IL-2 estimula expansão clonal
▪ Linfócitos T CD8:
- Proliferam e se diferenciam em células citotóxicas
Diferenciação linfócitos T CD4
Ativação linfócitos B
▪ Resposta T dependente: antígenos proteicos, necessita 
de LT CD4
▪ Resposta T independente: antígenos não proteicos, não 
precisa de LT CD4
▪ Diferenciação: plasmócitos e LB de memória
▪ BCR: IgM e IgD
Ativação linfócitos B
▪ Anticorpos:
- IgG: opsonização e IgG materno
- IgG e IgM: ativam sistema complemento
- IgA: neutralizam microrganismos no tecido mucoso
- IgE: parasitas, sensibilização de mastócitos
Tolerância imunológica 
▪ Tolerância: Não responsividade a um antígeno
▪ Antígenos: Tolerógenos ou imunógenos
▪ Autotolerância: Capacidade de tolerar os autoantígenos
▪ Tipos de tolerância: Central e periférica
▪ Elementos presentes: Linfócitos T CD4, T CD8, Tregs, 
LB, citocinas, APCs
Seleção negativa e positiva
▪ Recombinação de genes de 
TCR e BCR ocorre de forma 
aleatória
▪ Processos de seleção:
- Eliminam linfócitos 
autorreativos
Seleção negativa e positiva
▪ Seleção positiva:
- Maturação de linfócitos T que
reconhecem MHC próprio
- Preservação dos linfócitos B
que expressam BCR
Seleção negativa e positiva
▪ Seleção negativa:
- Processo que elimina ou altera
linfócitos em desenvolvimento
cujo TCR ou BCR liga-se
fortemente a antígenos próprios
Tolerância central- linfócitos T
▪ Fatores que determinam indução de seleção negativa:
- Presença do autoantígeno no timo
- Avidez do TCR com antígeno
▪ 95% dos timócitos sofrem apoptose
Tolerância central- linfócitos T
▪ Antígenos presentes no timo: Proteínas circulantes, e associadas a 
células
▪ AIRE responsáveis pela expressão de proteínas que em geral estão 
presentes somente em tecidos periféricos
Tolerância central- linfócitos T
▪ Mutações no gene AIRE pode levar a Síndrome poliglândular 
autoimune tipo 1 (APS1)
▪ APS-1 atinge diversos órgãos endócrinos
Tolerância periférica- linfócitos T
Tolerância periférica- linfócitos T
▪ Autoantígenos situados em locais
privilegiados (Cérebro, testículos, olhos)
▪ Barreiras anatômicas capturam esses
autoantígenos
Tolerância periférica- linfócitos T
▪ Ausência de moléculas coestimulatórias impedem a
ativação
▪ Ocorre por bloqueio de sinalização ou ativação de
coestimuladores inibitórios
Tolerância periférica- linfócitos T
▪ Via mitocondrial de apoptose Bim-dependente leva a 
estresse celular e a apoptose
▪ Via extrínseca é gerado a expressão de receptores de 
morte celular (FAS-FASL) pela ligação de proteínas BIM
Tolerância periférica- linfócitos T
▪ Linfócitos Treg suprimem a ativação de
linfócitos T autoreativos
▪ FOXP3 (fator de transcrição) é essencial para
desenvolvimento e função das Tregs
Tolerância periférica- linfócitos T
▪ Mutações no gene FOXP3 levam
ao desenvolvimento da síndrome
de IPEX
▪ IPEX (desregulação imunológica,
poliendrocrinopatia e enteropatia
ligada ao X)
Tolerância central- linfócitos B
▪ Fatores que determinam
indução de seleção
negativa:
- Afinidade do anticorpo
para epítopo do antígeno
- Valência de interação
▪ 20 a 50% dos LB passam
por edição de receptores
Tolerância periférica- linfócitos B
▪ Fatores que determinam
indução de seleção negativa:
- BAFF induz a anergia de LB
autorreativos
- Coestimuladores inibitórios
regula a ativação de LB
Disfunções do sistema imune
Classificação das reações de hipersensibilidade 
segundo Gell e Coombs
Tipo Nome alternativo Mediadores Doenças associadas
I Hipersensibilidade imediata 
(2 a 30 min)
IgE, mastócitos e 
basófilos
Asma, rinossinusite, dermatite 
atópica, anafilaxia
II Hipersensibilidade mediada 
por anticorpos 
