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Paper III

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3
Kalink Jesus dos Santos¹
Bárbara Barreto Silva²
RESUMO
O presente arquivo tem por objetivo geral analisar a importância das práticas inclusivas na educação especial. Para desenvolvimento deste trabalho foi realizado pesquisas bibliográficas e exploratórias com a menção de pensamentos de diversos autores especializados no tema. Espera-se que esse artigo possa ajudar a identificar as praticas inclusivas no processo de aprendizagem de pessoas com necessidades especiais e educacionais; ressaltando a importância de profissionais qualificados para saberem interagir de melhor forma com os alunos. Entretanto para que aconteça a inclusão escolar se faz necessário uma renovação do sistema educacional para que este possa atender as necessidades individuais e coletivas dos alunos, e consequentemente criar meios para o desenvolvimento dos progressos escolares.
Palavras-chave: Inclusão. Práticas. Educação especial.
INTRODUÇÃO
A Educação Inclusiva passou por várias fases. No inicio, excluir era uma questão de sobrevivência, por isso, o abandono. Eram, jogadas de montanhas, afogadas em rios, ou ainda, “aceitas”, de certa forma para o entretenimento, como músicos ou palhaços. Mais tarde, eram considerados castigos divinos. A sensibilidade da sociedade só começou a mudar quando a religião começou abordar essa questão com, mais humanidade. Diversos foram os estudiosos que contribuíram para termos uma significativa mudança nos padrões de conhecimento e atendimento ás pessoas com necessidades especiais. Este trabalho pretende-se dissertar acerca da educação inclusiva, os desafios encontrados na atualidade, o papel do educador frente a esse processo, bem como as possíveis alternativas a serem utilizadas a fim de tornar a escola inclusiva uma prática real e não apenas na teoria, através de nossa prática.
A metodologia deste trabalho foi de pesquisa bibliográfica baseando-se em livros de autores que consideram o professor como principal conhecedor na organização do processo de inclusão de alunos com necessidades especiais, como também os pais e demais funcionários da escola, respeitando, aceitando e valorizando a diversidade com a participação de todos em suas práticas pedagógicas.
Com a democratização do ensino, por meio da abertura das unidades escolares para uma população que antes se encontrava a margem, segregadas, excluída de seu interior, essa instituição teve a necessidade de repensar sobre si mesma, suas concepções e práticas objetivando atender as necessidades de todos os seus alunos. A presença dos alunos com deficiência nas classes regulares, no entanto, apresenta reações e posicionamentos diversos, e também contraditórios, evidenciando, não raro, a dificuldade histórica, diga- se de passagem, tanto da escola quanto dos professores em compreender e lidar com o que é diferente estranho aos padrões estabelecidos pela sociedade como "normais". 
O respeito à diversidade deve estar presente em todos os lugares e ser praticado por todas as pessoas, para que assim, o diferente seja incluso em todos os ambientes sem mais discriminações. É preciso que as escolas passem por algumas transformações reestruturando a parte pedagógica para ensinar a todos igualmente, com o objetivo de garantir a participação de todos os alunos em todas as atividades propostas no processo de ensino e de aprendizagem com qualidade.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos maiores desafios das escolas brasileiras é incluir alunos que possuem algum tipo de deficiência, para efetivar essa prática e, consequentemente, a aceitação, o primeiro passo é não excluir ou segregar pessoas com, as necessidades especiais como muito já foi feito. Convivendo e sociedade sem esquecer, desmerecer ou rotular. Falar em educação inclusiva remete a pensar em diversas questões, dentre elas o acesso e a qualidade de ensino, onde as atividades repetitivas e conteúdos que nada possuem conexão com a aula realizada sejam deixados de lado, eliminando inclusive as barreiras que dificultam e impedem a participação e aprendizagem destes nas escolas regulares, dentre essas barreiras o preconceito e a não aceitação.
A escola, na perspectiva inclusiva, não tem apenas seu espaço físico adaptado as pessoas com necessidades especiais, nem assegura sua matricula, ou tem a presença de todos os educandos com necessidades especiais. A escola, na perspectiva inclusiva, deverá oferecer qualidade á permanência com êxito destes alunos; mudança de comportamento da comunidade escolar e “o reconhecimento do aluno deficiente como sujeito de direito igual a todos, capaz de traçar sua própria trajetória, caso contrario será a exclusão dentro da inclusão” aponta Moreira (2013, s.p.)
