avaliação final objetiva THH

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Disciplina:
	Teoria da História e Historiografia (HID27)
	Avaliação:
	Avaliação Final (Objetiva) - Individual FLEX ( Cod.:512996) ( peso.:3,00)
	Prova:
	20211182
	Nota da Prova:
	10,00
	
	
Legenda:  Resposta Certa   Sua Resposta Errada  
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	1.
	Auguste Comte foi um pensador do século XIX que pretendeu fundar uma nova ciência, por ele chamada de Física Social, que pretendia fazer a síntese do conhecimento científico necessário à proposição de políticas capazes de, a partir da análise dos conflitos e contradições de caráter social, propor soluções e reformas. Com esse objetivo, Comte volta-se para a análise da História, caracterizando essa em diversos estados. Esses seriam representativos do nível de desenvolvimento do espírito humano. Sobre Comte e sua teoria dos três estados, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) A filosofia positiva de Comte tinha por objeto a história humana.
(    ) Comte defendia o fim da propriedade privada e o uso social.
(    ) Para Comte, as ciências seriam doravante a base da ordem social.
(    ) Para Comte, no estado positivo, os sacerdotes devem deter o poder.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	 a)
	V - V - F - F.
	 b)
	F - V - F - F.
	 c)
	V - F - V - F.
	 d)
	F - F - V - V.
	2.
	Comte tinha uma teoria da História baseada na evolução do espírito humano e caracterizada como percorrendo três estágios evolutivos. A humanidade teria experimentado uma primeira fase teológica, uma segunda fase metafísica e estaríamos na fase final de nossa evolução de pensamento, na fase científica. Sobre a fase atual da evolução do conhecimento humano na visão de Comte, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	Para Comte, o conhecimento científico permite a previsão dos fatos históricos.
	 b)
	Comte considerava que a religião seria a base espiritual da ordem.
	 c)
	Para Comte, a realização humana estava condicionada à socialização.
	 d)
	Para Comte, o conhecimento em nosso tempo pertence às indústrias.
	3.
	A historiografia do século XIX é muito rica e nos legou referências importantes, num contexto de formação dos estados nacionais. Alguns deles lançaram bases de concepções historiográficas que viriam a ser muito significativas posteriormente. Dentre os historiadores importantes do período podemos destacar Jules, Leopold Ranke, Jacob Burckhardt, Fustel de Coulanges, entre outros. Sobre os historiadores do século XIX citados, analise as sentenças a seguir: 
I- Jules Michelet era um nacionalista e destacava em seus estudos a história do irracional, de bruxaria, entre outros temas populares.
II- Leopold Ranke se dedicou exaustivamente a escrever uma história da França.
III- Jacob Burckhardt criticava a narrativa histórica pautada na noção de progresso e linearidade.
IV- Fustel de Coulanges negava exposição da subjetividade do pesquisador e este deveria se ater à restituição do documento.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	 b)
	As sentenças I, III e IV estão corretas.
	 c)
	Somente a sentença IV está correta.
	 d)
	Somente a sentença II está correta.
	4.
	Entre os pensadores que se dedicaram ao estudo da questão do movimento e do devir na História, seguindo a tradição de Heráclito e Hegel, encontramos o filósofo alemão Karl Marx. Este pensador fundamentava seu entendimento do movimento histórico baseado na práxis humana. Entre suas contribuições teóricas, destaca-se a formulação da teoria acerca do devir, que veio a ser conhecida como "materialismo histórico". Com relação à concepção da História para Marx, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) Para Marx, o processo histórico desvincula-se da economia.
(    ) Para Marx, a História obedece a dinâmica dialética.
(    ) Para Marx, a chave do processo histórico está na vida material.
(    ) Para Marx, não há fim possível para a contradição.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	 a)
	F - F - V - V.
	 b)
	F - V - V - F.
	 c)
	V - V - V - F.
	 d)
	V - V - F - F.
	5.
	Uma temática que vem ganhando maior atenção dos historiadores e ganhado força dentro da produção historiográfica nos últimos anos tem sido a questão da História Ambiental. O profissional de História que queira se dedicar a essa temática deverá se munir dos conhecimentos desenvolvidos pela Geografia, Antropologia e das Ciências Naturais. A História Ambiental desenvolve uma percepção das forças naturais como agente que se impõe à História e à trajetória humana no planeta. Quanto à História Ambiental, analise as seguintes afirmativas:
I- Os historiadores na área se dedicam a sociedades simples.
