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2013 Geometria analítica Prof.ª Josiane Elias Nicolodi Prof. Roberto Nicolodi Copyright © UNIASSELVI 2013 Elaboração: Prof.ª Josiane Elias Nicolodi Prof. Roberto Nicolodi Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. 516.3 N651g Nicolodi, Josiane Elias Geometria Analítica / Josiane Elias Nicolodi, Roberto Nicolodi. Indaial : Uniasselvi, 2013. 215 p. : il ISBN 978-85-7830-850-6 1. Geometria Analítica. I. Centro Universitário Leonardo da Vinci. III apresentação As mudanças pelas quais o ensino da matemática passou ao longo dos tempos acabaram por refletir fortemente no ensino e aprendizagem dos conteúdos de matemática. Se analisarmos a situação da prática educativa dos anos 80 até a atualidade identificaremos problemas como: a grande ênfase dada à memorização e pouca preocupação com o desenvolvimento do pensamento matemático para a reflexão crítica e autocrítica do conhecimento, o que consecutivamente, ocasionou em altos índices de reprovação. Por isso, o principal objetivo dessa disciplina é contribuir para a formação do raciocínio lógico dos conteúdos de geometria, abordando paralelamente a representação algébrica com a representação geométrica. A Geometria Analítica é uma parte da Matemática, que através de relações matemáticas, estabelece as relações existentes entre a Álgebra e a Geometria. Desse modo, uma reta, uma circunferência ou uma figura podem ter suas propriedades estudadas através de métodos algébricos. Os estudos iniciais da Geometria Analítica se deram no século XVII e devem-se ao filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650), inventor das coordenadas cartesianas (assim chamadas em sua homenagem), que permitiram a representação numérica de propriedades geométricas. No seu livro Discurso sobre o Método, escrito em 1637, aparece a célebre frase em latim Cogito ergo sum, ou seja: “Penso, logo existo”. Para tanto contamos com a sua dedicação, com o tempo para a leitura, realização das autoatividades sugeridas. Com o seu comprometimento de realmente utilizar a representação geométrica para comprovar a representação algébrica. Vamos lá, chegou a hora de estudar! Profa. Josiane Elias Nicolodi Prof. Roberto Nicolodi IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! UNI V VI VII UNIDADE 1 – ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO ............................................. 1 TÓPICO 1 – SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL ................................................................. 3 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3 2 O SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL ................................................................................. 3 3 PARES ORDENADOS ........................................................................................................................ 5 4 OS QUADRANTES ............................................................................................................................. 7 5 BISSETRIZ DOS QUADRANTES ................................................................................................... 9 RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 11 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 12 TÓPICO 2 – ESTUDO DOS PONTOS ............................................................................................... 15 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 15 2 DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS ............................................................................................. 15 3 PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO ........................................................................................... 20 4 CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS ............................................................. 24 5 A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE WIN PLOT ............................................................................... 30 RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 36 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 37 TÓPICO 3 – A RETA ............................................................................................................................... 39 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 39 2 EQUAÇÕES DA RETA ....................................................................................................................... 39 3 ÂNGULOS ENTRE DUAS RETAS ................................................................................................... 46 4 DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA ............................................................................................ 51 RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 55 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 56 TÓPICO 4 – POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS .............................................................. 59 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 59 3 RETAS CONCORRENTES ................................................................................................................. 64 4 PERPENDICULARIDADE DE DUAS RETAS ............................................................................... 65 5 INTERSEÇÃO DE DUAS RETAS ..................................................................................................... 68 6 O SOFTWAREWIN PLOT NA PROJEÇÃO DE RETAS .............................................................. 70 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 74 RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 77 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 78 UNIDADE 2 – O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA ...................................................................... 79 TÓPICO 1 – EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA .......................................................................... 81 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 81 2 EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA .............................................................................................. 81 3 POSIÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA NO PLANO CARTESIANO ............................................. 89 sumário VIII 4 EQUAÇÃO GERAL DA CIRCUNFERÊNCIA ............................................................................... 91 6 O SOFTWARE WINPLOT NA REPRESENTAÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIAS ...................... 99 RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 103 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 104 TÓPICO 2 – POSIÇÕES RELATIVAS ................................................................................................ 107 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 107 2 POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA ............................................ 107 3 POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE RETA E CIRCUNFERÊNCIA ................................................ 112 4 POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS ........................................................ 117 RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 126 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 128 TÓPICO 3 – CURIOSIDADES SOBRE A CIRCUNFERÊNCIA .................................................... 129 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 129 2 POLÍGONOS REGULARES INSCRITOS NA CIRCUNFERÊNCIA ........................................ 129 3 MEDIDA DO COMPRIMENTO DE UMA CIRCUNFERÊNCIA .............................................. 132 4 ÁREA DO CÍRCULO .......................................................................................................................... 133 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 136 RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 139 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 140 UNIDADE 3 – O ESTUDO DAS CÔNICAS ..................................................................................... 143 TÓPICO 1 – PARÁBOLA ....................................................................................................................... 145 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 145 2 A PARÁBOLA ....................................................................................................................................... 146 3 EQUAÇÕES DA PARÁBOLA ........................................................................................................... 147 RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 159 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 160 TÓPICO 2 – ELIPSE ................................................................................................................................ 