(5 a 8 horas)
IgG ou IgM, 
complemento,
macrófagos, neutrófilos e 
eosinófilos
Anemia hemolítica auto-imune
Miastenia Grave
Doença de Graves
III Hipersensibilidade mediada 
por imunocomplexos
(2 a 8 horas)
IgG, complemento, 
fagócitos, neutrófilos e 
mastócitos
Doença do soro
Reação de Arthus
LES
IV Hipersensibilidade tardia
(48 a 72 horas) 
Linfócitos T e macrófagos Artrite reumatoide
Esclerose múltipla
Psoríase
Diabetes melito tipo I
Classificação das reações de hipersensibilidade 
segundo Gell e Coombs
Tipo Nome alternativo Mediadores Doenças associadas
I Hipersensibilidade imediata 
(2 a 30 min)
IgE, mastócitos e 
basófilos
Asma, rinossinusite, dermatite 
atópica, anafilaxia
II Hipersensibilidade mediadapor anticorpos 
(5 a 8 horas)
IgG ou IgM, 
complemento,
macrófagos, neutrófilos e 
eosinófilos
Anemia hemolítica auto-imune
Miastenia Grave
Doença de Graves
III Hipersensibilidade mediada 
por imunocomplexos
(2 a 8 horas)
IgG, complemento, 
fagócitos, neutrófilos e 
mastócitos
Doença do soro
Reação de Arthus
LES
IV Hipersensibilidade tardia
(48 a 72 horas) 
Linfócitos T e macrófagos Artrite reumatoide
Esclerose múltipla
Psoríase
Diabetes melito tipo I
Classificação das reações de hipersensibilidade 
segundo Gell e Coombs
Tipo Nome alternativo Mediadores Doenças associadas
I Hipersensibilidade imediata 
(2 a 30 min)
IgE, mastócitos e 
basófilos
Asma, rinossinusite, dermatite 
atópica, anafilaxia
II Hipersensibilidade mediada 
por anticorpos 
(5 a 8 horas)
IgG ou IgM, 
complemento,
macrófagos, neutrófilos e 
eosinófilos
Anemia hemolítica auto-imune
Miastenia Grave
Doença de Graves
III Hipersensibilidade mediada 
por imunocomplexos
(2 a 8 horas)
IgG, complemento, 
fagócitos, neutrófilos e 
mastócitos
Doença do soro
Reação de Arthus
LES
IV Hipersensibilidade tardia
(48 a 72 horas) 
Linfócitos T e macrófagos Artrite reumatoide
Esclerose múltipla
Psoríase
Diabetes melito tipo I
Tipo Nome alternativo Mediadores Doenças associadas
I Hipersensibilidade imediata 
(2 a 30 min)
IgE, mastócitos e 
basófilos
Asma, rinossinusite, dermatite 
atópica, anafilaxia
II Hipersensibilidade mediada 
por anticorpos 
(5 a 8 horas)
IgG ou IgM, 
complemento,
macrófagos, neutrófilos e 
eosinófilos
Anemia hemolítica auto-imune
Miastenia Grave
Doença de Graves
III Hipersensibilidade mediada 
por imunocomplexos
(2 a 8 horas)
IgG, complemento, 
fagócitos, neutrófilos e 
mastócitos
Doença do soro
Reação de Arthus
LES
IV Hipersensibilidade tardia
(48 a 72 horas) 
Linfócitos T e macrófagos Artrite reumatoide
Esclerose múltipla
Psoríase
Diabetes melito tipo I
Classificação das reações de hipersensibilidade 
segundo Gell e Coombs
Autoimunidade
▪ É a causa mais importante de doenças em
humanos
▪ Presente em 5 % da população da américa do
Norte e Europa ocidental
75%
▪ Mulheres são mais acometidas
▪ Adultos jovens são mais
atingidos, causando problemas
socioeconômicos
Doenças autoimunes
▪ Natureza crônica
▪ Antagonistas de citocinas
Futuro promissor, antagonista de 
TNF-α tem mudado curso da 
artrite reumatoide
Fatores relacionados a autoimunidade
Fatores genéticos
▪ Histórico familiar, estudos de associação
genômica, sequenciamento genético
▪ Transformação de susceptibilidade genética
em autoimunidade – eventos aleatórios
▪ Probabilidade maior de desenvolvimento da
doença em membros de uma mesma família
▪ Gêmeos monozigóticos mais susceptíveis
do que dizigóticos
Fatores genéticos- HLA
▪ Genes HLA são os mais associados a 
autoimunidade
▪ Pode contribuir para <50% das DAIs
▪ HLA B27 classe I associado a Espondilite 
anquilosante
Fatores genéticos- Polimorfismos Não HLA associados