II- Os historiadores do campo não devem considerar mitos, nem folclore.
III- Os historiadores ambientais investigam como a cultura interfere na natureza.
IV- Os historiadores ambientais focam no tempo histórico de curta duração.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As afirmativas I e II estão corretas.
	 b)
	As afirmativas I e IV estão corretas.
	 c)
	As afirmativas II e III estão corretas.
	 d)
	Somente a afirmativa III está correta.
	6.
	Droysen foi um historiador de grande originalidade em seu tempo, tendo dado contribuições importantes à reflexão acerca da questão da objetividade e neutralidade no fazer História. No século XIX, a historiografia estava ocupada em elaborar as regras e normas necessárias a conferir cientificidade a seus trabalhos e Droysen esteve em meio a essa discussão. Tendo sido aluno de Hegel, Droysen realizou trabalhos dentro da temática importante em seu tempo, que valorizava a história das nações, mas também deixou obras acerca da teoria da História. Sobre a obra de Droysen, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	Para Droysen, a História deveria seguir os métodos próprios das ciências exatas.
	 b)
	Droysen em seus trabalhos mostrava-se um defensor do positivismo historiográfico.
	 c)
	Para Droysen, a História deveria fornecer modelos e regras para a vida social.
	 d)
	Droysen advogava em favor de uma visão teleológica e integrada da História.
	7.
	A Escola dos Annales conheceu uma segunda fase, na qual a revista do movimento é rebatizada para Annales: Économies, Societés et Civilisations. Durante esse período, a revista é dirigida por Fernand Braudel e os trabalhos publicados passam a incorporar conceitos advindos de outros campos de conhecimento, dentro da perspectiva de impulsionar o movimento historiográfico liderado pela revista na direção de um estudo da totalidade social. Os historiadores da Escola nesse momento tinham uma compreensão da relação de reciprocidade entre as diferentes esferas que compunham o estudo da História e buscavam consolidar o método comparativo. Um dos estudiosos que se destacaram foi o próprio Braudel. Quanto ao trabalho desse historiador, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) Braudel destacava e louvava o caráter sólido da disciplina da História.
(    ) Braudel estabeleceu uma divisão tripartite do tempo histórico.
(    ) Braudel entendia que o tempo factual envolvia as experiências individuais.
(    ) Braudel equivalia a história de longa duração ao tempo natural.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	 a)
	F - V - V - V.
	 b)
	V - V - F - F.
	 c)
	V - F - F - V.
	 d)
	F - V - V - F.
	8.
	A maneira como a história de uma nação é escrita influencia muito na compreensão das relações sociais que nela se estabelecem. Em 1838, ocorre a fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) que possuía como finalidade escrever a história nacional, atendendo aos interesses do governo imperial. Com relação às principais narrativas e conteúdos históricos que deveriam constar nas narrativas dos historiadores, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	Justificar a formação de comunidades quilombolas, que serviam de refúgio e resistência à população negra diante dos conflitos com grupos indígenas e brancos europeus.
	 b)
	Justificar a relaçãode dominação de brancos europeus, para com os indígenas nativos e os trabalhadores negros escravizados, estes últimos indivíduos considerados como inferiores.
	 c)
	Justificar a relação de cordialidade e homogeneidade social que ocorria em meio às relações de convivência e trabalho de brancos europeus, nativos brasileiros e trabalhadores negros.
	 d)
	Justificar os conflitos e atritos advindos dos povos indígenas para com os trabalhadores negros escravizados e os brancos europeus, pois estes eram considerados nocivos.
	9.
	Na década de 1930, a historiografia brasileira pode contar com o talento e as importantes contribuições de Caio Prado Jr. para a compreensão de alguns dos grandes temas nacionais relativos ao nosso desenvolvimento econômico. De fato, suas obras representam até hoje uma importante fonte para o entendimento das questões relativas à formação econômica de nossa nação. Entretanto, sua obra presentemente tem sido criticada pelo viés marcadamente marxista de suas categorias de análise histórica. Com relação à obra de Caio Prado Jr., analise as seguintes afirmativas:
I- A independência política representou a emancipação econômica do Brasil.