161 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 161 2 A ELIPSE ................................................................................................................................................ 161 3 EQUAÇÕES DA ELIPSE .................................................................................................................... 163 RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 175 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 177 TÓPICO 3 – HIPÉRBOLE ...................................................................................................................... 179 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 179 2 A HIPÉRBOLE ...................................................................................................................................... 180 2.1 MEDIDA DO EIXO REAL ............................................................................................................. 181 2.2 MEDIDA DO EIXO IMAGINÁRIO .............................................................................................. 182 3 EQUAÇÕES DA HIPÉRBOLE ........................................................................................................... 182 RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 192 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 193 TÓPICO 4 – APLICAÇÕES DA GEOMETRIA ANALÍTICA ........................................................ 195 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 195 2 A HISTÓRIA DA GEOMETRIA ANALÍTICA .............................................................................. 195 3 APLICAÇÕES DA GEOMETRIA ANALÍTICA ............................................................................ 197 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 201 RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 206 IX AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 207 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 211 X 1 UNIDADE 1 ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS Caro(a) acadêmico(a)! Com esta unidade, você será capaz de: • conhecer as definições do SistemaCartesiano Ortogonal; • reconhecer as coordenadas do ponto; • desenvolver o pensamento algébrico e a representação geométrica; • identificar e aplicar o estudo dos pontos; • verificar e aplicar as propriedades das equações da reta; • adquirir noções sobre as posições relativas de duas retas. Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles, você encontrará atividades que favorecerão a fixação dos assuntos apresentados. Bons estudos! TÓPICO 1 – SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL TÓPICO 2 – ESTUDO DOS PONTOS TÓPICO 3 – A RETA TÓPICO 4 – POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL 1 INTRODUÇÃO A geometria é um dos ramos mais antigos da matemática, seus princípios baseiam-se nos estudos do ponto, da reta e do plano, que estão fundamentados em axiomas, postulados, definições e teoremas, compilados pelo filósofo e matemático grego Euclides, por volta do ano 300 a.C. Nesta disciplina, nosso foco de estudos será uma área ainda mais específica da geometria, a geometria analítica. Área esta, também chamada geometria de coordenadas e de geometria cartesiana, em que o estudo da geometria é realizado por meio de um sistema de coordenadas e dos princípios da álgebra. Desta forma, iniciaremos nossos estudos revendo os conceitos envolvidos no estudo do sistema cartesiano ortogonal. 2 O SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL O Sistema de Coordenadas Cartesianas, Sistema Cartesiano Ortogonal, também conhecido como Plano Cartesiano, foi criado por René Descartes (1596- 1650), filósofo matemático francês e principal idealizador da Geometria Analítica. Em sua homenagem originou-se o nome cartesiano, pois Descartes em latim era Cartesius. Como René Descartes associava a geometria à álgebra, o sistema cartesiano ortogonal foi a forma que ele inventou para representar expressões algébricas graficamente. NOTA UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 4 Quando temos um sistema de eixos associado a um plano, que faz corresponder a cada ponto do plano um par ordenado e vice-versa, sendo esses eixos perpendiculares entre si em um ponto O, denominado origem, o denotamos como sistema cartesiano ortogonal. Sendo assim, o sistema cartesiano ortogonal é formado por dois eixos perpendiculares (duas retas que formam ângulo de 90º entre si): um horizontal e outro vertical que se cruzam na origem das coordenadas (0,0). A reta horizontal é chamada de eixo x ou eixo das abscissas (x) e a reta vertical de eixo y ou de eixo das ordenadas (y). Esses eixos são enumerados com uma unidade de medida única e os números compreendem o conjunto dos números reais, como podemos observar na figura 1 do plano cartesiano. Nesta disciplina, você pode utilizar 1 cm como unidade de medida para a resolução das autoatividades. FIGURA 1 – PLANO CARTESIANO FONTE: Os autores Atenção! Podemos observar na Figura 1 que a orientação positiva das retas é representada por uma seta. UNI A utilização mais simples do Plano Cartesiano é para representarmos graficamente a localização de pontos em um determinado plano, ou seja, pares ordenados conforme apresentado na próxima seção. TÓPICO 1 | SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL 5 Você sabia? Que podemos associar o Plano Cartesiano com a latitude e a longitude? Esses temas relacionados aos estudos geográficos e à criação do atual sistema de posicionamento, o GPS. O Sistema de Posicionamento Global permite que saibamos nossa localização exata na terra, desde que tenhamos em mãos um receptor de sinais GPS, informando a latitude, a longitude e a altitude com o auxílio de satélites em órbita da Terra. Os aviões são um exemplo da utilização do GPS, pois para não se colidirem são monitorados e informados em qual rota devem seguir sua viagem. FONTE: Adaptado de: <http://www.mundoeducacao.com/matematica/plano-cartesiano. htm>. Acesso em: 6 dez. 2013. UNI 3 PARES ORDENADOS A representação dos pontos no plano é feita através de pares ordenados, indicados entre parênteses, a abscissa (x) e a ordenada (y) respectivamente, e esse par ordenado (x, y) representa as coordenadas de um ponto, o qual é representado por uma letra maiúscula do alfabeto P(x, y). Eixo das abscissas P(x,y) Eixo das ordenadas FIGURA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS EIXOS FONTE: Os autores UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 6 O valor da abscissa (o primeiro número do par ordenado) é a medida do deslocamento a partir da origem para a direita (se positivo), ou para a esquerda (se negativo) do eixo horizontal (eixo x). E o valor da ordenada (o segundo número do par ordenado) é a medida do deslocamento a partir da origem para cima (se positivo) ou para baixo (se negativo) no eixo vertical (eixo y). IMPORTANT E Vamos observar alguns exemplos de pares ordenados: • o ponto A(4, 3) tem abscissa 4, ou seja, x = 4 e ordenada 3, ou seja, y = 3, no qual o símbolo (4, 3) representa um par ordenado; • o ponto B(1, 2) tem abscissa 1 (x = 1) e ordenada 2 (y = 2); • o ponto C(-2, 4) tem abscissa -2 (x = -2) e ordenada 4 (y = 4); • o ponto D(-3, -4) tem abscissa -3 (x = -3) e ordenada -4 (y = -4); • o ponto E (3, -3) tem abscissa 3 (x = 3) e ordenada -3 (y = -3). É importante destacarmos que os pontos M(2, 5) e N(5, 2) são pontos distintos, pois em um par ordenado a ordem dos números é relevante. ATENCAO Para representarmos esses pontos no sistema cartesiano ortogonal, traçamos retas suportes paralelas aos eixos x e y (representadas na Figura 3, por linhas tracejadas), e onde essas retas se encontram, marca-se o ponto (par ordenado). Vamos analisar o ponto A, observe na Figura 3, que traçamos inicialmente uma reta paralela ao eixo y sobre o valor da abscissa do ponto, nesse caso 4 e depois traçamos a outra paralela, agora em relação ao eixo x, sobre o valor da ordenada, ou seja, 3. Onde essas duas retas paralelas (devem ser representadas sempre com linhas tracejadas no sistema cartesiano ortogonal) se encontram é a região do plano em que está o ponto A (4, 3). TÓPICO 1 | SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL 7 O mesmo acontece com os demais pontos do exemplo e com qualquer outro par ordenado em que os pontos não estão marcados sobre o eixo. Quando isso acontece os pontos estão localizados nos quadrantes e não é necessário traçar retas paralelas. FIGURA 3 – EXEMPLOS DE PARES ORDENADOS Fonte: Adaptado de: <http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/plano-cartesiano.htm>. Acesso em: 9 maio 2013. Utilizamos o plano cartesiano na representação de gráficos de funções, onde os valores relacionados a x determinam o domínio e os valores de y, a