▪ Muitos desses polimorfismos estão presentes
em genes que influenciam a regulação imune
▪ Polimorfismos podem proteger contra
doenças autoimunes ou aumentar sua
incidência
Fatores genéticos- Polimorfismos Não HLA associados
▪ Polimorfismos no receptor de citocina de IL-23 
é um dos melhores exemplos de polimorfismo 
genético que podem prevenir ou aumentar 
doenças autoimunes
Fatores genéticos- Polimorfismos Não HLA associados
▪ IL-23 é uma citocina que aprimora a
capacidade pró-inflamatória dos linfócitos
TH17
▪ Estão associados a espondilite anquilosante,
doença de Crohn, doença de Behçet, psoríase
e colite ulcerativa
Fatores ambientais
▪ Em 70% das doenças autoimunes o 
principal fator desencadeante é 
ambiental
▪ Mais de 50% dos gêmeos 
monozigóticos apresentam 
discordâncias nas doenças autoimunes
Fatores ambientais
▪ Agentes químicos e farmacêuticos são 
associados ao inicio de muitas doenças 
sistêmicas:
- Toxinas como cloreto de mercúrio e 
cloreto de polivinilo podem precipitar 
nefrites imunes complexas, esclerose 
sistêmica, e autoanticorpos
Fatores ambientais
▪ Fumar, exposição a poeira sílica,
outras toxinas, podem contribuir
para desenvolvimento de artrite
reumatoide, LES, Doença de
Graves, ou escleroderma
Fatores ambientais
▪ Diferença de nível hormonal pode explicar 
a diferença na maior prevalência de 
doenças autoimunes em mulheres
▪ Tem influencia no desencadeamento de 
artrite reumatoide, Lúpus, e esclerose 
múltipla
Fatores ambientais
▪ A severidade das doenças autoimunes 
diminuem durante a gravidez.
▪ Os níveis hormonais influenciam as 
resposta TH1 e TH2. Durante a gravidez os 
níveis hormonais melhoram a resposta 
TH2 e suprimem a TH1
Fatores ambientais
▪ Severidade está diminuída em artrites
reumatoides e esclerose múltipla, pois
essas doenças são principalmente
mediadas por resposta TH1
▪ Lúpus pode agravar as manifestações
devido essa melhora da resposta TH2,
já que a doença é mediada
principalmente por autoanticorpos
Fatores ambientais
▪ Dentre os fatores ambientais é talvez o 
mais presente, estando envolvido 
principalmente no desenvolvimento de 
processos inflamatórios
▪ As inflamações atraem os linfócitos 
autoreativos para o local de infecção, 
facilitando sua ativação
Mecanismos das infecções
▪ É descrito na literatura que as infecções 
também podem prevenir o 
desenvolvimento de doenças autoimunes
▪ Redução de infecções aumenta incidência 
de diabetes tipo I e esclerose múltipla
Mecanismos das infecções
▪ Ampla variedade de mecanismos 
contribuem para o desenvolvimento das 
doenças autoimunes.
▪ Mecanismos mais comuns:
- Mimetismo molecular
- Mudanças de proteínas e antígenos 
ocultos
- Superantígenos
- Bystander activation
Mimetismo molecular
▪ Agentes infecciosos possuem 
elementos que são similares em 
sequências de aminoácidos e 
estrutura do antígeno próprio
Mudanças de proteínas, antígenos ocultos
▪ Processo infeccioso danifica um 
tecido privilegiado, liberando 
antígenos ocultos, permitindo uma 
resposta autoimune
▪ Lesões teciduais por decorrência da
infecção levam proteínas próprias a
sofrerem transformações, sendo
reconhecidas como não próprias
Mecanismos das infecções
▪ Superantígenos são produzidos
por bactérias, micoplasmas, ou
vírus que infectam as células,
ligam-se ao TCR independente da
especificidade antigênica,
ativando inúmeros LT, incluindo
os autorreativos, gerando uma
potente resposta imune
Mecanismos das infecções
▪ Agentes infecciosos estimulam 
respostas imunes através de 
receptores da imunidade inata, 
geram citocinas inflamatórias e 
ativam LT e B autorreativos.