II- Identificava o aumento das exportações e industrialização com desenvolvimento social.
III- O Brasil já nasce marcado pelas relações mercantilistas com a metrópole.
IV- Chama atenção para as diferenças nos modelos de colonização das Américas.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	Somente a afirmativa IV está correta.
	 b)
	As afirmativas III e IV estão corretas.
	 c)
	As afirmativas I, II e III estão corretas.
	 d)
	As afirmativas II e IV estão corretas.
	10.
	Com o aumento da produção historiográfica sob o viés da escola denominada "Nova História Cultural", em nosso país os temas até então negligenciados, ou tratados marginalmente, na História, ganharam destaque. Entre esses, encontramos a história das mulheres e das relações de gênero. Nessa área, é forte a influência teórica de autores como Scott, Beauvoir e Foucault. Quanto à produção historiográfica acerca das mulheres e da questão de gênero, analise as seguintes afirmativas:
I- A condição social da mulher está relacionada a do homem.
II- Pensa-se a condição da mulher a partir de sua luta emancipatória.
III- O tema da violência tem estado ausente das pesquisas históricas.
IV- Faltam revistas científicas especializadas nessa temática.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As afirmativas I e II estão corretas.
	 b)
	As afirmativas II e III estão corretas.
	 c)
	As afirmativas II, III e IV estão corretas.
	 d)
	As afirmativas I, III e IV estão corretas.
	11.
	(ENADE, 2011) "O que tem caracterizado os estudos da história das mentalidades é a insistência nos elementos inertes, obscuros, inconscientes de uma determinada visão de mundo. As sobrevivências, os arcaísmos, a afetividade e a irracionalidade delimitam o campo específico da história das mentalidades, distinguindo-se com muita clareza de disciplinas paralelas e hoje consolidadas, como a história das ideias ou a história da cultura."
FONTE: GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 23.
No percurso da historiografia francesa, a história dos Annales se fortaleceu nas décadas de 1960 e 1970 como História das mentalidades, influenciando a produção de outros países. No que se refere ao diálogo da história com outras disciplinas, a partir dos Annales, analise as afirmações a seguir: 
I- O estudo de temas ligados à religiosidade, aos sentimentos e aos rituais beneficiou-se de procedimentos teórico-metodológicos da Antropologia.
II- A aproximação da história com as Ciências Sociais, ainda nas décadas de 1920 e 1930, possibilitou a utilização de conceitos como permanência e longa duração.
III- O diálogo com a Geografia possibilitou que algumas das obras dos historiadores ligados aos Annales transformassem o espaço em objeto de estudo para o historiador.
IV- A relação estabelecida com os positivistas do século XIX fez com que os historiadores ligados aos Annales valorizassem a história política, a partir da Ciência Política.
É correto apenas o que se afirma em:
	 a)
	I, II e IV.
	 b)
	I, II e III.
	 c)
	I e IV.
	 d)
	III e IV.
	12.
	(ENADE, 2008) Enfim, eu tentava ver como um acontecimento se faz e se desfaz, já que, afinal, ele só existe pelo que dele se diz, pois é fabricado por aqueles que difundem a sua notoriedade. Esbocei, pois, a história da lembrança de Bouvines, de sua deformação progressiva, pelo jogo, raramente inocente, da memória e do esquecimento.
FONTE: DUBY, Georges. O domingo de Bouvines. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. p. 11-12.
Neste trecho, o historiador Georges Duby comenta a natureza de um acontecimento histórico, a Batalha de Bouvines, entre a França e o Sacro-Império, em 1214. Ao analisar a construção da memória deste acontecimento, Duby relaciona história e memória, considerando que a história:
	 a)
	Produz os acontecimentos quando eles são preservados pela memória, sem o registro dos historiadores.
	 b)
	Previne-se, por ser científica, das oscilações entre a lembrança e o esquecimento, garantindo sua neutralidade.
	 c)
	Caracteriza-se, quando baseada na memória, pela deformação da verdade.
	 d)
	Expressa, muitas vezes, o movimento que envolve os acontecimentos, conforme são lembrados ou esquecidos.
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