imagem da função. A criação do Sistema de Coordenadas Cartesianas é considerada uma ferramenta muito importante na Matemática, que facilita a observação do comportamento das funções em alguns pontos considerados críticos e contribuiu para vários conceitos de cálculo, como limites, derivadas, integrais e outros. NOTA 4 OS QUADRANTES É a denotação utilizada para as quatro regiões do plano resultante da divisão do eixo x e do eixo y, conforme observamos na Figura 4. UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 8 Os quadrantes são dispostos em sentido anti-horário. NOTA FIGURA 4 – QUADRANTES Fonte: Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/plano- cartesiano.htm>. Acesso em: 9 maio 2013. No sistema cartesiano ortogonal, o canto superior direito é a região do primeiro quadrante, à sua esquerda do outro lado do eixo das ordenadas (eixo y), é a região do segundo quadrante. Abaixo desse, temos a região do terceiro quadrante e à direita e, abaixo do primeiro, temos a região do quarto quadrante. Para os pontos (pares ordenados) localizados no primeiro quadrante, os valores da abscissa e da ordenada serão sempre maiores doque zero (x > 0 e y > 0), no segundo quadrante o valor da abscissa é menor do que zero e o da ordenada maior do que zero (x < 0 e y > 0), no terceiro quadrante os valores da abscissa e da ordenada serão menores do que zero (x < 0 e y < 0) e no quarto quadrante o valor da abscissa é maior do que zero e o da ordenada menor do que zero (x > 0 e y < 0). Assim: • no primeiro quadrante, todos os pontos possuem abscissa e ordenada positivas (x, y). Exemplo: A(4, 2); TÓPICO 1 | SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL 9 • no segundo quadrante, todos os pontos possuem abscissa negativa e ordenada positiva (- x, y). Exemplo: B (-4, 2); • no terceiro quadrante todos os pontos possuem abscissa e ordenada negativas (- x, - y). Exemplo: C(-4, -2), e • no quarto quadrante todos os pontos possuem abscissa positiva e ordenada negativa (x, -y). Exemplo: D(4, -2). Quando um ponto (par ordenado) está localizado sobre o eixo das abscissas (eixo x), o eixo das ordenadas (eixo y), ou sobre a origem do sistema, não se encontra em nenhum quadrante. IMPORTANT E 5 BISSETRIZ DOS QUADRANTES A bissetriz dos quadrantes é determinada por uma reta que intercepta o ponto (0,0) traçando a bissetriz dos quadrantes ímpares no 1º e 3º quadrante ou a bissetriz dos quadrantes pares no 2º e 4º quadrante, conforme a Figura 5. FIGURA 5 – BISSETRIZ DOS QUADRANTES FONTE: Disponível em: <http://www.brasilescola.com/matematica/as-bissetrizes-dos- quadrantes-1.htm>. Acesso em: 9 maio 2013. UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 10 Todos os pontos pertencentes à bissetriz dos quadrantes ímpares possuem abscissas iguais às ordenadas e vice-versa, B(b, b). Todos os pontos pertencentes à bissetriz dos quadrantes pares possuem abscissas e ordenadas opostas e vice-versa, B(b, -b). IMPORTANT E Exemplo: Determinar o valor de a, para que o ponto A (2a-1, – a+2) pertença à bissetriz dos quadrantes ímpares. Resolução: Sabemos que, se o ponto pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares, então, possuem coordenadas (x, y) iguais. Desta forma, 2a – 1 = -a + 2 Isolando a no primeiro membro 2a + a = 2 + 1 Juntando os termos semelhantes 3a = 3 Dividindo ambos os membros por 3 3a/3 = 3/3 Efetuando a divisão a = 1 Substituindo o valor de a nas coordenadas do ponto, temos: A (2.1 – 1, - 1 + 2) → A (1, 1) Portanto, as coordenadas do ponto serão A(1, 1). 11 Nesse tópico, você estudou o Sistema Cartesiano Ortogonal. Em seguida, a localização dos pontos e a posição dos mesmos de acordo com os quadrantes. • O sistema cartesiano ortogonal é formado por dois eixos perpendiculares, o horizontal é chamado de eixo x ou eixo das abscissas (x) e o vertical de eixo y ou de eixo das ordenadas (y) que são enumerados compreendendo o conjunto dos números reais. • A representação dos pontos no plano é feita através de pares ordenados (x, y), a abscissa (x) e a ordenada (y) respectivamente que representa as coordenadas de um ponto. • Para representarmos esses pontos no sistema cartesiano ortogonal, traçamos retas paralelas aos eixos x e y (linhas tracejadas), e onde essas retas se encontram, marca-se o ponto (par ordenado). • Os pontos (pares ordenados), localizados no primeiro quadrante, têm os valores da abscissa e da ordenada maiores do que zero (x > 0 e y > 0), no segundo quadrante, o valor da abscissa é menor do que zero e o da ordenada maior do que zero (x < 0 e y > 0), no terceiro quadrante os valores da abscissa e da ordenada serão menores do que zero (x < 0 e y < 0), e no quarto quadrante o valor da abscissa é maior do que zero e o da ordenada menor do que zero (x > 0 e y < 0). RESUMO DO TÓPICO 1 12 AUTOATIVIDADE Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudo no Tópico 1. Lembre-se das orientações referentes à localização dos pontos no plano cartesiano. 1 Construa um plano cartesiano e localize os seguintes pontos (pares ordenados): a) A(-4, 3) b) B(-1, 1) c) B(2, 1) d) D(-1, 2) e) E(3, -2) j) J(3, 3/5) k) K(1/2, -4) l) L(-2,5, -3,3) m) M(2, 0) n) N(0, -3) f) F(-1, -1) g) G(3, 2) h) H(-1, 3) i) Um ponto I na origem do sistema 2 No exercício anterior: a) Quais são os pontos que pertencem ao 1º quadrante? ______________________ b) Quais são os pontos que pertencem ao 2º quadrante? ______________________ c) Quais são os pontos que pertencem ao 3º quadrante? ______________________ d) Quais são os pontos que pertencem ao 4º quadrante? ______________________ 3 Verifique se os pontos estão localizados nos quadrantes e identifique em qual quadrante? a) A(2, 0)_____________________________________________________________ b) B(-1, -1)____________________________________________________________ c) C(0, 3)_____________________________________________________________ d) D(2, -3)____________________________________________________________ e) E(0, 0)_____________________________________________________________ f) F(-1, 0)_____________________________________________________________ g) G(0, -2)____________________________________________________________ 4 No exercício anterior: a) Quais pontos estão localizados sobre o eixo das abscissas? b) Quais pontos estão localizados sobre o eixo das ordenadas? 13 5 Complete utilizando os símbolos = (igual) ou ≠ (diferente): a) A(2,0)......... M(0,2) b) B(3, -1)......... N(3,-1) c) C(2,5)................ P(6/3,10/2) d) C(-2,1)............... Q(1,-2) e) E(-3,-2).......... R(-2,-3) 6 Determine x e y nos pares ordenados, para que cada uma das igualdades sejam verdadeiras: a) (x, y) = (1,-2) _______________________________________________________ b) (3, y) = (x, 1) _______________________________________________________ c) (x , -7) = (-1 , y) _____________________________________________________ d) (2x, -2) = ( 10, y) ____________________________________________________ e) (x, y +2) = (1, 7) _____________________________________________________ f) (3x, 2y) = (-15, -8) ___________________________________________________ g) (x, y - 5) = (0, 10) ____________________________________________________ h) (x + 1, y -1) = (2, 4) __________________________________________________ 7 Determine as coordenadas de cada ponto do plano cartesiano a seguir: 14 8 Para que o ponto P(-3m +5, 2m+10) pertença à bissetriz dos quadrantes ímpares, m deverá ser: a) - 1 b) 5/3 c) - 5 d) 1 9 Observe o sistema cartesiano a seguir onde as bissetrizes de cada quadrante estão representadas. a) O que caracteriza um ponto “A” situado sobre a bissetriz dos quadrantes ímpares? b) Se o ponto C(x, y) é um ponto situado sobre a bissetriz dos quadrantes pares, podemos afirmar que x + y = 0 sempre? Por quê? c) Calcule o valor de m, sabendo que o ponto B (2m² + 5, 7m) pertence à bissetriz dos quadrantes pares. 15 TÓPICO 2 ESTUDO DOS PONTOS UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO No tópico anterior, vimos a representação de um ponto no sistema cartesiano. Neste tópico vamos analisar as relações que podemos estabelecer entre dois ou mais pontos, como a distância entre dois pontos, o ponto médio de um segmento, a condição de alinhamento de três pontos e como utilizar o software Winplot para representar geometricamente essas relações. No estudo dos pontos, temos o conceito de distância que perpassa vários conceitos da geometria analítica, pois nessa área da matemática temos a relação de elementos geométricos com os algébricos, sendo que o elemento básico da geometria é o ponto. Sabemos que na geometria a menor distância entre dois pontos é dada por uma reta, já na geometria analítica esses pontos são representados por coordenadas no sistema cartesiano ortogonal, e por meio dessas coordenadas podemos encontrar o valor da distância entre os dois pontos. Através dos estudosde Geometria Analítica, é possível estabelecer a relação entre a Álgebra e a Geometria, em situações que são envolvidos ponto, reta e figuras espaciais, pois quando representamos graficamente uma função, utilizamos de pontos, podemos ter retas ou até mesmo figuras em três dimensões. 