▪ Epítopo “spreading” é aumento da 
superfície de contato dos epítopos, 
melhorando capacidade de 
reconhecimento de antígenos
Doenças autoimunes
Principais doenças autoimunes
▪ Lúpus eritematoso 
sistêmico ▪ Síndrome de Sjögren
▪ Artrite reumatoide
▪ Esclerose múltipla
▪ Tireoidite Hashimoto
Principais doenças autoimunes
▪ Diabetes melito tipo I ▪ Esclerose sistêmica
▪ Doença de Graves
Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
▪ Origem do nome
- “Lúpus” vem do Latim e significa
“lobo”, pois refere-se a erupção
cutânea na face.
- Eritematoso vem do grego e
significa vermelho, referindo-se à
coloração vermelha da erupção
da pele
Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
▪ Doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa 
desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pelapresença de autoanticorpos
▪ Doença rara que atinge 
principalmente mulheres jovens 
entre 20 a 45 anos. 
Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
Patogenia- Lúpus 
▪ Interação de fatores genéticos
e ambientais levam perda de
controle imunoregulador,
causando perda de tolerância,
desenvolvendo autoanticorpos,
levando a formação de
imunocomplexos, ativação do
sistema complemento e outros
processos inflamatórios,
levando a danos aos tecidos e
células
Manifestações no LES
▪ Lesões de pele (80%)
Manifestações no LES
▪ Lesões articulares (90%), atingem principalmente
articulações das mãos, punhos, joelhos e pés
▪ Inflamação das membranas, com possíveis dores
no peito
▪ Nefrite, alterações neuropsiquiátricas, alterações
de células sanguíneas
Diagnóstico no LES
▪ Diagnóstico é baseado em evidências clínicas, como a
presença do eritema malar, lesão discoide, presença de
anticorpos antinucleares, entre outros
▪ Exames laboratoriais confirmam o diagnóstico
- VHS: aumentado
- Hemograma: citopenias, leucopenia
- creatinina, urina tipo I: verifica função renal
- FAN: pesquisa de anticorpos antinucleares
Diagnóstico no LES
Critérios diagnósticos- Colégio Americano de reumatologia
1. Eritema malar Lesão eritematosa fixa em região malar, plana ou em relevo
2. Lesão discoide Lesão eritematosa, infiltrada, com escamas queratóticas aderidas e tampões foliculares,
que evolui com cicatriz atrofia e discromia
3. Fotossensibilidade Exantema cutâneo como reação não usual à exposição à luz solar.
4. Úlceras orais/nasais Usualmente indolores, observadas pelo médico
5. Artrite Não erosiva, envolvendo duas ou mais articulações periféricas, caracterizadas por dor e
edema ou derrame articular
6. Serosite Pleuris ou pericardite
7. Comprometimento renal Proteinúria persistente ou cilindrúria anormal
8. Alterações neurológicas Convulsões ou psicose (Na ausência de outras causas)
9. Alterações hematológicas Anemia hemolítica, linfopenia, leucopenia, plaquetopenia
10. Alterações imunes Anticorpo anti-DNA(fita dupla) ou anti-Sm
11. Anticorpos antinucleares Título anormal de Ac antinuclear por IMFI
▪ Necessário presença
de 4 desses 11 critérios
Síndrome de Sjögren (SjS)
▪ É uma das doenças autoimunes mais
comuns, quase tão frequente quanto LES
▪ É estimado que 400 mil pessoas tenham SjS
no Brasil, porém maioria ainda não foi
diagnosticada
▪ Henrik Sjögren em 1933 publicou sua tese de
doutorado descrevendo que os sintomas de
ressecamento afetava não só as glândulas
como diversos órgãos
Síndrome de Sjögren (SjS)
▪ É uma doença autoimune sistêmica, afeta as
glândulas exócrinas, predominantemente as
salivares e lacrimais, incluem também o
nariz, trato respiratório superior, orofaringe, e
nas mulheres, a vagina
Síndrome de Sjögren (SjS)
▪ Pode ocorrer em qualquer idade, porém sua
prevalência é maior em mulheres de 40 a 50
anos
▪ Proporção de 9 mulheres para 1 homem
Patogenia - Síndrome de Sjögren (SjS)
▪ Componentes virais e outros fatores podem levar a ativação de
células epiteliais e células dendríticas, gerando aumento de
secreção de citocinas e produção de autoanticorpos (anti-Ro e
Anti-LA)
Diagnóstico- Síndrome de Sjögren (SjS)
Critérios diagnósticos- American European consensus 
Group (AECG)
1. Presença subjetiva de ressecamento ocular