Sartoretto (2011, p.1) afirma: “O fundamento filosófico mais radical para a defesa da inclusão escolar de pessoas com deficiências é, sem dúvida, o fato de que todos nós nascemos iguais e com os mesmos direitos, entre eles o direito de convivermos com nossos semelhantes”. Ou seja, não importa o grau da deficiência, somos humanos e este é o primeiro preceito para convivermos juntos. Sendo assim as práticas educacionais desenvolvidas devem promover a inclusão na escola regular dos alunos com deficiência (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla), com transtorno global do desenvolvimento e com altas habilidades, deve haver uma mudança de paradigma incorporada pelas equipes pedagógicas. A respeito das práticas pedagógicas, segundo Mantoan, 2015, p.69, a inclusão:
[...] não prevê a utilização de práticas – métodos de ensino escolar para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for de fato de boa qualidade, o professor levará em conta esse limite e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. Não se trata de uma aceitação passiva do desempenho escolar, mas de agirmos com realismo e coerência e admitirmos que as escolas existam para formar as novas gerações e não apenas os seus futuros membros, os mais capacitados e privilegiados. (MANTOAN, 2015, p. 69)
A preocupação com estas condições básicas e a efetivação dos estudantes em escolas regulares fica ainda mais evidente com os dados de Arruda e Almeida (2014, p.8): “Estima-se no Brasil um total de 2.724 escolas especiais, 4.325 classes especiais, e 17.469 escolas públicas regulares com apoio pedagógico especializado (apenas 31,5% do total).” E para minimizar os desafios da falta de preparo tanto das escolas, como dos professores se faz necessário uma reformulação do sistema educacional, e uma serie de estratégias deverão ser incorporadas para que tenhamos uma Escola Inclusiva, sendo ações imprescindíveis como: Criar oportunidades para que todos aprendam, em salas de aula comum com a mesma faixa etária; Responsabilizar o professor sobre todos os alunos da classe sejam eles, com ou sem deficiência; Realizar adaptação curricular com os materiais também adaptados; ofertar metodologias diferenciadas; Adaptar conteúdos e métodos; Adaptar o processo de avaliação; Interação entre profissionais (psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta) para orientar o trabalho do professor; Favorecer a participação e a interação entre os alunos, com sistemas alternativos de comunicação; Interação do aluno com outros alunos em todas as atividades da escola; Criação de condições físicas, ambientais e materiais no ambiente escolar; Investir em formação continuada para professores. Assim, se a escola tiver uma politica educacional baseada no direito de aprender de seu aluno, seu processo de aprendizagem terá sentido e significado para ele. E isso é um processo independente de qualquer deficiência. Nascemos todos iguais, com os mesmos direitos, entre eles: conviver, conhecer e aprender.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O objeto da pesquisa consiste nas práticas inclusivas na educação e os desafios da prática pedagógica. Quanto ao método de pesquisa utilizado foi o qualitativo que é o método que não se refere a quantificação e sim com os aspectos da realidade, conceitos e características. Quanto ao procedimento de estudo foirealizado uma pesquisa bibliográfica, já que o presente trabalho teve como base teórica materiais como livros, artigos, Leis, sites, revistas, etc. por meios eletrônicos. Quanto aos objetivos foi utilizado à exploratória que é um tipo de pesquisa que não precisa de hipóteses como testes, pois a mesma busca informações de um assunto já discutido e estudado.
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca-se conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado sobre determinado assunto, tema ou problema. (CERVO, 2007, p.60).
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca-se conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado sobre determinado assunto, tema ou problema. (CERVO, 2007, p.60).
De acordo com Gil (2007), pesquisa exploratória tem como objetivo principal aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Na maioria dos casos a pesquisa exploratória envolve levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas que tiveram experiência prática com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão ou através de estudo de caso.
Segundo Silva & Menezes (2000, p. 20), a pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Ainda segundo o autor, a interpretação dos fenômenos e atribuição de significados é básica no processo qualitativo. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados demonstraram que para que o indivíduo com deficiência seja inserido no âmbito escolar sem que haja exclusão, se faz necessário a participação de todas as pessoas envolvidas no processo educacional de inclusão, desde a família até o educador. Por mais que os equipamentos das salas de recursos e estruturas escolares sejam importantes, é a atuação do professor que tem mais impacto na aprendizagem. Entre as responsabilidades do educador propostas pela nova lei está à criação de um plano pedagógico específico para cada aluno e a elaboração de material. “Nesse sentido, o caminho para uma inclusão efetiva é a formação”, afirma Rossana Ramos.