2 DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS Na disciplina de geometria, você estudou que a distância é a medida da separação de dois pontos e que por dois pontos passa apenas uma reta, vamos calcular a distância entre os pontos A e B no sistema cartesiano ortogonal. UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 16 FIGURA 6 – DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS FONTE: Adaptado de: <https://www.google.com.br/ search?q=com+a+dist%c3%a2ncia+entre+dois+pontos>. Acesso em: 10 maio 2013. Para calcular a distância entre dois pontos recorremos ao teorema de Pitágoras. Temos os pontos: A(xA, yA), com abscissa (xA) e ordenada (yA); e o ponto B(xB, yB), com abscissa (xB) e coordenada (yB), ligando esses dois pontos com uma reta, podemos formar o triângulo ABC retângulo em C, em que temos o lado BC (cateto), o lado AC (cateto) e o lado AB (hipotenusa). UNI FIGURA 7 – COMO CALCULAR A DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS FONTE: Adaptado de: <http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/ distancia-entre-dois-pontos.htm>. Acesso em: 10 maio 2013. y yB yA xA xB x C B A y yB yA xA xB x C B A dAB TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 17 Para calcular a distância entre os pontos A e B, vamos aplicar o teorema de Pitágoras no triângulo ABC (Figura 8), para descobrir o valor da hipotenusa do triângulo, ou seja, D que é a distância entre os pontos A e B. FIGURA 8 – TRIÂNGULO ABC FONTE: Os autores Pelo Teorema de Pitágoras, temos que o quadrado da hipotenusa (D) é igual à soma dos quadrados dos catetos. Como o cateto BC é igual a distância de yB - yA, e o cateto AC é igual a distância de xB - xA , temos: D² = (XB – XA)² + (YB – YA)² √D² = √(XB – XA)² + (YB – YA)² aplicando a raiz quadrada em ambos os lados da igualdade: D = √(XB – XA)² + (YB – YA)² ATENCAO D = √(XB – XA)² + (YB – YA)² essa é a fórmula para o cálculo da distância entre dois pontos no sistema cartesiano ortogonal. Utilizando essa fórmula, é possível determinar a distância entre dois pontos no Sistema Cartesiano Ortogonal, desde que seja conhecida as suas coordenadas. Exemplo 1: Dados os pontos A (1, -2) e B (4, 2), determine a distância entre eles e represente geometricamente. Solução: Temos xA = 1 e yA = -2, e xB = 4 e yB = 2. Fórmula da distância entre dois pontos: UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 18 D = √(XB – XA)² + (YB – YA)² Substituindo esses valores na fórmula da distância entre dois pontos temos: D = √(4 – 1)² + [2 – (–2)]² Resolvendo as operações entre os parênteses: D = √(3)² + (4)² Elevando os termos ao quadrado: D = √9 + 16 Somando os termos dentro da raiz quadrada: D = √25 Resolvendo a raiz quadrada: D = 5 Logo a distância entre o ponto A e o ponto B é igual a 5 unidades de medida. Representação geométrica: FIGURA 9 – SOLUÇÃO DO EXEMPLO 1: DISTÂNCIA ENTRE PONTOS FONTE: Os autores Exemplo 2: Calcule a distância entre os pontos P(-1, 4) e Q (1, -4). Solução: Temos xA = -1 e yA = 4, e xB = 1 e yB = - 4. Substituindo na fórmula teremos: TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 19 D = √(XB – XA)² + (YB – YA)² D = √[1 – (–1)]² + (–4 – 4)² Resolvendo as operações entre os parênteses: D = √(–2)² + (–8)² Elevando os termos ao quadrado: D = √4 + 64 Somando os termos dentro da raiz quadrada: D = √68 Resolvendo a raiz quadrada, não temos um valor exato, portanto vamos fatorar em números primos o número 68; 68 2 34 2 17 17 1 2².17 Logo, Representação geométrica √4 √17 2√17= 2√17D = unidades de medida, esse valor é a distância entre o ponto A e o ponto B. FIGURA 10 – SOLUÇÃO DO EXEMPLO 2: DISTÂNCIA ENTRE PONTOS FONTE: Os autores UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 20 3 PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO É o ponto que divide o segmento de reta exatamente ao meio, originando dois novos segmentos de reta, conforme podemos observar na Figura 11. FIGURA 11 – PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO FONTE: Adaptado de: <https://www.google.com.br/ search?q=divide+o+segmento+de+reta+exatamente+ao+meio&>. Acesso em: 10 maio 2013. Seja M o ponto médio do segmento com extremidades A (xA,yA) e B (xB,yB), observamos na Figura 12, dois triângulos, AMN e ABP que são semelhantes, pois possuem os três ângulos respectivamente congruentes (iguais) (REIS, 2008). FIGURA 12 – CÁLCULO DO PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO FONTE: Disponível em: <http://www.feg.unesp.br/extensao/teia/aulas/ AulasModulo02-pdf/ApostilaVeraCarlos.PDF>. Acesso em: 10 maio 2013. Portanto, pelo Teorema de Tales, o segmento AM é proporcional ao segmento AB e o segmento AN é proporcional ao segmento AP, logo: TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 21 AB na expressão AM AN AB AP = AM AN AB AP = AB 2(AM)=Sendo pois M é o ponto Médio de AB 2(AM)=Vamos subtituir AM AN 2AM AP = Simplificando e multiplicando meios e extremos teremos: 1 2 AN AP = Logo, AP = 2(AN) Nota! Como foi visto na figura 12, o segmento AP é a distância do ponto A ao ponto P, e as coordenadas do ponto A são xA e yA e do ponto P xP = x B e yP = yA , e o segmento AN é a distância do ponto A ao ponto N, e as coordenadas do ponto N são xn = xM e yn= yA. UNI Temos: AP )(2 AN= )(2 ANAP xxxx −=− portanto se Bp xx = e MN xx = logo: )(2 AMAB xxxx −=− , aplicando a propriedade distributiva: AMAB xxxx 22 −=− , isolando os termos correspondentes: AAMB xxxx 22 −=− , resolvendo os termos correspondentes: AMB xxx −=− 2 , isolando o Mx : BAM xxx −−=− 2 , multiplicando ambos os lados da igualdade por (-1): BAM xxx +=2 Isolando o Mx : UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 22 2 BA M xxx += essa é a fórmula para o cálculo da abscissa (x) do ponto médio (M), de forma análoga define-se a fórmula do cálculo da ordenada (y) do ponto médio (M): 2 BA M yyy += Portanto M ( 2 BA xx + , 2 BA yy + ) Para encontrar as coordenadas do Ponto Médio utilizam-se as fórmulas: 2 BA M xxx += e 2 BA M yyy += ATENCAO Exemplo 1: Determine o ponto médio dos pontos A(4, -1) e B(-2, 5) e represente geometricamente: Solução: Temos xA = 4 e yA = -1, e xB = -2 e yB = 5. Substituindo nas fórmulas, teremos: 2 BA M xxx += 2 BA M yyy += 1 2 2 2 )2(4 == −+ =Mx 2 2 4 2 5)1( == +− =My Portanto, o ponto médio é: M (1,2). Representação Geométrica: TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 23 FIGURA 13 – MARCANDO O PONTO MÉDIO NO SISTEMA CARTESIANO DO EXEMPLO 1 FONTE: Os autores Exemplo 2: O ponto A(-2, 3) é um dos extremos de um segmento cujo ponto médio é M(-1, -3). Quais são as coordenadas do outro extremo desse segmento B(x, y)? Represente geometricamente. Solução: Acadêmico(a)! Note que agora temos o ponto médio e queremos determinar a extremidade deste segmento. Desta forma, temos: xA = -2 e yA = 3, e xM = -1 e yM = -3. Substituindo nas fórmulas, teremos: 2 . (-1) = (-2) + Bx -2 = (-2) + Bx -2 + 2 = Bx 0 = Bx 2 BA M xxx += 2 )2(1 Bx+−=− 2 BA M yyy += 2 33 By+=− 2 . (-3) = 3 + By - 6 = 3 + By - 6 – 3 = By - 9 = By Portanto, as coordenadas do outro extremo, ponto B são x = 0 e y = -9, B (0, -9).UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 24 FIGURA 14 – MARCANDO O PONTO MÉDIO NO SISTEMA CARTESIANO DO EXEMPLO 2 FONTE: Os autores 4 CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS Quando três pontos estão em linha reta, dizemos que eles são colineares, conforme podemos observar na Figura 15. FIGURA 15 – PONTOS COLINEARES E NÃO COLINEARES FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/matematica/ponto-reta-e-plano/>. Acesso em: 10 maio 2013. TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 25 Com ABD~ BCE podemos escrever a relação: xb-xa xc-xb = yb-ya yc-yb Multiplicando meios e extremos, temos: (xb - xa). (yc - yb) = (xc - xb). (yb - ya) Equação este que podemos expressar na forma: (xb – xa). (yc – yb) – (xc – xb). (yb – ya) = 0 Resolvendo os produtos, utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, temos: xb yc – xb yb – xa yc ₊ xa yb – (xc yb – xc ya – xb yb ₊ xb ya ) = 0 Observemos a Figura 16, onde temos os pontos A (xA, yA), B (xB, yB) e C (xC, yC), três pontos distintos em linha reta, ou seja, colineares (alinhados). Temos que os triângulos ABD e BCE são retângulos em D e E, respectivamente, bem como apresentam lados proporcionais, logo são semelhantes. Acadêmico(a)! Você estudou a semelhança de triângulos na disciplina de Geometria, caso precise relembrar, busque seu Caderno de Estudos impresso ou vá até a Trilha de Aprendizagem da disciplina de Geometria e visualize na versão virtual. UNI FIGURA 16 – ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS FONTE: Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/matematica/condicao- de-alinhamento-de-tres-pontos.html>. Acesso em: 10 maio 2013. A B C D E YA XA YB YC XB XC UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 26 Juntando os termos semelhantes: xbyc-xayc+xayb-xcyb+xcya-xbya=0 Agrupando xa e ya temos: (xayb-xayc)+(xcya-xbya)+(xbyc-xcyb)=0 Colocando os termos comuns em evidência: xa yb-yc +ya(xc-xb)+(xbyc-xcyb)=0 ( ) Que podemos escrever em forma de matriz: 0 1 1 1 = cc bb aa yx yx yx Fazendo a regra de sinais: xbyc – xbyb – xayc ₊ xayb – xcyb ₊ xcya ₊ xbyb – xbya = 0 Desta forma, concluímos que: Três pontos A (xA, yA), B (xB, yB) e C (xC, yC), estão alinhados ou colineares, se e somente se, o determinante 0 1 1 1 = cc bb aa yx yx yx . Quando o determinante não for igual à zero, é porque os pontos A (xA, yA), B (xB, yB) e C (xC, yC), são vértices de triângulo. Substituindo as coordenadas dos pontos na matriz 0 1 1 1 = cc bb aa yx yx yx e aplicando a Regra de Sarrus, já vista no ensino médio, podemos verificar se o determinante dessa matriz é igual a zero, se for, os pontos são colineares, se não for igual a zero é porque os pontos não são colineares (formam um triângulo). TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 27 LEMBRAR: Cálculo do determinante pela REGRA DE SARRUS: 0 1 1 1 = cc bb aa yx yx yx Repetem-se as duas primeiras colunas: xa ya 1 xb yb 1 xc yc 1 xa xb xc ya yb yc =0 Pela Regra de Sarrus, temos: xa·yb·1+ya·1·xc+1·xb·yc - xc·yb·1+yc·1·xa+1·xb·ya =0 ( () ) Veja mais em: <http://www.alunosonline.com.br/matematica/regra-de-sarrus.html>. UNI Exemplo 1: Vamos verificar geometricamente e algebricamente (através do cálculo) se os pontos A (2, 5), B (3, 7) e C (5, 11), estão alinhados (são colineares): Solução Geométrica: Vamos observar a localização dos pontos no sistema ortogonal cartesiano na Figura 17. FIGURA 17 – SOLUÇÃO GEOMÉTRICA DO EXEMPLO 1: PONTOS ALINHADOS FONTE: Os autores UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 28 Observamos no Sistema Cartesiano Ortogonal (Figura 16) que os pontos A, B e C estão alinhados e são colineares. Solução Algébrica: Temos xa = 2 e ya = 5, xb = 3 e yb = 7, e xc = 5 e yc = 11. Substituindo na condição de alinhamento de três pontos 0 1 1 1 = cc bb aa yx yx yx temos: 0 1115 173 152 = calculando o determinante da matriz pela regra de Sarrus, teremos: 1º Passo: Repetimos as duas primeiras colunas da matriz original. 0 115 73 52 1115 173 152 = 2º Passo: Calculamos o valor da diagonal principal da matriz, multiplicando os elementos: teremos Dp = (2.7.1) + (5.1.5) + (1.3.11) Dp = 14 + 25+ 33 = 72 0 115 73 52 1115 173 152 = 3º Passo: Calculamos o valor da diagonal secundária da matriz, multiplicando os elementos: teremos Ds = (1.7.5) + (2.1.11) + (5.3.1) Ds = 35 + 22+ 15 = 72 0 115 73 52 1115 173 152 = 4º Passo: Subtraímos o valor da diagonal secundária do valor diagonal principal, para encontrar o valor do determinante da matriz, se ele for igual a zero os pontos estão alinhados: D = Dp - Ds = 72 -72 = 0 Portanto, os pontos A, B e C estão alinhados, ou seja, são colineares. TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 29 Exemplo 2: Considerando os pontos A(2, 2), B(–2, –1) e C(–3, 1), verifique se eles estão alinhados e represente geometricamente. Solução: Temos xa = 2 e ya = 2, xb = - 2 e yb = -1, e xc = -3 e yc = 1. Substituindo na condição de alinhamento de três pontos, 0 1 1 1 = cc bb aa yx yx yx temos: 0 113 112 122 = − −− calculando o determinante da matriz pela regra de Sarrus, teremos: 1º Passo: Repetimos as duas primeiras colunas da matriz original 0 13 12 22 113 112 122 = − −− − −− 2º Passo: Calculamos o valor da diagonal principal da matriz, multiplicando os elementos: teremos Dp = [2.(-1).1] + [2.1.(-3)] + [1.(- 2).1] Dp = -2 + (-6)+ (-2) = -10 0 13 12 22 113 112 122 = − −− − −− 3º Passo: Calculamos o valor da diagonal secundária da matriz, multiplicando os elementos: teremos Ds = [1.(-1).(-3)] + (2.1.1) + [2.(-2).1] Ds = 3 + 2+ (-4) = 1 0 13 12 22 113 112 122 = − −− − −− 4º Passo: Subtraímos o valor da diagonal secundária do valor diagonal principal, para encontrar o valor do determinante da matriz, se ele for igual a zero os pontos estão alinhados: UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 30 D = Dp - Ds = -10 -1 = -11 Portanto, os pontos A, B e C não estão alinhados, ou seja, não são colineares. Representação geométrica: FIGURA 18 – SOLUÇÃO DO EXEMPLO 2: PONTOS NÃO ALINHADOS FONTE: Os autores Observamos no Sistema Cartesiano Ortogonal (Figura 18) que os pontos A, B e C não estão alinhados, logo não são colineares. 5 A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE WIN PLOT O programa Winplot é uma excelente ferramenta computacional para fazer gráficos em duas dimensões (2D) e três dimensões (3D), de forma simples e clara, foi desenvolvido pelo Professor Richard Parris "Rick", por volta de 1985 e é totalmente gratuito. TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 31 Você pode baixar o programa Winplot gratuitamente, acessando a página: <http:// www.baixaki.com.br/download/winplot.htm>. DICAS Vamos utilizar o programa Winplot para traçar gráficos em duas dimensões (2D), ou seja, no sistema cartesiano ortogonal, selecionamos a opção 2 – dim, no menu janela. FIGURA 19 – MENU WINPLOT FONTE: Disponível em: <http://www.mat.ufpb.br/sergio/winplot/ winplot.html>. Acesso em: 15 maio 2013. Em seguida, o programa mostrará uma nova tela, como na Figura 20. FIGURA 20 – TELA WINPLOT FONTE: Os autores UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 32 Na opção equação (menu superior do programa) vamos selecionar a opção ponto e em seguida (x, y), como na Figura 21. FIGURA 21 – SELECIONAR PONTO NO WINPLOT FONTE: Os autores Depois para traçarmos pontosno Sistema Cartesiano Ortogonal com o programa Winplot, é somente digitar as informações das coordenadas, abscissa (x) e ordenada (y) do ponto na tela que abrirá no programa na sequência, e selecionar a opção OK. FIGURA 22 – INSERINDO PONTOS NO WINPLOT FONTE: Os autores TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 33 O programa vai projetando os pontos no Sistema Cartesiano Ortogonal, conforme a Figura 23, e na tela “inventário” ficarão registradas as coordenadas dos pontos projetados. FIGURA 23 – PONTOS NO SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL NO WINPLOT FONTE: Os autores Da mesma forma, é possível traçar segmentos de reta, inserindo as coordenadas dos pontos que são os extremos do segmento, selecionando no menu Equação a opção Segmento e (x,y), conforme a Figura 24. FIGURA 24 – SEGMENTO DE RETA NO WINPLOT FONTE: Os autores UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 34 Inserindo as coordenadas dos pontos na tela (Figura 25), aberta na sequência no programa, tem-se o segmento de reta (Figura 26). FIGURA 25 – INSERINDO SEGMENTO DE RETA NO WINPLOT FONTE: Os autores FIGURA 26 – SEGMENTO DE RETA NO SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL NO WINPLOT FONTE: Os autores TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS 35 Observe na Figura 27, que projetando os pontos no Winplot, no menu dois, selecionando a opção distância, o programa calcula a distância entre os pontos. FIGURA 27 – DISTÂNCIA ENTRE OS PONTOS NO WINPLOT A utilização desse programa é fácil, existe a opção ajuda em todas as partes do programa e as funções matemáticas podem ser inseridas de modo natural. FONTE: Os autores Com o programa Winplot, você pode conferir, com a representação geométrica, se a solução do exercício está correta. NOTA 36 RESUMO DO TÓPICO 2 Nesse tópico, você verificou a distância entre os pontos, o ponto médio e a condição de alinhamento de pontos. Fórmula para o cálculo da distância entre dois pontos no sistema cartesiano ortogonal: )²()²( ABAB yyxxD −+−= Fórmula para o cálculo da abscissa (x) do ponto médio (M): 2 BA M xxx += Fórmula do cálculo da ordenada (y) do ponto médio (M): 2 BA M yyy += Coordenadas do Ponto Médio: + 2 BA xxM , + 2 BA yy Para que três pontos estejam alinhados (colineares) o determinante da matriz 3x3 tem que ser igual a zero: 0 1 1 1 = yx yx yx BB AA 37 Você deverá colocar em prática o que foi estudo no Tópico 2. Lembre-se das orientações referentes a distância dos pontos, ponto médio e alinhamento dos pontos. 