2. Presença subjetiva de xerostomia
3. Teste de Schimer, detecta ressecamento ocular ou coloração da córnea
4. Pontuação do foco >2 em biópsia de glândula salivar
5. Cintilografia salivar mostrando fluxo salivar reduzido
6. Presença de autoanticorpos anti-Ro/SSA e anti-La/SSB
▪ Necessário presença de 4 desses
critérios para diagnóstico
▪ Obrigatório a presença de patologia
da glândula salivar ou presença dos
autoanticorpos
Diagnóstico- Síndrome de Sjögren (SjS)
▪ SjS Primária
- Ocorre sem a presença de outra
doença concomitante
▪ SjS secundária
- Ocorre com a presença de outras
doenças autoimunes, como artrite
reumatoide, LES, esclerodermia
Diagnóstico- Síndrome de Sjögren (SjS)
▪ Para determinar os sintomas de ressecamento é
medido a disfunção glândular e quantificado o grau de
envolvimento das glândulas afetadas:
- Medida das taxas de fluxo de saliva
- Cintilografia das glândulas salivares
- Teste de Schimer
- Análise da superfície da córnea por uso de corantes
Diagnóstico- Síndrome de Sjögren (SjS)
▪ Principais complicações avaliadas por ultrassonografia
e ressonância magnética
▪ Autoanticorpos são os principais marcadores
sorológicos, podem estar presentes cerca de 20 anos
antes do aparecimento dos sintomas
▪ Pesquisa de FAN e autoanticorpos específicos
Artrite reumatoide (AR)
▪ Século XVIII - Augustin Landré-Beuvais
descreve pela primeira vez a artrite
reumatoide, denominando inicialmente como
gota astênica primitiva
▪ 1859- Sir Alfred Baring Garrod utiliza pela
primeira vez o termo artrite reumatoide (AR)
▪ Jean-Martin Charcout estabeleceu
diagnóstico diferencial entre gota, febre
reumática, AR, e osteoartrose
Alfred Baring Garrod (1819-1907)
Artrite reumatoide (AR)
▪ Doença autoimune, inflamatória, crônica, afeta primeiramente
as articulações, além outras manifestações, como nódulos
reumatoides, envolvimento pulmonar ou vasculites, e outras
comorbidades sistêmicas
Artrite reumatoide (AR)
▪ histórico familiar positivo aumenta de 3 a 5 vezes risco
de desenvolvimento, além alta concordância entre
gêmeos
▪ Fumar, baixo poder econômico, doença periodontal
contribuem para desenvolvimento da AR
Patogenia- Artrite reumatoide (AR)
Patogenia- Artrite reumatoide (AR)
▪ Diversas citocinas encontradas no líquido sinovial atuam
recrutando os leucócitos, levando a lesão tecidual e estimulando
as células residentes na produção de enzima proteolíticas,
destruindo cartilagens, ligamentos e tendões das articulações
Patogenia- Artrite reumatoide (AR)
▪ RANK (Receptor ativador de fator nuclear KB) induz atividade
aumentada dos osteoclastos nas articulações, auxiliando a
destruição óssea
Patogenia- Artrite reumatoide (AR)
▪ Ativação de LB autorreativos leva a produção de anticorpos de
fator reumatoide que atuam formando imunocomplexos, e
anticorpos anti-CCP (peptídeos citrulinados) que contribuem para
inflamação e imunocomplexos
Diagnóstico - Artrite reumatoide (AR)
▪ Não existem critérios diagnóstico
▪ Baseado na história clínica
▪ Fator reumatoide e anti-CCP são anticorpos
presentes, sendo anti-CCP considerado um marcador
de AR
▪ Outros exames: Radiografias das articulações, VHS,
Proteína C reativa
Esclerose múltipla (EM)
▪ Descrita pela primeira vez em 1868 por Jean Martin Charcot
(imagem a esquerda) e Alfred Vulpian (imagem a direita)
Esclerose múltipla (EM)
▪ Doença autoimune crônica, caracterizada pela destruição da
bainha de mielina dos axônios em diversos graus, afetando
assim o sistema nervoso central (SNC)
▪ Maioria das pessoas desenvolve de forma irreversível
Esclerose múltipla (EM)
▪ Atinge principalmente adultos
jovens (30 anos)
▪ Mulheres são duas vezes mais
afetadas
▪ Estimasse que 2,5 milhões de
pessoas no mundo tenham EM
35 mil pessoas35 mil pessoas
Esclerose múltipla (EM)
▪ Encefalomielite autoimune é um modelo experimental da EM
estudado em camundongos
▪ É injetado componentes da proteína básica da mielina, com
mycobactéria nos camundongos, além de transferência de
LT autorreativos
Esclerose múltipla (EM)
▪ há evidências que os linfócitos TH1 e TH17 estão ativados e
que atacam os autoantígenos de proteínas na mielina.