Em meio a avanços e retrocessos, a educação especial, dentro da escola continua a caminhar, despontando um novo cenário. Neste sentido busca-se Mantoan (2003) para fazer algumas reflexões, que se tornam relevantes, quando ele admite que a experiência da inclusão seja incipiente, mas suficiente para que se possam levantar os seguintes questionamentos: que ética ilumina as nossas ações na direção de uma escola para todos? As propostas e políticas educacionais que proclamam a inclusão estão realmente considerando as diferenças na escola? As novas propostas reconhecem e valorizam as diferenças como condição para que haja avanço, mudanças, desenvolvimento e aperfeiçoamento da educação escolar?
Carvalho (2000) ressalta que há preconceitos existentes em relação às deficiências “reais” ou às deficiências “circunstanciais”, se isso se somar à baixa qualidade de seu aprendizado, certamente os educandos especiais serão cada vez mais rejeitados e, como decorrência, excluídos. Nestes termos, Serra (2008, p. 33) chama atenção que será necessária:
Sobretudo, uma mudança de postura e de olhar acerca da deficiência. Implica quebra de paradigmas, reformulação do nosso sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual o acesso, o atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades.
Para Escórcio (2008) o reconhecimento das especificidades dos sujeitos se constitui como princípio para os processos de inclusão social e escolar. Neste sentido, as pessoas com deficiências não são unicamente responsáveis pelo seu desenvolvimento, tendo o ambiente papel determinante. Ao se considerar a Educação Especial e sua contribuição para o processo de inclusão escolar, os professores acreditam que o trabalho pedagógico realizado auxilia e produz efeitos significativos no desenvolvimento global do aluno. Defendem também a possibilidade da colaboração entres os professores, no sentido de constituição de práticas pedagógicas mais significativas capazes de considerar e acolher as singularidades de cada aluno. Por meio desta pesquisa pode-se destacar a importância do desenvolvimento de práticas articuladas, desenvolvidas de forma colaborativa no contexto escolar, no sentido de ofertar diferentes estratégias e recursos metodológicos para os alunos. 
Neste sentido, a educação é a chave para mudanças. Garantir educação para meninos e meninas com deficiência promove a noção de cidadania e um senso de compartilhamento de direitos com as pessoas não deficientes. Da mesma forma que existe um ciclo vicioso entre preconceito e dependência, também pode haver um entre a educação e a autonomia. Como defendido pelo ganhador do Prêmio Nobel, Amartya Sen, promover educação de qualidade para as crianças com deficiência é um mecanismo para garantir sua liberdade de viver uma vida autônoma, para ser visto por outras pessoas como iguais e para verem a eles próprios como cidadãos e indivíduos plenamente capazes.
Por fim, ressaltamos que o desenvolvimento de uma pesquisa como esta, permite aos profissionais da área da Educação Especial e da Educação uma reflexão sobre a sua prática pedagógica, bem como, problematização sobre como temos configurado as práticas pedagógicas em Educação Especial a partir do contexto das orientações políticas que visam os processos de inclusão escolar.
REFERÊNCIAS
BAPTISTA, Claudio R. Ação Pedagógica e Educação Especial: para além do AEE. In JESUS, D. M.; BAPTISTA, C.R.; CAIADO, C. R. M. (org.) Prática Pedagógica na Educação Especial: multiplicidade do atendimento educacional especializado. 1. Ed., Araraquara, SP: Junqueira&Martins, 2013.
DALLABONA, S.; MENDES, S. O lúdico na Educação Infantil: Jogar, brincar, uma forma de educar. [S.I.]: Revista de Divulgação Técnico Cientifica do ICPG, 2004. Disponível em:. Acesso em: 2 out .2018.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EDU, 1986.
SILVA, E. G. Formulação de um programa de ensino individualizado (PEI) para o ensino inclusivo. In: MANZINI, E. J. (Org.) Educação Especial e Inclusão: temas atuais. São Carlos: Marquezine & Manzini, ABPEE, 2013.
VIEIRA, C. M. Estratégias em sala de aula para mudanças de concepções e atitudes sociais de alunos em relação à inclusão. In: MANZINI, E. J. (Org.) Educação Especial e Inclusão: temas atuais. São Carlos: Marquezine & Manzini, ABPEE, 2013.
BARBOSA, A. J. G.; AZEVEDO, P. R. de; CASELATTO, P. Atitudes dos pares em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais: socialização e inclusão escolar. In: MANZINI, E. J. (Org.) Inclusão do aluno com deficiência na escola: os desafios continuam. Marília: ABPEE/FAPES, 2007.
PRATICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
1 Kalink Jesus dos Santos
2 Barbara Barreto Silva
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