1 Calcule a distância entre os pontos: a) A (2,3) e B (2, 5)_____________________________________________________ b) C (6,3) e D (2,7)_____________________________________________________ c) E (2,1) e F (-2,4) _____________________________________________________ 2 Determine o ponto médio do segmento de extremidades: a) A (2, 3) e B (8, 5)__________________ b) C (3, -2) e D (-1, -6)_________________ c) E (-2, -4) e F (5, 2) _________________ d) H (0, 7) e I (6, 0) ___________________ e) J (3, 2) e K (5, 4) __________________ f) P (-3, -4) e Q (-7, 0) _________________ 3 Dados os pontos A (5, -2), B (3, 0), C (1 , -5) e D (-8, -1), determine as coordenadas dos pontos médios dos segmentos: a) AB_______________________ b) AD___________________________ c) BD_______________________ d) AC __________________________ e) CD ______________________ 4 Represente, no Sistema Cartesiano Ortogonal, os triângulos ABC e PQR. Determine as coordenadas dos pontos médios de cada lado dos triângulos e calcule o comprimento (distância) dos lados AC e PQ. a) Δ ABC : A (3, 5), B (5, 9) e C (3, 7) b) Δ PQR: P(2, 8), Q(2, 2) e R(6, 2) 5 Calcule os pontos médios dos lados dos triângulos com vértices: a) Δ ABC: A (4, 0), B (0, 6) e C(8, 2) b) Δ EFG: E (2, -6), F(-4, 2) e G(0, 4) c) Δ JKL: J(-3, 6), K(1, -2) e L(5, 2) 6 Determine as coordenadas do ponto B sabendo que M (-1, -1) é o ponto médio de AB com A (-1, 1). 7 O ponto A (-4, 3) é um dos extremos de um segmento cujo ponto médio é M (-1, -3). Quais são as coordenadas do outro extremo desse segmento B (x, y). AUTOATIVIDADE 38 8 Sabendo que os pontos A (x, y), B (-3, 2) e M (3, 5) são colineares, e M é o ponto médio de AB, determine as coordenadas do ponto A. 9 (UNIRIO) Uma universidade organizou uma expedição ao sítio arqueológico de Itaboraí, um dos mais importantes do Rio de Janeiro. Para facilitar a localização dos locais de escavação, foi adotado um sistema cartesiano de coordenadas. O objetivo da expedição é realizar escavações nos pontos A (0, 0),B (6, 18) e C (18, 6). Se o chefe da expedição pretende acampar em um ponto equidistante (situado a igual distância) dos locais de escavação determine as coordenadas do local do acampamento. 10 Um campo de futebol tem 60m de comprimento por 40m de largura. Construa um sistema de coordenadas e determine as coordenadas dos seguintes pontos: (REIS, 2008, p. 17) a) dos quatro cantos do campo; b) do centro do campo. 39 TÓPICO 3 A RETA UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO Caro(a) acadêmico(a)! Você estudou nos tópicos anteriores as definições em relação ao ponto. Agora chegou a hora de conhecer as definições em relação à reta. No postulado básico da Geometria, temos que pôr dois ou mais pontos alinhados para poder passar uma reta, logo se faz necessário conhecer a equação da reta, compreender como os seus coeficientes são importantes para analisar o seu posicionamento no Sistema Cartesiano Ortogonal, possibilitando verificar sua inclinação e os pontos onde a reta intercepta (corta) os eixos do Sistema Cartesiano Ortogonal (eixo x e eixo y). A seguir, vamos estudar as seguintes equações: equação geral da reta, equação reduzida e equação segmentária e também vamos verificar o ângulo formado entre as retas e a distância entre um ponto e uma reta. 2 EQUAÇÕES DA RETA Conseguimos determinar a equação da reta do sistema cartesiano ortogonal quando são conhecidos: um ponto e o coeficiente angular da reta ou dois pontos da reta. Coeficiente angular é número que mede a inclinação (ou declividade) de uma reta em relação ao eixo das abscissas. Logo, na equação reduzida da reta segundo a lei de formação: “y = mx + n”, dizemos que “m” é o coeficiente angular dessa reta. Ou então, dada a equação (geral) de uma reta: “ax + by + c = 0”, dizemos que “-a/b” é o coeficiente angular dessa reta. NOTA 40 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO Essa equação pode receber as seguintes denotações: equação geral da reta, equação reduzida da reta e equação segmentária da reta. Cada denotação tem suas regularidades, como veremos. • Equação geral da reta a) Equação geral da reta quando é conhecido um ponto e o seu coeficiente angular. FIGURA 28 – EQUAÇÃO GERAL DA RETA FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/geometria- analitica/equacoes-da-reta/>. Acesso em: 15 maio 2013. Como podemos observar na Figura 28 o coeficiente angular (m) é obtido através das propriedades trigonométricas do triângulo retângulo, dado pela fórmula: m = tg α Sendo que tg = cateto opostocateto adjacente logo podemos escrever: Uma das formas de representar uma reta r do Sistema Cartesiano Ortogonal por meio de uma equação é conhecendo um ponto dessa reta e a sua inclinação (coeficiente angular). ATENCAO Temos a reta r (não vertical) que passa pelo ponto A (xA, yA) e tem coeficiente angular (m), para obter a equação dessa reta, é preciso o ponto P(x, y) tal que o ponto P seja diferente do ponto A (P ≠ A). TÓPICO 3 | A RETA 41 A A xx yym − − = multiplicando meios e extremos: )( AA xxmyy −=− essa é a fórmula da equação geral da reta. Exemplo1: Determinea equação geral da reta r que passa pelo ponto A (2, 1), e tem coeficiente angular igual a 2 (m = 2). Solução1: Temos xA = 2, yA = 1 e m = 2. Substituindo em )( AA xxmyy −=− teremos: )2(21 −=− xy , aplicando a propriedade distributiva temos: 421 −=− xy , igualando a zero, teremos: 0421 =+−− xy , resolvendo os termos semelhantes: 032 =+− xy , essa é a equação geral da reta que passa pelo A, com coeficiente angular igual a 2. b) Equação geral da reta quando são conhecidos dois de seus pontos. Sabemos pelos estudos da geometria que por dois pontos distintos passa uma única reta. Assim também podemos determinar a equação da reta quando são conhecidos dois de seus pontos. ATENCAO 0 1 1 1 = BB AA yx yx yx xyA + xBy + xAyB – xByA – xyB – xAy = 0 x (yA – yB) + y(xB - xA) + (xAyB – xByA) = 0 42 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO Como xA, x B, yA e yB são valores reais, podemos fazer: yA – yB = a xB - xA= b xAyB – xByA = c Assim, teremos a fórmula da equação geral da reta: ax + by + c = 0. ATENCAO Exemplo 2: Determine a equação da reta que passa pelos pontos A (2, 5) e B (3, 7), e represente geometricamente: Solução: Temos xA = 2, yA = 5 e xB = 3, yB = 7. 1º Passo: Substituir as coordenados dos pontos na fórmula e resolver: 0 1 1 1 = BB AA yx yx yx 0 173 152 1 = yx 0 73 52 173 152 1 = yxyx temos na diagonal secundária: DP= (1. 5. 3) + (x . 1 . 7) + (y . 2 .1) DP = 15 + 7x + 2y E na diagonal principal Ds= (x. 5. 1) + (y . 1 . 3) + (1 . 2 .7) Ds = 5x + 3y + 14 Como temos DP - Ds = 0: 5x + 3y + 14 – (15 + 7x + 2y) = 0, resolvendo: -2x + y - 1= 0, essa é a equação geral da reta que passa pelos pontos A (2, 5) e B (3, 7). TÓPICO 3 | A RETA 43 FIGURA 29 – REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO EXEMPLO 2: EQUAÇÃO DA RETA FONTE: Os autores Todas as retas no sistema ortogonal cartesiano apresentam uma equação na forma ax + by + c = 0, onde a, b e c são constantes, e a e b não são simultaneamente nulos. IMPORTANT E • Equação reduzida da reta Para determinarmos a equação reduzida da reta, isolamos y, na equação geral da reta (ax + by + c = 0). Na equação ax + by + c = 0, em que a, b e c são números reais, ao isolarmos y temos: b cx b ay −−=by = - ax - c Em que b a − é o coeficiente angular da reta (m) e b c − é o coeficiente linear (n) da reta. Sendo assim, y = mx + n é a forma reduzida da equação da reta. 44 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO Quando já temos a equação geral da reta, basta isolarmos y para termos a equação reduzida da reta. NOTA Exemplo: Vamos determinar a equação reduzida da reta, que passa pelos pontos A (2, 5) e B (3, 7): Solução: Temos xA = 2, yA = 5 e xB = 3, yB = 7. Já resolvemos esse exemplo anteriormente onde encontramos a equação geral dessa reta pela condição de alinhamento dos pontos. Agora vamos primeiro determinar o coeficiente angular usando a fórmula: A A xx yym − − = em x e y, nesse caso são xB e yB, logo: 2 1 2 23 57 == − − =m considerando o ponto A (2, 5) e substituindo na fórmula )( AA xxmyy −=− , temos: )2(25 −=− xy resolvendo: 425 −=− xy isolando y: y = 2x – 4 + 5, resolvendo: y = 2x + 1, essa é a equação reduzida da reta que passa pelos pontos A (2, 5) e B (3, 7), e tem coeficiente angular 2 e coeficiente linear 1. O coeficiente linear (n) é a ordenada do ponto onde a reta intercepta (corta) o eixo das ordenadas (eixo y). IMPORTANT E Equação segmentária da reta Com essa forma de representação da equação da reta é possível verificar TÓPICO 3 | A RETA 45 claramente onde a reta intercepta o eixo da abscissa (eixo x) e o eixo da ordenada (eixo y), ou seja, sua visualização gráfica. Vamos denotar os pontos onde a reta intercepta os eixos coordenados, como: A (0, q) e B (p, 0). FIGURA 30 – EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA DA RETA FONTE: Os autores Com a condição de alinhamento dos pontos temos: 0 10 10 1 = p q yx resolvendo encontramos a equação 1=+ q y p x , onde p e q são os valores onde a reta intercepta os respectivos eixos, da abscissa (x) e eixo da ordenada (y). Exemplo: Determine a equação segmentária da reta de equação geral 2x + 3y - 12 = 0 e faça sua representação geométrica. Solução: Sendo a equação 2x + 3y - 12 = 0, vamos passar a equação geral da reta para sua forma segmentária, isolando x e y. 2x + 3y = 12, depois dividimos tudo por 12: 12 12 12 3 12 2 =+ yx , efetuando as simplificações temos: 1 46 =+ yx , essa é a equação segmentária da reta, onde