▪ Hipótese de liberação de antígeno ocultoapós ruptura do
tecido
Esclerose múltipla (EM)
▪ Pode ocorrer mimetismo
molecular através de
infecção viral, que ativam LT
autorreativos, causando
danos aos tecidos
Esclerose múltipla (EM)
▪ Fatores genéticos podem contribuir para o
desenvolvimento de EM
▪ Taxa de concordância de 25 a 30 % para gêmeos
idênticos
▪ Taxa de 6% de concordância para gêmeos não idênticos
Diagnóstico- Esclerose múltipla (EM)
▪ Baseado em evidências de ao menos duas lesões distintas
(Placas ou cicatrizes) na substância branca do SNC
▪ É necessário ao menos dois episódios de distúrbios
neurológicos em pacientes de 10 a 59 anos em diferentes
momentos durante curso da doença
▪ Comprovação de inflamação crônica do SNC
▪ Recomendado ressonância magnética
Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Doença autoimune, crônica, caracterizada por uma
hiperglicemia devido deficiência na produção de insulina
por destruição das células β do pâncreas
Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Uma das Condições
endócrinas e metabólicas
mais comuns na infância
▪ Atinge principalmente
crianças e adolescentes,
com pico de incidência
entre 12 e 14 anos, porém
pode atingir adultos
também
Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Afeta mais homens do que mulheres
▪ Sintomas clássicos de hiperglicemia ocorrem de
forma rápida, incluem poliúria, polidípsia, perda
de peso, sintomas abdominais, cefaleia, e
cetoacidose
Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ É insulinodependente (necessita
de aplicações diárias de insulina)
▪ Diabetes melito tipo II apresenta
resistência a insulina, geralmente
não é insulinodependente,
controlada por medicamentos,
acomete geralmente adultos
após 40 anos de idade
Diabetes melito tipo I (DM1)
Fatores genéticos- Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Identificado mais de 30 genes associados
▪ Genes HLA são os mais importantes
▪ HLA-DR3, DR4 estão presentes em mais de 90% dos
caucasianos com DM1
▪ Mutações no gene da insulina foi o primeiro gene não
HLA identificado na DM1
Fatores ambientais- Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Infecções virais podem desencadear a DM1, levando a
lesão celular, induzindo a inflamação e expressão de
coestimuladores
▪ Eventos gestacionais, como infecções gestacionais,
tempo em que foi iniciado primeira alimentação podem
contribuir para desencadeamento da DM1
Fatores ambientais- Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Estudos mostram que Recém nascidos de mães com
DM1 geralmente estão protegidos contra o
desenvolvimento de autoanticorpos no primeiro ano
de vida, podendo estar associados com melhora da
tolerância central ou periférica
Patogenia- Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Produção de autoanticorpos, LT CD4 medeiam inflamação, LT CD 8
atuam na lise das células das ilhotas
Diagnóstico- Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Autoanticorpos podem estar presentes meses ou até anos
antes do aparecimento dos primeiros sintomas, entretanto
não são patogênicos
▪ Glicemia de jejum
- Valores acima de 100mg/dL são indicativos de diabetes,
necessário investigação de curva glicêmica
- Valor acima de 126 mg/dL é necessário dois resultados
- Valor acima de 200mg/dL é considerado diagnóstico
Diagnóstico- Diabetes melito tipo I (DM1)
▪ Hemoglobina glicada indica se há hiperglicemia
- Valor que indica diabetes: ≥ 6,5%
▪ Curva glicêmica mede a velocidade da absorção de
glicose
- Glicemia maior que 200 mg/dl duas horas após
ingestão de 75g de glicose
Tireoidites autoimunes 
▪ São consideradas as doenças autoimunes órgão
específicas mais prevalentes na população (2 a 5%)
▪ Prevalência de anticorpos anti-tireoidianos (AAT) pode
ser ainda maior
▪ Tipos de tireoidites:
- Tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo)
- Doença de Graves ( Hipertireoidismo)
Tireoidites autoimunes 
▪ São consideradas as doenças autoimunes órgão
específicas mais prevalentes na população (2 a 5%)
▪ Prevalência de anticorpos anti-tireoidianos (AAT) pode
ser ainda maior
▪ Tipos de tireoidites:
- Tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo)
- Doença de Graves ( Hipertireoidismo)
Tireoidite de Hashimoto (TH)
▪ Descrita pela primeira vez em 1912 por Hakaru Hashimoto
Tireoidite de Hashimoto (TH)
▪ É caracterizada por infiltrados inflamatórios de imunócitos que
substituem o parênquima e induzem ao crescimento da
tireóide, eventualmente leva a fibrose e destruição dos
tireócitos, prejudicando a produção de hormônios e levando ao
hipotireoidismo
Tireoidite de Hashimoto (TH)
▪ Pacientes com TH podem ou não desenvolver bócio
▪ Desenvolvem anticorpos contra tireóide, que agem contra
antígeno peroxidase (TPO) e tireoglobulina (tg)
Tireoidite de Hashimoto (TH)
▪ Prevalência maior em mulheres, tendo pico entre 45 a 55
anos de idade
▪ Maior incidência em população com fornecimento
suficiente de iodo
Doença de Graves (DG)
▪ Descrita pela primeira vez em 1825 por Caleb Parray (a
esquerda), na Inglaterra
▪ Posteriormente descrita em 1835 por Robert James Graves, na
Irlanda ( a direita)
Doença de Graves (DG)
▪ Distúrbio autoimune e causa mais comum de
hipertireoidismo
▪ Incidência de 21 pessoas a cada 100mil pessoas por
ano
▪ Predominância maior em mulheres de 40 a 60 anos
▪ Autoanticorpos contra o receptor de TSH são os
causadores da doença
Doença de Graves (DG)
▪ É caracterizada por uma tríade de achados clínicos
- Hipertireoidismo
- Proptose
- Dermopatia infiltrativa localizada
Patogenia- Tireoidites autoimunes (TAI)
Diagnóstico- Tireoidites autoimunes (TAI)
▪ Tireoidite de Hashimoto:
- Definição clínica
- TSH aumentado
- T3 e T4 diminuídos
- Presença de anticorpos anti-TPO e anti-Tg
( 10 a 15% podem não apresentar)
Diagnóstico- Tireoidites autoimunes (TAI)
▪ Doença de Graves:
- Definição clínica
- TSH indetectável
- T3 e T4 elevados
- Presença de anticorpos anti-TSH, nível de iodo
radioativo, ou ultrassom (confirmam diagnóstico)
Esclerose sistêmica (ES)
▪ Hipócrates 400 a.C descreveu
pela primeira vez a ES, como
pessoas com pele endurecida
▪ Em 1836 Giovambattista
Fantonetti cunhou o termo
“escleroderma”, que deriva do
grego “skleros” (dura) e
“derma” (pele)
Esclerose sistêmica (ES)
▪ Em 1945 Robert H. Goetz descreveu o escleroderma como
uma doença com infiltrados em diversos órgãos, definindo
o termo “esclerose sistêmica”
Esclerose sistêmica (ES)
▪ Doença autoimune, com inflamação crônica, progressiva
ao longo dos anos, acometendo não só a pele, como
diversos órgãos
Esclerose sistêmica (ES)
▪ Existem dois tipos de ES:
- ES cutânea limitada: espessamento da pele envolve
somente mãos e antebraços, pernas e pés, face
- ES difusa: afeta mãos, antebraço, pernas ,pés, coxas,
tronco, face
Esclerose sistêmica (ES)
▪ Fenômeno de Raynaud está presente em 95% dos pacientes,
podendo causar úlcera digitais dolorosas
▪ É uma situação clínica onde os dedos se tornam pálidos
quando expostos ao frio devido a um vasoespasmo dos
pequenos vasos sanguíneos nos dedos
Patogenia- Esclerose sistêmica (ES)
1) Lesão vascular, aumento de
citocinas, ativação endotelial
2) Diferentes células inflamatórias
são recrutadas
Diagnóstico- esclerose sistêmica (ES)
▪ É baseado em evidências clínicas, em geral sugerido
pelo endurecimento da pele
- Fenômeno de Raynoud
- Calcinose, que é o depósito de cálcio na estrutura da
pele, podendo tomar forma de nódulos firmes
- Telangiectasias, que são as pequenas manchas
vermelhas que aparecem na região das mãos, face,
braços, e tronco
Diagnóstico- esclerose sistêmica (ES)
▪ Diagnóstico Laboratorial:- Biópsia da pele pode ser solicitada para diferenciar de