os pontos que interceptam os eixo y e x são: A (0, 4) e B (6,0). y x r A (0, q) B (p, 0) 46 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO Representação geométrica: FIGURA 31– SOLUÇÃO DO EXEMPLO: EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA FONTE: Os autores Sempre que não for indicado no texto, é porque a equação da reta está na sua forma geral, quando for equação reduzida ou equação segmentária estará especificado no texto. ATENCAO 3 ÂNGULOS ENTRE DUAS RETAS Vamos considerar duas retas distintas (r e s) e concorrentes do plano, não perpendiculares entre si e oblíquas aos eixos coordenados. Como podemos observar na Figura 32, temos um ângulo formado entre essas retas, denominado por α . Duas retas são concorrentes se elas têm um ponto em comum. Retas oblíquas são retas que estão inclinadas. UNI TÓPICO 3 | A RETA 47 FIGURA 32 – ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS FONTE: Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/ angulo-formado-entre-duas-retas.htm>. Acesso em: 15 mai. 2013. Para determinar o ângulo formado entre as retas ( α ), vamos utilizar a fórmula da tangente e o coeficiente angular das retas, no triângulo ABC, podemos observar: FIGURA 33 – ÂNGULO FORMADO ENTRE RETAS FONTE: Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/ angulo-formado-entre-duas-retas.htm>. Acesso em: 15 out. 2013. Temos srsr ααβαβα −=⇒+= tg β = tg ( sr αα − ) utilizando a igualdade trigonométrica, temos: tg sr sr sr sr mm mmtg tgtg tgtg .1.1 + − =⇒ + − = β αα αα β 48 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO Como β é um ângulo agudo, tg β > 0 e β pode ser calculado pela expressão: rs rs mm mm tg .1+ − =β Quando uma reta for vertical e a outra oblíqua, ou seja, uma das retas é perpendicular ao eixo x, não temos coeficiente angular de uma das retas, pois a tg 90º não existe. FIGURA 34 – ÂNGULOS COMPLEMENTARES FONTE: Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/ matematica/angulo-formado-entre-duas-retas.htm>. Acesso em: 15 out. 2013. Caro acadêmico! Como você pode observar na figura 34, β e rα são ângulos complementares, assim podemos escrever que tg rtgα β 1= , consequentemente, rm 1 =β . Ângulos complementares são dois ângulos que somados totalizam 90º, isto é, um é complemento do outro. IMPORTANT E Logo, podemos determinar o ângulo (α ) com o coeficiente angular da reta r, usando a fórmula: rm tg 1=β TÓPICO 3 | A RETA 49 Exemplo 1: Determine o ângulo formado entre as retas r: x + y = 0 e s: 2x+ 4y – 12 =0. Solução: Para determinar o ângulo formado entre essas retas, precisamos do coeficiente angular, então vamos passar as equações da forma geral para reduzir e verificar o valor de m (coeficiente angular). Temos a equação da geral da reta r: x + y = 0, logo a equação reduzida é y = -x, e o coeficiente angular dessa reta é -1 (mr = -1). E a equação geral da reta s: 2x+ 4y – 12 =0, logo a equação reduzida será:xy 2124 −= 4 2 4 12 xy −= 2 3 xy −= , portanto o coeficiente angular da reta s é 2 1− mg=( 2 1− ) Agora que já conhecemos os valores dos coeficientes angulares, vamos substituir na fórmula do ângulo entre duas retas: rs rs mm mm tg .1+ − =β )1.(2 11 )1(2 1 −−+ −−− =βtg , resolvendo os sinais e a multiplicação, teremos: 2 11 12 1 + +− =βtg , resolvendo as frações, (lembre os denominadores diferentes) precisamos resolvê-las por fração equivalente: 12 1 +− = 2 1 2 2 2 1 =+− 2 3 2 1 =βtg , efetuando a divisão entra as frações (mantemos a fração do numerador e invertemos a fração do denominador, efetuando uma multiplicação entre elas): 3 1 3 1 6 2 3 2. 2 1 ====βtg Para determinarmos o ângulo α , fazemos arc tg 3 1 , ou seja, aproximadamente 18º. 50 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO Na calculadora científica, você deve primeiro fazer 1 dividido por 3, depois selecionar a tecla da segunda função (2ndf ou Shift) e apertar no botão da tangente (tan). UNI Representação geométrica: FIGURA 35– SOLUÇÃO DO EXEMPLO 1: ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS FONTE: Os autores Para determinar o ângulo através do Winplot, selecione intersecções no menu dois e marque a caixa referente ao ângulo de intersecção em graus, conforme na figura 30. Exemplo 2: Determine o ângulo formado entre as retas r: y = 3x + 4 e s: y = - x + 4 e represente geometricamente. Solução: Temos o coeficiente angular da reta r igual a 3 (mr = 3) e da reta s igual a -1 (ms = - 1), substituindo na fórmula do ângulo entre as retas, teremos: rs rs mm mm tg .1+ − =α )1.(31 )1(3 −+ −− =αtg resolvendo os sinais e a multiplicação, teremos: 2 4 − =αtg resolvendo a divisão: 2−=αtg = 2 como temos a representação de módulo na fórmula, desconsideramos o sinal negativo. TÓPICO 3 | A RETA 51 Para encontramos o ângulo α , fazemos arc tg 2, ou seja, aproximadamente 63º. A função arco tangente (arc tg) é a função trigonométrica inversa da tangente. UNI FIGURA 36 – SOLUÇÃO DO EXEMPLO 2: ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS FONTE: Os autores 4 DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA Para calcularmos a distância (dPr) entre um ponto P(xp, yp) e uma reta r: ax + by + c = 0, precisamos da equação da reta e das coordenadas do ponto, pois unindo o ponto à reta, através de um segmento que forma com a reta um ângulo reto (90º), é possível determinar a distância entre eles, como podemos visualizar na Figura 37, pois a distância entre ponto e reta é definida pela menor distância entre ambos, sendo que a menor distância é definida traçando um segmento entre o ponto e a reta, formando com esta, um ângulo reto. 52 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO FIGURA 37 – DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA FONTE: Adaptado de: <http://alfaconnection.net/pag_avsm/gan0201.htm>. Acesso em: 15 out. 2013. No triângulo PAB, temos sua área determinada por base vezes altura, divididos por 2. A= b·h 2 Substituindo pelas coordenadas da Figura 37, temos: A= dAB·d 2 Definindo e isolando d, obtemos: d= D dAB 1 . • Cálculo da distância dAB A distância dAB , obtemos aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo formado. a2=b2+c2 dAB 2=(xA-xB)2+(yA-yB) 2 dAB = √ (xA-xB)2+(yA-yB) 2 Definindo yA-yB=a e xA-xB=b , substituindo: dAB=a 2+b 2 2 √ • Cálculo de D dAB·d=D TÓPICO 3 | A RETA 53 Conforme você já estudou na disciplina de geometria, a área de um triângulo é obtida multiplicando ½ pelo módulo do determinante das coordenadas dos vértices. ATENCAO As coordenadas dos vértices do triângulo PAB, são: xP,yP ( ) , ( )xA,xA e ( )xB,yB respectivamente. Calculando o determinante, temos: xP yP 1 xA yA 1 xB yB 1 xP xA xB yP yA yB D = xP·yA·1+yP·1·xB+1·xA·yB ( ) – xB·yA·1+yB·1·xP+1·xA·yP ( ) Efetuando as multiplicações e aplicando a propriedade distributiva: D=xPyA+xByP+xAyB-xByA-xPyB-xAyP Agrupando os termos semelhantes: D=xPyA-xPyB+xByP-xAyP+xAyB-xByA Colocando xP e yP em evidência: D=xP(yA-yB)+yP(xB-xA)+(xAyB-xByA) Definindo yA-yB=a, xB-xA=b e xAyB-xByA=c substituindo: D=axP+byP+c 3 Substituindo as equações 2 e 3 na primeira equação, temos: Substituindo os valores da equação da reta e das coordenadas do ponto na fórmula determinamos a distância entre o ponto e a reta. 54 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO Exemplo 1: Vamos calcular a distância do ponto P(1,2) à reta r: x + 2y + 1 = 0. Solução: Temos as coordenadas do ponto P, x1 = 1 e y1 = 2, e coeficientes da reta r, a = 1, b = 2 e c = 1. Substituindo na fórmula da distância entre o ponto e a reta ²² 11 Pr ba cbyax d + ++ = , teremos: ²2²1 11.21.1 + ++ =prd , resolvendo as multiplicações e as potências: 41 121 + ++ =prd , efetuando os cálculos de adição: 5 4 =prd , racionalizando (multiplicando o numerador e o denominador pela raiz quadrada): 5 54 5 5. 5 4 ==prd Representação geométrica: FIGURA 38 – SOLUÇÃO DO EXEMPLO 1: DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA FONTE: Os autores 55 RESUMO DO TÓPICO 3 Nesse tópico, você conheceu as equações da reta, o ângulo formado entre as retas e a distância entre o ponto e uma reta. • Equação geral da reta (ax + by + c = 0) quando é conhecido um ponto e o seu coeficiente angular é dada pela fórmula )( AA xxmyy −=− , onde m é o coeficiente angular, dado pela fórmula: A A xx yym − − = . • Equação geral da reta (ax + by + c = 0) quando são conhecidos dois de seus pontos é determinada pela condição de alinhamento de pontos, 0 1 1 1 = BB AA yx yx yx . • Equação reduzida da reta (y = mx + n), onde m é o coeficiente angular da reta e n é o coeficiente linear da reta. • Equação segmentária da reta =+ 1 q y p x , onde p e q são os valores que a reta intercepta os respectivos eixos, da abscissa (x) e eixo da ordenada (y). • O ângulo formado entre as retas ( α ) é encontrado usando a fórmula da tangente rs rs mm mm tg .1+ − =β , m é o coeficiente angular das retas. • A distância entre o ponto e a reta é dada pela fórmula ²² 11 Pr ba cbyax d + ++ = . 56 Agora, você deverá colocar em prática o que foi estudo no Tópico 3, relembrando também algumas definições dos tópicos 1 e 2. 1 Encontre a equação geral da reta que passa pelos pontos (2,3) e (1,5) e faça a representação geométrica. 2 Dada a equação da reta r: - x + y – 1 = 0 e as afirmações: I – o ponto (1,1) pertence a r II – a reta passa na origem do sistema cartesiano III – o coeficiente angular de r é –1 IV – r intercepta a reta s: x + y – 2 = 0 no ponto P(1,2) a) Apenas I é verdadeira. b) Apenas III é verdadeira. c) Nenhuma é falsa. d) Apenas I é falsa. e) Nenhuma das alternativas. 3 Verifique a equação reduzida da reta que passa pelos pontos A(-3, 2) e B(5, -4), e confirme com a representação geométrica. 4 Quais são os coeficientes angular e linear da reta 2y - x + 8 = 0? 5 Determine a equação segmentária da reta, representada pelo gráfico: AUTOATIVIDADE 57 6 Verifique a equação geral e reduzida da reta representada no gráfico: 7 Ache a equação segmentária da reta de equação -x + y – 9 = 0. 8 Calcule a distância do ponto P(1, 3) à reta 3x – 4y – 2 = 0. 9 Determine a distância do ponto P(1,3) à reta que passa pelos pontos (-1,1) e (3, 1). 10 Quais são os coeficientesangular e linear da reta y +3x – 6 = 0? 11 Determine a distância entre a reta(s): - 4x + y – 1 = 0 e o ponto P(1,-2): 12 Determine o ângulo formado entre as retas r e s: a) (r) 2x – 2y + 6 = 0 e (s) – 4x + 4y – 1 = 0 b) (r) – 4x + 2y - 1 = 0 e (s) 2x – 5y - 4= 0 58 59 TÓPICO 4 POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO As posições relativas correspondem a posições entre duas ou mais retas do plano. Duas retas podem ser paralelas, concorrentes, coincidentes ou concorrentes perpendiculares, como veremos nesse tópico. Em algumas dessas situações, as retas possuem um ponto em comum, ou seja, um ponto de intersecção. Veremos também como determinar as coordenadas desse ponto. 2 RETAS PARALELAS Sabemos que duas retas são paralelas quando não possuem nenhum ponto em comum, ou seja, são equidistantes durante toda sua extensão. ATENCAO Retas paralelas apresentam a mesma inclinação, ou seja, coeficientes angulares iguais, como podemos observar na Figura 39 as retas, r e s, no sistema cartesiano ortogonal. 60 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO FIGURA 39 – RETAS PARALELAS FONTE: Os autores Na linguagem matemática, quando duas retas são paralelas, temos que a reta r é paralela a s, se e somente se, o ângulo teta for igual ao ângulo alfa (r // s αθ =⇔ ). Portanto, uma das formas de determinar se duas retas são paralelas, é verificando os coeficientes angulares, quando são iguais, as retas são paralelas. Exemplo 1: Verifique se as retas r: 2x + 3y – 7 = 0 e s: – 2x – 3y + 9 = 0 são paralelas, e faça sua representação geométrica. Solução: Para isso, vamos determinar o coeficiente angular de cada uma das retas. • Coeficiente angular da reta r (mr): 2x + 3y – 7 = 0, vamos isolar y na equação da reta: 3 7 3 2 + − = xy , logo mr = 3 2− . • Coeficiente angular da reta s (ms): – 2x – 3y + 9 = 0, isolando y na equação da reta: 923 −=− xy 3 9 3 2 − − + − = xy , resolvendo: 3 3 2 +−= xy , logo ms = 3 2− . Concluímos que os coeficientes angulares são iguais (mr = ms), portanto, as retas r: 2x + 3y – 7 = 0 e s: – 2x – 3y + 9 = 0 são paralelas. TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS 61 Representação geométrica: FIGURA 40 – REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO EXEMPLO 1: RETAS PARALELAS FONTE: Os autores Exemplo 2: Determine a equação geral da reta t que passa pelo ponto P(2, 2) e é paralela à reta r de equação x – y + 2 = 0. Faça a representação geométrica. Solução: Para encontrarmos a equação da reta t, vamos usar a definição de retas paralelas, como a reta t é paralela à reta s, as duas têm o mesmo coeficiente angular, vamos determinar o coeficiente da reta r: • Coeficiente angular da reta r (mr): x – y + 2 = 0, vamos isolar y na equação da reta: – y = – x – 2 , multiplicando ambos os lados da igualdade por (- 1): y = + x + 2, portanto mr = 1. 62 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO • Equação da reta t: Como as retas são paralelas, mt = mr, conhecendo o coeficiente angular da reta t (mt = 1) e um ponto, P(2, 2) da reta t, substituindo na fórmula )( AA xxmyy −=− temos a equação da reta t: )2(12 −=− xy , efetuando a propriedade distributiva: 22 −=− xy , igualando a zero: 022 =+−− xy , resolvendo: 0=− xy , essa é a equação geral da reta t. Representação geométrica: FIGURA 41 – REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO EXEMPLO 2: RETAS PARALELAS FONTE: Os autores Exemplo 3: Verifique se as retas r: x + y – 1 = 0 e s: – 2x – y + 2 = 0 são paralelas e faça sua representação geométrica. Solução: Vamos determinar o coeficiente angular de cada uma das retas. • Coeficiente angular da reta r (mr): TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS 63 x + y – 1 = 0, vamos isolar y na equação da reta: 1+−= xy , logo mr = -1. • Coeficiente angular da reta s (ms): – 2x – y + 2 = 0, isolando y na equação da reta: 22 −=− xy , multiplicando ambos os lados da igualdade por -1: 22 +−= xy , logo ms = -2 Concluímos que os coeficientes angulares são diferentes (mr ≠ ms), portanto, as retas r: x + y – 1 = 0 e s: – 2x – y + 2 = 0 não são paralelas. Representação geométrica: FIGURA 42 – REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO EXEMPLO 3: RETAS CONCORRENTES OU NÃO PARALELAS FONTE: Os autores 64 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO 3 RETAS CONCORRENTES Duas retas são concorrentes no sistema cartesiano ortogonal quando possuem um ponto P(x0, y0) em comum e coeficientes angulares diferentes, ou seja, se duas retas distintas e coplanares tiverem um único ponto em comum são denominadas concorrentes e seus gráficos concorrem neste ponto. FIGURA 43 – RETAS CONCORRENTES FONTE: Disponível em: <http://www.google.com.br/ imgres?imgurl=http://www.mundoeducacao.com.br>. Acesso em: 15 maio 2013. Dessa forma, como representado na Figura 43, a reta t é concorrente à reta r, se e somente se, o coeficiente angular da reta t for diferente do coeficiente angular da reta r (mT ≠ mr). Duas retas são concorrentes quando seus coeficientes angulares são diferentes. ATENCAO Exemplo 1: Verifique se as retas r: 2x – y + 6 = 0 e s: 2x + 3y – 6 = 0 são concorrentes e represente geometricamente. Solução 1: Vamos determinar o coeficiente angular da reta r e da reta s. • Coeficiente angular da reta r (mr): 2x - y + 6 = 0, vamos isolar y na equação da reta: 62 −−=− xy , multiplicando ambos os lados da igualdade por -1. 62 += xy , logo mr = 2. TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS 65 • Coeficiente angular da reta s (ms): 2x + 3y - 6 = 0, isolando y na equação da reta: 623 +−= xy , dividindo por 3. 3 6 3 2 +−= xy , logo ms = 3 2 − . Concluímos que os coeficientes angulares são diferentes (mr ≠ ms), portanto, as retas r: 2x – y + 6 = 0 e s: 2x + 3y – 6 = 0 são concorrentes. Representação geométrica: FIGURA 44 – REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO EXEMPLO 1: RETAS CONCORRENTES FONTE: Os autores 2x + 3y – 6 = 0 2x – y + 6 = 0 4 PERPENDICULARIDADE DE DUAS RETAS Duas retas concorrentes são perpendiculares quando formam ângulo reto (90º), vamos considerar duas retas perpendiculares r e s, como na Figura 45. 66 UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO FIGURA 45 – PERPENDICULARIDADE DE DUAS RETAS FONTE: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http:// www.brasilescola.com>. Acesso em: 15 maio 2013. Consideremos as retas r e s, perpendiculares no ponto C, representadas em um plano cartesiano, conforme a Figura 46. Consideremos, também, o ângulo de inclinação da reta s como sendo β, então o ângulo de inclinação da reta r será 90° + β, pois é o ângulo externo ao triângulo formado pelo ponto de interseção das duas retas com o eixo Ox. FIGURA 46 – PERPENDICULARIDADE DE DUAS RETAS FONTE: Os autores Dessa forma teremos: Coeficiente angular da reta s: ms = tg β Coeficiente angular da reta r: mr = tg (90° - β) Aplicando as fórmulas de adição de arcos é possível comparar o coeficiente angular das duas retas: TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS 67 Como ms = tg β e mr = - 1 / tg β, podemos dizer que: ms = -1 / mr ou ms . mr = -1 Na linguagem matemática, duas retas são perpendiculares quando o ângulo formado entre elas é de 90º, representamos que a reta r é perpendicular à reta s pela simbologia: r ⊥ s, e o produto dos seus coeficientes angulares for igual a um negativo (mr . ms = -1). Duas retas são perpendiculares quando o produto dos seus coeficientes angulares for igual a um negativo (mr . ms = -1). ATENCAO Exemplo 1: Determine se as r: x + 2y + 3 = 0 e s: - 16x + 8y + 10 = 0 são perpendiculares e confirme com a representação geométrica. Solução 1: Vamos determinar o coeficiente
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