outras síndromes, como fasciite de eosinófilos
- Pesquisa de anticorpos antinucleares (FAN)
Diagnóstico- esclerose sistêmica (ES)
- Autoanticorpos específicos: Anticentrômero (ACA) e
antipoisemerase (SCL-70), anti-RNA polimerase III
- ACA, estão presentes em 80 % dos pacientes, são
associados a forma limitada da doença
Diagnóstico- esclerose sistêmica (ES)
- SCL-70 estão presentes em 40% dos pacientes com
forma difusa
- Anti-RNA polimerase II estão presentes em 10 a 15 %,
podendo ser encontrados em 45 % dos pacientes com
forma difusa
Fator antinuclear (FAN)
- Teste solicitado quando há suspeita de doenças
autoimunes
- FAN refere-se a um grupo de autoanticorpos que
reagem contra células e tecidos do nosso organismo
Fator antinuclear (FAN)
- Em 1948 Malcolm Hargraves e Robert Morton, em conjunto com
o técnico de laboratório Helen Richmond descreveram o
fenômeno das células de lúpus em pacientes com LES
associado a presença de autoanticorpos específicos para o
complexo DNA/histona
Fator antinuclear (FAN)
- Na década de 1950 Albert Coons e Melvin Kaplan utilizaram
anticorpos marcados com fluoresceína para identificar antígenos
teciduais, determinando a aplicabilidade da Imunofluorescência
indireta para pesquisa de anticorpos antinucleares (ANA)
Fator antinuclear (FAN)
▪ Método de Imunofluorescência Indireta
- Pesquisa de autoanticorpos
- Utiliza-se um anti-Ac acoplado a um fluorocromo, sendo que se
houver a ligação haverá emissão de fluorescência
Fator antinuclear (FAN)
▪ Inicialmente utilizava-se substrato de células animais
- Imprint
- Cortes histológicos de rim ou fígado de roedores
▪ Atualmente é utilizado células tumorais da linhagem Hep-2
Fator antinuclear (FAN)
▪ vantagem das células Hep-2:
- Antígenos humanos
- Maior sensibilidade devido a grande relação
núcleo/citoplasma, presença de vários nucléolos,
citoplasma rico em fibrilas e organelas
- Podem ser observadas em todas as fases da divisão
celular
Fator antinuclear (FAN)
▪ desvantagem das células Hep-2:
- Menor especificidade
- Pode estar presente em 10% dos indivíduos saudáveis
Padrões de Hep-2- Fator antinuclear (FAN)
▪ Existem mais de 30 padrões fluorescência já descritos
- Padrões nucleares
- Padrões nucleolares
- Padrões citoplasmáticos e relacionados ao aparelho
mitótico
- Padrões mistos
Padrões- Fator antinuclear (FAN)
▪ Nuclear pontilhado fino denso
- Inespecífico, pode estar
presente em diversas doenças
autoimunes e em indivíduos
saudáveis
Padrões Nucleares- Fator antinuclear (FAN)
▪ Nuclear pontilhado fino
- Associado principalmente com
LES e SjS
Padrões Nucleares- Fator antinuclear (FAN)
▪ Nuclear pontilhado grosso
- Associado principalmente com
LES, ES, AR, e doença mista do
tecido conjuntivo
Padrões Nucleares- Fator antinuclear (FAN)
▪ Nuclear pontilhado centromérico
- Associado principalmente com
esclerose sistêmica
Padrões Nucleares- Fator antinuclear (FAN)
▪ Nucleolar aglomerado
- Associado principalmente com
esclerose sistêmica
Padrões Nucleares- Fator antinuclear (FAN)
▪ Citoplasmático pontilhado fino
- Associado com polimiosite no
adulto
Padrões Nucleares- Fator antinuclear (FAN)
▪ Citoplasmático fibrilar linear
- Associado principalmente com
hepatite autoimune
Resultados- Fator antinuclear (FAN)
▪ FAN reagente:
- São realizadas diluições a partir de 1/40
- Indivíduos saudáveis podem dar positivo em diluições
até 1/80
- São considerados valores a partir de 1/160
- Diluições geralmente são feitas de 1/40; 1/80; 1/160;
1/320; 1/640; 1;1280
Resultados- Fator antinuclear (FAN)
▪ FAN reagente:
- Valores ≥ 1/320 são muito relevantes e indicam DAIs em
mais de 97% dos casos
▪ Uma vez que FAN seja reagente e associado com um
quadro clínico sugira uma doença autoimune é
necessário realizar a pesquisa de autoanticorpos
específicos
ATÉ A PRÓXIMA!